Quarta, 07 Dezembro 2016 15:08

Em evento com Temer e outros políticos, Moro é ovacionado e faz selfie coletiva

A rigor, as únicas celebridades presentes no palco da premiação "Brasileiros do Ano", da revista "Istoé", eram a atriz Grazi Massafera e a cantora Ludmilla.

 

Mas, durante o evento, realizado na noite desta terça dia 06, em São Paulo, o superstar foi o juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas decisões da Operação Lava Jato em primeira instância.

 

Premiado como o "Brasileiro do Ano na Justiça", Moro ofuscou não só Grazi e Ludmilla, mas o presidente Michel Temer (PMDB) e ministros como Henrique Meirelles (Fazenda), José Serra (Relações Exteriores, PSDB), Alexandre de Moraes (Justiça) e Gilberto Kassab (Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação, PSD), entre outros. Também não foram páreo para o juiz nomes como o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin; o prefeito eleito de São Paulo, João Doria; e o senador mineiro Aécio Neves, todos do PSDB.

 

Antes do começo da cerimônia, posou para selfies com convidados. Na abertura, quando todos os premiados foram chamados ao palco, um a um, foi ovacionado pelos convidados quando anunciado. Antes de chegar à sua cadeira, foi aplaudido de novo. Citado no discurso do jornalista Ricardo Boechat, ganhou mais palmas. As mãos de Serra e Kassab não se moveram.

 

 

Descontração com Aécio

 

Já Aécio, citado em delações da Odebrecht e da OAS, não pareceu incomodado ao sentar-se ao lado de um dos símbolos da Lava Jato. Aliás, nem Moro. Sorridentes, ambos pareceram conversar de forma descontraída ao longo da cerimônia. Aécio é investigado por sua atuação na CPI dos Correios e por supostamente ter recebido propina da estatal Furnas, mas não na Lava Jato. O senador nega ter cometido irregularidades.

 

Diante do presidente da República, de um senador e de vários ministros --todos com direito a foro privilegiado no STF (Supremo Tribunal Federal)-- Moro elogiou em seu discurso a atuação da mais alta Corte do país. A mesma de onde vieram decisões como a prisão do então senador Delcídio do Amaral e os afastamentos de Eduardo Cunha (cassado pela Câmara e depois preso por decisão de Moro) e Renan Calheiros do comando da Câmara e do Senado, respectivamente.

 

Segundo Moro, o STF "tem feito um trabalho muito significativo, digno de elogios, que demonstra que o cidadão pode confiar na justiça brasileira." O magistrado também disse que a Justiça "é essencial para a confiança do cidadão nos contratos, nas leis" e "tem assumido um papel cada vez mais importante na vida brasileira, sem demérito das outras, evidentemente".

 

Mais aplausos.

 

Para a personalidade mais poderosa no palco, o presidente Michel Temer, o momento mais caloroso foi um breve aceno amistoso de Alckmin no discurso de abertura da premiação.

 

"Permitam-me dizer que o presidente Michel Temer não está sozinho", disse, citando em seguida o lema do Estado de São Paulo. "Pelo Brasil, faça-se o máximo. Conte com São Paulo." (Com UOL)

 

 

 

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    A notícia foi divulgada pela jornalista Andréia Sadi, da GloboNews.

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