Ela, o irmão Silvano Silva, a fotógrafa Nayla Lousada, grávida de seis meses, e o piloto Peterson Pinheiro morreram no acidente.
Incluindo todos os tipos de aeronaves, o R44 é o terceiro modelo mais frequente em acidentes aéreos no Brasil, com 59 ocorrências entre 2006 e 2015. Em 16 delas houve mortes, somando 31 vítimas.
O helicóptero fica atrás apenas do avião agrícola Ipanema, da Embraer (196 acidentes, 48 mortes), e do avião bimotor PA-34 Seneca, da empresa americana Piper (78 acidentes, 60 mortes).
No período citado, os acidentes com os R44 representaram 4,54% do total de 1.294 acidentes aéreos no Brasil, ocorridos com aeronaves de 143 modelos.
Já os acidentes com helicópteros representaram 16,32% do total.
'Não quer dizer que seja inseguro'
Segundo o professor Marcus Silva Reis, coordenador do curso de ciências aeronáuticas da Universidade Estácio de Sá, o Robinson R44 é considerado um modelo barato no mercado de helicópteros. O número de acidentes "não quer dizer que ele seja inseguro", disse.
"O modelo é usado, por exemplo, para inspeção de redes elétricas, busca de carros roubados, transporte de executivos", declarou.
De acordo com informações divulgadas pelo fabricante do R44, o modelo tem autonomia de 550 quilômetros de voo, com peso máximo total de 1.134 quilos.
Peterson Pinheiro, 33 anos, era piloto de helicóptero havia seis anos e trabalhava com o R44 havia quatro, afirmaram à reportagem do UOL dois amigos da vítima.
Também pilotos, eles relataram que Pinheiro, inclusive, era instrutor de voos, tendo dois anos de experiência nessa função. Ambos estiveram no IML (Instituto Médico Legal) do Hospital das Clínicas, em São Paulo, e não quiseram se identificar.
De acordo com a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), a aeronave havia sido comprada recentemente e estava em situação regular para voo.
A Polícia Civil trabalha com o mau tempo no momento do acidente como a principal hipótese para a queda do helicóptero. (Com UOL)