Quarta, 24 Setembro 2014 09:49

Organização Mundial da Saúde alerta que os casos de ebola podem mais que triplicar até novembro

Novas estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) alertam que o número de casos de ebola pode chegar a 21 000 em seis semanas — a menos que esforços para frear o surto se acelerem, de acordo com uma análise publicada nesta terça-feira pelo periódico The New England Journal of Medicine.

 

Desde que os primeiros casos foram relatados, em março deste ano, a soma de infectados no Oeste da África atingiu uma estimativa de 5 800 doentes. Segundo a OMS, os casos continuam a crescer exponencialmente e o vírus do ebola pode infectar pessoas por anos se não forem tomadas medidas mais eficientes para o controle da doença.

 

A agência ponderou que os números de mortes e de infectados são estimativas brutas. O número real de mortes na Libéria, país mais atingido pelo surto, pode nunca ser conhecido, uma vez que os corpos de doentes mortos em uma favela na capital foram jogados em rios.

 

Considerando que alguns casos de ebola não estão sendo relatados, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) estima que poderá haver 21 000 infecções só na Libéria e em Serra Leoa até o fim do mês e que os casos podem passar de 1 milhão ao final de janeiro. Especialistas alertam que tais previsões não levam em consideração esforços de resposta ao surto.

 

"Estamos começando a ver alguns sinais na resposta que nos dão esperança de que esse aumento dos casos não vai acontecer", afirma Christopher Dye, diretor de estratégia da OMS e coautor do estudo publicado pela organização. Ele reconhece que as estimativas têm diversas incertezas. "É um pouco como previsão do tempo. Fazemos isso poucos dias a frente, mas olhar para semanas ou meses no futuro é muito difícil."

 

A OMS também calculou que a taxa de mortalidade pode chegar a 70% entre pacientes hospitalizados e alertou que muitos dos casos de ebola só foram identificados após a morte de pessoas infectadas. Até o momento, cerca de 2 800 mortes foram causadas pela doença. Segundo Dye, não há provas de que esse surto tenha sido mais infeccioso ou fatal do que episódios anteriores. Ele disse estar preocupado de que novos casos apareçam em áreas em que previamente não haviam sido relatados, como partes da Guiné.

 

 

 

 

(Com Estadão Conteúdo)

 

 

 

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