Ainda segundo o Diário Catarinense o secretário da Justiça e Cidadania, Sady Beck Júnior, afirmou que o Estado não irá aceitar transferências de presos do Paraná sem que eles tenham alguma condenação em Santa Catarina. O DC também ouviu o Departamento de Administração Prisional (Deap) de Santa Catarina, que também negou a vinda de presos do Paraná. “Eles nos ofereceram uma permuta em que viriam três presos de lá e nós mandaríamos seis. Eu disse que analisaria, mas não tem nada definido. Já temos a nossa superlotação e os nossos problemas daqui e por isso vamos trabalhar para não receber presos de outro estado”. Beck comentou também que o ideal nesse caso seria o encaminhamento dos presos do Paraná para prisões federais.
A Secretaria da Justiça e Cidadania do Paraná por meio de sua assessoria de impressa afirmou que a transferência para Santa Catarina foi uma das exigências dos presos rebelados em Guarapuava para encerrar a rebelião. O motim se encerrou por volta das 10h desta quarta, após quase 48h de rebelião.
Deap se posiciona contra
Em nota, o diretor do Departamento de Administração Prisional (Deap) Leandro Lima disse que recebeu pedido de transferência de dois presos pelo Judiciário do Paraná, mas que é contra a vinda deles ao Estado.
De acordo com o diretor, a gerência de execuções penais do Deap analisou os processos, o histórico prisional e a vida pregressa dos presos e não encontrou razões que justifiquem ou fundamentem as transferências.
Na nota, o diretor afirma que transferências notadamente justificáveis e de responsabilidade catarinense devem ser solicitadas oportunamente e não apenas em momentos de crise.
O Estado de Santa Catarina, conforme o diretor, possui mais de 50 detentos com processos exclusivos à Justiça do Paraná aguardando autorização de transferência para aquele Estado e até agora não obteve resposta.
"Aceitar as transferências é estar conivente com a forma que vem sendo utilizada pelos presos paranaenses para conseguirem o atendimento a suas solicitações. O Deap se solidariza com o Estado vizinho mas acredita que, a exemplo de Santa Catarina, as crises devem ser enfrentadas internamente e, em casos extremos, solicitado o apoio ao Governo Federal", diz Lima na nota.
Com Rede Sul de Notícias