Sábado, 21 Fevereiro 2015 17:29

Sistema paranaense de prevenção de desastres será apresentado na ONU

O sistema paranaense de gestão de situações de desastres naturais será apresentado em evento mundial da Organização das Nações Unidas (ONU), que reunirá mais de oito mil pessoas em Sendai, no Japão, de 14 a 18 de março.

 

O sistema, hoje disponível e utilizado pelos 399 municípios do Estado, foi premiado pelo Escritório de Estratégia Internacional para Redução de Desastres (UNISDR), da ONU.

 

É o único projeto brasileiro premiado na campanha global “Fazendo Cidades Resilientes: Minha cidade está se preparando”, tendo conquistado o primeiro lugar na categoria “Aplicações de Sistemas de Informação de uso interno”. A participação na Conferência Mundial da ONU para a Redução do Risco de Desastres, no Japão, é um dos resultados do prêmio.

 

 

PLANEJAR - Desenvolvido pela Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná (Celepar), o Sistema Informatizado de Defesa Civil do Estado do Paraná permite aos municípios paranaenses planejarem e acompanharem os impactos de situações de emergência e desastres, o que minimiza as consequências para a população.

 

Criada em 2005, como um banco de dados dos desastres naturais no Estado, a ferramenta passou a ser aperfeiçoada a partir de 2011 e agora permite que todos os municípios possam elaborar seu plano de contingência, previstos em lei federal.

 

“Os municípios registram no sistema todas as ocorrências de emergência, o que permite uma gestão rápida nessas situações”, afirma o coordenador executivo da Defesa Civil, coronel Edemilson de Barros, que irá apresentar o sistema na Conferência da ONU no Japão.

 

Barros explica que o sistema traz agilidade e facilidade para as equipes de Defesa Civil agirem em casos de desastres. “Nosso objetivo agora, com a conferência no Japão, é torná-lo conhecido internacionalmente, contribuindo com outras cidades e países no enfrentamento de situações de emergência”, afirma.

 

COMO FUNCIONA – Cada município cadastra no sistema as áreas de risco de seu território, com fotos e mapas, e os principais acidentes naturais registrados na cidade. Os municípios também indicam os locais que tenham infraestrutura para acolher desabrigados (escolas, igrejas, ginásios de esporte) e os recursos existentes para o apoio ao atendimento da população (veículos, ambulâncias, maquinário). Também definem os responsáveis pelas funções, com telefones e endereços para contato.

 

“Isso facilita muito no momento de prestação de socorro”, ressalta o coronel Barros. “Por exemplo, quando é necessário decretar estado de emergência ou de calamidade pública, basta preencher corretamente os dados que o sistema gera o documento, sem erros. As cidades podem receber apoio o mais rápido possível”, explica. (AEN)

 

 

 

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