Valéria Cristina Fernandes é uma das técnicas formadas na primeira turma, em 2009. A comerciante sempre desejou aliar o trabalho à qualidade de vida. Depois de 12 anos no ramo alimentício, ela decidiu fazer o curso para aprimorar a qualidade do serviço e buscar novas oportunidades de atuação. Antes de obter a formação técnica, Valéria trabalhava com eventos noturnos, casamentos e festas. Hoje ela escolhe onde, bem como os dias e horários em que vai trabalhar. “Optei por fazer o curso para ter mais qualidade de vida. Hoje escolho onde e como trabalhar”, afirma.
Ela relata que o conhecimento teórico adquirido foi o diferencial que faltava para os negócios melhorarem. “Antes nós trabalhávamos sem um embasamento teórico, apenas com o conhecimento adquirido com o passar dos anos. Hoje trabalho com a prática aliada ao conhecimento técnico-científico”, revela a técnica.
O aprendizado também foi fundamental para a empresária Valdirene Fátima de Oliveira Mainheriche aperfeiçoar o cardápio do restaurante da família e melhorar a qualidade do serviço oferecido aos clientes. “O curso trouxe mais qualidade no preparo dos cardápios e nos produtos que ofereço aos meus clientes. Era o que faltava para o nosso trabalho ficar ainda melhor”, frisa.
Assim como Valéria, Valdirene também estava em busca de formação teórica, já que trabalha no ramo alimentício há anos. “Eu queria aprimorar meus conhecimentos, aprender mais e trabalhar da maneira correta”, diz a comerciante, que serve cerca de 250 refeições diariamente.
O curso técnico em nutrição e dietética é ofertado na modalidade subsequente para quem já concluiu o ensino médio e tem idade acima de 17 anos. Durante um ano e meio os alunos têm aulas de avaliação nutricional, técnicas dietéticas, higiene alimentar, bioquímica dos alimentos, entre outras. “Eles aprendem desde o processamento dos alimentos, passando pela composição química que cada prato até chegar ao consumidor”, explica a coordenadora do curso, Maria de Fátima de Oliveira Negre.
Ao término do programa, os técnicos recebem o registro do Conselho Regional de Nutrição e podem atuar em várias áreas, como planejamento de cardápios, avaliação nutricional e programas de educação alimentar. “O perfil dos nossos alunos vai desde chefe de cozinhas de restaurantes renomados a comerciantes que querem ampliar os negócios e buscar novos ramos de atuação”, destaca Maria.
Além de Curitiba, o curso é ofertado em Mandaguari, no Colégio Estadual José Luiz Gori; Maringá, no Colégio Estadual Unidade Pólo, e em Ponta Grossa, no Centro Estadual de Educação Profissional.
A Secretaria estadual da Educação possui 55 cursos técnicos, em 354 escolas, em 184 municípios paranaenses ofertados gratuitamente.
MAIS OPORTUNIDADES
Quatro novos Centros Estaduais de Educação Profissional (CEEPs) começaram as atividades neste ano. São aproximadamente 4,8 mil novas vagas para cursos técnicos oferecidos de acordo com a demanda do setor produtivo de cada região. As novas unidades estão nos municípios de Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana, Assaí, Norte Pioneiro, Pitanga, no Centro Sul e Cianorte, região Noroeste do Estado. (Com AEN)