Entre tantos projetos que passam pelas mesas dos políticos, um chamou a atenção e caiu no gosto de quem tem filhos em idade escolar. Trata-se do projeto de autoria do deputado Gilberto Ribeiro (PSB), que quer proibir o uso de celulares nas escolas da rede pública de ensino. Os deputados estaduais do Paraná analisam o projeto de lei n° 440/2013, que mesmo sem aprovação na câmara, já ganhou os aplausos de muitos pais e educadores.
O objetivo da lei é proibir a utilização de qualquer equipamento eletrônico dentro de salas de aula de todo o Estado. Conforme o texto, que é de autoria do deputado Gilberto Ribeiro, "os jovens do ensino fundamental e médio não possuem ainda capacidade para controlar o uso destes aparelhos, o que causa desvio de atenção no horário de aula, além do acesso a conteúdos inapropriados". O deputado alegou ainda que o projeto é fruto de conversas com pais e professores. E realmente deve ser.
A ideia não é condenar a tecnologia e colocá-la como o vilão, mas sim, fazer com que aparelhos como tablets e celulares sejam utilizados na escola apenas como método que auxilie na aprendizagem, sob a supervisão dos professores. O deputado disse ainda que o objetivo maior não é a punição, contudo, que por meio da lei, os docentes tenham amparos para exigir mais atenção e comportamento adequado em sala de aula.
Celular na sala de aula
É praticamente impossível impedir que crianças e adolescentes tenham acesso aos celulares, até porque, é através dos aparelhos que muitos pais mantêm contato com os filhos quando não estão em casa. No entanto, usar o mesmo em horário de aula é prática condenada em quase todas as escolas brasileiras, sejam elas públicas ou privadas.
O projeto de lei, devido a sua importância, já tem parecer favorável da Comissão de Educação e de Constituição e Justiça. De acordo com a Secretaria de Estado da Educação, hoje, é o estatuto de cada escola que decide a melhor maneira de lidar com os equipamentos eletrônicos. Ou seja, não há regra comum a todo o Paraná. Para que passa a valer para todas as instituições, o projeto precisa passar por uma terceira discussão e após aprovado, seguir para sanção do governador.
Lei vista com bons olhos
Numa rápida enquete, o Jornal de Beltrão constatou que muitos pais e professores são favoráveis à lei. A maioria não concorda que celulares ligados em sala de aula sejam benéficos aos estudantes. Para o professor Roberto Oliveira, que concorda em número, gênero e grau com o projeto do deputado, é preciso proibir. "Escola é lugar de estudar, aprender, crescer e não de ficar navegando, jogando, batendo papo no celular", salientou.
Segundo o professor, sempre que um pai precisa falar com o filho, pode ligar para o telefone da escola, da secretaria, e não fazer contato direto com ele através do celular. "Em horário de aula acho errado, que liguem no colégio e deixem recado com a coordenação."
Na opinião do pai Everaldo Macagnan, o projeto deve virar lei e ser ampliado também às escolas de ensino particular. (Com Jornal de Beltrão)