Mesmo as informações contidas na proposta da redação são parecidas com as da imagem de 2015. Nesta segunda dia 07, a publicação tem gerado críticas de candidatos e internautas página do MEC com insinuações de que o "próprio MEC" teria vazado o tema da redação.
Procurado pela reportagem do UOL desde a noite desse domingo dia 06, o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), responsável pela prova do Enem, ainda não se manifestou sobre o assunto.
Em nota divulgada na tarde desta segunda dia 07, às redações, o órgão atribuiu o burburinho em torno da postagem do ano passado, em comparação com o tema da redação deste ano, a uma suposta "tentativa de tumultuar o Enem 2016", afirmou que o tema deste ano "não é o mesmo de uma prova falsa divulgada às vésperas do Enem 2015" e definiu: "O gráfico que apoia o desenvolvimento da redação do Enem 2016 é baseado em um estudo da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, de domínio público. O gráfico da prova falsa divulgada às vésperas do Enem 2015, é baseado no mesmo estudo, mas tem recorte diferente". "Portanto, trata-se de uma coincidência de assuntos que não afeta o Enem 2016 por não se tratar de um vazamento", rebate o Inep.
"Na elaboração da prova de redação são escolhidos alguns textos motivadores. Esses textos são, em sua maioria, retirados de sites de instituições governamentais. Procura-se obter dados oficiais que confirmem a questão abordada na proposta de redação. Os textos motivadores servem de apoio ao candidato para que reflita sobre o tema e possa dar o encaminhamento que julgar mais adequado dentro do tema proposto e respeitando os direitos humanos. Porém, eventualmente, textos motivadores para a proposta de redação podem ser obtidos em veículos de comunicação", completa a nota.
Operação contra fraudes
Onze pessoas foram presas nesse domingo em duas operações deflagradas pela Polícia Federal para combater fraudes no Enem 2016 em oito Estados: Maranhão, Piauí, Ceará, Paraíba, Tocantins, Amapá, Pará e Minas. No total, foram cumpridos 50 mandados judiciais. Um secretário de saúde de um município cearense está entre os detidos.
A primeira operação, denominada "Embuste", ocorreu em Minas Gerais com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada em fraudar processos seletivos para ingresso no ensino superior sem o cumprimento dos requisitos legais. De acordo com a PF, foram cumpridos 28 mandados judiciais simultâneos, todos expedidos pela Justiça de Montes Claros, mas não houve prisões.
A segunda operação, chamada "Jogo Limpo", foi realizada nos demais Estados, também para evitar fraudes. Foram cumpridos 22 mandados judiciais, com 11 prisões. (Com UOL/Estadão)