É o único projeto brasileiro premiado na campanha global “Fazendo Cidades Resilientes: Minha cidade está se preparando”, tendo conquistado o primeiro lugar na categoria “Aplicações de Sistemas de Informação de uso interno”. A participação na Conferência Mundial da ONU para a Redução do Risco de Desastres, no Japão, é um dos resultados do prêmio.
PLANEJAR - Desenvolvido pela Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná (Celepar), o Sistema Informatizado de Defesa Civil do Estado do Paraná permite aos municípios paranaenses planejarem e acompanharem os impactos de situações de emergência e desastres, o que minimiza as consequências para a população.
Criada em 2005, como um banco de dados dos desastres naturais no Estado, a ferramenta passou a ser aperfeiçoada a partir de 2011 e agora permite que todos os municípios possam elaborar seu plano de contingência, previstos em lei federal.
“Os municípios registram no sistema todas as ocorrências de emergência, o que permite uma gestão rápida nessas situações”, afirma o coordenador executivo da Defesa Civil, coronel Edemilson de Barros, que irá apresentar o sistema na Conferência da ONU no Japão.
Barros explica que o sistema traz agilidade e facilidade para as equipes de Defesa Civil agirem em casos de desastres. “Nosso objetivo agora, com a conferência no Japão, é torná-lo conhecido internacionalmente, contribuindo com outras cidades e países no enfrentamento de situações de emergência”, afirma.
COMO FUNCIONA – Cada município cadastra no sistema as áreas de risco de seu território, com fotos e mapas, e os principais acidentes naturais registrados na cidade. Os municípios também indicam os locais que tenham infraestrutura para acolher desabrigados (escolas, igrejas, ginásios de esporte) e os recursos existentes para o apoio ao atendimento da população (veículos, ambulâncias, maquinário). Também definem os responsáveis pelas funções, com telefones e endereços para contato.
“Isso facilita muito no momento de prestação de socorro”, ressalta o coronel Barros. “Por exemplo, quando é necessário decretar estado de emergência ou de calamidade pública, basta preencher corretamente os dados que o sistema gera o documento, sem erros. As cidades podem receber apoio o mais rápido possível”, explica. (AEN)