Sexta, 28 Março 2014 16:56

Foto de miss amordaçada vira ícone na luta contra presidente da Venezuela

Stefanía Fernández, Miss Universo 2009, posou para campanha pela defesa dos direitos humanos na Venezuela.

 

A coroa sobre a cabeça da bela jovem indica seu título de miss. No entanto, ela está amordaçada e uma lágrima marca seu rosto sujo como se fosse sangue. Stefanía Fernández, Miss Universo 2009, posou para a campanha em defesa da liberdade de expressão e dos direitos humanos na Venezuela.

 

O fotógrafo Daniel Bacci já retratou várias personalidades venezuelanas para a campanha, inclusive o opositor Leopoldo López, em outubro do ano passado. No final de fevereiro deste ano, o líder do partido Vontade Popular foi preso em meio aos protestos contra o governo Nicolás Maduro. 

 

Bacci disse ter ficado surpreso com a repercussão das fotos da miss. “Sempre tive Stefanía em mente, mas nunca imaginei que teria essa receptividade internacionalmente. Sabia que podia causar controvérsia por se tratar de uma miss universo e porque a foto é impactante. Nenhuma teve a mesma repercussão, estou surpreendido”, disse o artista, em entrevista ao jornal venezuelano El Nacional.

 

Stefanía não foi a primeira a se manifestar contra a repressão do governo Maduro aos manifestantes que reclamam da falta de segurança, dos problemas econômicos e da falta de liberdade no país. Reunidas em um movimento intitulado ‘Misses4peace’ (Misses Pela Paz, na tradução literal), beldades gravaram um vídeo segurando placas com dizeres contrários à violência que se instaurou nas ruas. Uma das dezenas de vítimas dos confrontos nos protestos foi jovem Génesis Carmona, Miss Turismo de Carabobo, baleada na cabeça durante uma manifestação na cidade de Valencia. 

 

Prisão - Nesta sexta dia 18, a Corte de Apelações da Venezuela rejeitou o pedido de libertação de López, que é mantido em cárcere militar. Para dar continuidade à campanha contra o autoritarismo de Maduro, o fotógrafo quer convencer a mulher do opositor, Lilian Tintori, a ser retratada por suas lentes. “Continuo procurando personagens que podem causar um grande impacto e que realmente estão lutando pelos direitos humanos e pela liberdade de expressão, que estejam interessados e comprometidos com a campanha. Eu faço isso por amor à arte do meu país” destacou Bacci ao jornal. (Com informações da Revista Veja)

 

 

 

 

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