Segunda, 24 Dezembro 2012 09:16

Areia da praia não sera tratada esse verão

Sem serviço de revolvimento, implantado na última temporada, banhistas devem ficar atentos a doenças causadas por microorganismos.

 verão deste ano vai exigir um cuidado a mais para aqueles que querem aproveitar o Litoral do Paraná. Eles não poderão pisar na areia sem chinelo ou tomar sol sem esteira.

 

 

Construir castelinho na areia, então, nem pensar. Caso contrário, há o risco de pegar micose, diarreia, bicho geográfico e alergias de pele. O serviço de revolvimento da areia não será prestado nas praias esta temporada e, sem ele, não é possível eliminar os micro-organismos que causam essas doenças.

 

O alerta foi dado por Sumaia Andraus, farmacêutica bioquímica do Instituto Ambiental do Paraná (IAP). “Esse serviço foi prestado no último verão e a qualidade melhorou em quase 100% em todos os pontos em que fizemos a medição da qualidade da areia. Mas se ele não for continuado, voltamos à estaca zero e as pessoas vão ter que se cuidar”, afirma.

 

O trabalho é feito com máquinas que peneiram e “reviram” a areia das praias. Ele foi implantado na última temporada pelo governo do estado baseado na tese de mestrado de Sumaia. A bioquímica explica que é necessário fazer o revolvimento na areia para que os raios solares eliminem os micro-organismos que se proliferam abaixo da superfície – por estar sempre úmida, a areia garante a condição ideal de vida para eles. Esse seria também o método mais sustentável e barato para garantir o saneamento da areia.

 

Licitação revogada

 

As duas licitações para selecionar a empresa que prestaria esse serviço foram revogadas nos últimos meses pela Sanepar. A segunda revogação aconteceu na tarde da última sexta-feira – o que leva a crer que o serviço não deve ser prestado ainda nesta temporada, por conta do tempo necessário para se realizar uma nova licitação.

 

A vencedora dos dois processos licitatórios, a Ecocity Soluções Ambientais, prestou o serviço no verão passado. Roberto Gonçalves Façanha, diretor da empresa, diz que a Sanepar não deu explicações ou apontou irregularidades nos processos. “É no mínimo estranho”, afirma ele. A Sanepar não quis se pronunciar sobre o assunto.

 

O serviço deve ser compensado em parte pelo Instituto das Águas do Paraná, que apesar de não fazer o revolvimento de areia, ampliou o número de pessoal em 30% em relação ao ano passado. Segundo Carla Mittelstaedt, diretora de resíduos sólidos do órgão, foram disponibilizados para a temporada 31 caminhões compactadores, sete de coleta seletiva e contratadas mais de 400 pessoas para limpeza das praias e vias públicas. Outras 60 foram chamadas para o trabalho de educação ambiental.

 

Em casa, pra facilitar a coleta seletiva, o ideal é separar os materiais orgânicos dos recicláveis (saco azul para recicláveis e preto para orgânicos) e retirar o lixo no período entre 18 horas e 7 horas (do dia seguinte).

 

 

 

 

 

Fonte - Gazeta do Povo

 

 

 

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