Mais vez o Estado brasileiro é desleal com quem colabora coma Justiça", diz o advogado de Wesley, Pierpaolo Bottini. Também há um novo pedido de prisão preventiva contra Joesley, que está detido desde terça dia 12, em Brasília. Ele deverá permanecer na carceragem da Polícia Federal na capital até sexta dia 15, caso sua prisão temporária não seja prorrogada. Joesley se entregou no domingo dia 10, após o ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin,determinar seu pedido de prisão e suspender os benefícios de seu acordo de delação premiada.
TENDÃO DE AQUILES
As ações da Polícia Federal desta quarta são parte da Operação Tendão de Aquiles, que investiga se os irmãos Batista se beneficiaram de seu acordo de delação premiada para lucrar no mercado financeiro, fazendo reservas de dinheiro. As apurações miram o suposto uso de informações privilegiadas em transações entre abril e 17 de maio de 2017, data em que foram reveladas as primeiras informações da colaboração dos dois com a PGR(Procuradoria Geral da República).
Documentos apresentados pela JBS à CVM(Comissão de Valores Mobiliários) mostram que pessoas ligadas aos irmãos Batista venderam no mercado R$ 328,5 milhões em ações da empresa no período de negociação da delação. O suposto crime na CVM não foi relatado pelos executivos da JBS no acordo de colaboração premiada. Por isso, o caso não está relacionado à delação premiada de executivos da empresa e está fora da jurisdição de Fachine de Rodrigo Janot, procurador-geral da República. Por esse motivo, a"imunidade" conquistada pelos delatores não é válida para esse caso e para outros que não estejam na colaboração. (Com UOL)