Sábado, 22 Julho 2017 08:25

Aumento de tributos não terá impacto importante na inflação, dizem consultorias

O aumento de tributos sobre os combustíveis, que entrou em vigor ontem dia 21, terá impacto momentâneo sobre a inflação, não devendo fazer o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechar o ano acima do centro da meta, de 4,5%. A avaliação é de consultorias e de especialistas.

 

As projeções variam, mas a inflação oficial deverá encerrar 2017 quase um ponto percentual abaixo do centro da meta. O aumento de alíquota do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) sobre a gasolina, o etanol e o diesel tem efeito cascata sobre outros preços, como frete, transporte público e alimentação. Mesmo assim, os economistas avaliam que o impacto será marginal na inflação do ano.

 

Em relatório, a Tendências Consultoria informou que o reajuste de tributos terá impacto de 0,63 ponto percentual no IPCA em julho e agosto. Para 2017, a estimativa para o IPCA passou de 3,6% para 3,8%.

 

Outras projeções, no entanto, preveem que o efeito da medida é temporário e que a pressão sobre o nível geral de preços se diluirá nos próximos meses. O banco de investimentos Haitong alterou a estimativa de inflação para este ano de 3,6% para 3,7% após o reajuste dos combustíveis.

 

O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) informou que a inflação oficial deverá fechar o ano entre 3,3% e 3,5%. De acordo com a entidade, as novas alíquotas sobre a gasolina, o diesel e o etanol terão impacto de 0,4 ponto percentual sobre o IPCA, mesmo com a influência indireta sobre outros setores da economia.

 

Na segunda dia 24, o Banco Central, divulgará a nova previsão das instituições financeiras para a inflação oficial este ano. Até esta semana, o Boletim Focus, pesquisa semanal feita pela autoridade monetária com especialistas de mercado, apontava estimativa de 3,29% para o IPCA este ano, próximo do piso da meta: 3%. O aumento dos combustíveis veio em um momento em que a inflação está em queda.

 

Nos 12 meses terminados em junho, o IPCA acumulava 3%, no nível mais baixo da história, registrando variação negativa para o mês de 0,23%. Ontem dia 20, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o IPCA-15, que funciona como prévia da inflação oficial, registrou 2,78% no acumulado de 12 meses terminados em julho e deflação no mês de 0,18%, a menor taxa em quase 20 anos. (Com Agência Brasil)

 

 

 

Veja também:

  • Conta de luz terá taxa extra maior em novembro, de R$ 5 a cada 100 kWh

    A conta de luz dos brasileiros seguirá com cobrança de taxa extra em novembro, a chamada bandeira tarifária. Para o mês que vem será mantida a bandeira vermelha nível dois, que já estava em vigor em outubro, informou nesta sexta dia 27, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).

     

    Até este mês, a taxa extra com a bandeira vermelha nível dois era de R$ 3,50 a cada 100 kWh (kilowatts-hora) em eletricidade consumidos. No entanto, a Aneel decidiu aumentar o custo extra para R$ 5 a cada 100 kWh consumidos. O novo valor já passa a valer a partir de 1º de novembro.

  • Mercado prevê inflação de 3,06% e nova queda da Selic esta semana

    O mercado financeiro aumentou a projeção de inflação pela terceira vez seguida. A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), desta vez, passou de 3% para 3,06%, este ano.

     

    A estimativa é do Boletim Focus, uma publicação divulgada toda segunda-feira no site do Banco Central (BC), com projeções para os principais indicadores econômicos.

  • Petrobras aumenta preço da gasolina nas refinarias em 0,8% a partir deste sábado

    O preço da gasolina vendida pela Petrobras nas refinarias será elevado em 0,8%, a partir deste sábado dia 14.

     

    A informação foi divulgada nesta sexta dia 13 pela estatal. Isso não significa, necessariamente, aumento nos postos de gasolina. O valor final aos motoristas nas bombas deverá variar, de acordo com estoques dos postos e a concorrência, pois o preço ao consumidor é regulado livremente pelo mercado.

Entre para postar comentários