Quarta, 25 Fevereiro 2015 09:22

Anúncio de falta de combustível provoca filas em postos paranaenses

Nesta segunda, dia 23, após anúncio sobre a possível falta de combustíveis em cidades do Paraná, houve uma correria por parte de proprietários de veículos para garantir o abastecimento.

  

Várias filas se formaram em praticamente todos os postos e em alguns o combustível terminou logo pela manhã.

 

A paralisação dos caminhoneiros que já atinge mais de 10 estados brasileiros começa a preocupar postos de combustíveis. Em conversa com um gerente de um dos postos localizados no centro da cidade de Guarapuava, disse que possui suprimento para os próximos quatro dias. “Se a greve continuar pode faltar gasolina, já que apenas 20% do combustível que nos abastece é transportado por trem. E ainda tem o alcool anidro que é transportado de caminhão”. O álcool anidro (sem água) é miscível com a gasolina em qualquer proporção e tem, como resultado, um combustível com ótimas características antidetonantes.

 

Em outro posto, porém, o gerente diz que não deve faltar combustível porque a cidade possui bases – terminais de combustíveis. Nenhum dos terminais, entretanto, pode passar informações. Em ligações realizadas nas assessorias de imprensa das bandeiras de combustíveis  no Rio de Janeiro, a pauta foi repassada ao Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom).

 

Em nota encaminhada pela empresa de comunicação que presta serviço à entidade, o Sindicom informou que os protestos dos caminhoneiros, que ocorrem em várias regiões do país, estão causando graves problemas de suprimentos das bases de distribuição e, consequentemente, começam a prejudicar o regular abastecimento de postos, aeroportos, empresas de transporte urbano e clientes industriais.

 

O Sindicato informou ainda que suas associadas estão empreendendo esforços no sentido de manter seus clientes abastecidos, no entanto, já existem regiões com dificuldade de suprimento. O problema já foi comunicado às autoridades estaduais e federais, além das superintendências regionais da Polícia Rodoviária Federal, pedindo apoio na liberação/escolta para a passagem de veículos de transporte de combustíveis. Ofícios e informes também foram encaminhados para ANP, ANAC e INFRAERO.

 

Outra preocupação é o suprimento dos biocombustíveis, principalmente do biodiesel, tendo em vista que as principais áreas produtoras estão localizadas no interior dos estados de Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Goiás e Paraná, locais impactados fortemente pelo movimento.

 

O Sindicom ressalta que após o término da paralisação, o reestabelecimento da logística de suprimentos não será imediato, principalmente para o biodiesel e etanol, já que o suprimento na cadeia de distribuição levará algum tempo para atingir a normalidade.

 

 

 

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