“Se está realidade não for alterada, pelo menos quatro das sete universidades vão fechar as portas. Essa é a realidade crua, não tem como funcionar. Nossa pretensão é levar ao conhecimento do governador e ver se existe alguma alternativa”, diz o reitor da Unicentro, Aldo Nelson Bona, que é também presidente da Associação Paranaense das Instituições de Ensino Superior Público (Apiesp). Segundo Bona, o governo do estado prometeu apenas R$ 9 milhões para que as sete instituições quitem parte do Pasep. “Esse valor não cobre o Pasep, que é de 1% das receitas, ou seja, mais de R$ 15 milhões. E, se não pagar o Pasep, bloqueia as contas do próprio estado. O cenário é o pior possível”, lamenta.
Sem previsão de verba de custeio para este ano, as sete universidades estaduais do Paraná iniciam a semana fazendo contas para saber se terão condições de começar o ano letivo. Na sexta, dia 13, os reitores estiveram reunidos com o secretário estadual de Fazenda, Mauro Ricardo Costa, que informou a impossibilidade de garantir os R$ 124 milhões para despesas das instituições, aprovados na Lei Orçamentária Anual. “Não vai ter! Estamos priorizando o pagamento de pessoal, que chega a quase R$ 1,2 bilhão nas universidades. Eles têm outras fontes de recurso, R$ 214 milhões de outras fontes, convênios, prestação de serviços”, afirma Costa. Os representantes das instituições contestam, afirmando que as verbas de convênios são carimbadas e, portanto, não podem ser destinadas a despesas de manutenção.
Para o secretário Mauro Costa, a única solução para o problema é a aprovação dos projetos de ajuste fiscal – o pacotaço. “É fundamental [a aprovação]. Basta olhar a situação do estado, que só tem dinheiro para, mal e porcamente, pagar a folha. Se não for feito o ajuste, vamos nos transformar em grandes gerentes de recursos humanos." (Com Gazeta do Povo)