Segunda, 11 Agosto 2014 21:03

Celular durante aula pode ser proibido em escolas públicas do PR

O deputado estadual Gilberto Ribeiro é responsável pelo projeto.

 

O objetivo é que os alunos não se distraiam com os aparelhos eletrônicos.

 

Entre tantos projetos que passam pelas mesas dos políticos, um chamou a atenção e caiu no gosto de quem tem filhos em idade escolar. Trata-se do projeto de autoria do deputado Gilberto Ribeiro (PSB), que quer proibir o uso de celulares nas escolas da rede pública de ensino. Os deputados estaduais do Paraná analisam o projeto de lei n° 440/2013, que mesmo sem aprovação na câmara, já ganhou os aplausos de muitos pais e educadores.

 

O objetivo da lei é proibir a utilização de qualquer equipamento eletrônico dentro de salas de aula de todo o Estado. Conforme o texto, que é de autoria do deputado Gilberto Ribeiro, "os jovens do ensino fundamental e médio não possuem ainda capacidade para controlar o uso destes aparelhos, o que causa desvio de atenção no horário de aula, além do acesso a conteúdos inapropriados". O deputado alegou ainda que o projeto é fruto de conversas com pais e professores. E realmente deve ser. 

 

A ideia não é condenar a tecnologia e colocá-la como o vilão, mas sim, fazer com que aparelhos como tablets e celulares sejam utilizados na escola apenas como método que auxilie na aprendizagem, sob a supervisão dos professores. O deputado disse ainda que o objetivo maior não é a punição, contudo, que por meio da lei, os docentes tenham amparos para exigir mais atenção e comportamento adequado em sala de aula.

 

 

Celular na sala de aula

 

É praticamente impossível impedir que crianças e adolescentes tenham acesso aos celulares, até porque, é através dos aparelhos que muitos pais mantêm contato com os filhos quando não estão em casa. No entanto, usar o mesmo em horário de aula é prática condenada em quase todas as escolas brasileiras, sejam elas públicas ou privadas.

 

O projeto de lei, devido a sua importância, já tem parecer favorável da Comissão de Educação e de Constituição e Justiça. De acordo com a Secretaria de Estado da Educação, hoje, é o estatuto de cada escola que decide a melhor maneira de lidar com os equipamentos eletrônicos. Ou seja, não há regra comum a todo o Paraná. Para que passa a valer para todas as instituições, o projeto precisa passar por uma terceira discussão e após aprovado, seguir para sanção do governador. 

 

 

Lei vista com bons olhos

 

Numa rápida enquete, o Jornal de Beltrão constatou que muitos pais e professores são favoráveis à lei. A maioria não concorda que celulares ligados em sala de aula sejam benéficos aos estudantes. Para o professor Roberto Oliveira, que concorda em número, gênero e grau com o projeto do deputado, é preciso proibir. "Escola é lugar de estudar, aprender, crescer e não de ficar navegando, jogando, batendo papo no celular", salientou. 

 

Segundo o professor, sempre que um pai precisa falar com o filho, pode ligar para o telefone da escola, da secretaria, e não fazer contato direto com ele através do celular. "Em horário de aula acho errado, que liguem no colégio e deixem recado com a coordenação."

 

Na opinião do pai Everaldo Macagnan, o projeto deve virar lei e ser ampliado também às escolas de ensino particular.  (Com Jornal de Beltrão)

 

 

 

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