Quarta, 04 Novembro 2015 13:27

Justiça concede liberdade provisória a prefeito de Chopinzinho, no Paraná

A Justiça concedeu liberdade condicional ao prefeito afastado de Chopinzinho, no sudoeste do Paraná, Leomar Bolzani.

 

Ele é suspeito de ter mandado matar o procurador Algacir Teixeira de Lima, de 51 anos, assassinado no dia 16 de março, na frente das duas filhas, quando chegava em casa.

 

O prefeito foi preso no dia 22 de março e segue detido na carceragem da delegacia da Polícia Civil em Pato Branco. Ele aguardará o julgamento em prisão domiciliar.

 

Para sair da cadeia, Bolzani aguarda a chegada de uma tornozeleira eletrônica que fará o seu monitoramento. Até o final da manhã desta terça, dia 03, a Penitenciária Estadual de Francisco Beltrão, responsável por fazer a instalação da tornozeleira, no entanto, não havia recebido o mandado informando sobre a soltura de Bolzani. A expectativa é que isto aconteça esta tarde ou no máximo na manhã de quarta , dia 04.

 

O advogado Roberto Brzezinski disse não ter lido a decisão judicial e por isso não soube afirmar, por exemplo, se o prefeito terá autorização para sair de casa ou qual o limite da área pela qual terá direito de se locomover. Caso ultrapasse este perímetro, o sistema será alertado e ele poderá ser novamente preso.

 

Em julho, o homem que confessou ter matado o procurador de Chopinzinho negou ao juiz que cometeu o crime a mando do prefeito afastado e do ex-assessor Giovane Baldissera. Ele disse que agiu sozinho e matou a vítima por causa de uma dívida de R$ 2,5 mil.

 

Apesar de negar a participação de Bolzani ao juiz, em um vídeo divulgado pela polícia, o homem que confessou ter assassinado o procurador aparece dizendo que estava sendo pressionado a terminar o serviço. Ele cita "Pardal", que é o apelido do ex-assessor do prefeito, e da mulher, conhecida como macumbeira, que teria intermediado a contratação do atirador, segundo a polícia.

 

A mulher também chegou a confessar para a polícia o envolvimento no crime. Mas, diante do juiz da Vara Criminal também ficou calada. O marido dela e os dois irmãos, que teriam ajudado na fuga do assassino, de acordo com a investigação, também não falaram nada. Ainda na audiência, Baldissera negou novamente que tenha participado do crime.

 

Os advogados de Bolzani já haviam apresentado um pedido para que ele respondesse o processo em liberdade. Porém, na época, o TJ-PR manteve a prisão preventiva.

 

Segundo as investigações, o crime foi motivado por uma denúncia feita pelo procurador sobre a ação de um grupo dentro da prefeitura de Chopinzinho chefiado pelo prefeito. O Ministério Público do Paraná (MP-PR) vai pedir que os réus sejam julgados em júri popular por homicídio qualificado.(Com G1)

 

 

 

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