De acordo com o secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto, as políticas públicas adotadas pelo Paraná envolvem ações que visam o bem-estar físico e mental das mulheres em todas as faixas etárias. “Proteger nossas mulheres significa proteger a vida. Por isso, temos trabalhado intensamente para garantir atendimento qualificado em todas as regiões, levando em conta as particularidades desta grande parcela da população”, destacou.
Historicamente, mulheres cuidam mais da saúde do que os homens. Isso influencia diretamente no fato delas viverem mais do que a população masculina. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que, em 2013, a expectativa de vida das mulheres chegou a 79,6 anos no Paraná. São quase sete anos a mais de vida em relação aos homens (72,8 anos).
NASCIMENTO – Uma das estratégias que está fazendo a diferença na redução de mortes maternas é a Rede Mãe Paranaense, que prioriza o cuidado integral de gestantes e bebês durante todas as fases da gestação e após o nascimento. “Desde 2012, foram pelo menos 100 mulheres salvas devido à mudança no modelo de atenção materno-infantil praticado no Estado”, ressaltou a superintendente de Atenção à Saúde, Márcia Huçulak.
Mães e bebês agora são acompanhados durante toda a gestação, com no mínimo sete consultas e todos os exames necessários. Além disso, o parto é realizado em maternidades previamente estabelecidas, com estrutura e equipe preparadas para qualquer tipo de intercorrência.
Atualmente, 125 hospitais e maternidades paranaenses fazem parte da Rede Mãe Paranaense para a realização de partos e 90% dos nascimentos do Estado acontecem nesses estabelecimentos. Em 2014, 130 mil gestantes foram atendidas no Paraná pelo sistema público de saúde.
CRESCIMENTO – Após o nascimento, o acompanhamento das equipes de saúde continua para que a criança cresça e se desenvolva de maneira saudável. Ao longo da infância e adolescência, o SUS oferece um conjunto de vacinas que ajudam na proteção dos pequenos. Neste ano, por exemplo, meninas com idade entre 9 e 11 anos terão direito de receber as doses da vacina contra o HPV, um dos principais responsáveis pelo câncer de colo de útero. Em 2014, as meninas de 11 a 13 anos tiveram direito à imunização contra o HPV.
CONSULTAS – Já na juventude, o foco é na orientação sobre medidas de prevenção de doenças, autocuidado e métodos contraceptivos. “O ideal é que as mulheres frequentem mais as unidades de saúde e estejam em contato direto com os profissionais da Atenção Primária à Saúde”, afirma a coordenadora do Departamento de Atenção Primária da Secretaria da Saúde, Shunaida Sonobe.
A coordenadora alerta ainda que as consultas de rotina ao médico são importantes também na fase da pré-menopausa. “Há casos em que a mulher pensa que já está na menopausa, suspende o uso de métodos contraceptivos por conta própria e engravida. Quando isso ocorre, a atenção deve ser redobrada porque a gestação é considerada de alto risco”, explicou.
EXAMES – Na fase adulta, as mulheres devem lembrar também de fazer as mamografias de rastreamento e o papanicolau, dois exames preventivos que podem detectar casos de câncer de mama e do colo do útero em estágios iniciais. Ambas as neoplasias figuram entre as principais causas de morte entre o sexo feminino.
Na rede pública, a mamografia é ofertada gratuitamente a mulheres com mais de 50 anos. Se a pessoa tem algum histórico familiar de câncer de mama, a idade mínima para começar a rotina de mamografias deve ser indicada pela equipe de saúde. Anualmente, são realizadas cerca de 370 mil mamografias e 60 mil ultrassonografias de mama no Paraná.
Outro exame oferecido como rotina nas Unidades de Saúde é o papanicolau, que detecta precocemente o câncer de colo de útero.
CUIDADOS – No envelhecimento, a orientação é que a mulher se mantenha ativa e com visitas periódicas à Unidade de Saúde. “Nessa faixa etária é importante a prevenção de quedas e que o profissional de saúde conheça o histórico da mulher para detectar e corrigir precocemente possíveis problemas que poderiam evoluir para incapacidade e dependência”, explica a médica da Divisão de Saúde do Idoso, Adriane Miró. (Com AEN)