Segunda, 16 Fevereiro 2015 14:01

Crise no governo estadual pode fechar quatro universidades paranaenses

Em entrevista à Gazeta do Povo, o reitor da Unicentro, Aldo Nelson Bona, alertou para a gravidade da situação das sete universidades estaduais do Paraná.

 

De acordo com Bona, se os recursos para custeio das universidades não forem liberados regularmente, quatro delas correm risco de fechar.

 

“Se está realidade não for alterada, pelo menos quatro das sete universidades vão fechar as portas. Essa é a realidade crua, não tem como funcionar. Nossa pretensão é levar ao conhecimento do governador e ver se existe alguma alternativa”, diz o reitor da Unicentro, Aldo Nelson Bona, que é também presidente da Associação Paranaense das Instituições de Ensino Superior Público (Apiesp). Segundo Bona, o governo do estado prometeu apenas R$ 9 milhões para que as sete instituições quitem parte do Pasep. “Esse valor não cobre o Pasep, que é de 1% das receitas, ou seja, mais de R$ 15 milhões. E, se não pagar o Pasep, bloqueia as contas do próprio estado. O cenário é o pior possível”, lamenta.

 

Sem previsão de verba de custeio para este ano, as sete universidades estaduais do Paraná iniciam a semana fazendo contas para saber se terão condições de começar o ano letivo. Na sexta, dia 13, os reitores estiveram reunidos com o secretário estadual de Fazenda, Mauro Ricardo Costa, que informou a impossibilidade de garantir os R$ 124 milhões para despesas das instituições, aprovados na Lei Orçamentária Anual. “Não vai ter! Estamos priorizando o pagamento de pessoal, que chega a quase R$ 1,2 bilhão nas universidades. Eles têm outras fontes de recurso, R$ 214 milhões de outras fontes, convênios, prestação de serviços”, afirma Costa. Os representantes das instituições contestam, afirmando que as verbas de convênios são carimbadas e, portanto, não podem ser destinadas a despesas de manutenção.

 

Para o secretário Mauro Costa, a única solução para o problema é a aprovação dos projetos de ajuste fiscal – o pacotaço. “É fundamental [a aprovação]. Basta olhar a situação do estado, que só tem dinheiro para, mal e porcamente, pagar a folha. Se não for feito o ajuste, vamos nos transformar em grandes gerentes de recursos humanos." (Com Gazeta do Povo)

 

 

 

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