Na quarta dia 21, representantes dos bancários rejeitaram a terceira proposta de reajuste, de 8,75%. Após a negativa, uma nova reunião foi marcada para quinta (22) e, agora, adiada para sexta dia 23.
De acordo com o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região, a paralisação atingiu 957 locais nesta quinta dia 22, sendo 950 agências e sete prédios administrativos, mobilizando cerca de 26 mil trabalhadores. Os bancários não alteraram a pauta de reivindicação e pedem reajuste de 16%, que inclui aumento real de 5,6%, além de outros benefícios. A categoria recebeu aumento real de 20,07% no período entre 2004 e 2014. No ano passado, foram 2,02% acima da inflação.
Desde o dia 25 de setembro, os bancos apresentaram três propostas. A primeira previa reajuste de 5,5%, com abono de R$ 2.500. Na segunda oferta, feita dia 20, apresentaram correção de 7,5% aos salários, sem abono. E na quarta dia 21, houve proposta de reajuste de 8,75% também sem abono.
Campanha salarial
Os bancários, com data-base em setembro, entregaram a pauta de reivindicações no dia 11 de agosto. Entre as principais reivindicações da campanha deste ano pedem
Reajuste Salarial de 16%, sendo 5,6% de aumento real, com inflação de 9,88% (INPC)
Participação nos Lucros e Resultados no valor de três salários mais R$ 7.246,82 fixos
Piso de acordo com salário mínimo do Dieese, de R$ 3.299,66
Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor do salário mínimo nacional (R$ 788);
14º salário
Fim das demissões, ampliação das contratações, combate às terceirizações e à precarização das condições de trabalho
Mais segurança nas agências bancárias
Raio-X da greve nos bancos
Número de bancários
512 mil no Brasil; 142 mil representados pelo sindicato de SP
O que querem
Reajuste de 16% (5,6% de aumento real)
O que oferecem os bancos
8,75% de reajuste
Reajuste mais recente
2,02% acima da inflação, em 2014. Entre 2004 e 2014 o aumento real foi de 20,07%. (Com Bem Paraná)