A filha de Evande registrou o caso na delegacia plantonista do Centro para investigação e declarou que o pai havia sofrido acidente de trânsito no dia 7 deste mês, em Terenos. Foi levado para atendimento na cidade, porém, após ser consultado verbalmente, foi liberado sem ser submetido a nenhum tipo de exame. Quatro dias depois da queda de moto, Evande passou a reclamar de dores no ombro e a família o levou para a Capital.
Da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Vila Almeida, onde fez raio-x, foi transferido para o Hospital Universitário para novo exame que constatou fratura na clavícula do paciente.
O médico que fez o atendimento no hospital deu encaminhamento para ser agendado retorno para o próximo dia 19, mas havia vaga somente para o dia 26.
Evande foi liberado e retornou para Terenos, onde morava, bastante sonolento. No dia 12, o homem passou a reclamar de dores abdominais, ânsia de vômito e tinha febre. Mais uma vez ele foi levado para o posto de saúde de Terenos, ficou algum tempo no soro e novamente foi liberado.
No dia seguinte, ainda com dores, a barriga de Evande começou a inchar. Pela quinta vez buscando por socorro médico e diagnóstico para entender o que estava acontecendo, o homem foi levado ao posto e a família pediu que médicos o encaminhassem para a Capital. Porém, mesmo diante das reclamações do quadro de saúde, queda de pressão e com barriga endurecida, a transferência foi negada sob a alegação de que o paciente ''estava bem''.
Ainda no posto, na madrugada de ontem, Evande passou a sentir falta de ar e foi necessário ser colocado em balão de oxigênio. Somente aí, médicos encaminharam com urgência Evande para o Hospital Regional. Depois de esperar por algum tempo atendimento no hospital, o paciente foi levado à Santa Casa e internou às 8h44min. O estado de saúde dele piorou, foi tentada reanimação e constatado o óbito às 12h01min.
O caso foi registrado como morte a esclarecer no fim da tarde de ontem e está sob investigação. (Com Correio do Estado)