Quinta, 16 Fevereiro 2017 14:59

Antes de morrer, jovem que teve a mangueira introduzida no ânus negou que agressão foi brincadeira

O adolescente que morreu após ter uma mangueira de ar comprimido introduzida no ânus afirmou, dias antes de morrer, que a agressão não foi uma brincadeira, como afirmam os acusados.

 

De acordo com a polícia, o adolescente de 17 anos, disse ao delegado Paulo Sérgio Lauretto, responsável pelo caso, que pediu diversas vezes para que os acusados parassem, o que só ocorreu quando ele começou a defecar e vomitar. 

 

O depoimento foi dado ainda no hospital, dias antes do falecimento.

 

"Ele disse que aquilo não era tipo de brincadeira, disse que pediu para eles [suspeitos] pararem diversas vezes, mas que só pararam depois que ele começou a vomitar e a defecar", afirmou Lauretto. 

 

O delegado reiterou que, apesar de não ter sido um interrogatório formal, o depoimento da vítima resultou em um relatório que será complementado com o laudo necroscópico e os suspeitos do crime. O dono do lava-jato no qual a vítima trabalhava, que teria introduzido a mangueira no ânus do jovem e outro funcionário, que o segurou, afirmaram que o crime foi apenas uma 'brincadeira', comum entre eles no local. 

 

Uma criança de 11 anos, que também presenciou a ação, ratificou a versão dos acusados. 

 

 

 Prisão

 

A Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca) pediu a prisão preventiva dos dois suspeitos da morte do adolescente. Ele foi velado na manhã desta quarta dia 15, na casa onde vivia com a família, e enterrado no final da tarde.

 

De acordo com o delegado Sérgio Lauretto, responsável pelas investigações, o pedido de prisão foi feito após a morte da vítima, na tarde da última terça dia 14. Ele permaneceu internado na Santa Casa de Campo Grande durante 11 dias. 

 

O jato da mangueira causou diversas lesões no garoto, que chegou a perder parte do intestino. A pressão do ar foi tão intensa que estourou o intestino grosso e comprimiu os pulmões, trancando as válvulas respiratórias. Thiago Demarco Sena, 26, dono do lava-jato, e o funcionário Willian Henrique Larrea, de 30,  podem ser indiciados por lesão corporal grave seguida de morte ou por homicídio doloso. (Com JC UOL)

 

 

 

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