Embora os membros inferiores sejam os que mais sofrem com o problema, varizes também podem aparecer na face, colo, seios, abdômen, costas e nos pés.
É fácil identificá-las por uma característica bem marcante: o tom avermelhado ou arroxeado que a pele assume quando as veias estão com sangue acumulado
Veias dilatadas e tortuosas que perderam sua função causando danos estéticos e circulatórios, as varizes surgem geralmente na região das pernas – mas isso não significa que essa é a única região em que ela ocorre. “Essa frequência nos membros inferiores acontece, em grande parte, porque é mais difícil para o fluxo sanguíneo circular no sentido contrário ao da gravidade (de baixo para cima)”, explica a cirurgiã vascular e angiologista Dra. Aline Lamaita, membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular.
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“Dessa forma, há um esforço maior do organismo e quando as veias não estão com a estrutura em perfeito estado, elas cedem à pressão que o sangue exerce em suas paredes, facilitando o surgimento das varizes”, acrescenta. “Mas veias inestéticas também podem aparecer na face, colo, seios, braços, abdômen, costas, bumbum, no pé e até nas partes íntimas”, destaca.
A médica lembra que uma característica é marcante para identificar essas veias “exóticas”: “São veias feias, em locais onde não esperamos ter veias aparentes. Dependendo do local onde elas aparecem podemos investigar causas, mas na maioria das vezes são apenas de caráter estético”, explica.
Fatores hormonais, gravidez, o uso de pílula anticoncepcional, a obesidade, o tabagismo e o sedentarismo também contribuem para a formação de varizes exóticas, mas, na maioria dos casos, esse é um problema apenas estético e o paciente não sente dor. “Diferentemente das pernas, região em que a alteração pode sinalizar a existência de um problema maior, nessas regiões isso é mais raro. Mas ainda assim é preciso procurar um cirurgião vascular para fazer uma avaliação e um tratamento”, destaca.
A médica enfatiza que veias dilatadas nos seios podem aparecer após a colocação de prótese de silicone; já vasos no rosto, costas e no colo tem relação com exposição solar, fatores genéticos, uso de ácidos e hormônio anticoncepcional. “Já as veias que aparecem no bumbum e na vulva devem ser investigadas, pois podem estar relacionadas a varizes pélvicas (varizes ao redor do útero). Veias inestéticas nas mãos e braços podem estar relacionadas ao próprio envelhecimento e são mais presentes em pessoas que realizam muita atividade física”, diz.
A orientação médica especializada é importante para identificar o tipo de variz em questão, que será analisada conforme o calibre (o das microvarizes é um pouco maior e varia entre um e três milímetros) e a cor quando se aproxima do azul ou azul-esverdeada. “Esse tom azulado é característico das varizes com mais de três milímetros de diâmetro. Essas podem causar alguns sintomas e evoluir para complicações maiores caso o tratamento não seja feito”.
Mesmo que, após avaliação do cirurgião vascular, seja constatado que o problema é somente de caráter estético, existem diversos tratamentos que podem corrigir essa alteração: “Escleroterapia (substância química injetada dentro da veia), uso de lasers e radiofrequências, espuma densa ou procedimentos que combinem as técnicas são excelentes opções”, explica. Cirurgias também podem ser indicadas, a depender do caso, finaliza a médica.
No dia 7 de maio, é comemorado o Dia Mundial da Espondilite Anquilosante, uma doença inflamatória crônica, que afeta cerca de 150 mil pessoas no Brasil e tem como principal sintoma a dor nas costas que persiste por mais de três meses.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), oito em cada dez pessoas terão um episódio de dor nas costas pelo menos uma vez na vida. Daí a importância de conhecer para reconhecer a doença.
A espondilite se caracteriza pela inflamação das regiões próximas às articulações, que são denominadas enteses (ou ponto de ancoragem de tendões e ligamentos aos ossos), tais como a região sacroilíaca, coluna vertebral, tendão de Aquiles, quadris, ombros, entre outros. Outros sinais de alerta para a enfermidade são a uveíte (inflamação da região colorida do olho), a psoríase (doença descamativa e inflamatória da pele) e a colite (inflamação do intestino).
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O diagnóstico da doença é realizado a partir da identificação de um conjunto de sintomas, bem como com o auxílio de exames de imagem (radiografia e ressonância magnética) e marcadores do sangue, como o gene denominado HLA-B27 e proteínas do sangue que medem a inflamação.
O atraso do diagnóstico é muito frequente nessa doença, com média de 9 anos. Assim, a busca do diagnóstico precoce, antes das alterações estruturais ocorrerem é fundamental para o sucesso do tratamento, que promove alívio da dor, melhora das funções, mobilidade e da qualidade de vida, evitando as sequelas da incapacidade física e deformidades.
“O tratamento será determinado de acordo com a gravidade da doença e pode variar desde a prática de atividades físicas até a terapia imunobiológica”, esclarece o reumatologista Marcelo de Medeiros Pinheiro, membro da Sociedade Brasileira de Reumatologia. Ele explica que, ao contrário das dores comuns, na espondilite, o incômodo melhora com a prática de exercícios e piora com o repouso, causando mais episódios de dor durante a noite e rigidez matinal na coluna.
A Imunologia é uma das áreas prioritárias da Janssen, que possui em seu portfólio dois tratamentos biológicos para a doença: golimumabe e infliximabe, que atuam bloqueando o fator de necrose tumoral alfa (TNF-alfa), uma citocina envolvida na inflamação).
A causa da espondilite ainda é desconhecida, mas sabe-se que a doença é mais frequente em pessoas que herdam um gene - o HLA-B27 (um receptor de membrana da célula) , quando comparadas com aquelas que não possuem esse marcador genético. [i] Além disso, afeta três vezes mais os homens do que as mulheres e surge normalmente entre os 20 e 40 anos.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que aproximadamente 7 milhões de pessoas morram todos os anos em decorrência de problemas causados pelo cigarro.
Pelo mesmo motivo, as despesas anuais para famílias e governos ultrapassam U$ 1,4 trilhão em todo o mundo.
A nicotina dá prazer ao fumante. Esse é um dos motivos pelos quais o cigarro fica “melhor” pela manhã ou depois de passar muito tempo sem fumar. O cérebro, que ficou algum tempo afastado dessa substância, fica aliviado ao receber uma boa dose de nicotina.
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Além da parte química do vício em cigarro, existe o hábito de fumar. Tente adicionar outro costume prazeroso para preencher a lacuna do antigo.
Medite, baixe um jogo no smartphone, estoure plástico-bolha. Não importa o que você faça, busque algo que ocupe sua cabeça e dê prazer.
1. Alimentos saudáveis
Procure por comidas saudáveis --elas estarão mais apetitosas--, mas não se prive de saborear um chocolatinho de vez em quando. Vale lembrar que muita gente escolhe alimentos ultracalóricos para compensar a falta do cigarro e, consequentemente, engordam visivelmente depois de parar de fumar.
2. Exercícios
Se você não frequenta uma academia ou pratica atividades físicas regulares, esse é um o momento ideal para começar. Use esse embalo para ganhar mais autoestima e aumentar os níveis de serotonina.
3. Aplicativos
Existem muitos apps que podem ser úteis para conseguir largar de vez o cigarro, mas lembre-se: ninguém para de fumar sem uma boa dose de força de vontade.
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) a dor de cabeça atinge cerca de metade da população global e 30% desta parcela têm enxaqueca.
O levantamento também revela que a dor pulsante e unilateral que caracteriza a enxaqueca atinge todas as idades, mas é mais frequente dos 35 aos 45 anos na proporção de duas mulheres para cada homem.
De acordo com o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier é uma queixa frequente no hospital e precisa de uma avaliação detalhada.
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“Tomar um analgésico por conta própria para aliviar crises de enxaqueca recorrentes pode tornar o desconforto crônico”, afirma. Isso porque, é uma dor multifatorial. Pode estar associada a alterações na visão, na circulação, doenças neurológicas ou no sistema digestivo. “Nem sempre tem uma única causa. Por isso, após a primeira avaliação oftalmológica o paciente pode ser encaminhado para outra especialidade médica”, comenta.
Como identificar o risco
O oftalmologista salienta que até quando a enxaqueca vem acompanhada de sintomas visuais assustadores como a percepção de pontos escuros, flashes, diminuição do campo visual e perda temporária da visão pode ser apenas um mal passageiro.
Para saber se a visão está correndo risco, recomenda ocluir um olho com a palma da mão durante a crise e depois o outro. Quando as alterações visuais acontecem em apenas um olho é uma intercorrência conhecida como enxaqueca oftálmica, mal passageiro que dura apenas alguns minutos sem deixar sequelas.
“Se os sintomas atingem os dois olhos simultaneamente indica uma urgência oftalmológica”, ressalta. Isso porque, pode sinalizar arterite, inflamação das paredes internas das artérias temporais que pode levar à cegueira temporária ou definitiva. O diagnóstico da arterite é feito por ultrassom e o tratamento com esteroides que inibem a inflamação das artérias regulando o metabolismo do colesterol, cortisona, progesterona e testosterona.
O especialista ressalta que quando os sintomas da enxaqueca oftálmica acontecem nos dois olhos também podem sinalizar falha na irrigação da retina que leva à retinopatia, ou escavação do nervo óptico, sintoma do glaucoma. Estas doenças, comenta, são importantes causas de cegueira irrecuperável e podem ser tratadas respectivamente com antiangiogênicos e uso contínuo de colírio para manter a pressão interna do olho sob controle.
Prevenção
“Mulheres têm o dobro de chance de ter enxaqueca porque tomam anticoncepcional, medicamento que favorece a formação de trombos”, afirma Queiroz Neto. Outro fator que contribui com a maior prevalência da enxaqueca entre elas, comenta, são flutuações dos hormônios sexuais. Independente do sexo, toda pessoa com mais de 35 anos deve fazer periodicamente exames de sangue. “É o primeiro passo, a um custo bastante baixo, para evitar graves doenças nos olhos, hiperglicemia e descontrole do nível de colesterol no s ”, comenta. Para evitar crises de enxaqueca recomenda:
- Incluir na alimentação banana, aveia, abacate e folhas verde-escuro como a couve e o espinafre por serem ricos em magnésio, substância que evita a contração involuntária dos músculos e outros tecidos.
- Evitar o consumo excessivo de fermentados: vinho, queijo, iogurte e pães que contêm tiramina e por isso aumentam a chance de crises.
- Evitar temperos industrializados, embutidos e outras fontes de glutamato monossódico e nitrato, outras duas alavancas da enxaqueca
- Selecionar adoçantes sem aspartame.
- Praticar atividades físicas para aumentar a produção de serotonina.
Embora a medicina considere a faixa dos 20 aos 30 anos como a ideal para uma gestação, a gravidez tardia é uma tendência na sociedade moderna.
De acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2005, 30,9% dos nascimentos se referiam às mães de 20 a 24 anos.
Já em 2015, o percentual nessa faixa etária caiu para 25,1%.
“Apesar da gestação tardia ser uma realidade, são necessários alguns cuidados. A idade da mulher deve ser considerada quando se decide calcular as possibilidades de gravidez de um casal. Isto porque, a idade afeta tanto a quantidade, quanto a qualidade dos óvulos”, alerta Renato de Oliveira, ginecologista responsável pela área de reprodução humana da Criogênesis.
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Abaixo, o especialista indica as chances de engravidar em cada fase da vida:
20 anos - O período é considerado o ideal para a gravidez, pois nessa fase a fertilidade da mulher está em alta e há um risco menor de ter problemas gestacionais, como por exemplo, má formação genética, pois os óvulos são mais novos.
30 anos - Para muitas mulheres, esse é o melhor período para pensar na maternidade, como explica Dr. Renato: “a decisão de postergar a gestação é consequência, principalmente, de fatores sociais, como a competitividade da vida profissional e a espera de uma melhor situação econômica. Nesse cenário, mulheres com 30 anos tem 15% de probabilidade de engravidar a cada mês de tentativa e 80% de chance de gravidez dentro de um ano”.
Após 35 anos - Ao nascer, a menina já perde 70% dos oócitos, que são os gametas femininos, resultando em, aproximadamente, dois milhões de gametas. “Na menarca, ou seja, primeira menstruação, a mulher possui de 300 a 500 mil de oócitos. Aos 30 anos, estima-se que apenas 500 oócitos serão selecionados para serem ovulados. E, depois dos 35 anos, há uma queda importante tanto da quantidade quanto na qualidade dos oócitos maternos, que por possuírem a idade da mãe, ficam mais suscetíveis a alterações genéticas e erros na divisão celular quando fecundados. Assim, principalmente após os 38 anos, aumenta a probabilidade tanto de aborto quanto de nascimento de uma criança com alguma síndrome genética”, explica.
Tratamentos
Para as mulheres que desejam postergar a gravidez, os métodos de reprodução assistida, como a ovodoação e a preservação da fertilidade (congelamento de oócitos), são alternativas para a conquista da gravidez. Nos casos em que o desejo é preservar a fertilidade, a melhor técnica é o congelamento de oócitos pela vitrificação. “Os oócitos captados são congelados e as suas características, mesmo após o descongelamento, são preservadas. Quando a mulher decidir utilizar os seus gametas, eles serão descongelados e fertilizados. Os embriões formados serão transferidos para o útero e o teste de gravidez será feito em, aproximadamente, 12 dias”.
Porém, o congelamento feito até os 35 anos de idade, apresenta resultados melhores. “Se a mulher pensa em ter filhos após essa idade, é essencial que converse com um especialista para avaliar a possibilidade de criopreservação dos óvulos, uma vez que sua chance de gravidez será compatível com a idade que tem quando congela os gametas”, finaliza Renato.
Uma ação tão simples e rápida, mas com efeitos tão importantes.
Lavar as mãos é um hábito básico de higiene que tem consequências muito positivas para a saúde.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que o hábito pode reduzir em até 40% a contaminação por vírus e bactérias que causam doenças como gripes, resfriados, conjuntivites e viroses.
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Mesmo assim, a prática é negligenciada tanto por pessoas comuns como por profissionais da saúde no dia a dia. Por isso, a OMS instituiu o dia cinco de maio como data para a realização de programas e ações que estimulem o hábito de higienizar as mãos todos os dias.
Os especialistas recomendam que a higiene das mãos seja feita com água e sabão sempre que necessário - principalmente antes das refeições e ao sair do banheiro. Vale também ter sempre à mão álcool gel para fazer a limpeza quando não houver outros meios à disposição. "A higiene das mãos, com água e sabão ou com álcool gel é uma medida que deve ser utilizada", afirma Evaldo Stanislau Affonso de Araújo, médico da Divisão de Moléstias Infecciosas e Parasitárias do Hospital das Clínicas e Responsável pelo Programa de Stewardship da Fundação São Francisco Xavier.
A higienização correta das mãos é parte fundamental para prevenir que bactérias multirresistentes se espalhem em ambientes hospitalares. Dados da Organização Pan-Americana da Saúde revelam que, mundialmente, as infecções relacionadas à assistência à saúde afetam centenas de milhões de pessoas e têm um impacto econômico significativo nos pacientes e sistemas de saúde. Em países desenvolvidos, essas doenças representam de 5% a 10% das internações em hospitais de cuidados agudos. Nos países em desenvolvimento, o risco é de duas a 20 vezes superior e a proporção de pacientes com esse tipo de infecção pode exceder 25%.
No Brasil, de acordo com dados da Anvisa, cerca de 25% das infecções registradas são causadas por micro-organismos multirresistentes - aqueles que se tornam imunes à ação dos antibióticos. "A higienização das mãos é uma prática tradicional e, isoladamente, é o fator mais importante na prevenção das infecções. Por mais que tenhamos tecnologia e antibióticos potentes, nada vai impedir que uma bactéria passe de um paciente para outro se não fizermos a higienização", enfatiza Evaldo Stanislau.