A virada de Aécio na reta final da eleição tem forte influência no maior colégio eleitoral do país. No Estado de São Paulo, com quase 32 milhões de eleitores (22,4% dos 242,8 milhões de eleitores), o senador Aécio Neves conquistou mais de 10 milhões de votos, cerca de 44,25% dos votantes.
Considerado fora do jogo depois da morte de Eduardo Campos, o tucano ressurgiu das cinzas e garantiu na última hora a lógica da política brasileira desde 1994, com a polarização PT-PSDB. Já presidente Dilma teve desempenho próximo ao de Marina Silva no maior no Estado. A petista teve cerca de 5,9 milhões, ante 5,7 milhões da pessebista.
Em 2010, quando Dilma disputou à Presidência com o ex-governador de São Paulo José Serra, eleito hoje senador com mais de 11 milhões de votos com 99,90% das urnas apuradas, a petista teve 46,9% dos votos. Já em Minas Gerais, segundo maior colégio eleitoral e Estado natal dos candidatos Aécio Neves e Dilma Rousseff, a petista levou a melhor.
Com 99,99% das urnas apurados no Estado, Dilma teve 4,8 milhões de votos contra 4,4 milhões do tucano. No consolidado do país, trata-se do pior desempenho do desde 2002, quando o ex-presidente Lula disputou à Presidência. Naquele ano, Lula teve 45,4% dos votos contra Serra. Quatro anos depois, Lula obteve 48,6% em disputa com Geraldo Alckmin (PSDB). Para o diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino, os resultados parciais das eleições vão ao encontro das últimas pesquisas feitas pelo Datafolha. "O Aécio [PSDB] é mais forte para enfrentar Dilma [PT] no segundo turno.
Fizemos um estudo e vimos que a curva de crescimento dele é maior que a de Marina [PSB], pois tem menos eleitores que não votariam de jeito nenhum nele. Mas vamos esperar o resultado das urnas", diz Paulino. (Com Bem Paraná)