As vendas no comércio varejista paranaense mantiveram em agosto os níveis de recuperação observados em julho e junho, após as intensas quedas registradas em abril e maio. O boletim conjuntural elaborado pelas secretarias da Fazenda e do Planejamento e Projetos Estruturantes, divulgado nesta quinta dia 10, mostra que 6 dos 11 segmentos analisados fecharam o mês com altas nas vendas, em relação a agosto de 2019.
Pela primeira vez desde o início da pandemia o número de segmentos com aumento nas vendas superou o de grupos em baixa no fechamento do mês. Os setores em alta são áudio, vídeo e eletrodomésticos (50%), informática e telefonia (20%), materiais de construção e ferragens (15%), cama, mesa e banho (11%), hipermercados e supermercados (10%) e farmácias (4%).
Foram verificadas quedas nas vendas de restaurantes e lanchonetes (-40%), calçados (-25%), vestuário e acessórios (-16%) e veículos novos (-10%). Os percentuais de queda, contudo, são os mais baixos desde março, o que demonstra reação constante.
No acumulado do ano, cinco dos 11 segmentos avaliados registram altas na comparação com 2019. São eles: áudio, vídeo e eletrodomésticos (10%), hipermercados e supermercados (9%), farmácias (6%), materiais de construção e ferragens (3%) e informática e telefonia (2%). Outros 6 segmentos avaliados ainda registram perdas: restaurantes e lanchonetes (-36%), calçados (-34%), vestuário e acessórios (-28%), veículos novos (-17%), cama, mesa e banho (-13%) e cosméticos, perfumes e higiene pessoal (-8%).
O documento elaborado pelas secretarias estaduais traz quinzenalmente indicadores e dados coletados pela Receita Estadual e pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) e serve para medir os impactos da crise da Covid-19 sobre as contas públicas e a sociedade.
PRODUTOS – No recorte de vendas totais por produto (que inclui as negociações de mercadorias entre empresas ao longo da cadeia produtiva e as exportações), vinte grupos tiveram altas em agosto, enquanto sete registraram perdas. Os principais destaques positivos no comparativo com o mesmo mês de 2019 foram a linha branca (59%); notebooks (53%); e telefones celulares (51%).
No acumulado de 2020, as maiores altas permanecem com o setor alimentício, espelhando comportamento da população durante a crise. Os destaques são: cereais, farinhas, sementes, chás e café (34%); frutas, verduras e raízes (23%); carnes, peixes e frutos do mar (20%); produtos químicos (20%); e notebooks (17%). Por outro lado, as maiores baixas no ano concentram-se em vestuário (-27%), automóveis (-27%), caminhões e ônibus (-23%), tratores (-15%) e motocicletas (-12%).
NOTAS FISCAIS – O valor médio de emissão de Notas Fiscais Eletrônicas (NF-e) em agosto, na comparação com os meses anteriores, confirma a tendência de recuperação. Houve crescimento nos comércios atacadista e varejista e na indústria de alimentos – a exceção foi a indústria de transformação, com pequena retração.
Na macrorregião Noroeste (região de Maringá e Umuarama) as quatro atividades examinadas registraram altas em agosto. Na macrorregião Leste (do Centro-Sul ao Litoral, passando por Curitiba, Campos Gerais e Região Metropolitana), apenas a indústria de alimentos já opera acima dos patamares observados antes da pandemia, em março.
A macrorregião Norte (Londrina e região) também registrou alta em três das quatro atividades avaliadas. A indústria de transformação é atualmente o segmento com índice mais elevado, superando o patamar de operação pré-pandêmico já pelo terceiro mês consecutivo. Na macrorregião Oeste o maior crescimento em agosto foi detectado no comércio atacadista: 11 pontos percentuais.
EMPRESAS EM ATIVIDADE – O estudo também aponta que 98% das empresas já estão em atividade no Paraná, em média. Considera-se ativa aquela que emitiu ao menos um documento fiscal no período analisado, de 31 de agosto a 04 de setembro. Alguns municípios já atingiram valor absoluto de 100%, que é uma referência ao começo da pandemia, como Maringá, Ponta Grossa, Colombo, Francisco Beltrão, Pato Branco, Araucária, Arapongas, Umuarama, Pinhais e Guarapuava.
ICMS – O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que reflete as vendas do mês anterior, voltou a registrar queda no consolidado do mês e ainda está longe de retomar os níveis pré-Covid. O montante arrecadado em agosto foi de R$ 2,9 bilhões, 3,2% menos do que no mesmo período de 2019. No acumulado de 2020, a queda na arrecadação do principal tributo do Estado se mantém na casa de R$ 1,5 bilhão (-7,3%).
A baixa é puxada principalmente pelo setor de combustíveis, cuja participação representa 22% de todo o total do ICMS arrecadado no Paraná. Em agosto, o segmento registrou variação negativa de R$ 173 milhões (-20%). O setor de energia, que tem 16% de participação na arrecadação do tributo, teve queda de 2,2%. O setor automotivo também perdeu em arrecadação (-15,6%), bem como o setor de serviços (-18%).
Por outro lado, segmentos significativos na composição do tributo tiveram alta este mês, como indústria (20%) e bebidas (8%).
O montante de ICMS apresentado no boletim é o total bruto arrecadado. A partir deste valor, 25% são repassados semanalmente para os municípios, de acordo com o índice para 2020 de cada um. Além disso, 20% são repassados para o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).
Ainda segundo a análise, as perspectivas para 2021 são de um Produto Interno Bruto (PIB) nacional 7% menor do que seria num cenário sem pandemia. Como a arrecadação de ICMS tem forte correlação com a atividade econômica, uma queda nesta ordem pode retirar R$ 2,3 bilhões dos cofres estaduais no próximo ano. Desta forma, reforça o estudo, não é provável que, em um prazo mais alongado, a arrecadação de ICMS retorne aos patamares esperados antes da crise.
CRÉDITO E EXPORTAÇÕES – Esta edição traz duas novidades: os indicadores sobre o saldo de operações de crédito para pessoas jurídicas e a variação das exportações por mercado de destino. No primeiro caso, o estudo mostra que nos sete primeiros meses deste ano o saldo do crédito concedido às pessoas jurídicas do Paraná cresceu mais de R$ 13 bilhões, totalizando R$ 107,3 bilhões. Os dados são do Banco Central.
Em relação ao comércio exterior, as exportações paranaenses somaram US$ 11,02 bilhões no acumulado de janeiro a agosto de 2020, praticamente o mesmo valor registrado em igual período de 2019 (acréscimo de 0,1%). Enquanto as vendas paranaenses para vários mercados tiveram queda, as exportações estaduais para a China e a Holanda avançaram significativamente, graças ao comércio das commodities agropecuárias. (Com AEN)
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Sema) e o Instituto Água e Terra (IAT) alertam a população sobre a possível presença de um felino de grande porte, possivelmente uma onça, circulando em matas próximas ao perímetro urbano de Cascavel. Na terça-feira (8), um cavalo foi encontrado morto no Bairro 14 de Novembro, com parte do corpo mutilado, o que sugere que o equino poderia ter sido atacado por um animal de grande porte.
Médicos veterinários do zoológico foram até o local e enviaram imagens para especialistas e, nesta quarta-feira (9), a Secretaria do Meio Ambiente recebeu resposta de que pode ser ataque de um felino. Também houve relatos de pessoas que avistaram uma possível onça na zona rural. “Hoje recebemos um relato de avistamento na zona rural, por isso, por precaução, o Município alerta a população que tome cuidado, principalmente na zona rural e nos arredores da cidade porque pode haver uma onça circulando no entorno de Cascavel”, diz o secretário de Meio Ambiente, Wagener Yonegura. Ele ressalta que a população deve evitar passar pelas proximidades de áreas de preservação permanente.
Na região da Estrada Chaparral, fotos foram feitas de pegadas com aproximadamente 15 centímetros, o que sugere ser de um animal silvestre de grande porte. O secretário de Meio Ambiente, Wagner Yonegura, lembra que uma onça pode percorrer, em uma noite, até 25 quilômetros. “Por isso é necessário o alerta de toda a população”, diz.
Os dois órgãos ambientais avaliam a possibilidade de que a presença de um felino seja real. Essa hipótese foi reforçada após pegadas, de aproximadamente 15 centímetros, terem sido encontradas em uma área rural nas proximidades da Estrada Chaparral. Técnicos da Sema e o IAT foram até o local para investigar as pisadas. Pela espessura das pisadas, suspeita-se de que seja uma onça-pintada.
Orientações
De acordo com Marlize da Cruz, chefe do escritório do IAT em Cascavel, é muito raro uma onça ou puma atacar um ser humano, já que ele não faz parte da cadeia alimentar do felino, mas é preciso ter cuidado porque o animal pode atacar e matar uma pessoa. Ela destaca que “há evidencias fortes” de que um animal de grande porte matou o cavalo na área urbana e, por isso, alguns cuidados precisam ser tomados pela população, principalmente pelas famílias que moram no entorno do rio Cascavel.
O rio Cascavel é um afluente do rio Iguaçu e a mata que existem no chamado corredor da biodiversidade atrai os animais para o perímetro urbano. “O que aconteceu nas últimas horas temos que nos preocupar e tomar providências”, diz Marlize.
Ela orienta as pessoas que moram nessas regiões que não deixem crianças sozinhas e que adultos evitem andar à noite, já que esse tipo de felino tem hábitos noturnos. “Evitem andar sozinhos ou ficar agachados”, salienta.
Pelo fato de o animal gostar de silêncio, uma das formas para afugentá-lo, segundo Marlize, é fazendo barulho no fim da tarde com buzinas e até rojões.
Confira algumas orientações do IAT
Medidas de segurança:
As pessoas devem evitar andar sozinhas, principalmente à noite;
Não deixar crianças sozinhas;
Deixar luzes acesas fora de casa;
Se possível, manter cães no próprio terreno.
Medidas de afugentamento:
Soltar rojões no fim da tarde e começo da manhã;
Instalar sensores de presença (que acendem a luz) fora de casa e nos apriscos e currais (pois quando a onça passa a luz acende e assusta o animal);
Medidas em caso de encontro com o animal:
Se estiver a pé: tentar manter a calma e se afastar lentamente. É importante não dar as costas ao animal e nem se abaixar, caso ele comece a se aproximar é possível levantar os braços e fazer barulhos bem altos, para parecer maior e tentar assustar o animal.
Se estiver dentro de um veículo: basta fechar as janelas e esperar o animal ir embora sozinho. Se possível, tentar gravar um vídeo ou tirar fotos e repassar ao IAT, junto com a localização do avistamento.
Medidas mais amplas:
Não caçar e denunciar à polícia ambiental (fone 188) pessoas que caçam de forma indiscriminada. Um dos motivos de onças e pumas atacarem animais de criação é a falta de presas em seu ambiente natural, falta esta devido ao excesso de caça;
Não desmatar áreas naturais e denunciar à polícia ambiental (fone 188) pessoas que estejam desmatando. Outro motivo comum para onças e pumas entrarem em fazendas e zonas urbanas (áreas geralmente evitadas por esses animais) é a perda de seus habitats naturais, o que força esses animais a buscarem outras áreas de vida. (Com Tarobá News).
Durante os 05 dias da Operação, foram registados 16 acidentes, com 14 pessoas feridas e 01 óbito
A Operação Independência 2020, ocorreu entre os dias 04 e 08 de setembro. Um grande movimento de veículos foi registrado nas rodovias federais da região de Cascavel-PR.
A única morte registrada pela PRF de Cascavel foi na tarde de sexta-feira (04), na BR 163, no km 161, no município de Lindoeste. Neste acidente, uma COLISÃO FRONTAL, causada por condutor que fazia uma ultrapassagem em local proibido, sinalizado com faixa dupla contínua amarela, em uma curva, se visibilidade e sem espaço para tal manobra, culminou com a morte do condutor de um automóvel, de 53 anos de idade, que vinha em sentido contrário.
Em outros 05 acidentes houve feridos graves, sendo eles:
1) O primeiro, também na sexta-feira (04), ainda pela manhã, foi registrado na BR 277, no município de Catanduvas, que foi uma Saída de Pista de um GM/Vectra que deixou uma pessoa ferida;
2) Os outros 04 acidentes graves foram registrados todos no sábado (05).
- O primeiro, ainda na madrugada de sábado, foi registrado na BR 467, em Toledo, que foi uma Colisão Transversal envolvendo uma motocicleta que trafegava sentido Toledo/Cascavel, e uma bicicleta que cruzou a rodovia sem dar preferência de passagem ao motociclista. Neste acidente os dois envolvidos tiverem ferimentos graves e foram encaminhados ao Hospital Bom Jesus em Toledo;
- O segundo, logo no início da manhã, foi registrado na BR 277, em Laranjeiras do Sul, uma Saída de Pista, seguida de colisão com uma árvore, envolvendo uma GM/Montana, que resultou em lesões leves no condutor e lesões graves no passageiro;
- O terceiro, foi durante a manhã, registrado na BR 277, agora no município de Cantagalo. Um Atropelamento de Pedestre, bem próximo de uma passarela que poderia ter sido usada pelo atropelado para a travessia da rodovia.
- E o quarto acidente do sábado, foi por volta das 21h, registrado na BR 369 em Cascavel, também uma Saída de Pista, esta envolvendo Foird/Ka que transitava no sentido Cascavel/Corbélia e perdeu o controle do veículo, saindo de pista. Neste o condutor sofreu um possível TCE Leve.
Quanto às fiscalizações tivemos os seguintes resultados:
- 815 kg de maconha apreendido em duas camionetas L/200 na madrugada de sábado na BR 277 em Virmond;
- 23 condutores autuados por dirigir sob efeito de álcool, sem que 02 (dois) deste foram presos por dirigir embriagados;
- 154 condutores foram autuados por Ultrapassagens proibidas;
- 35 autuação por falta do uso do cinto de segurança;
- 09 condutores autuado por transportar crianças sem a cadeirinha;
- 16 veículos recolhidos por estarem sem condições de trafegar;
- 03 veículos recuperados; e
- 298 veículos flagrados dirigindo em excesso de velocidade, somente no perímetro urbano da BR 277.
No total, 2.023 veículos e 1.956 pessoas foram fiscalizados pela PRF de Cascavel. (Com PRF Cascavel).
O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) implementa um importante ajuste no foco temático de sua revista científica, que completa 75 anos de veiculação em 2021. A novidade é que a publicação intitulada Brazilian Archives of Biology and Technology (BABT) — que desde a sua fundação recebe artigos em diferentes vertentes — tem agora um escopo definido, voltado à aplicação da tecnologia em soluções que possam resolver problemas da sociedade.
Em 2020, a revista publicou cerca de 60 artigos científicos, em áreas que variam de biologia e ciências aplicadas a biotecnologia, por exemplo.
Para o diretor-presidente do Tecpar, Jorge Callado, a atualização do escopo é fundamental para definir a identidade da revista e reforçar a importância do instituto como grande apoiador da produção científica. “A revista chega aos 75 anos com apoio ao desenvolvimento científico paranaense e brasileiro em diversas áreas. A ideia agora é focar em pesquisas que contribuam com o surgimento de soluções práticas para a sociedade”, observa.
DEFINIÇÃO – O editor-chefe da revista e professor da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Paulo Vítor Farago, explica que o escopo foi definido para estar alinhado à vocação do próprio Tecpar, que é um polo de tecnologia. Segundo ele, os pesquisadores poderão publicar seus trabalhos em uma revista mais focada na sua vocação de base, que são os avanços tecnológicos, com maior visibilidade para seu público-alvo.
O periódico continuará voltado para seis grandes áreas: agronomia, biologia aplicada, saúde humana e animal, ciência de alimentos, engenharia ambiental e engenharias diversas. No entanto, os próximos artigos submetidos deverão conter uma aplicação prática, voltada à tecnologia.
O foco será a aplicação de ferramentas tecnológicas como máquinas, instrumentos, métodos, técnicas e processos para explicar problemas atuais e emergentes. “Por exemplo, se um artigo tratar do uso de uma planta, ele deverá conter uma propriedade tecnológica, ou seja, terá que dar uma aplicação àquele conhecimento”, esclarece o professor, que lidera o Conselho Editorial do BABT.
O diretor de Tecnologia e Inovação, Carlos Pessoa, ressalta a importância do relacionamento da publicação com os pesquisadores. "Os autores, por meio de seus artigos, proporcionam a longevidade e a relevância da revista. O novo desafio é desenvolver temas direcionados a solucionar problemas práticos", observa.
A gerente do Centro de Informação e Vigilância Tecnológica do Tecpar, Livia Nogueira dos Santos, destaca que a mudança também visa melhorar as qualificações da revista nacional e internacionalmente, para elevar o Fator de Impacto, considerado o principal indicador de qualidade de um periódico.
“O Fator de Impacto é a métrica que identifica a frequência média com que um artigo de um periódico é citado em determinado espaço de tempo. Ou seja, quando a citação de artigos publicados em uma revista aumenta, seu impacto também cresce”, diz Lívia.
ETAPAS – Atualmente publicada em formato online, o BABT recebe em torno de 800 artigos por ano, dos quais são publicados cerca de 15%. O editor-chefe é o responsável por receber os artigos e avaliar se o material tem ou não mérito científico. Nesta etapa é analisado se foram cumpridos os critérios de ética, dados estatísticos válidos, entre outras informações.
Caso o texto seja aprovado, é enviado para os editores associados, que o encaminham para a revisão. São cerca de 500 revisores, selecionados entre pesquisadores renomados em sua área de atuação, de instituições nacionais e estrangeiras. Por fim, o artigo volta para o editor-chefe para definir se será aceito, negado, ou se ainda precisará de correções.
CHAMADA – O Tecpar está com chamada aberta para a edição especial de 75 anos do BABT, que será lançada no ano que vem. A oportunidade é voltada para pesquisadores de institutos de ciência e tecnologia paranaenses e de universidades do Estado. Os interessados têm até 18 de dezembro para submeter seus artigos. As instruções para os autores podem ser acessadas pelo site do Tecpar, na página (Com AEN)
Especialista em finanças do Sicredi aponta medidas simples e práticas para organizar o orçamento, economizar e ter uma vida financeira mais saudável.
A pandemia do novo coronavírus trouxe uma realidade econômica diferente para muitas famílias brasileiras: redução de salários, queda do rendimento e desemprego. Mudanças que reforçam ainda mais a importância do planejamento financeiro, especialmente em situações de crise.
E a nova realidade traz um desafio extra para quase metade dos brasileiros. Dados da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), revelam que, mesmo antes da pandemia, o controle do orçamento já não era realidade para 48% dos consumidores. E agora o problema pode aumentar.
Para o diretor de Desenvolvimento da Central Sicredi PR/SP/RJ, Adilson de Sá, o controle efetivo dos gastos está diretamente ligado à educação. “A consciência financeira e o melhor entendimento das relações de consumo fomentam bons hábitos e ajudam a evitar dívidas no futuro. Por isso, no Sicredi, desenvolvemos projetos de educação financeira voltados para diferentes perfis, incluindo crianças”, afirma.
O especialista ainda lembra que sempre há tempo para iniciar o planejamento financeiro. “O importante é se organizar, dar o primeiro passo e ter disciplina para manter o controle de gastos”, analisa.
Confira outras dicas simples para começar agora e continuar planejando a vida financeira até depois da pandemia:
1 - Hora de organizar o orçamento
Uma vida financeira saudável começa com planejamento. Quem ainda não faz controle ou registro de gastos pode iniciar uma planilha simples com informações sobre rendimentos e despesas. Também é importante estimar gastos sazonais e imprevistos, que podem ocorrer a curto e longo prazos. Com o planejamento inicial é possível identificar as despesas mais caras, supérfluas e essenciais. “Em alguns momentos é preciso reorganizar o orçamento adequando os gastos aos ajustes de rendimentos. Nessas ocasiões o planejamento financeiro ajuda no corte ou adequação de despesas e renegociação de dívidas, caso necessário”, explica Felis de Sá.
2 - Algumas compras podem esperar
Tenha cuidado com as promoções e compras online por impulso. Antes de cada aquisição é importante ter uma escala de prioridades e refletir sobre a necessidade do produto. Nas compras de menor valor, dê preferência para o pagamento à vista e evite parcelamento para aquisição de itens supérfluos. “É o momento de repensar consumo, priorizar compras essenciais, poupar e investir parte dos recursos”, reforça.
3 - Utilize a internet para vender
A internet é uma ótima ferramenta para conseguir renda extra oferecendo produtos e serviços. É possível anunciar peças que você não usa mais, de segunda mão, ou ainda investir na comercialização de itens novos. Plataformas de marketplace são uma boa alternativa para anunciar. “O Sicredi conta com a plataforma gratuita Sicredi Conecta, que permite anúncios e vendas de produtos e serviços entre associados - uma boa opção para a geração de bons negócios”, analisa o especialista.
4 - Aproveite para renegociar dívidas
Com a organização do orçamento e planejamento financeiro é possível identificar as dívidas mais caras e buscar a renegociação, ou fazer a troca por dívidas mais baratas, com taxas de juros menores. Negocie, converse e busque alternativas de pagamento junto a seus credores.
5 - Comece a poupar, não importa o valor
Separe um valor mensal para reserva financeira. O hábito de poupar pode começar com quantias pequenas. O importante é ter disciplina e manter os depósitos. Além de se beneficiar com os juros compostos, juros sobre juros, o poupador ainda pode utilizar o montante em caso de emergência ou para uma compra à vista, conseguindo melhores condições de pagamento. “A poupança ajuda a criar a cultura da educação financeira. A modalidade costuma ser a opção de muitas famílias no início do planejamento. Com o hábito de poupar consolidado, é possível avançar para outros tipos de investimentos”, ressalta.
6 - Procure novas modalidades
Existem diferentes opções de investimentos. Antes de escolher um produto é importante levar em consideração o perfil do investidor: arrojado, moderado ou conservador. Quem busca maior segurança, mesmo com menor rentabilidade, pode iniciar os investimentos nos fundos de renda fixa. Perfis mais arrojados contam com opções como o Fundo Inflação e os Fundos Multimercados. O Fundo Ibovespa também é uma opção que pode apresentar maior rentabilidade a longo prazo. “A vantagem de investir em uma instituição financeira cooperativa é que os associados ajudam a fomentar o desenvolvimento econômico regional e, ao mesmo tempo, participam dos resultados da cooperativa gerados no final de cada ano”, conclui o diretor.
Sobre o Sicredi
O Sicredi é uma instituição financeira cooperativa comprometida com o crescimento dos seus associados e com o desenvolvimento das regiões onde atua. O modelo de gestão do Sicredi valoriza a participação dos mais de 4,5 milhões de associados, os quais exercem papel de donos do negócio. Com presença nacional, o Sicredi está em 22 estados* e no Distrito Federal, com mais de 1.900 agências, e oferece mais de 300 produtos e serviços financeiros (www.sicredi.com.br).
*Acre, Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.
O tema abordado tratou sobre a importância do produtor rural realizar a tríplice lavagem das embalagens de defensivos agrícolas com todos os cuidados de segurança e uso adequado de EPIS (Equipamento de Proteção Individual), onde há uma legislação específica que obriga a devolução de toda embalagem de defensivo agrícola, que precisa ocorrer dentro do prazo de um ano após a compra, sendo o produtor rural o responsável pela entrega das embalagens limpas.
“A importância da devolução dessas embalagens primeiramente é pela segurança da saúde do produtor rural, que não vai ficar guardando dentro da propriedade rural uma embalagem com resíduo químico. Também temos a questão ambiental, pois antigamente essas embalagens eram queimadas, sem nenhum tipo de cuidado, havia contaminação do solo, da água e do ar por conta dessa queima e hoje é tudo realizado dentro do ambiente controlado e seguro”, explica a coordenadora do curso de Agronomia da Univel, Vanessa Taques Batista Josefi.
A engenheira agrônoma Patricia Moretti explica que o Brasil é líder mundial em realizar essa atividade, o país consegue receber e dar a destinação correta para 94% das embalagens comercializadas no território brasileiro. “É importante que os acadêmicos tenham o conhecimento sobre como esse processo funciona. Além de contribuir para a formação, essas orientações proporcionam inclusive mais segurança para eles trabalharem. Futuramente serão os profissionais que vão atuar na área, sendo essencial que tenham conhecimento sobre a legislação. Existem várias áreas que pode-se trabalhar envolvendo diversos setores como por exemplo elos dessa cadeia, direto na indústria ou em uma revenda, cooperativas, área de fiscalização, contato com agricultor ou com empresas do setor”, esclarece Patricia.
Para o acadêmico de Agronomia, Vinicius Vigo Arrosi, aprender sobre o tema é significativo. “Nós, como futuros engenheiros agrônomos devemos aprender sobre práticas sustentáveis. Saber sobre os cuidados que podemos ter com a poluição do planeta em relação aos agrotóxicos, tríplice lavagem, uso de epis, descartagem correta de embalagens e local de armazenamento é importante para nossa formação”, diz o acadêmico.






























