Segunda, 01 Dezembro 2014 14:41

Uma pessoa morre afogada por dia no Paraná

Pelo menos uma pessoa morre afogada por dia no Paraná.  

 

A constatação faz parte de um estudo, denominado como “Epidemiologia de Afogamento: Estado e Políticas Públicas no Paraná”, desenvolvido na Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná), publicado em uma revista na Alemanha, e faz parte de uma dissertação de mestrado do capitão Antônio Schinda, do Corpo de Bombeiros.

 

O trabalho foi produzido com dados registrados no Estado pelo Corpo de Bombeiros de 2008 a 2012 e 650 casos foram analisados, especificamente, para traçar o perfil do afogado. A dissertação mostra que 92% dos afogamentos no Estado ocorrem em água doce. Das mortes, 47% ocorrem nos fins de semana. Dos locais, 54% das mortes ocorrem nos rios e 30% nas represas, lagoas e açudes;

 

Das vítimas, 90% são homens, com predomínio de jovens, sendo que as principais atividades em que estas tragédias ocorrem são o banho e a natação: 49% dos casos. Segundo o estudo, 15% dos casos de afogamento estão relacionados com atividade de pescaria, tendo como principal causa a queda das vítimas na água.

 

No Paraná, de 2008 a 2012 ocorreram 48 casos fatais de afogamento em piscinas e banheiras. Dos mortos, 23% eram crianças de um a quatro anos.

 

“O afogamento é um problema de difícil solução. Todos os anos ocorrem muitas mortes no Estado e a maioria em locais isolados. O afogamento, normalmente, é rápido e a falta de habilidade da vítima aumenta os riscos. O verão é estação do ano em que mais ocorrem mortes deste tipo”, analisa Schinda.

 

Dos casos analisados, 97 ocorreram em dezembro, 99 em janeiro e 91 em fevereiro. No inverno, o número caiu drasticamente: 19 casos em junho e 24 em julho.

 

Segundo ele, o número de ocorrências permanece alto porque os banhistas ou não conhecem os riscos ou os desafiam. Para combater esses casos, os bombeiros fazem treinamentos constantes para salvamento das vítimas. “Você está pescando no Rio Paraná, sem nenhuma segurança. Bebeu um pouco, se desequilibra, cai na água e não sabe nadar. A bebida também é um fator que está relacionado a essas mortes, principalmente no fim do ano. Em média, 36% dos afogamentos estão ligados ao uso de álcool”, afirma o estudioso.

 

 

 

 

Com informações de O Paraná

 

 

 

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