Fiquei surpreso e encantado ao mesmo tempo. Quer dizer, se é pra conquistar a amada com um lindo buquê, que seja de comida. Nada melhor do que fisgar pelo estômago, não é mesmo? Na hora pensei na minha sogra, Dona Neide. É que ela assava salgados de responsa para vender e minha boca salivava só de lembrar. A receita de coxinhas dela é de comer rezando. Eu nunca tinha visto um buquê desse jeito aqui em Pernambuco, onde moro... Decidi apostar na loucura da francesa e acabei criando um negócio em família!
Superfácil, fizemos tudo em casa
Sou estudante de publicidade. Meu irmão, o Athila, está se formando em enfermagem. Enquanto eu sou bem ligado à internet e mídias sociais, o Athila tem experiência com vendas. Nossas capacidades profissionais se complementam. Levei a ideia pra ele e minha sogra. Achei que iam me tirar de louco da história, querendo vender salgados num embrulho de flores. E não é que amaram a doidice? Toparam na hora. Ali nasceu o Rei Do Buquê, sucesso de vendas há dois meses.
Quem faz as coxinhas e fica na produção delas é a minha namorada, Jessica, que aprendeu a receita com a mãe e tem o maior talento no fogão. Os salgadinhos são feitos em casa mesmo. Assim que ficam prontos, eu e o Athila entramos em ação: montamos os buquês espetando cada um dos salgados em um palito de churrasco e colocando em um suporte que serve de base. Papel crepom e celofane dão os ares de buquê que são entregues de moto para clientes em toda a cidade. Unimos forças também para divulgar o negócio. Apostamos no boca a boca entre as clientes fieis da minha sogra. Além disso, montamos uma página no Facebook e enviamos avisos aos amigos pelo WhatsApp. A cidade inteira de Caruaru ficou sabendo dos tais buquês! E a venda começou a subir...
No segundo mês, faturamos R$ 4 mil reais
No primeiro mês, vendemos algumas dúzias de buquês: as coxinhas eram feitas e fritas na hora. Já no segundo mês a demanda aumentou bastante e começamos a fazer e congelar o salgado. A quantidade girava em torno de 2 a 3 mil unidades, armazenadas no freezer de casa. Quando chega uma encomenda, a Jessica frita as coxinhas vinte minutos antes da entrega, assim elas chegam quentinhas no cliente. Esse é o segredo do nosso sucesso: um produto de qualidade e saboroso, com gostinho de frito na hora. O buquê com 15 coxinhas custa R$ 30 reais, já o com 30 unidades custa R$ 45. Faturamos R$ 4 mil reais já no segundo mês! Tirando os custos com ingredientes e outros itens, o lucro foi de R$ 2.500.
Datas comemorativas pedem buquês especiais!
Temos tudo que precisamos em casa! Fora a compra dos ingredientes para as coxinhas, não tivemos que investir um real. A proposta é abrir uma loja física aqui em Caruaru e outra em Recife. Assim podemos atender cada vez mais encomendas e expandir o negócio. Optamos também por diversificar os tipos de buquê: bombons de chocolate para a Páscoa, brigadeiros de caipirinha para o carnaval... A cada data especial lançamos um buquê temático. Apesar de o negócio ser um sucesso, não deixo de fazer alguns serviços autônomos de foto e vídeo para complementar a renda. Já o Athila se dedica totalmente ao Rei Do Buquê. Fato é que o dinheiro ajuda muito nas contas de casa. Quem diria que algumas coxinhas no palito fariam a diferença na renda de toda a família! (Com Sou Mais Eu/UOL)