Lâmpadas fluorescentes usadas serão recolhidas em todo Paraná

Mais de 1 milhão de lâmpadas fluorescentes após o uso que estão armazenadas nas prefeituras paranaenses serão recolhidas para destinação correta. A inciativa do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, prevê prazo de 180 dias para a coleta.

 

Um Termo de Compromisso assinado com o Ministério Público do Paraná estabeleceu que a Reciclus – organização sem fins lucrativos de fabricantes e importadores de lâmpadas e equipamentos de iluminação – apresente em 30 dias um cronograma de coleta e destinação correta para todo o material.

 

No segundo semestre de 2019, a secretaria estadual enviou ofício às prefeituras dos 399 municípios para que informassem a quantidade armazenada. De acordo com os números apresentados pelos municípios, são 1.176.772 lâmpadas. Relatórios de anos anteriores indicavam que as prefeituras chegaram a abrigar mais de 3 milhões de lâmpadas descartadas pela população em órgãos públicos.

 

O secretário do Desenvolvimento Sustentável, Márcio Nunes, disse que o Paraná é o primeiro Estado brasileiro firmar um acordo com setor privado com essa finalidade. “É inédito no País e ratifica a preocupação do Governo com as questões ambientais”, salienta. “Estamos trabalhando junto com fabricantes, importadores e demais organismos para a aplicação efetiva da logística reversa no setor e retirar do meio ambiente esse tipo de material”.

 

Diretora de Políticas Ambientas da secretaria, Fabiana Campos ressaltou que esse acordo aconteceu depois de inúmeras reuniões com técnicos da Sedest, do Instituto Água e Terra (IAT) e a Reciclus. “É uma demanda antiga das prefeituras paranaenses que, mesmo sem ter obrigação legal, recebia essas lâmpadas. Com o acordo mediado pelo Ministério Público, buscamos apoiar a eliminação desse passivo e criar mecanismos para que o problema não ocorra novamente”.

 

Segundo o coordenador de Projetos Sustentáveis da secretaria estadual, Charles Carneiro, há um acordo setorial em nível nacional, desde 2010, e a Reciclus é a responsável por retirar essas lâmpadas do meio ambiente e dar a destinação correta. “No Paraná, era um dos problemas apontados pelo Grupo R-20. A assinatura do Termo de Compromisso é um grande avanço na questão de resíduos sólidos e vai permitir recolher esse passivo ambiental bastante expressivo no intervalo de seis meses”.

 

COMPROMISSO 

 

O Termo de Compromisso foi assinado pela Associação Brasileira para Gestão de Logística Reversa de Produtos de Iluminação (Reciclus) e a Secretaria de Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, e mediado pelo Ministério Público do Paraná. De acordo com os prazos estabelecidos e após apresentação do Cronograma de Execução de Recolhimento, os municípios serão notificados com antecedência mínima de 15 dias sobre a coleta das lâmpadas.

 

LOGÍSTICA 

 

O recolhimento se dará conforme as informações prestadas pelo poder público municipal e pelos órgãos e instituições estaduais, em conformidade com a programação. Após a coleta, a instituição deverá emitir um relatório de comprovação. A orientação é para que as prefeituras concentrem o estoque em um único local da cidade para facilitar o trabalho.

 

PRAZO 

 

O prazo acordado é de 180 dias, a contar da aprovação do cronograma pela secretaria estadual e IAT, para o recolhimento de todas as lâmpadas usadas fluorescentes de vapor de sódio e mercúrio e, também, de luz mista que estão armazenadas pelas prefeituras em todo o território do Estado do Paraná. (Com - AEN)

 

 

 

Abril foi o mês mais desafiador da história da Fomento Paraná

Reconhecida como uma das instituições financeiras que mais operam microcrédito no país, com uma carteira ativa de mais de R$ 100 milhões nesse segmento, a Fomento Paraná enfrenta um período desafiador e trabalha para se reinventar processando quase 25 mil solicitações de crédito recebidas em pouco mais de 30 dias.

 

“Este é o período mais desafiador nos 20 anos de história da empresa. Certamente pelo volume de pedidos, mas principalmente pela necessidade de revisar processos e o modelo de negócio, diante da urgência e da pressão provocada pela pandemia de coronavírus na vida das pessoas e das empresas”, afirma o diretor-presidente Heraldo Neves.

 

O modelo de atuação da Fomento Paraná no âmbito do setor privado sempre foi baseado no Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado (PNMPO), que exige atendimento presencial, visita aos empreendimentos, análise caso a caso de projetos de investimento e da viabilidade do negócio, além de acompanhamento pós-crédito, visando ampliar a base produtiva e gerar empregos e renda.

 

Com o distanciamento social, o atendimento presencial foi suspenso, inclusive em muitas das entidades parceiras, onde atuam agentes de crédito e correspondentes, e foi preciso iniciar desenvolvimento de um novo modelo adaptado para atuação também por meio de plataformas digitais, sem abandonar o PNMPO.

 

“Fizemos um trabalho de sensibilização e atualmente estão operando junto conosco quase 70% dos parceiros, agentes de crédito e correspondentes, nas prefeituras e federações, associações empresariais e sindicatos credenciados, que estão ajudando no esforço de filtragem e cadastramento ou devolução das solicitações, mesmo com alguns ainda em sistema home office”, diz Renato Maçaneiro, diretor de Mercado. “Os parceiros são componentes-chave no trabalho de intermediação do crédito e neste momento são fundamentais no esclarecimento das dúvidas do público e sobre o direito à subvenção de juros para pagamento de salários e manutenção de empregos”.

 

Com a estabilização das esteiras de processamento em novas plataformas digitais, a expectativa é aumentar o volume de entrega de recursos. “Realocamos 30% da força de trabalho das atividades meio para atuar nas áreas fim, no cadastramento e nas esteiras de processamento, para priorizar as operações de crédito, com objetivo de ganhar mais velocidade na entrega”, acrescenta a diretora Administrativa e Financeira Mayara Puchalski.

 

O foco principal neste momento são os pequenos negócios, que envolvem as microempresas, MEIs e empreendedores informais, por meio da nova linha Paraná Recupera, e o microcrédito, com linhas até R$ 10 mil para pessoa física e até R$ 20 mil para pessoa jurídica com faturamento anual de até R$ 360 mil. Foram atendidos em duas semanas 2.500 empreendedores nesses dois segmentos, entre as 15.450 solicitações recebidas.

 

O limite da linha Paraná Recupera é de R$ 1.500 para informais (que desempenham atividades informais, mas que podem se tornar MEI); de R$ 3.000 para quem já é MEI ou microempresa há menos de 12 meses; e de até R$ 6.000, quando o empreendimento possui CNPJ há mais de 12 meses. Quando aprovado, o crédito nessa linha é entregue em três parcelas.

 

“Entendemos a pressa das pessoas, mas não podemos pular etapas, nem deixar de cumprir as normas regem a instituição, que precisa manter-se funcional e sustentável a longo prazo”, afirma Nildo Lübke, diretor Jurídico.

 

NOVOS RECURSOS — A diretoria da Fomento Paraná também busca novos recursos para atender aos empreendedores.

 

O BNDES já autorizou a instituição a usar ainda no primeiro semestre o limite de crédito previsto para o segundo semestre, totalizando quase 170 milhões de reais disponíveis.

 

RENEGOCIAÇÃO — A demanda por renegociação de contratos e suspensão do pagamento das parcelas dos financiamentos também foi grande em abril, com recorde de renegociações efetivadas chegando a 1.371 contratos.

 

Somente de operações de microcrédito foram 1.072 contratos renegociados, sendo 446 (41,6%) realizados com apoio da rede de agentes de crédito parceiros.

 

Para maio o desafio é a prorrogação de parcelas de contratos da linha Banco do Empreendedor Micro e Pequenas Empresas e das linhas Inovacred, da Finep, voltadas à inovação, que juntas somam mais de R$ 30 milhões.

 

Além disso devem prosseguir as renegociações de contratos com recursos BNDES, para prorrogação de parcelas a partir de maio. (Com AEN)

 

 

 

 

Telemedicina passa a ofertar também atendimento psicológico

A plataforma de telemedicina lançada pelo Governo do Estado para atender pacientes com suspeitas de Covid-19 ganhou uma nova funcionalidade e agora também oferece atendimento psicológico à população. O serviço é fruto de uma parceria do governo com o Conselho Regional de Psicologia do Paraná (CRP) e já conta com 30 profissionais qualificados para o acolhimento, além de outros 150 que estão sendo capacitados para prestar o atendimento online voluntariamente.

 

O serviço é gratuito e pode ser acessado de qualquer localidade paranaense, por meio do aplicativo Telemedicina Paraná, disponível para os sistemas Android e iOS .

 

O atendimento com psicólogos também deverá ser estendido para profissionais da saúde e da segurança pública que estão na linha de frente de combate ao novo coronavírus.

 

“Toda a situação que envolve a pandemia da Covid-19, com o isolamento social e a possibilidade de perdas financeiras e dos entes queridos, acaba atingindo a saúde mental da população”, afirma o governador Carlos Massa Ratinho Junior.

 

“O governo é sensível a essa realidade e dispõe de tudo que está ao seu alcance para minimizar os impactos da pandemia no Paraná. A plataforma de telemedicina se mostrou uma ferramenta muito útil nesse sentido”, diz.

 

COMO FUNCIONA – Pelo aplicativo de Telemedicina, o usuário passa por uma triagem feita por inteligência artificial. Caso haja a identificação de sintomas relacionados à Covid-19, ele é direcionado para uma conversa com estudantes dos últimos períodos dos cursos de enfermagem e medicina, bolsistas do programa. Eles tiram dúvidas e, dependendo do quadro apresentado, encaminham a pessoa para uma consulta online com médicos voluntários.

 

Um novo protocolo foi incluído no teleatendimento para oferecer o encaminhamento a um psicólogo. O bolsista pergunta ao paciente se há interesse na consulta ou pode também identificar, durante essa interação, se há a necessidade de atendimento nessa área. Após algumas perguntas para identificar a sintomatologia, o paciente é então encaminhado para a conversa com o profissional.

 

“O paciente é atendido em uma modalidade chamada de serviço emergencial, em que é feito um acolhimento, uma escuta ativa, para ouvir suas angústias e investigar o que vem em sua mente, para então prestar orientações sobre como lidar com a situação pela qual ele passa”, explica a psicóloga e professora Jeanine Rolim, uma das idealizadoras do projeto, ao lado da também psicóloga Carolina Simeão.

 

CONSULTA - A consulta leva de 30 e 50 minutos, e todo o procedimento segue as diretrizes do CRP e do Conselho Federal de Psicologia do Brasil (CFP). “Esse protocolo ajuda o paciente a acolher o seu sentimento e a acalmar a si mesmo”, diz Jeanine. “É coerente que as pessoas sintam medo nessa situação, faz sentido se sentir aflito, pois é uma gama de preocupações que sem dúvida altera os sentimentos. Há muito medo de contrair a doença, de deixar uma pessoa querida desassistida e mesmo de perder seus meios de sobrevivência, além da desesperança com o futuro incerto”, afirma.

 

FERRAMENTA – A ideia de prestar atendimento psicológico remoto partiu de Carolina, que mobilizou uma rede de psicólogos paranaenses. Jeanine também encampou a ideia e pediu sugestões nas redes sociais para a criação de um site. Ao tomar conhecimento, a Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná (Celepar) incluiu a proposta na ferramenta de telemedicina que estava desenvolvendo.

 

“A tecnologia está auxiliando na contenção do coronavírus no Paraná, agilizando o atendimento e protegendo as pessoas, principalmente os profissionais de saúde, que recebem menos pacientes e podem se dedicar aos casos confirmados da doença”, afirma o presidente da Celepar, Leandro Moura.

 

ATENDIMENTOS - A plataforma foi lançada em meados de abril e, até agora, teve quase 5 mil cadastros e já intermediou cerca de 2,6 mil atendimentos. Também são parceiros do programa a Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, a Secretaria de Estado da Saúde e o Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM), além do CRP.

 

Na semana passada, a Superintendência de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior lançou um edital para a contratação de mais bolsistas para atuar no serviço. “A saúde mental também demanda muita atenção neste momento, e o Paraná acerta ao criar um canal para atendimento nesta área. As pessoas estão mais preocupadas e ansiosas por causa da pandemia”, afirma o superintendente de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Bona.

 

TERMÔMETRO – De acordo com o coordenador Estadual de Ciência e Tecnologia, Paulo Parreira, além de desafogar o sistema de saúde e contribuir com o isolamento social, o aplicativo também funciona como um termômetro para fazer o monitoramento epidemiológico do Paraná.

 

“Na medida em que os atendimentos diminuírem, teremos como medir a situação da pandemia no Paraná”, explica. “Por isso é importante que as pessoas que têm sintomas respiratórios utilizem a ferramenta, evitando sair de casa. Isso é ainda mais importante agora com a chegada do frio, quando pode haver um aumento nos casos da doença”, diz. (Com AEN)

 

 

 

 

 

Crédito do BRDE garante manutenção de 11 mil empregos no Paraná

Reconhecida como uma das instituições financeiras que mais operam microcrédito no país, com uma carteira ativa de mais de R$ 100 milhões nesse segmento, a Fomento Paraná enfrenta um período desafiador e trabalha para se reinventar processando quase 25 mil solicitações de crédito recebidas em pouco mais de 30 dias.

 

“Este é o período mais desafiador nos 20 anos de história da empresa. Certamente pelo volume de pedidos, mas principalmente pela necessidade de revisar processos e o modelo de negócio, diante da urgência e da pressão provocada pela pandemia de coronavírus na vida das pessoas e das empresas”, afirma o diretor-presidente Heraldo Neves.

 

O modelo de atuação da Fomento Paraná no âmbito do setor privado sempre foi baseado no Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado (PNMPO), que exige atendimento presencial, visita aos empreendimentos, análise caso a caso de projetos de investimento e da viabilidade do negócio, além de acompanhamento pós-crédito, visando ampliar a base produtiva e gerar empregos e renda.

 

Com o distanciamento social, o atendimento presencial foi suspenso, inclusive em muitas das entidades parceiras, onde atuam agentes de crédito e correspondentes, e foi preciso iniciar desenvolvimento de um novo modelo adaptado para atuação também por meio de plataformas digitais, sem abandonar o PNMPO.

 

“Fizemos um trabalho de sensibilização e atualmente estão operando junto conosco quase 70% dos parceiros, agentes de crédito e correspondentes, nas prefeituras e federações, associações empresariais e sindicatos credenciados, que estão ajudando no esforço de filtragem e cadastramento ou devolução das solicitações, mesmo com alguns ainda em sistema home office”, diz Renato Maçaneiro, diretor de Mercado. “Os parceiros são componentes-chave no trabalho de intermediação do crédito e neste momento são fundamentais no esclarecimento das dúvidas do público e sobre o direito à subvenção de juros para pagamento de salários e manutenção de empregos”.

 

Com a estabilização das esteiras de processamento em novas plataformas digitais, a expectativa é aumentar o volume de entrega de recursos. “Realocamos 30% da força de trabalho das atividades meio para atuar nas áreas fim, no cadastramento e nas esteiras de processamento, para priorizar as operações de crédito, com objetivo de ganhar mais velocidade na entrega”, acrescenta a diretora Administrativa e Financeira Mayara Puchalski.

 

O foco principal neste momento são os pequenos negócios, que envolvem as microempresas, MEIs e empreendedores informais, por meio da nova linha Paraná Recupera, e o microcrédito, com linhas até R$ 10 mil para pessoa física e até R$ 20 mil para pessoa jurídica com faturamento anual de até R$ 360 mil. Foram atendidos em duas semanas 2.500 empreendedores nesses dois segmentos, entre as 15.450 solicitações recebidas.

 

O limite da linha Paraná Recupera é de R$ 1.500 para informais (que desempenham atividades informais, mas que podem se tornar MEI); de R$ 3.000 para quem já é MEI ou microempresa há menos de 12 meses; e de até R$ 6.000, quando o empreendimento possui CNPJ há mais de 12 meses. Quando aprovado, o crédito nessa linha é entregue em três parcelas.

 

“Entendemos a pressa das pessoas, mas não podemos pular etapas, nem deixar de cumprir as normas regem a instituição, que precisa manter-se funcional e sustentável a longo prazo”, afirma Nildo Lübke, diretor Jurídico.

 

NOVOS RECURSOS — A diretoria da Fomento Paraná também busca novos recursos para atender aos empreendedores.

 

O BNDES já autorizou a instituição a usar ainda no primeiro semestre o limite de crédito previsto para o segundo semestre, totalizando quase 170 milhões de reais disponíveis.

 

RENEGOCIAÇÃO — A demanda por renegociação de contratos e suspensão do pagamento das parcelas dos financiamentos também foi grande em abril, com recorde de renegociações efetivadas chegando a 1.371 contratos.

 

Somente de operações de microcrédito foram 1.072 contratos renegociados, sendo 446 (41,6%) realizados com apoio da rede de agentes de crédito parceiros.

 

Para maio o desafio é a prorrogação de parcelas de contratos da linha Banco do Empreendedor Micro e Pequenas Empresas e das linhas Inovacred, da Finep, voltadas à inovação, que juntas somam mais de R$ 30 milhões.

 

Além disso devem prosseguir as renegociações de contratos com recursos BNDES, para prorrogação de parcelas a partir de maio. (Com AEN)

 

 

 

Safra de grãos do Paraná deve atingir 41 milhões de toneladas

A estimativa da safra 19/20 divulgada pelo Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento indica que a produção total de grãos no Paraná poderá chegar a 41,6 milhões de toneladas em uma área de quase 10 milhões de hectares.

 

Esse volume é 16% superior ao da safra 18/19, quando foram produzidas 36 milhões de toneladas.

 

O relatório comprova uma safra de soja recorde no Estado, próxima a 20,7 milhões de toneladas. Também houve melhora na avaliação do milho de primeira safra. “Além disso, confirma-se uma área próxima de 2,3 milhões de hectares para o milho da segunda safra, com cerca de 14 mil hectares a mais do que indicava o relatório do mês passado”, avalia o chefe do Deral, Salatiel Turra. A safra de grãos de verão mantém-se acima de 24,6 milhões de toneladas.

 

A estiagem histórica no Paraná, - a baixa precipitação já dura dez meses, segundo o Simepar - deixa os produtores em alerta, ainda que a produção estimada tenha melhorado. “A colheita da segunda safra de feijão, que começa a acelerar, traz uma perspectiva de produção em torno de 334 mil toneladas, menor do que o avaliado anteriormente, como reflexo da seca, já que o feijão é uma cultura muito sensível às variações de temperatura”, diz o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara.

 

Com o início da semeadura dos cereais de inverno, consolidou-se uma estimativa de área 6% maior que no ano anterior para essas culturas, com 1,4 milhão de hectares. Se o clima colaborar, o Paraná pode ter uma recuperação da produção, estimada em 4,3 milhões de toneladas, volume 58% superior ao da safra 18/19.

 

“De maneira geral, o Estado terá uma safra de grãos importante mesmo neste momento de crise profunda, em que outras cadeias enfrentam dificuldades. Os dados mostram que, em que pese a pandemia e a seca, a safra será significativa”, acrescenta Ortigara.

 

SOJA – O relatório mostra que a colheita da soja está concluída, e a produção atingiu 20,7 milhões de toneladas, volume recorde para o Estado, mesmo com os problemas climáticos no início do plantio. As chuvas, embora reduzidas, foram suficientes para uma boa produção na maioria das regiões. A área de 5,47 milhões de hectares é semelhante à da safra 18/19. Estima-se uma produtividade de aproximadamente 3.800 kg/hectare.

 

Até agora, 74% da produção está comercializada, um índice expressivo se comparado ao do ano passado, que era de 44%. “A valorização do dólar contribuiu para isso, pois tornou a soja brasileira mais atraente no mercado externo. E a China, nosso maior consumidor, aproveitou esse momento”, explica o economista do Deral, Marcelo Garrido.

 

Assim como a produção, o preço da soja tem bons indicativos no relatório deste mês. Na semana passada, a saca de 60 kg estava sendo comercializada a R$ 88,00, preço 33% maior do que no mesmo período do ano passado, quando o preço pago ao produtor era de aproximadamente R$ 66,00.

 

A segunda safra de soja, estimulada pela ampliação do calendário de plantio, de acordo com a Portaria 342/2019, está próxima a 100 mil toneladas numa área de 39 mil hectares.

 

MILHO PRIMEIRA SAFRA – A colheita da primeira safra está praticamente encerrada e destaca-se por um ganho de 100 mil toneladas sobre a estimativa inicial, impulsionado pela produção acima do esperado em núcleos regionais como Ponta Grossa, Curitiba e Guarapuava.

 

A produção está estimada em 3,5 milhões de toneladas em uma área de aproximadamente 353 mil hectares. Apesar de pequena, esta é considerada uma boa safra.

 

MILHO SEGUNDA SAFRA – A segunda safra de milho, por outro lado, sofreu com os fatores climáticos. A produção está estimada em 12,2 milhões de toneladas em 2,3 milhões de hectares. Apesar do incremento de área, Paraná registrou perda de 5% na estimativa de produção - em torno de 600 mil toneladas, principalmente nos núcleos regionais de Cascavel e Toledo.

 

De acordo com o técnico do Deral, Edmar Gervásio, a seca é a principal responsável pelas perdas. “Ainda assim, trata-se de um volume expressivo que, considerando as duas safras, soma 15 milhões de toneladas. Além disso, preços compensam a queda da produção”, diz. Nessa semana, a saca de 60 kg foi comercializada em média por R$ 37,00, valor semelhante ao da semana anterior, mas que ainda assim representa um valor rentável para o produtor.

 

A produção brasileira, estimada em 100 milhões de toneladas anteriormente, teve uma redução de 5 milhões, resultado das perdas em estados como Rio Grande do Sul, Goiás e Mato Grosso. “Embora isso reflita no abastecimento nos próximos meses, a provável queda no consumo durante a pandemia pode neutralizar o impacto da produção reduzida”, explica Gervásio.

 

TRIGO – O trigo tem 7% dá área plantada, um índice considerado razoável, se comparado ao do ano passado, quando a cultura também sofreu os impactos da seca. O plantio concentra-se, neste período, especialmente no Norte do Estado. “Se o Paraná tiver chuvas, isso pode ajudar a acelerar o plantio nas regiões Norte e Oeste”, avalia o engenheiro agrônomo do Deral, Carlos Hugo Winkcler Godinho. A área estimada mantém-se em aproximadamente 1 milhão de hectares, e a expectativa de produção é de 3,5 milhões de toneladas.

 

Os preços do trigo estão num patamar elevado, próximo a R$ 60,00 a saca de 60 kg. “No entanto, esse valor não é tão atrativo quanto o do milho. Assim, o milho não perde área para o trigo. Além disso, a cultura do milho é mais segura para os produtores, com uma qualidade menos sensível aos fatores climáticos”, explica Godinho.

 

O abastecimento não deve enfrentar maiores problemas. Porém, neste período de entressafra, o Paraná pode ter dificuldade de importar o cereal de seu principal parceiro comercial, a Argentina, onde a baixa oferta e a seca prejudicam a comercialização. Se o Paraguai não tiver oferta relevante, o Estado tende a buscar o produto nos EUA, e o fator cambial pode encarecer o trigo.

 

FEIJÃO SEGUNDA SAFRA – O plantio de feijão está concluído no Paraná, e a colheita iniciou entre o final de março e início de abril. Neste período, os produtores colheram 14% do total cultivado, totalizando 31 mil hectares. A colheita está mais avançada nos núcleos regionais de Pato Branco, Guarapuava, Francisco Beltrão, Ponta Grossa e Irati.

 

Devido à estiagem, as estimativas iniciais mostram perdas de 24% na produção, o que representa 104 mil toneladas de feijão a menos disponíveis no mercado. Espera-se agora uma produção de 334 mil toneladas, uma redução de 7% em relação à safra 18/19, e a área estimada é de 222 mil hectares, 11% menor.

 

De acordo com o engenheiro agrônomo Carlos Alberto Salvador, a tendência é de que a perda se acentue nos próximos meses. Agora, o rendimento nas primeiras áreas colhidas é de 1.395 kg/hectare. “Vale lembrar que a média de produtividade da primeira safra foi de 2.122 kg/hectares. Essa diferença deve influenciar os preços”, diz.

 

Com relação aos preços, a saca de 60kg de feijão-cores está sendo comercializada por R$ 314,23 e o feijão-preto por R$ 198,60. “Na comparação com os últimos três meses, ocorreu uma alta significativa de 70% para o feijão-cores e 57% para o feijão-preto. O aquecimento dos preços se deve à incerteza na oferta de um produto de qualidade e em quantidade na produção da segunda safra”, explica Salvador.

 

A avaliação do Deral indica que 37% das condições do campo das lavouras estão boas, 42% medianas e 22% ruins, comprometendo a qualidade e a produtividade das lavouras, como reflexo da falta de chuvas.

 

MANDIOCA – O clima seco prejudica a colheita da mandioca no Paraná, principalmente nos núcleos regionais com produção mais expressiva, como Paranavaí, Toledo, Umuarama e Campo Mourão.

 

Até o momento, a qualidade e produtividade nos 23% da área colhida estão satisfatórias. No mesmo período do ano passado, o índice era de 21%. Nas últimas semanas, no entanto, os produtores observaram um aumento nos custos de produção, em decorrência da mão de obra.

 

A área da safra 19/20 está estimada em 141,6 hectares, aumento de 4% na comparação com a safra anterior, e a produção esperada é de 3,4 milhões de toneladas, 9% a mais do que na safra 18/19. Segundo o economista Methodio Groxko, a mandioca registrou preços muito bons nos últimos anos, mas a pandemia do novo coronavírus afetou todos os seguimentos econômicos. “No Paraná, com a redução da demanda, algumas indústrias de fécula e farinha já estão registrando queda de aproximadamente 40% na moagem do produto, o que afeta a comercialização”, diz.

 

A falta de escoamento da fécula refletiu nos preços. O mercado nordestino, que registra uma boa produção neste período, não está demandando o produto paranaense, responsável por 65% da produção nacional. Atualmente, a tonelada de mandioca é comercializada a R$ 342,00. Embora o preço tenha subido 7% na comparação com o ano passado, não compensa o aumento nos custos de produção.

 

CAFÉ – No Brasil como um todo, as medidas de contenção da pandemia de Covid-19 incentivam a população a ficar em casa, com isso, o consumo do café torrado e moído pode aumentar. Neste ano, a produção nacional deve ficar próxima de 60 milhões de sacas.

 

No Paraná, houve redução da área do café, estimada em 36 mil hectares, 2% a menos do que na safra 18/19. “Isso se deve principalmente aos problemas com a mão de obra. Hoje, a mecanização agrícola é uma necessidade para reduzir custos de produção”, explica o engenheiro agrônomo Paulo Franzini. Estima-se a produção de 56 mil toneladas, volume semelhante ao da safra passada. Cerca de 91% da safra 18/19 foi comercializada. “No ano passado, o produtor adiou a comercialização para não vender com preço baixo”, explica o engenheiro agrônomo Paulo Franzini.

 

Na safra 19/20, o aumento do consumo, o equilíbrio no mercado mundial e a alta do dólar podem ajudar a elevar os preços, cobrindo os custos de produção. “Os produtores que têm melhor tecnologia no campo vão conseguir manter a produtividade”, diz.

 

O relatório do Deral mostra que a colheita já iniciou, principalmente em Umuarama e Londrina, totalizando 1% da área total. No mesmo período do ano passado, esse índice era de 3%. Cerca de 33% da produção está em fase de maturação e 67% em frutificação.

 

A estiagem de março e abril pode impactar negativamente na qualidade do café, mas ainda não é possível confirmar queda na produção. Em termos de fitossanidade, neste ano o controle da broca, praga que atinge as lavouras de café, está melhor do que no ano passado. Segundo Franzini, a colheita deve ser intensificada nos próximos 15 dias, se o clima colaborar. “A preocupação agora é com a pandemia e os cuidados que ela exige do produtor. Os equipamentos de proteção individual (EPIs), por exemplo, terão que ser adaptados, além de se obedecer ao distanciamento social”, diz.

 

CEVADA – As estimativas de área e produção da cevada no Paraná não registraram grandes alterações com relação ao relatório do mês passado. Espera-se uma produção de 286 mil toneladas, 17% maior do que na safra 19/20, e a área deve ser de 62,6 mil hectares, 4% superior à do ano passado. O início do plantio está previsto para o mês de junho.

 

Nos dois principais núcleos produtores do Estado, respectivamente Guarapuava e Ponta Grossa, a estimativa de área tem números positivos, segundo o engenheiro agrônomo Rogério Nogueira. Na região de Guarapuava, a área estimada é de 35 mil hectares, 7% a maior na comparação com a safra anterior, e 50% da produção está comercializada. O núcleo regional de Ponta Grossa tem área estimada em 17 mil hectares. (Com AEN)

 

 

 

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Polícia Civil abre inscrições para 400 vagas

A Polícia Civil do Paraná abre nesta segunda dia 04, inscrições para seu Concurso Público 2020. Os candidatos podem se inscrever até as 17h do dia 02 de junho.

 

As inscrições devem ser feitas exclusivamente pela internet, no site do Núcleo de Concursos da Universidade Federal do Paraná, que conduz o concurso. São ofertadas 400 vagas. 50 para delegado de polícia, 300 para investigador de polícia, e 50 para papiloscopista.

 

O concurso é regionalizado e prevê a realização de provas simultâneas para todos os cargos na primeira fase.

 

O início da seleção está previsto para o mês julho.

 

Mais informações em www.policiacivil.pr.gov.br/concursos. (Com AEN)

 

 

 

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