Nas últimas 24 horas, novas instabilidades simplesmente “explodiram entre o Paraguai, Argentina e o noroeste do Rio Grande do Sul, onde volumes de chuva de até 130 milímetros, além de muitos raios, ventania e granizo, foram registrados em várias cidades.
Municípios, principalmente do extremo noroeste gaúcho já computaram danos com o transbordamento de rios, onde famílias já foram desalojadas. O mesmo também foi verificado no extremo oeste catarinense.
No que depender da previsão numérica, a população dos três estados sulinos deve enfrentar problemas ainda maiores até o final desta semana.
Volumes muito expressivos de precipitação entre 200 e 300 milímetros são previstos para boa parte dos municípios da porção norte gaúcha e também para o oeste, meio-oeste e planalto sul catarinense.
Nestas áreas, temos grandes rios e bacias hidrográficas com grandes “ramificações”, que são rios menores, mas que juntos possuem muita potência para gerar grande acúmulo de água. Por isso, além do efeito natural das cheias das barragens, o risco de novas enchentes, algumas severas, não pode ser desconsiderado, principalmente sobre a bacia do rio Uruguai, entre o norte e o noroeste gaúcho e o oeste catarinense.
Também pode chover muito em cidades de parte do oeste, sudoeste e sul do Paraná, mas principalmente nas áreas de fronteira, o que tende novamente a elevar o nível dos principais rios. Por enquanto, não há sinalização para que o montante de chuva avance sobre o Vale do Itajaí e o planalto norte de Santa Catarina e a região da bacia do Iguaçu, no Paraná, que nas últimas duas semanas foram castigadas por chuvas muito expressivas.
A partir de domingo dia 29, a instabilidade momentaneamente dará uma trégua sobre a Região Sul devido ao ingresso de um novo pulso de ar frio polar, que trará, inclusive, condição para geada mais ampla, mas novamente, já na quarta dia 02 de julho, as simulações numéricas voltam a desenhar a possibilidade de muita chuva novamente sobre boa parte da Região Sul, o que não dará, portanto, tempo hábil para o escoamento das águas, o que deve manter o solo bastante saturado de umidade implicando em trabalhos no campo, obras de infraestrutura nas cidades e a paralisação da construção civil em serviços terceirizados já em curso. (Com De Olho No Tempo)