A lei, aprovada no fim de novembro em Brasília em atenção a um veto da presidente Dilma Rousseff (PT), é considerada absurda pelo presidente do Sindicato Rural Patronal de Cascavel, Paulo Roberto Orso. “A preocupação é unicamente com a arrecadação pública e em nenhum momento com o efeito em cascata que a medida trará aos setores produtivos e, principalmente, ao consumidor”, alerta o sindicalista, que no próximo dia 16 vai comandar, na sede da entidade que preside, reunião de âmbito regional com a participação de diretores de 29 sindicatos de todo o Oeste.
R$ 100 milhões
A região Oeste do Paraná é formada por 50 municípios que, juntos, contam com cerca de 45 mil propriedades rurais. Se a média de cada uma delas for da renovação de uma máquina por ano, então o valor médio pago somente em IPVA chegará aos R$ 100 milhões. “Em Cascavel, temos 4,5 mil propriedades e o valor anual, apenas com as máquinas e tratores novos, chegará fácil aos R$ 10 milhões”, observa Paulo Orso. O maquinário empregado no campo, imprescindível para manter as altas produtividades, são caros, por isso o valor do imposto se torna tão substancial.
Impacto
Além do imposto sobre propriedade, os agricultores, caso a lei não seja derrubada, ainda terão de desembolsar com licenciamento, registro e emplacamento. A medida, prevista para entrar em vigor em 1º de janeiro de 2015, terá forte impacto na economia das regiões produtivas e de todo o Brasil.
As principais consequências, de acordo com o presidente do Sindicato Rural de Guaíra, Silvanir Rosset, serão o aumento de custos ao setor produtivo, preços mais elevados ao consumidor e a redução de competitividade das commodities brasileiras no concorrido mercado internacional. “É uma nova penalização a um setor econômico indispensável ao País e ao equilíbrio da balança comercial”, afirma ele. (Com O Paraná)