A mobilização foi marcada devido a falta de segurança dentro das unidades penais que os trabalhadores enfrentam diariamente nos últimos anos. Por conta disso, até o momento 23 rebeliões e 46 agentes foram feitos reféns apenas nos últimos 10 meses.
Para o presidente do Sindarspen, Antony Johnson, a manifestação é um grito de desespero dos agentes que clamam por segurança. “A primeira medida que o Governo tomou para tentar prevenir as rebeliões é investigar se há facilitação de agentes nos motins. Porém, as rebeliões não acontecem por culpa dos agentes, mas porque o Governo não investiu no Sistema Penitenciário. Faltam muitos itens básicos como de higiene, faltam profissionais técnicos, advogados, a alimentação é ruim, o que gera insatisfação na massa carcerária e, ainda, falta manutenção nas unidades, faltam agentes para dar conta do trabalho, são muitos problemas”, explicou.
Durante a mobilização, os agentes realizaram um “algemaço” em frente do Palácio do Iguaçu e, na sequência, fizeram uma passeata pela Avenida Cândido de Abreu e seguiram para o Palácio das Araucárias, sede da SEJU. No local, os servidores ocuparam a entrada do prédio e, com gritos de ordens, manifestaram a indignação dos trabalhadores pela atual gestão que administra as penitenciárias.
Ainda segundo Johnson, o Sistema precisa de mudanças na gestão, como a criação, inclusive, de uma secretaria específica. “Precisamos de uma secretaria própria para o Sistema Penitenciário, com pessoas que entendam de segurança na gestão prisional, e com isso possamos promover a ressocialização dos presos, com segurança para os trabalhadores, para os presos e toda a sociedade”, diz.
Ele ainda complementa que é necessário enviar para a Assembleia Legislativa do Paraná, o projeto de lei que amplia o quadro de agentes, reduzir a superlotação das unidades penais, ampliar o grupo de intervenção tática para todas as unidades do estado e construção de novas unidades. “Queremos conversar com o governador, repassar a ele todos os problemas do Sistema, e esperamos que antes de qualquer atitude que ele venha a tomar, chame os trabalhadores para o diálogo”, relata.
Com informações da NP