Sexta, 12 Dezembro 2014 09:33

Emplacar máquina nova custará um carro zero km

Mesmo com a pressão que deverá confirmar hoje, por meio da publicação de portaria, a prorrogação da vigência da lei por mais um ano, o setor produtivo vai se articular para derrubar matéria que torna obrigatório o emplacamento de máquinas agrícolas, tratores e tobatas em todo o País.

 

Considerando a alíquota de IPVA para veículos novos, de 2,5% para 3,5% a partir de 2015 no Paraná, o valor cobrado de uma colheitadeira de R$ 1 milhão seria suficiente para comprar um carro zero quilômetro de R$ 35 mil.

 

A lei, aprovada no fim de novembro em Brasília em atenção a um veto da presidente Dilma Rousseff (PT), é considerada absurda pelo presidente do Sindicato Rural Patronal de Cascavel, Paulo Roberto Orso. “A preocupação é unicamente com a arrecadação pública e em nenhum momento com o efeito em cascata que a medida trará aos setores produtivos e, principalmente, ao consumidor”, alerta o sindicalista, que no próximo dia 16 vai comandar, na sede da entidade que preside, reunião de âmbito regional com a participação de diretores de 29 sindicatos de todo o Oeste.

 

R$ 100 milhões

 

A região Oeste do Paraná é formada por 50 municípios que, juntos, contam com cerca de 45 mil propriedades rurais. Se a média de cada uma delas for da renovação de uma máquina por ano, então o valor médio pago somente em IPVA chegará aos R$ 100 milhões. “Em Cascavel, temos 4,5 mil propriedades e o valor anual, apenas com as máquinas e tratores novos, chegará fácil aos R$ 10 milhões”, observa Paulo Orso. O maquinário empregado no campo, imprescindível para manter as altas produtividades, são caros, por isso o valor do imposto se torna tão substancial.

 

Impacto

 

Além do imposto sobre propriedade, os agricultores, caso a lei não seja derrubada, ainda terão de desembolsar com licenciamento, registro e emplacamento. A medida, prevista para entrar em vigor em 1º de janeiro de 2015, terá forte impacto na economia das regiões produtivas e de todo o Brasil.

 

As principais consequências, de acordo com o presidente do Sindicato Rural de Guaíra, Silvanir Rosset, serão o aumento de custos ao setor produtivo, preços mais elevados ao consumidor e a redução de competitividade das commodities brasileiras no concorrido mercado internacional. “É uma nova penalização a um setor econômico indispensável ao País e ao equilíbrio da balança comercial”, afirma ele. (Com O Paraná)

 

 

 

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