ANTT publica editais dos lotes 4 e 5; leilões trarão R$ 30 bilhões em investimentos ao Paraná

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) publicou no fim da noite desta terça-feira (15) o edital de concessão dos lotes 4 e 5 do programa de concessões de rodovias do Paraná. 

Eles foram aprovados em reunião da diretoria do órgão. Os dois lotes têm extensão de 1.058 quilômetros e investimentos previstos de R$ 29,8 bilhões, entre obras e custos operacionais.

Os editais preveem que o lote 4 seja leiloado na Bolsa de Valores (B3), em São Paulo, no dia 23 de outubro, enquanto leilão do lote 5 ficou marcado para acontecer na semana seguinte, no dia 30 de outubro. Os últimos dois trechos do programa de concessões abrangem estradas das regiões do Vale do Ivaí, Norte, Noroeste, Oeste e Centro-Oeste e, além do Paraná, também vai beneficiar o tráfego de veículos vindos do Paraguai, São Paulo e Mato Grosso do Sul.

A concessão terá as mesmas regras das demais disputas do pacote de rodovias do Paraná, pela menor tarifa-base por quilômetro rodado, sem outorga para os governos federal e estadual, o que garante a execução das obras, com uma cobrança de pedágio por um valor justo. A concessão ocorrerá sob a modalidade de leilão. Os envelopes com as propostas deverão ser entregues pelas empresas interessadas nas concessões no dia 20 de outubro para o lote 4 e no dia 27 de outubro para o lote 5. O cronograma prevê que os contratos sejam assinados até fevereiro de 2026.

LOTE 4 – O lote 4 tem 627,52 quilômetros de extensão e abrange três rodovias federais (BR-272, BR-369 e BR-376) e oito estaduais (PR-182, PR-272, PR-317, PR-323, PR-444, PR-862, PR-897 e PR-986). O trecho passa pelas regiões Oeste, Noroeste e Norte do Paraná, conectando tanto a fronteira com o Paraguai, em Guaíra, até a divisa com São Paulo, em Nova Londrina.

Os investimentos previstos chegam a R$ 18,2 bilhões, sendo R$ 10,9 bilhões em obras. O projeto contempla uma série de melhorias e ampliações na infraestrutura viária, incluindo 231 quilômetros de duplicações, 87 quilômetros de faixas adicionais e 59 quilômetros destinados à implantação de contornos (Nova Londrina, Itaúna do Sul, Oeste de Maringá e Norte de Londrina). Também estão previstos 39,4 quilômetros de vias marginais e 34 quilômetros de ciclovias, além de 39 passarelas, oito passa-faunas, pontos de ônibus e outras melhorias.

Uma das grandes novidades é a duplicação da PR-323, uma das principais da região Noroeste, nas regiões de Maringá, Cianorte e Umuarama. O programa completo das obras pode ser consultado AQUI.

LOTE 5 – O lote 5 abrange 430,7 quilômetros das rodovias BR-158, BR-163, BR-369, BR-467 e PR-317. As estradas cruzam as regiões Oeste e Noroeste, também facilitando a ligação entre o Paraguai e o Mato Grosso do Sul com o Paraná.

Serão R$ 11,6 bilhões em investimentos, dos quais R$ 6,5 bilhões estão previstos para tirar do papel 238 quilômetros de duplicações, 20 quilômetros de vias marginais e 3,7 quilômetros destinados à implantação de contornos, além de 12 quilômetros de rodovias, três passagens de faunas, cinco passarelas e outros dispositivos. Também será construído o Contorno de Guaíra. As ciclovias serão instaladas na BR-369. O programa completo das obras pode ser consultado AQUI.

PACOTE DE CONCESSÕES – As seis concessões do Paraná têm um prazo de 30 anos a partir da chamada Data de Assunção, que é a assinatura do Termo de Arrolamento e Transferência de Bens após o início dos contratos. No total, são 3,3 mil quilômetros de estradas concedidas à iniciativa privada, sendo 1,1 mil quilômetros destas de rodovias estaduais. Os investimentos devem ultrapassar R$ 60 bilhões durante as três décadas de contrato, no maior programa da América Latina.

Os contratos dos dois primeiros lotes estão em vigência desde janeiro de 2024. O lote 1 é operado pelo Grupo Pátria, que arrematou o trecho em um leilão em agosto de 2023. A concessionária deverá investir R$ 7,9 bilhões em obras de melhorias e manutenção em trechos das rodovias BR-277, BR-373, BR-376, BR-476, PR-418, PR-423 e PR-427.

O lote 2, por sua vez, foi leiloado em setembro de 2023 e teve como vencedor o Grupo EPR, o mesmo que irá gerir o lote 6. O investimento nele será de R$ 10,8 bilhões, com obras nas rodovias BR-153, BR-277, BR-369, PR-092, PR-151, PR-239, PR-407, PR-408, PR-411, PR-508, PR-804 e PR-855.

Já os contratos com as concessionárias que operam os lotes 3 e 6 passaram a valer em abril deste ano. Com cerca de 570 quilômetros de extensão, o Lote 3 é gerido pelo Grupo Motiva (antiga CCR S.A). Ele integra o chamado Corredor Norte, que conecta o Interior do Paraná ao Porto de Paranaguá, além de integrar o Estado com Santa Catarina e São Paulo.

Arrematado pelo Grupo EPR, o lote 6 é o maior projeto rodoviário do pacote de concessões rodoviárias paranaense. Ele deve receber R$ 20,2 bilhões para obras de duplicações em 70% dos trechos das rodovias, além de faixas adicionais, vias marginais e contornos ao longo de 662,1 quilômetros, passando por trechos das BR-163, BR-277, PR-158, PR-180, PR-182, PR-280 e PR-483.

 

 

 

 

 

 

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 Paraná tem 5 cidades entre as 20 melhores do Brasil em tratamento de água e esgoto

O Paraná é o segundo estado com mais cidades no top 20 entre os municípios com melhor oferta de tratamento de água e esgoto no Brasil, contando com cinco municípios em destaque da 17ª edição do Ranking do Saneamento do Instituto Trata Brasil, divulgado nesta terça-feira (15).

O desempenho da Sanepar tem base em um plano robusto de investimentos, que mantém o Paraná como referência em saneamento, o que contribui para o desenvolvimento sustentável dos municípios onde atua. De 2019 a 2024, a Sanepar empregou R$ 8,8 bilhões em investimentos nos sistemas de água e esgoto dos municípios do Paraná.

Curitiba (18º), Foz do Iguaçu (10º lugar), Londrina (20ª), Maringá (14º) e Ponta Grossa (13º) estão no topo do levantamento nacional. O resultado é um reconhecimento ao alto desempenho dos serviços realizados pela Sanepar, responsável pela captação, tratamento e distribuição de água e de coleta e tratamento de esgoto.

Segundo o Instituto Trata Brasil, Londrina atingiu 97,80% em atendimento de água e 97,55% no de esgoto; Foz do Iguaçu está com 99,31% no abastecimento e 90,66% no esgotamento; e Ponta Grossa atingiu 98,50% na água e 98,11% no esgoto.

Os resultados das cidades paranaenses superam os das médias nacionais. Em 2023, a média de atendimento à água na área urbana do País foi de 83,1%. Já na coleta de esgoto, a média foi de 77,19% entre os cem maiores centros urbanos analisados. A média nacional é de 55,2%.

Conforme o ranking elaborado pelo Instituto Trata Brasil (ITB) em parceria com a consultoria GO Associados, Curitiba foi classificada como a terceira melhor capital brasileira no ranking, atrás apenas de Goiânia (GO) e São Paulo (SP).

Presente em 345 municípios paranaenses, a Sanepar é responsável por um dos maiores programas de saneamento do país. Atualmente, 100% da população atendida pela companhia têm acesso à água tratada e mais de 81% têm coleta de esgoto, sendo que 100% do esgoto coletado é tratado.

"Com investimentos previstos de R$ 11,8 bilhões até 2029, o objetivo é tornar o Paraná o primeiro estado brasileiro a ter o saneamento universalizado. A Sanepar está na vanguarda, com projetos e ações como, por exemplo, as PPPs que são um caminho para transformar o saneamento em prioridade nas políticas públicas, com foco em resultados concretos para a população", comenta o diretor-presidente da Sanepar, Wilson Bley.

ESTUDO  O Ranking Trata Brasil 2025 foi o primeiro a adotar integralmente a nova metodologia, com análise dos dados do Sistema Nacional de Informações em Saneamento (Sinisa), criado a partir do advento do Novo Marco Legal do Saneamento Básico, em substituição ao sistema anterior, o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS).

O levantamento avalia dez indicadores, distribuídos em três dimensões: Nível de Atendimento (5 indicadores); Melhoria do Atendimento (2 indicadores) e Nível de Eficiência (3 indicadores). Para cada indicador, são atribuídas notas entre zero e 10 para cada um dos 100 municípios mais populosos do Brasil.

Dos 20 melhores municípios classificados no ranking de 2025, nove são de São Paulo, cinco são do Paraná, três de Minas Gerais, dois de Goiás e um é do Rio de Janeiro.

PERDAS MÍNIMAS – Maringá foi um dos grandes destaques do ranking ao registrar apenas 23,12% de perdas na distribuição de água tratada, valor muito inferior à média nacional de 45,43%. Isso posiciona o município entre os 20 melhores do país nesse quesito e demonstra o compromisso da Sanepar com a eficiência hídrica e o combate ao desperdício.

O gerente de engenharia regional Noroeste da Sanepar, Vitor Gorzini, destaca o uso de tecnologia como aliada na gestão dos recursos. “Monitoramos em tempo real as 30 zonas de abastecimento do município por meio de um software que detecta rapidamente vazamentos e permite ajustes imediatos na vazão”, explica. Somente em 2024, os investimentos da Sanepar na cidade foram de R$ 77,9 milhões.

 

 

 

 

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 Detran-PR conquista reconhecimento nacional pelas ações do Maio Amarelo

O Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV) vai reconhecer em ato público o Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR) como entidade destaque no Movimento Maio Amarelo 2025.

A instituição social fará a entrega de uma premiação no dia 4 de agosto, na sede da autarquia paranaense, a partir das 14h. O objetivo é celebrar as ações que se sobressaíram na promoção da conscientização e na construção de um trânsito mais seguro durante as campanhas deste ano.

De acordo com o Observatório, o movimento alcançou grande sucesso graças à contribuição de diversas entidades que se destacaram por sua participação na realização de atividades e programações educativas e informativas. Do Detran-PR, destacam-se três, sendo a produção de um vídeo que abordou de forma sensível e didática os riscos no trânsito e a importância de atitudes seguras; uma série de podcasts educativos com especialistas em trânsito; e ações integradas com a sociedade, como blitz educativas, palestras em escolas e empresas e parcerias com entidades.

Em todas essas atuações, conforme o ONSV, o envolvimento dos colaboradores foi um diferencial. Para o presidente do Detran-PR, Santin Roveda, a homenagem valida os trabalhos desenvolvidos para a campanha e reafirma a importância da disseminação de informações e orientações para transformar o trânsito brasileiro.

“Receber esse reconhecimento nacional é, antes de tudo, uma confirmação de que estamos no caminho certo. O Maio Amarelo é mais do que uma campanha, é um movimento de conscientização que envolve toda a sociedade em torno de um objetivo comum, salvar vidas no trânsito. Temos trabalhado com dedicação para levar essa mensagem de forma clara, acessível e impactante a todos os paranaenses. Essa conquista é fruto do empenho de toda a equipe e do engajamento da população”, afirmou.

O gestor em Trânsito e conselheiro do ONSV, Mauro Gil Meger, ressaltou que o Departamento de Trânsito do Paraná realizou ações abrangentes e inovadoras, alcançando importante engajamento e transformando o Paraná em modelo. “Essas boas práticas inspiram um objetivo comum: salvar vidas e reduzir os índices de sinistros e óbitos no trânsito brasileiro”, disse. “Em uma iniciativa pioneira, a campanha envolveu diretamente a administração pública e essa mobilização em massa garantiu que a mensagem do Maio Amarelo ressoasse em todo o Paraná”.

Para a chefe de Divisão de Programas Educativos para o Trânsito, Orientação Técnica e Assessoramento do Detran-PR, Dayana Cavalli, o reconhecimento valoriza o esforço coletivo das equipes envolvidas, especialmente das Ciretrans e demais parceiros que contribuíram ativamente para o sucesso das ações.

“É um trabalho que vai muito além da obrigação profissional, pois é o reflexo de um compromisso genuíno com a vida. Quando lutamos pela paz no trânsito, não estamos apenas cumprindo uma função, mas defendendo a vida. Esse prêmio simboliza que a luta incansável pela conscientização vale a pena”, destacou.

Já o chefe interino do Departamento Executivo de Escola Pública de Trânsito, Michael Bogo, mensura os resultados perante os cidadãos. “Mais do que uma conquista institucional, o prêmio simboliza o impacto positivo gerado na sociedade. Ele evidencia que ações de educação para o trânsito, quando bem planejadas e executadas de forma colaborativa, podem transformar realidades e salvar vidas. Assim, o reconhecimento serve como motivação e responsabilidade renovada para continuarmos promovendo um trânsito mais seguro, humano e consciente”, afirmou.

Além do Detran-PR, a ABC Trânsito/Setran - Escola Pública de Trânsito de Curitiba será homenageada na ocasião. Pelo Observatório Nacional de Segurança Viária, deverão estar presentes o CEO, Paulo Guimarães, e os fundadores e membros do Conselho Deliberativo José Aurélio Ramalho e Mauro Gil Meger. 

MAIO AMARELO – Desde 2014, o movimento Maio Amarelo mobiliza o Brasil em prol da segurança no trânsito. Por meio de parcerias com o poder público, iniciativa privada e o engajamento da sociedade civil, dissemina-se a mensagem sobre a responsabilidade de todos para a redução de mortes e sinistros nas vias e rodovias do país.

A escolha do mês de maio se justifica pela proposta da ONU (Organização das Nações Unidas) de realizar a Primeira Década de Ação para Segurança no Trânsito, em 11 de maio de 2011. Já a cor amarela simboliza advertência. 

A campanha do Maio Amarelo do Detran-PR deste ano de 2025 teve como tema “No seu caminho pode ter uma vida”, cujo foco foi mostrar os problemas causados pelo excesso de velocidade. A temática acompanhou a definida pelo Conselho Nacional de Trânsito, “Desacelere. Seu bem maior é a vida”.

 

 

 

 

 

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 Paraná lidera exportações na região Sul no primeiro semestre com US$ 11,1 bilhões

O Paraná encerrou o primeiro semestre de 2025 com US$ 11,1 bilhões em exportações, o maior valor entre os estados da região Sul – no Rio Grande do Sul as vendas somaram US$ 9,3 bilhões e em Santa Catarina, US$ 5,9 bilhões. O resultado reafirma a liderança regional do Estado no mercado externo, posição que já havia ocupado em 2023 e 2024.

Os dados foram disponibilizados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e organizados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). Eles indicam uma tendência crescente de diversificação tanto dos produtos exportados quanto dos mercados consumidores.

Segundo o levantamento, a soja em grão permanece como o principal produto de exportação do Paraná, representando 19,2% do valor arrecadado com vendas ao Exterior nos seis primeiros meses de 2025. Outros produtos de destaque foram a carne de frango in natura (16,4%), o farelo de soja (5,4%), o açúcar bruto (4,6%) e o papel (3,6%).

Juntos, esses cinco produtos responderam por 49,2% das receitas obtidas pelo Estado no comércio internacional entre janeiro e junho. O dado indica um movimento de diversificação da produção paranaense, já que, em 2024, os cinco itens mais vendidos concentraram 57,5% das receitas.

A balança comercial do primeiro semestre é positiva, em cerca de US$ 1,2 bilhão. Além dos US$ 11,1 bilhões negociados em exportações, foram US$ 9,9 bilhões em importações. Os principais produtos comprados pelos paranaenses foram adubos e fertilizantes, autopeças, óleos e combustíveis, produtos químicos orgânicos e produtos farmacêuticos.

PARCEIROS COMERCIAIS – A China permanece como principal mercado consumidor dos produtos paranaenses, com compras no valor de US$ 2,5 bilhões no primeiro semestre, o equivalente a 22,5% do total. Em seguida, aparecem Argentina (7,9%), Estados Unidos (6,6%), México (3,8%) e Índia (2,7%).

Assim como na diversificação dos produtos, os dados também apontam para uma menor concentração dos mercados consumidores. No primeiro semestre de 2024, os cinco países que mais compraram do Paraná representavam 45,4% das exportações, contra 43,5% nos seis primeiros meses deste ano.

O diretor-presidente do Ipardes, Jorge Callado, ressalta que o bom desempenho das exportações estaduais ocorre mesmo diante das crescentes barreiras sanitárias do frango. “O cenário global vem passando por mudanças e o Paraná tem demonstrado resiliência e capacidade de enfrentar essas dificuldades”, afirmou. Mesmo com o caso de gripe aviária no Rio Grande do Sul, as exportações de frango se mantiveram praticamente estáveis nos primeiros semestres de 2024 e 2025.

Na avaliação do secretário estadual do Planejamento, Ulisses Maia, os dados mais recentes reafirmam a capacidade do Estado em ser um grande fornecedor global de alimentos, com potencial para ampliar ainda mais as exportações por meio da industrialização. “O Paraná é líder na produção e exportação em segmentos alimentícios importantes e, com o incentivo do Governo do Estado, está se industrializando cada vez mais, agregando valor a uma cadeia produtiva cada vez mais diversificada”, comentou.

IMPACTOS DO TARIFAÇO – A partir de agosto a balança comercial pode ser impactada pelo anúncio da taxa de 50% dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. O Paraná vende, em média, US$ 1,5 bilhão por ano em produtos aos Estados Unidos. Neste ano, até junho, foram US$ 735 milhões.

Os principais produtos são madeira e carvão vegetal, mas nos últimos quatro anos mais de 90 variedades de produtos paranaenses alcançaram o mercado norte-americano, como máquinas, combustíveis minerais, plástico, alumínio, açúcar, café, adubos, borracha, produtos farmacêuticos, móveis, peixes, óleos vegetais, entre outros.

O efeito das tarifas sobre a cadeia produtiva local ainda é incerto. De acordo com um estudo preliminar do Ipardes, a taxação adicional imposta pelos EUA aos produtos brasileiros afetará, no âmbito da economia paranaense, principalmente a indústria madeireira, que é importante fornecedora de materiais para a construção civil norte-americana. Outros segmentos, como a fabricação de máquinas e equipamentos e a produção de café solúvel, também serão atingidos. 

O agronegócio local, em seu conjunto mais amplo, não deve registrar perdas exacerbadas, uma vez que os EUA não se destacam entre os principais mercados dos alimentos produzidos no Paraná. O Estado já vendeu US$ 6,4 bilhões de produtos alimentícios e bebidas para outros países em 2025.

 

 

 

 

 

 

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 Estado investirá R$ 977 milhões em programa de pavimentação em ruas com pedras irregulares

A Secretaria de Estado das Cidades lançou nesta terça-feira (15) o Programa Estadual Pavimentação sobre Pedras Irregulares, uma nova frente de apoio à infraestrutura urbana dos municípios paranaenses. A iniciativa prevê a pavimentação asfáltica de vias atualmente revestidas com pedras irregulares, ampliando as possibilidades de investimento em mobilidade urbana.

Os detalhes sobre o novo programa foram apresentados pelo secretário Guto Silva durante um encontro do Instituto de Engenharia do Paraná (IEP), em Curitiba, onde ele também apresentou resultados de outros projetos de infraestrutura coordenados pela Secid. O investimento total previsto para o programa é de R$ 977 milhões em recursos do tesouro estadual, sendo que R$ 500 milhões devem ser repassados aos municípios ainda em 2025.

De acordo com o secretário, o novo programa representa uma ampliação da política de urbanização iniciada com o Asfalto Novo, Vida Nova, que é focado na pavimentação de vias de terra batida. Com investimento de R$ 2,7 bilhões e 377 municípios atendidos, a iniciativa já é considerada a maior deste tipo na América do Sul.

Agora, com a nova etapa, o Governo do Estado atende uma demanda comum em todo o Paraná: a pavimentação de ruas com calçamento em pedras irregulares, como aquelas revestidas por paralelepípedos ou pedras poliédricas.

“Começamos com ruas em leito natural, de chão batido, com poeira, e agora estamos avançando para as vias que têm calçamento com pedras, que já contam com iluminação e galerias pluviais, mas que precisam de um asfalto definitivo. O governador autorizou esse novo investimento, e vamos destinar quase R$ 1 bilhão para essa fase”, explicou Silva.

O secretário também ressaltou os benefícios diretos à saúde e à qualidade de vida nas cidades. “Os novos pavimentos vão dar mais mobilidade, segurança viária e economia dos municípios com custos de manutenção da malha urbana, mas principalmente mais dignidade para quem vive em regiões com infraestrutura precária há décadas”, afirmou.

Segundo Guto Silva, a estimativa é de que mais de 300 municípios sejam contemplados com os novos projetos de pavimentação. Para isso, as prefeituras foram orientadas a apresentar os projetos técnicos para que a Secretaria das Cidades possa iniciar os repasses.

O programa é regulamentado pelo decreto estadual nº 10.547/2025 e será executado pelo Paranacidade, órgão estadual vinculado à Secid. Para participar, os municípios devem ter Plano Diretor Municipal vigente e atualizado, aprovado pela Câmara de Vereadores, conforme o Estatuto da Cidade.

  • Estado investirá R$ 977 milhões em programa de pavimentação em ruas com pedras irregulares
Segundo Guto Silva, a estimativa é de que mais de 300 municípios sejam contemplados com os novos projetos de pavimentação. Foto: Geraldo Bukniak/AEN


MAIS MODERNO – O presidente do Instituto de Engenharia do Paraná (IEP) e anfitrião do evento, Nelson Luiz Gomez, destacou a importância da iniciativa ao considerar que muitas das vias com calçamento em pedras já estão defasadas e precisam de soluções mais modernas e duráveis.

“O uso de pedras irregulares foi, durante muito tempo, uma alternativa viável, mas hoje é uma tecnologia superada. Essas ruas exigem manutenção constante e já não atendem às demandas de mobilidade urbana que temos nas cidades. Por isso, a substituição por pavimento asfáltico é um avanço necessário”, afirmou.

Gomez também elogiou a decisão do Estado de estruturar o programa com base em planejamento técnico. “É fundamental que os projetos de pavimentação sejam bem elaborados desde o início. Isso garante eficiência, economia e obras que realmente melhoram a vida das pessoas”, acrescentou o presidente do IEP.

PRESENÇAS – Também estiveram presentes no anúncio os secretários estaduais de Administração e Previdência, Luizão Goulart; Inovação e Inteligência Artificial, Alex Canziani; o presidente da Agência de Assuntos Metropolitanos do Paraná (Amep), Gilson Santos; o presidente da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), Jorge Lange, a presidente do Paranacidade, Camila Scucato; o presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (CREA-PR), Clodomir Ascari; o presidente do Sindicado da Indústria da Construção Civil no Estado do Paraná (Sinduscon-PR), Carlos Cade; e o deputado estadual Alisson Wandscheer.

 

 

 

 

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