Sexta, 05 Junho 2015 10:41

Enfarte agudo do miocárdio mata 4,8 mil pessoas por ano no Paraná

Quase cinco mil pessoas perderam a vida no Paraná em 2014 em decorrência de enfarte agudo do miocárdio.

 

Excetuando os casos de violência e trauma (como acidentes), o problema cardíaco foi a causa da maioria das mortes no estado no ano passado, ficando à frente dos óbitos provocados por doenças pulmonares crônicas e por acidente vascular cerebral (AVC).

 

O número segue a média dos últimos cinco anos, na casa de 4,8 mil pessoas mortas ao ano em decorrência de enfarte. A boa notícia é que, de 2013 para 2014, os registros desse tipo caíram de 5.031 para 4.882, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).

 

Evitar a morte por enfarte depende de fatores complexos e, por vezes, difusos. São muitas as causas que podem levar a um problema cardíaco agudo, como diabete, pressão alta, sedentarismo, estresse, colesterol elevado, tabagismo e obesidade, entre outros. Além disso, há a predisposição genética, indicando a tendência de o indivíduo desenvolver doenças no coração ao longo da vida. Segundo o Ministério da Saúde, aproximadamente 300 mil pessoas sofrem enfarte do miocárdio, por ano, no Brasil – destas, 84 mil acabam morrendo.

 

A atividade física é extremamente importante. Não interessa se a pessoa está acima ou não do peso. O sedentarismo por si só é um fator de risco.

 

 

Histórico

 

O cardiologista da Divisão do Risco Cardiovascular da Sesa, André Langowiski, explica que as pessoas que têm no histórico familiar problemas no coração precisam aumentar o cuidado para evitar que os demais fatores prejudiquem a saúde. “A atividade física é extremamente importante. Não interessa se a pessoa está acima ou não do peso. O sedentarismo por si só é um fator de risco”, alerta.

 

O diagnóstico precoce de algum problema no coração, antes de a pessoa ter o enfarte, é a melhor forma de prolongar a vida.

 

Outro ponto crucial de cuidado deve ser a alimentação, que, erroneamente, está baseada cada vez mais em carboidratos. “É uma dieta inadequada, que também é rica em sal, açúcar e gordura. Com pouca verdura e fruta”, constata.

 

Riscos

 

Os principais: diabete; estresse; pressão alta; sedentarismo; fumo; colesterol alto; obesidade.

 

 

Prevenção

 

Para o médico João Vítola, um dos diretores da Sociedade Paranaense de Cardiologia, além de evitar os hábitos que possam desencadear doenças cardíacas, as pessoas precisam fazercheck-up médico. “O diagnóstico precoce de algum problema no coração, antes de a pessoa ter o enfarte, é a melhor forma de prolongar a vida”, diz.

 

Segundo ele, muitas vezes os problemas cardíacos podem ser assintomáticos – estima-se, por exemplo, que metade das pessoas que têm diabetes não sabe que está com a doença.

 

“Se a pessoa tem pressão alta e não tem sintomas, essa hipertensão irá provocar danos aos órgãos, inclusive o coração. As pessoas devem ter consciência da necessidade de fazer essa prevenção médica. Não cabe só ao governo ofertar médicos, as pessoas também devem procurá-los”, orienta o especialista.

 

Informação

 

Todas as medidas para a prevenção de um enfarte exigem, de acordo com Vítola, acesso à informação. Ele afirma que ter o conhecimento faz com que as pessoas se cuidem e evitem práticas que possam levar a doenças cardíacas.

 

“É importante também fazer o check-up em dia. Hoje, as pessoas, de um modo geral, não têm conhecimento claro sobre os fatores de risco”, observa o cardiologista.

 

Atendimento prioriza atenção a fatores que podem levar à doença

 

A Secretaria de Estado da Saúde atua com um programa que visa qualificar o atendimento na saúde básica para reduzir o número de mortes provocadas por enfarte. O projeto começou no ano passado nas cidades de Maringá e Toledo. Segundo o cardiologista da Divisão do Risco Cardiovascular da Secretaria de Estado da Saúde, André Langowiski, o objetivo é atender principalmente duas complicações que podem levar ao evento: hipertensão e diabete. “Nós avaliamos os riscos dos pacientes e atendemos de forma estratificada”, afirma.

 

Os pacientes são avaliados e aqueles que apresentam quadro mais grave são encaminhados a um especialista. “Buscamos a racionalidade do atendimento”, comenta. Além de médicos, as equipes atuam com educadores físicos, nutricionistas e psicólogos. Segundo Langowiski, essa medida altera o encaminhamento de pacientes predispostos a apresentar enfarte na saúde básica. “A ideia é levar esse projeto para outras cidades e para isso é preciso apoio da gestão municipal”, diz. (Infomações Rede Sul)

 

 

 

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