Segunda, 01 Julho 2013 17:06

Protestos de caminhoneiros bloqueiam rodovias no PR, SC, SP, MG, ES e MT

No Paraná, a rodovia estadual PR-182 tem bloqueio em Realeza.

 

PRF informou, às 16 horas, que nenhuma rodovia federal do Paraná estava interditada em decorrência das manifestações dos caminhoneiros.

 

Caminhoneiros protestam em vários estados nesta segunda dia 01º e bloqueiam estradas no Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo e Mato Grosso. Algumas das reivindicações da categoria são melhorias nas rodovias, subsídio ao preço do óleo diesel, isenção do pagamento de pedágio e a votação e sanção imediata do projeto que aprimora a Lei do Motorista.

 

A PR-182, em Realeza, no Paraná, foi bloqueada por volta 11 horas desta segunda por causa do protesto dos caminhoneiros. A estrada foi liberada, por volta das 14 horas, no quilômetro 464. Segundo a PRE, a mesma rodovia estadual segue interditada no quilômetro 459. Os manifestantes prometem liberar a via de hora em hora.

 

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou, às 16 horas, que nenhuma rodovia federal que corta o Paraná estava interditada em decorrências das manifestações dos caminhoneiros. Pela manhã, a BR-376, em Ponta Grossa, foi rapidamente fechada. A PRF afirmou que nenhuma equipe foi enviada ao local do protesto.

 

 

 

Santa Catarina

 

 

Em Santa Catarina, o protesto nacional dos caminhoneiros começou às 10h e fecha duas rodovias do Oeste do Estado. Em Palmitos (559 km de Florianópolis), os caminhoneiros fecharam a BR-158. Em Maravilha (576 km de Florianópolis), a BR-282.

 

A manifestação reunia às 13 horas de hoje cerca de 50 caminhoneiros em cada uma das cidades, segundo a PRF. Não houve violência. Os caminhoneiros liberaram a passagem de carros de segurança e ônibus. Em faixa colocada no acostamento, o grupo avisou que vai repetir o bloqueio na quarta-feira (4).

 

 

 

São Paulo e Minas Gerais

 

 

Caminhoneiros também que bloqueiam o trânsito na Anchieta, em São Paulo, disseram que só deixam a rodovia se o governador Geraldo Alckmin (PSDB) os receber.

 

A rodovia Cônego Domênico Rangoni também foi bloqueada por caminhoneiros em protestos nesta manhã. Por volta das 10h30, um comboio de caminhões, acompanhado pela Polícia Militar Rodoviária, causa lentidão no sentido São Paulo do km 1 ao km 8 da rodovia SP 248 -continuação da Cônego.

 

Já na Grande São Paulo, um protesto também de caminhoneiros bloqueia o tráfego nos dois sentidos da pista expressa da Castello Branco, em Barueri. A concessionária CCR Viaoeste, que administra a via, montou desvios no km 32, no sentido São Paulo, e km 26, no sentido interior.

 

Há filas de veículos do 30 km ao km 33, no sentido capital paulista. Na direção do interior, a lentidão entre o km 18 e o km 19 e os kms 23 e 24. Já no trecho sul do Rodoanel, na região de Itapecerica da Serra (Grande São Paulo), um grupo de manifestantes da cidade interrompe o tráfego no km 45, sentido Mauá. Há lentidão do km 40 ao km 46.

 

Em Minas, três rodovias federais têm bloqueios apenas para caminhões. Ônibus e carros estão liberados para trafegarem por uma pista da rodovia bloqueada, segundo a polícia.

 

Os protestos acontecem em dois pontos da rodovia Fernão Dias, nos municípios de Igarapé (região metropolitana de Belo Horizonte) e em Carmópolis de Minas. Na BR-381, trecho norte (liga BH a Governador Valadares), os protestos acontecem em João Monlevade, São Gonçalo do Rio Abaixo e em Antônio Dias.

 

Outro protesto acontece na BR-040, que liga Belo Horizonte ao Rio de Janeiro. O trecho é em Nova Lima, na saída da capital mineira.

 

Os congestionamentos de caminhões nas pistas bloqueadas é de aproximadamente oito quilômetros, exceção do trecho de 20 km da Fernão Dias que vai de Igarapé a São Joaquim de Bicas. Todo esse trecho está tomado por caminhões.

 

Cafeicultores da região leste de Minas Gerais também aderiram aos protestos e bloqueiam desde as 10:30 de hoje a BR-262, em Manhuaçu (a 282 km de Belo Horizonte), que liga o território mineiro a Vitória (ES).

 

Segundo a Polícia Rodoviária Federal, o protesto acontece no trevo de Realeza, próximo à confluência das rodovias BR-262 e BR-116 (Rio-Bahia). Não há informações sobre congestionamentos. A PRF informou que o motivo do protesto é para reivindicar melhores preços da saca de café de 60 kg.

 

 

 

Espírito Santo e Mato Grosso

 

 

Grupos de caminhoneiros bloquearam rodovias em três cidades do Espírito Santo nesta manhã.

 

Segundo a PRF (Polícia Rodoviária Federal), os manifestantes querem isenção de pedágio e redução de impostos que incidem sobre o óleo diesel.

O maior bloqueio ocorre na BR-262 em Viana (22 km de Vitória), onde três caminhões foram estacionados sobre as pistas para bloquear o tráfego.

 

A manifestação começou às 6:30 no km 9,5 da rodovia. Ambulâncias, carros de passeio e ônibus passam pelo acostamento.

Os outros dois bloqueios ocorrem na BR-101, a principal ligação do Espírito Santo com o Rio de Janeiro.

 

Em Iconha (84 km de Vitória) o protesto fecha a rodovia no km 374. Em Rio Novo do Sul (102 km de Vitória), no km 392.

 

Nessas duas cidades também está liberada a passagem de ambulâncias, ônibus e carros de passeio.

 

Patrulheiros do posto central da PRF no Espírito Santo informaram, às 11:30, que o protesto é pacífico.

 

Em Mato Grosso, a BR-364, que liga Cuiabá a Rondonópolis, está fechada desde as 7h. Por dia, passam 15 mil veículos na rodovia.

 

Segundo a Polícia Rodoviária Federal, o bloqueio acontece ainda no perímetro urbano e, por volta do meio-dia, o congestionamento nas duas pistas já somava 10 quilômetros

 

 

 

Lei do Descanso

 

 

O Mubc protesta para defender mudanças na Lei do Descanso dos motoristas, que entrou em vigor no ano passado. O grupo defende uma flexibilização das regras para aumentar o tempo à frente do volante dos motoristas. A mesma flexibilização é defendida por grupos empresariais ligados a grandes embarcadores de cargas, como empresas do setores de bebidas e agricultura.

 

Já outros grupos de caminhoneiros, os que são empregados de empresas de transportes, são contrários às mudanças na Lei de Direção. Os empresários do setor de transporte de carga também não querem as mudanças defendidas pelos autônomos e embarcadores.

 

Amanhã está marcada a votação de um projeto na comissão especial da Câmara que modifica a lei. O parecer do relator, Valdir Colatto (PMDB-SC), flexibiliza a lei passando o tempo de direção sem paradas de 4 horas para 6 horas. Grupos que defendem a segurança no trânsito prometem protestos no Congresso contra as alterações.

 

 

 

 

 

Fonte - Gazeta do Povo

 

 

 

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