Considerado com maior responsabilidade no incidente por ser o mandante, o time paranaense terá de jogar 12 partidas longe de casa, sendo seis com portões fechados, e ainda terá de pagar uma multa de R$ 120 mil. O Vasco, por sua vez, perdeu oito mandos de campo, terá de jogar quatro vezes com portões fechados e pagará multa de R$ 80 mil.
Os dois clubes foram condenados pela 4ª Comissão Disciplinar do STJD com base no artigo 213. Ainda cabe recurso no Pleno do Tribunal. No mesmo julgamento, o árbitro Ricardo Marques Ribeiro, a Federação Paranaense e a Federação Catarinense foram absolvidos.
Mandante do jogo, o Furacão foi enquadrado no artigo 191 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) por “deixar de cumprir ou dificultar o cumprimento de medidas para garantir a segurança dos torcedores” e no artigo 211 por “deixar de manter o local indicado para a realização da partida com infra-estrutura necessária a assegurar a plena garantia e segurança para a sua realização". Além das duas acusações, o clube ainda respondeu duas vezes junto com o Vasco pelo artigo 213, que fala em deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir desordens na praça de desporto, além de atirar objetos no gramado.
Vale lembrar ainda que na quinta-feira (12) o STJD rejeitou a ação movida pelo Vasco que pedia a impugnação da partida em Joinville. Os cariocas, contudo, ainda podem fazer um pedido de reconsideração do recurso.
Relembre o caso
A briga entre torcedores de Atlético-PR e Vasco marcou a última rodada do Campeonato Brasileiro. Com 17 minutos do primeiro tempo, a partida precisou ser paralisada quando integrantes de organizadas dos dois clubes se enfrentaram e protagonizaram cenas de selvageria nas arquibancadas da Arena Joinville.
Depois de mais de uma hora de paralisação, o árbitro Ricardo Marques Ribeiro decidiu pelo reinício do jogo, e o Vasco acabou goleado por 5 a 1. O estrago, no entanto, já estava feito, com quatro torcedores, dois de cada equipe, sendo encaminhados para hospitais na região.
Somente nesta sexta, o último deles, William Batista da Silva, de 19 anos, que precisou deixar a arena de helicóptero, saiu do hospital. Anteriormente, Diogo Cordeiro da Costa Ferreira, de 29 anos, foi liberado no mesmo dia. Já Estevão Viana, de 24 anos, e Gabriel Ferreira Vitael, de 20, passaram a noite de domingo em observação e foram liberados pelos médicos na segunda-feira.
Punição ainda pode ser revertida
Como ainda cabe recurso da decisão, o Atlético ainda pode conseguir reduzir sua pena no STJD, repetindo o que fez o Coritiba no ano de 2010.
Na ocasião, o arquirrival atleticano foi julgado por conta da pancadaria na última rodada do Campeonato Brasileiro de 2009, após o empate em 1 a 1 contra o Fluminense no dia 6 de dezembro, no Couto Pereira, que acabou selando o rebaixamento coxa-branca.
Inicialmente, o tribunal condenou o coxa à perda de 30 mandos de campo e ao pagamento de uma multa de R$ 610 mil. O Coritiba recorreu e conseguiu reduzir a pena para 10 jogos e multa de R$ 100 mil. No caso, o clube foi punido pelanão prevenção de desordem, invasão do gramado, lançamento de objetos ao campo e falta de segurança para a partida. (Com informações do Bonde)