"Na nossa família, só deixou saudade e dor", desabafou o tio, Willian Suave.
Despedida
O corpo da criança foi levado para o Instituto Médico Legal de São José do Rio Pardo e liberado para a família na manhã de domingo.
Durante o velório, realizado em Santa Cruz das Palmeiras, houve muita comoção. A mãe estava tão abalada que não conseguiu acompanhar o sepultamento e o pai de Murilo ficou o tempo todo em silêncio.
Entenda o caso
Murilo caiu dentro de uma broca de 25 centímetros de diâmetro e cerca de 3 metros de profundidade que foi aberta para colocar ferros de sustentação. A área fica em um loteamento particular, onde está sendo construída uma casa, no bairro Duílio Possi.
O menino morava a cerca de 40 metros do loteamento. Moradores contaram que ele costumava ir brincar no terreno. Quando os pais sentiram falta dele, saíram para procurar pelo bairro e o cachorro da família começou a latir perto do buraco. O pai se aproximou, viu os braços do menino, tentou puxar, não conseguiu e pediu socorro.
O Corpo de Bombeiros de Pirassununga recebeu o chamado às 16h55, quando o Samu informou que uma criança havia caído no que, a princípio, seria uma vala. Foram enviados nove bombeiros, divididos em quatro viaturas, além de duas ambulâncias do Samu.
"Quando chegamos, às 17h25, vimos que era uma broca. Enxergávamos só os braços do menino e tentamos um laço, mas, devido à terra que havia caído, ele estava preso", contou o sargento Porto.
As equipes passaram então a cavar um buraco lateral e acessaram por baixo a área em que estava o garoto, que recebeu oxigênio enquanto não era retirado, o que aconteceu às 19h15.
"Quando retiramos, ele já estava em parada cardiorrespiratória", disse o sargento. Os socorristas correram para reanimar a criança e as manobras continuaram na unidade de saúde para onde ela foi levada, mas não surtiram efeito. (Com G1)