Quinta, 14 Agosto 2014 11:09

Secretaria da Saúde do Paraná descarta casos suspeitos de ebola

A Secretaria Estadual da Saúde descartou nesta quarta, dia 13, os dois casos suspeitos de infecção pelo vírus ebola identificados em Londrina, no norte do Estado.

 

Uma mulher de 46 anos, que veio da Angola, e um homem de 61 anos, que veio do Togo (ambos na África), apresentaram sintomas semelhantes aos da doença, contudo foram diagnosticados com cardiopatia e malária, respectivamente. 

 

A suspeita surgiu porque os pacientes apresentaram mal-estar após voltarem de viagem à África. Atualmente, quatro países do continente registram surtos da doença: Serra Leoa, Guiné, Libéria e Nigéria, que confirmaram 1.013 mortes e 1.848 casos já notificados. 

 

O resultado das investigações foi apresentado durante a reunião da Comissão Estadual de Infectologia, que discutiu as estratégias de prevenção e enfrentamento contra uma possível introdução do ebola no Paraná. A reunião foi transmitida por videoconferência e teve a participação de mais de 600 profissionais de saúde de todo o Estado, entre médicos, enfermeiros, representantes de hospitais, sociedades médicas e secretários municipais de saúde. 

 

Segundo o superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz, o momento é de alerta, pois o risco de introdução do ebola não pode ser desprezado. “Estamos organizando uma retaguarda de atendimento para identificar e tratar precocemente os casos suspeitos”, destacou. 

 

SUSPEITA – Será definido como caso suspeito todo paciente que apresentar febre alta e sintomas de hemorragia em até 21 dias após retornar de um dos quatro países africanos com surto. “A pessoa deve procurar o pronto socorro mais próximo e informar que viajou à África. Desta forma, a Secretaria da Saúde será notificada e o protocolo de atendimento será aplicado imediatamente”, disse o superintendente. 

 

O período de 21 dias é utilizado por conta do prazo de incubação do vírus da doença. Ou seja, o paciente pode manifestar sintomas em até três semanas após a infecção. 

 

TRANSMISSÃO – Diferente de outras doenças, o paciente com ebola só começa a transmitir o vírus depois de apresentar os primeiros sintomas. “Isso ressalta a importância da pessoa procurar atendimento médico imediatamente após se sentir mal. Com isso, poderemos evitar novas transmissões”, explica a médica e coordenadora do CIEVS-PR, Mirian Woiski. 

 

ASSISTÊNCIA – Depois do primeiro atendimento, o paciente será encaminhado através do Samu para um dos hospitais inicialmente indicados como referência: Hospital Regional do Litoral (Paranaguá), Hospital de Clínicas da UFPR (Curitiba), Hospital do Trabalhador (Curitiba) e Hospital Municipal de Foz do Iguaçu. A Secretaria da Saúde também está trabalhando para propor a indicação de mais três hospitais, um em Londrina, um em Maringá e outro em Cascavel. 

 

A rede assistencial foi definida para que houvesse um hospital de referência em cada macrorregião do Estado. Além disso, nos casos dos Hospitais Regional do Litoral e Municipal de Foz do Iguaçu, os serviços foram escolhidos devido ao risco de introdução do vírus pela fronteira e pelo Porto de Paranaguá e Antonina. 

 

Atualmente, a doença não tem cura comprovada e por isso o tratamento auxilia na manutenção do quadro clínico do paciente. Nas próximas semanas, o Ministério da Saúde deve divulgar um protocolo completo sobre o manejo clínico dos casos suspeitos de ebola. 

 

Todos os casos devem ser notificados ao CIEVS-PR por meio do telefone 0800 643 8484, ou pelo site www.saude.pr.gov.br (banner notifique aqui). O material biológico para exames será coletado e encaminhado ao Instituto Evandro Chagas, no Pará.

 

 

 

 

Por Assessoria.

 

 

 

 

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