A vítima foi agredida com pedaços de madeira, fios cortados e cordas, e chegou a perder um testículo. Uma ação judicial foi aberta contra a União e ainda tramita na Justiça Federal.
De acordo com os relatos do jovem, que era calouro na época das agressões, as torturas eram recorrentes. "Teve um dia que eu tentei fugir do trote e me levaram para o alojamento deles.
Chegando lá tinha cerca de 15 a 18 cabos. Me amarraram, fecharam as janelas e portas, e quando eu caí no chão começaram as agressões. Eu gritei muito, mas não foi motivo para eles pararem. (...)
Todos que se formam sofrem esse trote. Os que se formaram comigo também passaram por isso”, disse, em relato publicado pelo portal G1.
Os golpes e a tortura, de acordo com o advogado da vítima, resultaram em uma cirurgia onde o soldado teve que retirar um dos testículos. Além disso, a vítima afirmou que precisou voltar ao serviço militar após a cirurgia e a pressão psicológica sofrida no ambiente fez com que precisasse de acompanhamento psiquiátrico.
A denúncia foi feita contra os 18 cabos presentes no trote. No entanto, o Exército só acatou contra oito deles. (Com Diário do Pernambuco)