Sábado, 30 Janeiro 2016 16:19

Justiça autoriza que criança mude para gênero feminino e troque de nome

A família de um menino de 9 anos que nasceu com anatomia física contrária à identidade sexual psíquica conseguiu na Justiça autorização para a mudança de nome e de gênero da criança.

 

A decisão é do juiz Anderson Candiotto, da 3ª Vara da Comarca de Sorriso, no Mato Grosso. Segundo ele, a criança se veste como menina e se porta como tal.

 

O processo tramita desde 2012, ano em que a família também conseguiu uma decisão liminar que possibilitou a criança a usar uniforme feminino e ser tratada como uma menina na escola. 

 

Antes de ingressar com a ação, a família encaminhou o garoto para o Ambulatório de Transtorno de Identidade de Gênero e Orientação Sexual do Núcleo de Psiquiatria e Psicologia Forense do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Após anos acompanhando a criança, os médicos o diagnosticaram com transtorno de identidade sexual na infância.

 

Para tomar a decisão, o juiz também levou em conta os trabalhos feitos na Comarca, como uma oitiva para verificar o comportamento dela com acompanhamento de uma psicóloga judicial. A família, inclusive, já chamava a criança por outro nome de menina há pelo menos três anos.

 

Em sua decisão, o juiz escreveu que “a A sentença foi dada para garantir que a criança, assim como ela se vê na sua individualidade e na sua orientação feminina, ela seja respeitada e tratada da forma como é, pois, todas às vezes em que ela fosse se apresentar oficialmente com documento, sofreria discriminação e até rejeição. Seria uma pessoa totalmente feminina com nome masculino, o que sempre geraria constrangimento à ela".

 

Como o processo corre em sigilo, o nome da família não foi divulgado. A Justiça, no entanto, destacou que os pais “são os grandes heróis da história, pois ao invés de fugir do preconceito preferiram lutar pela felicidade da criança, que já sabe da sentença e está se sentindo realizada". (Com G1)

 

 

 

Veja também:

  • Ex-goleiro Bruno tem redução de pena negada pela Justiça

    O ex-goleiro Bruno Fernandes Souza teve negado pela Justiça, nesta quarta dia 25, o pedido de revisão da pena de mais de 20 anos de prisão pela morte de Eliza Samudio. A intenção da defesa, com o argumento de que houve omissões no acórdão anterior, era diminuir em 18 meses a sentença.

     

    A tese, porém, não foi aceita pelos desembargadores da 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). No mês passado Bruno já havia sido beneficiado com dois anos a menos por conta da prescrição do crime de ocultação de cadáver.

  • Justiça não reconhece vínculo de emprego de Lombardi com empresas do Grupo Silvio Santos

    A viúva do locutor Lombardi, que trabalhou por cerca de três décadas com o apresentador Silvio Santos, não conseguiu na Justiça do Trabalho o reconhecimento de vínculo de emprego do marido com o grupo no período de 2005 até a sua morte, em dezembro de 2009.

     

    A Sexta Turma do Tribunal Superior do Trabalho desproveu o agravo de instrumento pelo qual a defesa do locutor tentava comprovar a existência de subordinação na relação de Lombardi com o Sistema Brasileiro de Televisão (SBT) e oito empresas do Grupo Silvio Santos.

  • Tráfico de pessoas: impressões digitais foram encaminhadas para polícia paraguaia

    Impressões digitais dos menores de idade que podem ter sido vítimas de tráfico de pessoas foram encaminhadas para a polícia paraguaia.

     

    Ainda de acordo com a delegacia de Cascavel, um pedido de cooperação foi formalizado ao país vizinho. Os policiais tentam ainda localização de algumas pessoas.

Entre para postar comentários