Segunda, 29 Setembro 2014 18:25

Sequestro em hotel na Capital Federal durou sete horas

Foto - Ueslei Marcelino/Reuters Foto - Ueslei Marcelino/Reuters

Mensageiro do Hotel St. Peter era mantido algemado e com um cinto que conteria explosivos.

 

Criminoso se entregou à polícia.

 

Após quase sete horas, terminou na tarde desta segunda dia 29, o sequestro de um funcionário do Hotel St. Peter, no Setor Hoteleiro Sul de Brasília. José Ailton de Souza, de 49 anos, era mantido algemado desde as 9 horas por Jac Souza Santos, de 30 anos, natural do Tocantins. A vítima vestia um colete em que o sequestrador afirmava haver explosivos. Santos se entregou à polícia por volta das 16 horas. Ele foi levado em uma viatura para a 5ª Delegacia de Polícia do DF. Segundo o delegado Pedro Paulo Almeida, a arma que o sequestrador usava era falsa. Santos escolheu o 13º andar do hotel justamente em alusão ao PT, partido do qual é crítico. Ele também pedia a extradição do terrorista italiano Cesare Battisti, a realização de uma reforma política e a aplicação efetiva da Lei da Ficha Limpa.  

 

O local foi esvaziado e o perímetro que cerca o estabelecimento foi cercado pela polícia. Homens do Departamento de Operações Especiais da Polícia Civil permaneceram todo o tempo dentro do hotel; três negociadores da corporação interagiram diretamente com Jac durante o período. "Os negociadores mostraram que a única saída era a rendição", diz o delegado Pedro Paulo de Almeida, chefe da Divisão de Comunicação da Polícia Civil. Além deles, familiares do sequestrador participaram da negociação - segundo a polícia, a distância.

 

Segundo Alaídes Alves, tia do sequestrador, ele já havia afirmado em janeiro que faria uma "surpresa". Jac sempre foi envolvido com a política. Em 2008, disputou uma vaga na Câmara de Vereadores da cidade de Combinado (TO) pelo PP. Aos policiais, ele entregou uma gravação em que pede desculpas e pede mudanças na política. Na casa dele em Tocantins, investigadores encontraram cartas em que ele se despede da família, pede desculpas e afirma que agiu por desespero.  "Foi tudo planejado porque ele gravou no dia 19 e as cartas são do dia 26", afirma o delegado Almeida.

 

Do lado de fora do hotel, havia agentes do Corpo de Bombeiros, do Batalhão de Ações Especiais da PM, do Esquadrão de Bombas, da Polícia Federal e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Ao todo, 150 pessoas participaram da operação.

 

Jac estava em Brasília desde sábado, mas só entrou no hotel por volta das 6 horas desta segunda. Cerca de três horas depois, ele imobilizou o funcionário, um mensageiro, no 13º andar do prédio e bateu à porta de outros hóspedes dizendo ser um terrorista - as autoridades descartam, porém, qualquer ligação dele com grupos internacionais. Com a chegada das autoridades, todos os hóspedes e funcionários foram obrigados a deixar o local. Segundo a Polícia Civil, o homem aparentemente sofreu um surto. O hotel é um dos mais importantes de Brasília e fica à beira do Eixo Monumental, a via mais importante da capital federal. 

 

Com certa frequência, o sequestrador aparecia com o refém na sacada de um dos apartamentos e obrigava o refém a erguer os braços para exibir o colete onde haveria explosivos. O formato dos objetos assemelha-se ao de dinamite, mas o material ainda será analisado. (Com Veja Online)

 

 

 

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