São 94 registros desde o começo do ano e, cerca de 80 deles contraídos dentro do município. Existe uma preocupação com um surto da doença na temporada.
“Paranaguá já registrou casos de dengue em outros anos, mas eram importados. O número de casos autóctones deste ano chama a atenção, por isso intensificamos as ações em Paranaguá para nos anteciparmos à temporada”, diz a superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria, Eliane Chomatas.
Desde o começo do ano, tanto a secretaria municipal quanto a estadual, atuam em Paranaguá com medidas de combate ao mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti. O mesmo trabalho é feito com os municípios vizinhos.
A secretária da Saúde de Paranaguá, Sandra Machado, afirmou que no próximo mês acontecerá um grande mutirão, de dois dias, para promover um arrastão de limpeza na cidade. O objetivo é eliminar os criadouros do mosquito antes da chegada do verão, quando o risco de proliferação do Aedes aegypti aumenta consideravelmente.
Mais de 800 pessoas, entre profissionais de saúde, voluntários e militares do exército, devem participar da ação. “A expectativa é que o mutirão percorra todos os bairros da cidade, atingindo cerca de 62 mil domicílios e estabelecimentos”, informou a secretária.
Para a apoiar o município, o governo do Estado já enviou oito camionetes fumacê para atuar na eliminação do mosquito transmissor em sua fase adulta. A coordenação estadual do Programa de Controle da Dengue está dando suporte técnico para todo o trabalho.
Crise
A preocupação em conter a proliferação do mosquito antes da temporada é porque o Litoral costuma receber entre 2,5 a 3 milhões de pessoas durante a temporada que deve começar oficialmente no fim de semana que antecede o Natal e se estender até após o Carnaval.
“E a circulação de pessoas pode até ser maior que em outros anos por causa da crise econômica, o que faz com que as famílias optem por destinos turísticos mais próximos”, diz Eliane. Outro fator que pode favorecer o Aedes é o calor intenso neste ano. “Todos precisam colaborar”, continua Eliane.
A grande circulação de pessoas também favorece a entrada do mosquito. Lembrando que o Aedes, além da dengue, também transmite a febre Chikungunya e a febre Zika. O Chikungunya ainda não tem registro no Estado, mas a Zika teve dois casos confirmados no Oeste do Estado neste ano.(Com Bem Paraná)