Pela 1ª vez em quatro meses, ocupação de leitos de UTI Covid-19 fica abaixo de 90% no Paraná

Pela primeira vez em mais de quatro meses, caiu para menos de 90% a taxa de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) exclusivos para tratamento de Covid-19 no Paraná. Nesta segunda-feira (5), o índice atingiu 89%: dos 2.007 leitos disponíveis na rede hospitalar do Estado, 1.783 estão ocupados.

 

A taxa estava no patamar de 90% desde 21 de fevereiro, quando o Paraná estava no início da segunda onda da Covid-19. Desde então, essa média se manteve durante 133 dias, mesmo com incremento de quase 800 novos leitos na rede estadual (eram 1.226 na época). Os dados são do Boletim Epidemiológico da Secretaria Estadual da Saúde.

 

O percentual do Estado é calculado pela média de ocupação nas quatro macrorregionais de saúde. A região Norte é a que apresenta índice mais baixo, com ocupação de 85%, seguida pelo Leste, com 88%, e Noroeste, 90%. O Oeste é a região que apresenta o índice mais alto, com 94% de ocupação.

 

Vinicius Filipak, diretor de Gestão em Saúde da Secretaria, aponta que a queda já é uma prova da eficácia da vacinação contra a Covid-19. “Não há dúvida que essa redução tem dois fatores importantes. As medidas de controle são as mais eficientes para que não haja contaminação, e uma parte da população continua sendo muito positiva em manter o isolamento social. Mas, com certeza, a vacinação já cumpre seu papel”, explica.

 

Ele aponta que um indício dessa eficácia é que, nos últimos meses, também mudou o perfil dos pacientes internados. Segundo Filipak, as faixas etárias que foram mais imunizadas, como idosos e pessoas com comorbidades, já representam um percentual de internação muito menor que em períodos anteriores.

 

“Em toda a pandemia, mais de 60% dos pacientes na UTI tinham mais de 60 anos. Nos últimos meses, esse percentual reduziu: no fim de junho, apenas 27% dos internados em UTI eram idosos. Quem já foi vacinado também pode chegar a ser internado, mas são casos menos graves e com menor tempo de permanência no hospital”, declara.

 

TAXA DE TRANSMISSÃO – Outro índice que também apresentou queda ao longo da última semana foi a taxa de transmissão (Rt), número que indica a velocidade de contágio pelo vírus em uma determinada localidade. No Paraná, a Rt está em 0,86 nesta segunda-feira, o que significa que 100 pessoas com Sars-Cov-2 contaminam, em média, 86 novas pessoas.

 

Os dados são do sistema Loft.Science, que calcula o Rt médio de todos os Estados e do Brasil com base em um algoritmo desenvolvido pela empresa. O Rt indica quando o contágio pelo vírus está acelerado (maior que 1), estável (igual a 1) ou em remissão (menor que 1) – único cenário que aponta uma melhora na situação epidêmica. Quanto mais próximo de zero, menores as chances de contágio.

 

O Paraná está em remissão desde 1º de julho, quando a Rt passou de 1,09 para 0,99. Desde então, o número está em queda, apontando para uma tendência de redução da transmissão no Estado.

 

FILA DE UTI – Vinculada à queda na ocupação de leitos de UTI e na taxa de transmissão está a redução da fila de espera por novos leitos para tratamento da Covid-19. Nesta segunda-feira, o número estava em 111 pacientes, sendo 36 de UTI.

 

Filipak explica que o índice nunca chega a zero por conta de uma diferença de horário entre o momento de coleta de informações: enquanto a fila é contabilizada ao final de cada dia, o número de leitos de UTIs livres só é atualizado pela manhã. Um paciente só efetivamente “sai” da fila quando dá entrada no hospital, criando um espaço de tempo maior entre a atualização dos dados.

 

“A tendência é que os pacientes em espera sejam internados no mesmo dia. A média do tempo de espera no Paraná em julho é de 11,7 horas para UTI e enfermaria. Em 90% dos casos, os pacientes já estão internados em menos de um dia”, explicou.

 

TOTAL DE LEITOS – O Paraná conta atualmente com 4.987 leitos exclusivos para tratamento de Covid-19. Para adultos, são 2.007 leitos de UTI e 2.924 enfermarias, além de 22 leitos de UTI e 34 enfermarias para crianças. Em 21 de fevereiro, eram 1.226 leitos de UTI e 1.783 enfermarias, além de 22 leitos de UTI e 16 enfermarias pediátricas.

 

A estratégia do Paraná para o tratamento dos pacientes é através do reforço à infraestrutura já existente na rede hospitalar, capacitando os estabelecimentos de saúde com novos leitos e descentralizando o atendimento para um grande número de cidades. Com isso, cada região teve sua estrutura fortalecida. A Leste é a que mais possui leitos: são 1.061 UTIs, 1.503 enfermarias, 10 UTIs pediátricas e 22 enfermarias pediátricas.

 

No Oeste, são 357 UTIs, 429 enfermarias, 2 UTIs pediátricas e 2 enfermarias pediátricas. O Norte está equipado com 310 leitos de UTI, 540 enfermarias, 5 leitos pediátricos de UTI e 5 de enfermaria pediátrica. Por fim, o Noroeste possui 279 leitos de UTI, 452 enfermarias, 5 UTIs pediátricas e 5 enfermarias pediátricas.

 

VACINAÇÃO – Até a tarde desta segunda-feira, o Paraná aplicou 5.894.369 vacinas contra a Covid-19. Foram 4.494.659 primeiras doses, 1.344.436 segundas doses e 55.274 doses únicas. 52,17% da população adulta do Estado já iniciou a imunização, e 16,05% foi completamente imunizada. Os dados são do Vacinômetro do Sistema Único de Saúde (SUS), vinculado ao Ministério da Saúde. (Com Agência Brasil)

 

 

 

Estrutura de serviços digitais do Estado aos cidadãos está entre as melhores do País

A estrutura de serviços digitais oferecidos pelo Governo do Paraná aos cidadãos está entre as melhores do Brasil. O Estado ocupa o terceiro lugar em um ranking elaborado pela Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Tecnologia da Informação e Comunicação (ABEP), divulgado nesta segunda-feira (5).

 

O estudo avalia os serviços digitais ofertados pelos governos estaduais aos seus cidadãos a partir de uma nota geral que abrange o conjunto do trabalho prestado. No ranking geral, o Paraná ficou com 86,25 pontos, índice considerado muito bom. No topo do ranking está o Rio Grande do Sul, com nota 91 (ótimo), seguido pela Bahia, com nota 87,25 (muito bom).

 

A metodologia utilizada na classificação levou em consideração três critérios: como funciona a interação da plataforma com o cidadão, quais serviços são ofertados e como funciona a regulamentação sobre modernização para a oferta de serviços públicos. Cada critério foi avaliado através de um questionário respondido pelos estados com base na infraestrutura tecnológica disponível.

 

No Paraná, a responsável pela área é a Celepar​– Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná. “Recebemos com muito orgulho esta divulgação, que reflete todo um trabalho realizado pelo Governo do Estado”, ressaltou o presidente da companhia, Leandro Moura.

 

PRIMEIRO LUGAR - Além do terceiro lugar geral, o Paraná lidera o ranking em um dos três critérios avaliados. Na dimensão de serviços ofertados, o Estado empatou com Santa Catarina e Paraíba em primeiro lugar. Os três tiveram índice considerado muito bom.

 

O critério avalia, em uma lista de dez serviços, quais são prestados à população de forma digital. Entre eles, estão a consulta online de notas e frequências dos alunos, a abertura de boletins de ocorrência online, o teleatendimento de serviços de saúde por videoconferência, o registro digital para abertura de empresas, a emissão de Nota Fiscal Eletrônica e a solicitação online de documentos como carteira de identidade e carteira de habilitação.

 

Danilo Scalet, assessor da presidência da Celepar, destacou que o bom resultado do Paraná é consequência tanto de um trabalho já desenvolvido há anos quanto de novos serviços implantados a partir da pandemia, que acelerou a necessidade da transformação digital em diversos setores da sociedade.

 

“A maioria dos serviços avaliados são tradicionais no Estado e oferecidos à população já há algum tempo. Um serviço novo, decorrente do processo de pandemia, é o de teleatendimento de serviços de saúde por videoconferência para o cidadão. Isso facilitou o acesso para a população quando esse tipo de consulta é necessária”, exemplificou Scalet.

 

Na avaliação, o Paraná disponibiliza nove dos dez serviços elencados. O único ponto em que o Estado não atingiu a nota máxima foi na possibilidade da matrícula online. Scalet explica que, na verdade, o processo já funciona de forma online. No entanto, como há uma obrigação de comparecimento do responsável do aluno na escola para confirmar a matrícula, o critério de julgamento não considerou o processo 100% digital. “Por outro lado, em todos os demais itens tiramos o grau máximo, o que nos levou à primeira classificação”, complementou o assessor.

 

OUTROS CRITÉRIOS - Nos outros critérios, o Paraná também apresentou índices considerados muito bons. Na avaliação da capacidade para a oferta digital de serviços, a pesquisa analisa como funciona a estrutura digital e a interação com o cidadão no sistema através de dez parâmetros.

Para isso, verifica se existe um site unificado, se permite um cadastro digital do cidadão, se possui agendamento digital de serviços, entre outros. Neste quesito, o Paraná ficou em quarto lugar, atrás de Bahia, Rio Grande do Sul e

Minas Gerais, e empatado com Espírito Santo.

 

Já no critério da legislação sobre modernização na oferta de serviços, a metodologia avaliou como os governos estaduais regulamentaram a Lei Federal 13.460/2017, que estabelece normas básicas para participação, proteção e defesa dos direitos do usuário dos serviços públicos prestados pela administração pública.

 

O Estado atendeu três dos quatro critérios, atingindo o índice “muito bom” e ficando em quarto lugar no País. À frente do Paraná, figuram Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.

 

Esta foi a segunda edição da pesquisa realizada pela Abep. O ranking completo pode ser consultado no site da instituição. (Com AEN)

 

 

 

Com investimento de R$ 5,2 milhões, Paraná renova frota para fiscalização ambiental

O Governo do Estado vai melhorar a frota de veículos dos 21 escritórios regionais vinculados à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo (Sedest) como forma de reforçar a fiscalização ambiental em todo o Paraná. O governador Carlos Massa Ratinho Junior entregou nesta segunda-feira (05), durante o lançamento do Paraná Energia Sustentável, no Palácio Iguaçu, 42 veículos para os escritórios, entre caminhonetes L200 (21) e utilitários Fiat Strada (21). Outros cinco automóveis ficarão em Curitiba, à disposição da Sedest e do Instituto Água e Terra (IAT). O investimento foi de R$ 5.226.863,42.

 

“Precisamos dar suporte e equipamentos adequados para os funcionários para poder melhorar a fiscalização. Lembrando que muitas vezes eles precisam ir até locais afastados, de difícil acesso. Esse investimento é mais um passo que o Paraná dá em busca da sustentabilidade, de ser um Estado verde, que se preocupa e preserva o meio ambiente”, afirmou Ratinho Junior.

 

Entre as atribuições da fiscalização ambiental estão a atividade de controle, monitoramento, educação ambiental e de vigilância, com o objetivo de impedir o estabelecimento ou a continuidade de ações consideradas lesivas ao meio ambiente. Ou, ainda, daquelas realizadas em desconformidade com o que foi autorizado no documento de licenciamento.

 

“Esses carros novos vão ajudar no atendimento a denúncias geradas pela população, demandas de órgãos públicos, fiscalizações de rotina, atendimento a acidentes ambientais e também no apoio a órgãos federais, estaduais e municipais, sempre tendo a questão ambiental como prioridade”, explicou o secretário de Estado do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, Márcio Nunes.

 

Em 2020, de acordo com a Sedest, foram aplicadas 4.587 multas por infrações ambientais. O valor arrecadado com as autuações chegou a R$ 75,5 milhões, dos quais 77% (R$ 56,2 milhões) referentes a atentados contra a flora nativa.

 

Os autos de infração lavrados são relacionados à fauna (1.069), licenciamentos (600), pesca ilegal (128), resíduos sólidos (97), poluição (77), descumprimento de embargo (67), mineração (44), parcelamento de solo/loteamento/condomínio (21), desrespeito à autoridade ambiental (9), patrimônio público (9) e empreendimentos industriais e de serviços (5).

 

PRESENÇAS – Participaram da cerimônia o vice-governador Darci Piana; o chefe da Casa Civil, Guto Silva (Casa Civil); os secretários Norberto Ortigara (Agricultura e Abastecimento), João Carlos Ortega (Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas) e Beto Preto (Saúde); o diretor-presidente da Copel, Daniel Pimentel Slavieiro; o diretor-presidente da Sanepar, Cláudio Stabile; o vice-presidente e diretor de Operações do BRDE, Wilson Bley Lipski; os deputados federais Vermelho e Luiza Canziani; o presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, Ademar Traiano; os deputados estaduais Hussein Bakri (líder do Governo), Tião Medeiros, Nelson Luersen e Wilmar Reichembach; o juiz auxiliar da presidência do TJ-PR, Anderson Ricardo Fogaça; a subprocuradora-geral de Justiça para assuntos de planejamento institucional do MP-PR, Sâmia Bonavides; o presidente do Movimento Pró-Paraná, Marcos Domakoski; o presidente do Instituto de Engenharia do Paraná, Nelson Luiz Gomes; o presidente da Faep, Ágide Meneguette; o presidente da Fiep, Carlos Walter Martins Pedro; o presidente da Fetaep, Marcos Brambilla; e os prefeitos Tauillo Tezelli (Campo Mourão), Betinho Lima (Goioerê), Américo Belle (Capanema) e Freonizio Valente (Santa Isabel do Ivaí). (Com AEN)

 

 

 

Paraná tem melhor saldo na geração de empregos no acumulado do ano desde 2011

Confirmando a tendência dos meses anteriores, o Paraná fechou os primeiros cinco meses do ano com o melhor saldo na geração de empregos desde 2011, além do segundo melhor resultado para maio no mesmo período. No acumulado do ano foram abertas 103.432 vagas com carteira assinada no Estado, número muito superior ao registrado entre janeiro e maio de 2020, durante o momento mais restritivo da pandemia, que teve saldo negativo de 47.696 vagas.

 

Os dados foram levantados pelo Departamento do Trabalho e Estímulo à Geração de Renda, da Secretaria de Estado da Justiça, Família e Trabalho, com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia, e levam em consideração as mudanças metodológicas da análise nacional.

 

O Paraná teve resultados positivos em todos os meses de 2021, além de recordes na geração de empregos formais no primeiro trimestre e no primeiro quadrimestre do ano. Em janeiro, foram criados 34.342 postos de trabalho; em fevereiro, 41.616; em março, 11.507; e em abril 10.019. Com as 15.884 vagas abertas em maio, o Estado teve o melhor desempenho na Região Sul e quarto melhor do País.

 

Com relação aos primeiros cinco meses, o melhor saldo até então tinha sido em 2011, com 86.308 vagas abertas, uma diferença de quase 20% com o período atual. O resultado deste ano também marca a grande retomada dos últimos 11 anos e a primeira vez em que o Estado ultrapassa a marca de 100 mil vagas formais.

 

“A geração de empregos esteve em alta em todos os meses do ano no Paraná, superando inclusive os patamares pré-pandemia. São resultados que mostram a força econômica do Estado e o quanto o povo paranaense é trabalhador”, afirma o governador Carlos Massa Ratinho Junior. “O Governo do Estado tem feito sua parte para alcançar esse resultado, com programas de estímulo às atividades mais afetadas pela pandemia e à atração de novos investimentos ao Paraná”.

 

O secretário estadual da Justiça, Família e Trabalho, Ney Leprevost, também destacou o papel das Agências do Trabalhador na intermediação entre empregadores e trabalhadores. “Agradeço a confiança das empresas que investem no Paraná e a dedicação de todo nosso time das 216 Agências do Trabalhador. Emprego com carteira assinada é o melhor de todos programas sociais”, salientou.

 

PIB do Paraná cresce 1,07% no trimestre, terceira alta consecutiva
MAIO – Além do acumulado do ano, o mês de maio também foi um dos melhores da história do Estado na abertura de vagas formais, ficando atrás apenas de maio de 2011, quando foram criados 16.789 postos. O pior resultado para o mês foi no ano passado, quando as restrições da pandemia derrubaram o saldo de empregos. Em maio de 2020, foram 23.856 perdas entre pessoas demitidas e contratadas.

 

Nos anos anteriores, mesmo com resultados positivos em quase todos, houve redução gradual no saldo de vagas para o mês: foram 11.738 em maio de 2012; 9.713 em 2013; 6.840 em 2012; -1.361 em 2015; -3.388 em 2016; 2.379 em 2017; 1.798 em 2018; e 1.431 em 2019.

 

SETORES – A indústria puxou a abertura de vagas, com a criação de 27.991 vagas no acumulado do ano. Com exceção do segmento de alojamento e alimentação, que teve saldo negativo de 983 vagas, todos os demais setores contrataram mais do que demitiram no período.

 

Também apresentaram alta o comércio e os negócios de reparação de veículos automotores e motocicletas (15.048); as empresas de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (14.782); construção (13.617); administração pública, defesa e seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (8.962); agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (3.901); transporte, armazenagem e correio (3.001); outras atividades e serviços (1.132); artes, cultura, esporte e recreação (22); e serviços domésticos (11). (Com AEN)

 

 

 

Estado agiliza licenciamento de empreendimentos para produção de energia limpa

Em mais um passo no alinhamento do desenvolvimento sustentável do Paraná, o governador Carlos Massa Ratinho Junior lançou nesta segunda-feira (05), no Palácio Iguaçu, o Paraná Energia Sustentável. A intenção é fazer com que a produção de energia limpa no Estado, por meio de empreendimentos de pequeno porte, passe a ter uma nova dinâmica para a emissão de licenciamento ambiental, o que permite reduzir o tempo de espera pela permissão.

 

Para isso, foram criadas sete resoluções específicas, uma para cada modalidade, além de um sistema online que vai unificar e agilizar o processo.

 

O objetivo do projeto, destacou Ratinho Junior, é também racionalizar o licenciamento da atividade com foco na redução da emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE), atendendo a um dos princípios da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU).

 

“Um dos pilares da nossa administração é fazer com o que o Estado cresça, se desenvolva, mas dentro das premissas corretas estabelecidas por essa agenda mundial de preocupação com o meio ambiente”, afirmou o governador. “Fizemos um pacto para pensar o Paraná do futuro. Sabemos exatamente qual estado queremos deixar para as futuras gerações, um Paraná extremamente consciente e sustentável”.

 

O governador reforçou que aspectos como energia sustentável, proteção ambiental e redução de desigualdades fizeram do Paraná um exemplo mundial no desenvolvimento sustentável, destacados em um estudo de caso lançado no mês passado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). A pesquisa analisa de que forma o Paraná aderiu e aplicou os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU ao longo dos últimos dois anos.

 

 

A OCDE é uma organização internacional integrada por países-membros que se empenham em promover padrões internacionais que permeiam questões econômicas, financeiras, comerciais, sociais e também ambientais.

 

“Somos exemplos para o mundo no desenvolvimento verde e queremos avançar ainda mais nesta questão, por isso o lançamento do Paraná Energia Sustentável. Seremos rígidos, mas com rapidez, permitindo a criação de um ambiente saudável para quem quer gerar energia limpa”, comentou Ratinho Junior.

 

O QUE MUDA – Com a criação de sete resoluções específicas, separadas por modelos de geração e transmissão de energia, a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo (Sedest), por meio do Instituto Água e Terra (IAT), consegue atuar com mais eficácia e agilidade nos processos de licenciamentos ambientais para a produção de energia elétrica.

 

As fontes são divididas em eólica (Resolução 07/2021), biodigestores com aproveitamento energético de biogás (Resolução 08/2021), energia elétrica a partir de potencial hidráulico (Resolução 09/2021), por meio de caldeiras geradoras de vapor, utilizando a biomassa (Resolução 10/2021), solar (Resolução 11/2021), para sistemas de distribuição de gás canalizado e sistemas de transporte de gás canalizado (Resolução 12/2021) e sistemas de transmissão, distribuição e subestação de energia elétrica (Resolução 13/2021).

 

Também como forma de dar celeridade aos pedidos, a solicitação de licenciamento para construção de empreendimentos de qualquer porte passa ser feita de forma online, via Sistema de Gestão Ambiental (SGA) – a ferramenta permite aos usuários a requisição, análise e emissão de todas as licenças pela internet, além de consultas relacionadas ao processo em andamento.

 

“Buscamos a agilidade, mas sem perder de vista os aspectos técnicos e jurídicos dos empreendimentos. Uma transformação digital que vai transformar também a qualidade de vida dos paranaenses”, ressaltou o diretor-presidente do IAT, Everton Souza.

 

Anteriormente, não se tinha uma normativa específica para cada tipo de fonte de energia. Com as sete resoluções, cada empreendimento é tratado de acordo com sua especificidade, o que oferece, além de maior segurança por parte do órgão ambiental, mais agilidade na análise dos processos.

 

O Paraná Energia Sustentável, explicou o secretário de Estado do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, Márcio Nunes, foi criado nos moldes do Descomplica Rural. O programa emitiu mais de 20 mil licenças ambientais em 2020, sendo 13% a mais que em 2019. O tempo médio de emissão de licenças simplificadas, ou seja, para empreendimentos sem impacto ambiental, é atualmente de apenas um dia.

 

“Queremos ser ágeis, mas sem afrouxar a legislação. Quem quiser gerar energia limpa no Paraná terá de obedecer a uma série de exigências, com resoluções específicas e fiscalização. Mas tudo dentro de um programa que permite ser prático e, com tudo de acordo, emitir o licenciamento ambiental de forma rápida”, ressaltou Nunes. “O Paraná já é quem mais produz alimentos, agora será também o mais sustentável”.

 

COOPERAÇÃO – Durante o evento, o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), por meio do seu presidente, desembargador José Laurindo de Souza Netto, formalizou um acordo de cooperação técnica com a Prefeitura de Campo Mourão, na Região Centro-Oeste, para a instalação de uma usina fotovoltaica no município.

 

O empreendimento, de acordo com o desembargador, terá capacidade de produzir energia suficiente para abastecer 25% dos órgãos judiciais do Estado. A usina deve ficar pronta no segundo semestre de 2022. O investimento é de R$ 25 milhões.

 

“Esse governo tem a capacidade de aglutinar diferentes atores em torno de umas das causas mais importantes do nosso século: o meio ambiente. Essa cooperação técnica finalizada agora é mais um exemplo disso”, destacou Souza Netto.

 

HOMENAGEM – Também durante a cerimônia, o governador Ratinho Junior recebeu da Associação Brasileira de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e Centrais Geradores Hidrelétricas (CGHs) o troféu “Amigo das PCHs e CGHs”. “Com esse programa teremos capacidade de fazer muito mais pelo Paraná. A estimativa é de gerar 100 mil empregos e responder por um investimento de R$ 15 bilhões”, disse o presidente do conselho de administração do órgão, Pedro Luiz Fuentes Dias.

 

PRESENÇAS – Participaram da cerimônia o vice-governador Darci Piana; o chefe da Casa Civil, Guto Silva (Casa Civil); os secretários Norberto Ortigara (Agricultura e Abastecimento), João Carlos Ortega (Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas) e Beto Preto (Saúde); o diretor-presidente da Copel, Daniel Pimentel Slavieiro; o diretor-presidente da Sanepar, Cláudio Stabile; o vice-presidente e diretor de Operações do BRDE, Wilson Bley Lipski; os deputados federais Vermelho e Luiza Canziani; o presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, Ademar Traiano; os deputados estaduais Hussein Bakri (líder do Governo), Tião Medeiros, Nelson Luersen e Wilmar Reichembach; o juiz auxiliar da presidência do TJ-PR, Anderson Ricardo Fogaça; a subprocuradora geral de Justiça para assuntos de planejamento institucional do MP-PR, Sâmia Bonavides; o presidente do Movimento Pró-Paraná, Marcos Domakoski; o presidente do Instituto de Engenharia do Paraná, Nelson Luiz Gomes; o presidente da Faep, Ágide Meneguette; o presidente da Fiep, Carlos Walter Martins Pedro; o presidente da Fetaep, Marcos Brambilla; e os prefeitos Tauillo Tezelli (Campo Mourão), Betinho Lima (Goioerê), Américo Belle (Capanema) e Freonizio Valente (Santa Isabel do Ivaí). (Com AEN)

 

 

 

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