O Governo do Paraná publicou um novo decreto de medidas restritivas para enfrentamento à pandemia da Covid-19. O texto modifica o funcionamento de restaurantes aos domingos e reduz o período de restrição de circulação de pessoas e de venda e consumo de bebidas alcóolicas. Entrou em vigor às 23 horas desta quarta dia (30) e segue até as 5 horas do dia 31 de julho.
Pelas novas regras, o toque de recolher, que começava às 20h, passa agora a valer das 23h às 5h. A comercialização e o consumo de bebidas alcoólicas em espaços de uso público ou coletivo também fica proibida das 23h às 5h do dia seguinte.
A partir deste final de semana, restaurantes, bares e lanchonetes poderão funcionar todos os dias da semana, inclusive aos domingos, das 10h às 22h, com limitação da capacidade em 50%. Fora desses horários só está autorizada a modalidade de entrega.
Os supermercados continuam autorizados a abrir todos os dias da semana, das 8h às 20h, com 50% de ocupação. Não há restrição de horário para entregas.
REGRAS EM VIGOR – Outras atividades não essenciais deverão seguir as regras já em vigor, que limita a abertura ao público de segunda a sábado, com horários e capacidade máxima diferenciados. Aos domingos e fora do horário autorizado, só é permitido o atendimento na modalidade delivery.
Nos municípios com mais de 50 mil habitantes, comércio de rua, galerias, centros comerciais e estabelecimentos de prestação de serviços não essenciais poderão abrir ao público das 9h às 18h, com 50% de ocupação. Cidades menores devem seguir a regulação municipal.
Shoppings centers seguem o horário das 11h às 20h, com 50% de ocupação, e as academias o horário das 6h às 20h, com até 30% de ocupação. Os museus também estão autorizados a abrir das 10h às 20h, com limitação de 50% do público.
Serviços e atividades essenciais, como farmácias e clínicas médicas, não terão que atender as regras de toque de recolher e de funcionamento. Os serviços considerados essenciais estão especificados no decreto 4.317, de 21 de março de 2020.
DEMAIS ATIVIDADES – Continuam proibidas atividades que causem aglomerações, como casas de shows, circos, teatros e cinemas; eventos sociais e atividades correlatas em espaços fechados, como casas de festas, de eventos, incluídas aquelas com serviços de buffet; os estabelecimentos destinados a mostras comerciais, feiras, eventos técnicos, congressos e convenções; casas noturnas e correlatos.
Também estão vedados encontros e reuniões familiares e corporativos com mais de 50 pessoas, realizados em bens públicos ou privados.
As práticas religiosas devem atender a Resolução 440/2021 da Secretaria da Saúde, publicada em 26 de fevereiro, que orienta templos, igrejas e outros espaços a adotarem, preferencialmente, o formato virtual. Em casos de atividades presenciais, os locais devem respeitar o limite de 35% da ocupação.
Os municípios poderão adotar medidas mais restritivas quanto aos horários, modalidade de atendimento e regras de ocupação e de capacidade, caso o cenário epidemiológico local assim exija.(Com AEN).
A Secretaria estadual da Agricultura e do Abastecimento e a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) reuniram entidades representativas e produtores de soja, em evento online, nesta terça dia (29), para discutir a nova portaria do Ministério da Agricultura, que revisa e atualiza procedimentos no Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja.
O objetivo é coletar sugestões do setor produtivo para serem enviadas ao Ministério, com vistas a aprimorar os dispositivos da legislação e respeitar as condições próprias de cada região.
“O importante é termos uma estratégia técnica para gastar menos, ter menos custo. Qualquer grama a menos que gastar em fungicida é resultado maior no bolso”, disse o secretário estadual da Agricultura, Norberto Ortigara.
No Paraná, desde 2007 os custos para os produtores tornaram-se crescentes em razão da aplicação de fungicidas para a ferrugem asiática.
“Como fizemos com inúmeras pragas, temos aprendido e buscado encontrar a forma mais correta e mais racional do ponto de vista ambiental e econômico para manejar essa doença”, disse o secretário.
Por isso, ele acredita que a Portaria 306, do Ministério da Agricultura, que passou a valer desde 1º de junho, é mais uma contribuição para uma visão nacional do problema baseada em reflexão e estudos técnicos. “Mas traz pequenos embaraços que vamos procurar corrigir e ajustar dentro do Plano Nacional”, afirmou.
CALENDÁRIO – O gerente de Sanidade Vegetal da Adapar, Renato Rezende Young Blood, salientou que, entre as novidades, a portaria acrescenta ao conceito de vazio sanitário a proibição de semear soja no período de 90 dias. Até agora, era proibido cultivar, manter ou permitir a existência de plantas vivas de soja em qualquer estágio vegetativo.
Dessa forma, produtores iniciavam a semeadura alguns dias antes do término do período, quando sentiam que as condições climáticas já permitiam esse processo, e sabendo que elas não iriam emergir até o final. “É uma grande diferença, pois pela nova portaria ninguém mais pode plantar soja até o fim do vazio sanitário”, disse Blood.
A nova portaria determina, ainda, que até 31 de dezembro de cada ano o Estado envie ao Ministério sugestões de datas para início e término do vazio sanitário. No caso do Paraná, para a atual safra foi definido de 10 de junho a 10 de setembro. Os estados também deverão estabelecer o calendário de plantio, que deve ser de até 110 dias consecutivos de semeadura. Como a exigência de calendário é nacional, o governo federal pretende reduzir as diferenças grandes de um estado para outro.
“Mas a portaria prevê que podem ser estabelecidos períodos de vazio sanitário e de calendário de semeadura de forma regionalizada dentro de uma mesma unidade da federação”, disse o gerente da Adapar. A proposta da Agência é que o período de semeadura se estenda de 11 de setembro a 28 de dezembro, evitando semeadura tardia, que pode exigir uso mais intenso de fungicida.
Neste ano, excepcionalmente, a previsão do calendário da semeadura de soja precisa ser enviada até 31 de julho. A intenção é que a decisão seja tomada com a participação das entidades e produtores. “Precisamos estabelecer um denominador comum para fazermos uma sugestão efetiva ao Ministério”, propôs o presidente da Adapar, Otamir Cesar Martins.
O superintendente do Ministério da Agricultura no Paraná, Cleverson Freitas, elogiou o diálogo estabelecido entre os setores público e privado do Estado para chegar a um consenso. “Só assim vai poder encontrar a melhor maneira de sempre alavancar o Estado do Paraná e manter entre os maiores produtores de soja do Brasil”, disse.
As sugestões de possíveis datas de calendário de plantio ou alterações da portaria podem ser enviadas até 12 de julho no endereço eletrônico Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. (Com AEN).
Mais 4.967 casos e 58 mortes pela Covid-19 foram registrados no Paraná, segundo o boletim divulgado nesta terça dia (29) pela Secretaria de Estado da Saúde. Os números são referentes aos meses ou semanas anteriores e não representam a notificação das últimas 24 horas.
Os dados acumulados do monitoramento da doença mostram que o Estado soma 1.272.289 casos e 30.338 óbitos.
Os casos divulgados nesta terça-feira são de janeiro (4), fevereiro (56), março (15), abril (36), maio (457) e junho (4.386) deste ano e dos seguintes meses de 2020: junho (2), julho (1), outubro (1), novembro (3) e dezembro (6).
INTERNADOS – O informe relata que 2.314 pacientes com diagnóstico confirmado de Covid-19 estão internados. São 1.857 em leitos de SUS (935 em UTIs e 922 em enfermarias) e 457 em leitos da rede particular (238 em UTIs e 219 em enfermarias).
Há outros 2.456 pacientes internados, 1.051 em leitos de UTI e 1.405 em enfermarias, que aguardam resultados de exames. Eles estão nas redes pública e particular e são considerados casos suspeitos de infecção pelo Sars-CoV-2.
ÓBITOS – A Secretaria da Saúde informa a morte de mais 58 pacientes. São 24 mulheres e 34 homens, com idades que variam de 22 a 88 anos. Os óbitos ocorreram de 20 de maio a 29 de junho de 2021.
Os pacientes que foram a óbito residiam em Curitiba (14), Londrina (9), Maringá (5), São José dos Pinhais (4), Campo Mourão (3), Almirante Tamandaré (2), Ibiporã (2) e Ponta Grossa (2).
A Secretaria da Saúde registra, ainda, a morte de uma pessoa em cada um dos seguintes municípios: Altônia, Araucária, Assis Chateaubriand, Cambé, Campo Largo, Clevelândia, Dois Vizinhos, Imbituva, Jaguapitã, Palmeira, Paranaguá, Piraquara, Pontal do Paraná, Rolândia, Sarandi, Teixeira Soares e Telêmaco Borba.
FORA DO PARANÁ – O monitoramento registra 6.728 casos e 172 óbitos de residentes de fora.(Com AEN).
A vacinação contra Covid-19 em cobradores e motoristas do Transporte Coletivo da Região Metropolitana de Curitiba começou a ganhar velocidade nesta semana. Os 19 municípios que compõem o sistema integrado já começaram a imunização dos funcionários da rede, que chega a quase 13 mil trabalhadores. A expectativa é concluir a vacinação do grupo em uma semana.
Até esta terça-feira (29), 1.804 trabalhadores do transporte coletivo haviam sido vacinados em todo o Paraná. Fazenda Rio Grande, na RMC, foi o município que mais aplicou nos funcionários da rede no Estado até o momento, com 277 doses. Curitiba começou o processo de imunização na segunda-feira (28) e já há registros em Foz do Iguaçu, Maringá, Cascavel, Castro, Pato Branco, Pitanga e Itaperuçu.
Os dados são do Vacinômetro do Sistema Único de Saúde, que atualiza em tempo real os resultados fornecidos pelos municípios através da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS).
“Este é um momento de gratidão e reconhecimento a estes trabalhadores que não deixaram de trabalhar um único dia durante toda a pandemia. São heróis que, assim como trabalhadores da área da saúde e demais profissionais, sempre estiveram na linha de frente”, destacou o presidente da Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec), Gilson Santos.
Uma das vacinas indicadas para aplicação do grupo é a Janssen, desenvolvida pelo braço farmacêutico do grupo Johnson & Johnson. É a única atualmente disponível que necessita apenas de uma aplicação para a imunização completa. Segundo dados do fabricante, o imunizante apresentou eficácia de 66% para casos moderados e 85% para casos considerados graves.
Atualmente, a Janssen representa 25,7% dos imunizantes aplicados no grupo. A AstraZeneca/Oxford/Fiocruz responde por 41,4% das doses administradas, a Pfizer/BioNTech, por 30,4%, e a Coronavac (Instituto Butantan/Sinovac), por 2,4%.
TRANSPORTE – O Paraná já iniciou a imunização de outros profissionais que trabalham com transporte. Já são mais de 10 mil caminhoneiros imunizados, além de 245 do transporte ferroviário. Eles estão sendo imunizados nessa etapa. Em fases anteriores já receberam a primeira dose 11,8 mil trabalhadores portuários e 3,9 profissionais do transporte aéreo.
VACINAÇÃO – O Paraná aplicou, até esta terça-feira (29), um total de 5.501.608 doses de vacinas contra a Covid-19. São 4.179.365 primeiras doses, 1.315.675 segundas doses e 6.568 doses únicas. O Estado é o sexto que mais vacinou no País em números absolutos.
A cidade que mais aplicou imunizantes no Estado foi Curitiba, com 984.339 doses, segundo o Vacinômetro. A Capital é seguida por Maringá (307.059 doses), Londrina (295.683 doses), Cascavel (172.677 doses) e São José dos Pinhais (133.058 doses).
Já entre as vacinas aplicadas, a mais utilizada foi a AstraZeneca/Oxford/Fiocruz, com 48,7% do total de doses utilizadas. Na sequência, está a Coronavac, do Instituto Butantan/Sinovac, com 42,7%; a Cominarty, da Pfizer/BioNTech, com 8,5%; e a Janssen, com 0,1%. (Com AEN)
A Coordenadoria-Geral de Fiscalização e a 3ª Inspetoria de Controle Externo do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) divulgaram nesta semana um relatório que aprova a metodologia de distribuição de vacinas contra a Covid-19 pela Secretaria de Estado da Saúde desde o início da campanha de imunização.
O documento destaca que nunca houve favorecimento ou prejuízo em relação a qualquer município, e que a logística seguiu normas técnicas e diretrizes do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO). O relatório leva em consideração a explicação técnica da Secretaria sobre o processo de distribuição das doses, que teve dois momentos.
No início foram utilizados como parâmetros estimativa populacional enquadrada nos grupos prioritários de cada município; número de eleitores; e população estimada com base no Censo de 2010. Na sequência, com o início da imunização no público em geral, houve uma adequação para que a imunização do Paraná tenha ainda mais uniformidade, projetando 80% da população vacinada com a primeira dose até o final de agosto.
Segundo o relatório, os técnicos da Secretaria demonstraram que a distribuição das doses no momento dos grupos prioritários ocorreu conforme os critérios do Ministério da Saúde, as orientações dos Informes Técnicos do governo federal e o Plano Estadual de Vacinação. “Esse cálculo justifica a diferença nos quantitativos encaminhados, devido às particularidades dos grupos priorizados e às características sócio-demográficas de cada município”, afirmam os inspetores.
“Os esclarecimentos demonstraram, de forma bastante satisfatória, que os critérios definidos pelo Ministério da Saúde para a campanha nacional de vacinação contra a Covid-19, especialmente em relação aos grupos prioritários, foram seguidos. Não se vislumbrou, portanto, a ocorrência da adoção de critérios aleatórios pelo Estado, os quais pudessem comprometer a equidade na distribuição das doses”, completam.
Segundo o TCE-PR, justificam algum desalinhamento no ritmo de vacinação por faixa etária a ocorrência de sobreposição de grupos prioritários, quando o mesmo indivíduo é contabilizado em mais de um grupo prioritário, gerando um “superávit de doses” que tende a ser utilizado para vacinação da população em geral; e a frustração das estimativas populacionais utilizadas, tendo em vista a defasagem dos indicadores à disposição.
Para acelerar ainda mais o processo e corrigir eventuais distorções naturais ao processo quando a vacinação acontecia apenas em grupos prioritários, o Paraná adotou a estratégia de compensação para os municípios. Segundo o TCE-PR, que foi apresentado à metodologia na semana passada, a solução matemática elaborada pela Secretaria da Saúde tem o objetivo de aperfeiçoar, ainda mais, os critérios de distribuição das doses aos municípios, projetando a conclusão do calendário de primeiras doses em setembro.
EXEMPLO – A título de exemplo, o TCE-PR comparou a evolução da vacinação nos municípios de Maringá e Londrina (que têm populações aproximadas) e destacou que não ficou demonstrada dispersões em relação ao percentual da população vacinada.
Segundo os inspetores, quando foi feito primeiro levantamento, os cinco municípios mais populosos do Estado se encontravam com percentuais de doses recebidas (com relação às suas populações) muito próximas à média estadual de 46,73%, sendo que quatro (Curitiba com 48,22%, Londrina com 53,71%, Maringá com 53,26% e Cascavel com 49,94%) estavam acima da média, enquanto Ponta Grossa (43,37%) encontrava-se ligeiramente abaixo.
O documento também mostra que 97% dos municípios paranaenses comprovaram a implementação e/ou adequação dos respectivos planos municipais de vacinação para a execução da campanha contra a Covid-19 e que apenas 31 apontaram alguma incongruência, alvo de diálogo com o tribunal para a melhoria da gestão.
VACINÔMETRO – O Paraná imunizou até esta terça-feira (29) 48% da população vacinável (acima de 18 anos) e mais de 90% do grupo prioritário. Foram 5,5 milhões de doses aplicadas, com 4,1 milhões de paranaenses imunizados com a primeira dose ou a dose única da Janssen.
Segundo o último levantamento do consórcio dos veículos de imprensa, do segunda-feira (28), 36,3% da população total já recebeu a primeira dose (5º melhor índice do País, acima da média nacional). No Ranking da Vacinação da Secretaria, seis municípios já vacinaram mais de 60% da população e 33 mais de 50% dos seus habitantes. (Com AEN)






















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