Piracema: ações do IAT resultam em 44 kg de peixes apreendidos e R$ 127 mil em multas

O Instituto Água e Terra (IAT) divulgou nesta quarta-feira (12) o balanço das ações de fiscalização realizadas durante o defeso da Piracema, período de restrição à pesca de espécies nativas para preservar a reprodução dos peixes, entre 1º de novembro e 28 de fevereiro..

Foram seis forças-tarefas organizadas pelo Grupo de Operações Ambientais (GOA) do órgão ambiental neste intervalo, com apreensão de 44 quilos de peixe, emissão de 40 Autos de Infração Ambiental (AIA) e aplicação de R$ 127.460,00 em multas.

As operações ocorreram em 48 municípios do Paraná, com um total de 2.115 quilômetros de navegação percorridos em 22 corpos hídricos, e resultaram na captura de diversos equipamentos de pesca.

Foram apreendidos 15.250 metros de redes de malhas diversas; cinco tarrafas; 44 espinheis; 284 anzóis de galho; 147 carretilhas com molinete; 178 varas com molinete; 52 varas telescópicas; 83 caniços de bambu; 54 anzóis de galho; 38 armadilhas para captura de camarão (galões); 77 boias loucas; 143 galões de apoio para ceva; duas âncoras; três ganchos; quatro passáguas; 12 covos; uma carabina de pressão; três motores de popa; uma bateria; dois motores elétricos; três Barco; três carretas; três tanques de combustível e uma câmera subaquática.

Além da apreensão dos equipamentos, os agentes também emitiram AIAs pela instalação de tanques de piscicultura sem os licenciamentos ambientais apropriados, pela posse de peixes de espécies nativas em período de defeso e pela apresentação da declaração de estoques de peixes proibidos para a comercialização. Ao todo, as operações envolveram 25 agentes de diferentes escritórios regionais do IAT, atuando tanto em embarcações quanto em vistorias por terra.

A restrição da pesca durante o defeso é determinada pelo IAT há mais de 15 anos, em cumprimento à Instrução Normativa nº 25/2009 do Ibama e à Portaria IAT nº 377/2022. Considerando o comportamento migratório e de reprodução das espécies nativas, a pesca é proibida na bacia hidrográfica do Rio Paraná – que compreende o rio principal, seus formadores, afluentes, lagos, lagoas marginais, reservatórios e demais coleções de água inseridas na bacia de contribuição do rio.

A pesca já voltou a ser permitida, seguindo a legislação ambiental. No entanto, o gerente de Monitoramento e Fiscalização do Instituto, Álvaro Cesar de Goes, ressalta que o órgão permanece vigilante no combate à pesca predatória no Estado.

“Mesmo com o fim do período da Piracema, nós vamos manter uma fiscalização rígida e eficiente nos rios de domínio do Paraná, proibindo qualquer situação de pesca predatória ou com petrechos proibidos. Inclusive estamos revendo algumas legislações para estabelecermos algumas proibições mais específicas e abrangentes para os rios do Estado, proibindo a pesca em determinados trechos onde já identificamos irregularidades”, afirma.

SANÇÕES – Além das seis forças-tarefa, equipes do IAT e do Batalhão de Polícia Ambiental Força Verde (BPAmb-FV) realizaram fiscalizações de rotina durante todo o período da piracema. A lei de crimes ambientais define multas a partir de R$ 1,2 mil por pescador, acrescidos de R$ 100 a cada material proibido apreendido e mais R$ 20 por quilo pescado.

MUNICÍPIOS E RIOS FISCALIZADOS – Os 48 municípios fiscalizados durante as operações do GOA na Piracema foram: Santa Cruz de Monte Castelo, Querência do Norte, Porto Rico, São Pedro do Paraná, Marilena, Diamante do Norte, Terra Rica, Santo Antônio do Caiuá, Inajá, Paranapoema, Jardim Olinda, Planaltina do Paraná, Santa Mônica, Mirador, Paraíso do Norte, Jataizinho, Rancho Alegre, Leópolis, Sertaneja, Santa Mariana, Itamaracá, Cambara, Jardim Alegre, Lunardelli, Lidianópolis, São João do Ivaí, São Pedro do Ivaí, Barbosa Ferraz, Corumbataí do Sul, Quinta do Sol, Engenheiro Beltrão, Floresta, Formosa do Oeste, Jesuítas, Assis Chateaubriand, Alto Piquiri, Brasilândia do Sul, Iporá, Palotina, Francisco Alves, São João do Caiuá, Colorado, Santo Inácio, Santa Inês, Itaguajé, Nova Prata do Iguaçu, Boa Esperança do Iguaçu, Cruzeiro do Iguaçu, Quedas do Iguaçu e São Jorge do Oeste.

Já os corpos hídricos fiscalizados foram: os rios Paraná, Paranapanema, Ivaí, Pirapó e Afluentes, Tibagi, Cinzas, Laranjinha, Capivara, Ivaí, Corumbataí, Piquiri, Iguaçu, Claro, Queli e Rio da Várzea, o Lago da Usina Mourão, e as Represas Canoas I e II, Foz do Areia, Salto Segredo, Salto Caxias e Salto Osório.

 

 

 

 

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 Com US$ 3,25 bilhões no primeiro bimestre, Paraná lidera as exportações na região Sul

As exportações paranaenses somaram US$ 3,25 bilhões nos dois primeiros meses de 2025, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) , levantados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).

É o maior valor entre os estados da região Sul, superando os resultados do Rio Grande do Sul (US$ 3,19 bilhões) e Santa Catarina (US$ 1,77 bilhão).

A pauta das exportações do Paraná é encabeçada pela carne de frango in natura, com vendas da ordem de US$ 663,46 milhões no primeiro bimestre, seguida da soja em grão (US$ 467,92 milhões), cereais (US$ 221,47 milhões) e farelo de soja (US$ 165,03 milhões).

Os produtos paranaenses que mais ganham o mercado externo demonstram a relevância econômica do agronegócio estadual, que exerce importante papel como fornecedor de alimentos em nível global.

Segundo o diretor-presidente do Ipardes, Jorge Callado, com o avanço da comercialização dos principais produtos da safra agrícola, a tendência é de que as exportações paranaenses acelerem ao longo do ano. “O Paraná registrará, neste ano, um volume de produção primária próxima do nível recorde, o que terá efeitos positivos sobre as exportações do Estado e também sobre o nosso PIB”, ressalta.

DESTINOS – O principal destino das exportações paranaenses foi a China, que adquiriu US$ 598,66 milhões em mercadorias produzidas no Estado. Na sequência estão a Argentina (US$ 234,78 milhões), Estados Unidos (US$ 214,05 milhões), Irã (US$ 127,13 milhões) e Bangladesh (US$ 111,05 milhões).

Bangladesh, inclusive, vem elevando substancialmente as compras de produtos paranaenses, com um incremento de 195,4% em relação ao primeiro bimestre de 2024, quando os embarques para o país resultaram em receitas de US$ 37,6 milhões.

Além desses países, os bens produzidos no Paraná chegaram a 177 mercados diferentes nos dois primeiros meses de 2025, o que inclui não somente conhecidos compradores, como os Estados Unidos e os vizinhos sul-americanos, mas também economias menores, como as de Botsuana (África) e do Laos (Ásia).

BALANÇA COMERCIAL – O Estado também fechou com superávit na balança comercial nos dois primeiros meses do ano, com saldo comercial de US$ 106,03 milhões. O resultado é a diferença entre os US$ 3,25 bilhões das exportações e US$ 3,14 bilhões de importações.

As principais mercadorias adquiridas no mercado internacional que entraram pelo Paraná foram os adubos e fertilizantes, que somaram US$ 331,86 milhões em movimentação, seguidos dos produtos químicos orgânicos (US$ 245,22 milhões) e autopeças (US$ 204,32 milhões).

 

 

 

 

 

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 Saúde capacita 300 agentes comunitários e de combate a endemias no uso de plataformas

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) realizou nesta quarta-feira (12), com o apoio do Ministério da Saúde, um treinamento voltado para a modernização e qualificação dos serviços de saúde por meio do uso de tecnologias digitais.

Foram capacitados mais de 300 Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e de Agentes de Combate às Endemias (ACE) do Paraná.

Os profissionais foram instruídos a otimizar o fluxo de trabalho por meio de tecnologia avançada, promovendo maior eficiência no atendimento à população. “Estação informática” e “Plataforma Paraná Saúde Digital” foram os temas abordados no encontro, dentro da programação do Saúde em Movimento 2025, que acontece nesta semana em Foz do Iguaçu.

Os técnicos da saúde foram orientados em relação à identificação, registro e correção de dados cadastrais inconsistentes, ao cadastro das famílias, de pessoas e dos domicílios, nos tablets, via aplicativo E-sus Território, do Ministério da Saúde.

Também houve aprofundamento sobre a plataforma Paraná Saúde Digital para uma vida melhor, da Sesa, que está em operação desde junho de 2024, com integração de dados e informações em saúde para os 399 municípios paranaenses.

De acordo com o secretário estadual da Saúde, Beto Preto, os agentes compõem uma equipe da Estratégia de Saúde da Família e têm papel fundamental no cuidado no território. “Estamos atualizando nossas ferramentas e profissionais para que possamos aprimorar o trabalho e facilitar o dia a dia desses servidores, que estão mais perto da população, indo de casa em casa e ajudando a reconstruir Saúde da Família”, disse.

Por meio das visitas domiciliares para orientação das comunidades, os agentes atuam na prevenção de doenças, como dengue, ajudando a identificar e eliminar focos de transmissão, orientando a população e encaminhando casos suspeitos das doenças para atendimento  nas unidades de saúde.

“Os dados são fundamentais para traçar estratégias significativas e novas ações. Muitas pessoas mudam de endereço ou telefone. Nesse caso as plataformas digitais auxiliam no processo”, explicou a chefe da Divisão de Saúde da Sesa, Rosiane Aparecida da Silva.

SAÚDE DIGITAL – Com 100% de financiamento do Governo do Estado, a plataforma Paraná Saúde Digital demonstra todos os dados da Atenção Primária, prestada nos municípios, porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS). O investimento ultrapassa R$ 13 milhões.

Willian Mol de Souza, coordenador do Centro de Gestão da Informação da Sesa, diz que podem existir inconsistências de dados e, por isso, essa atualização é importante para a correção. “O uso de plataformas de tecnologia resulta em decisões mais rápidas e eficazes. Para a construção de um sistema de saúde mais eficiente e equitativo temos de chegar mais perto da realidade da população”, afirma.

Fizeram parte das apresentações Adriana Kitagima, líder da frente de Interoperabilidade de Dados, e Joana Darc Rodrigues de Sousa, técnica da frente de Expansão e Qualificação da Estratégia, ambas do Ministério da Saúde, e Adélcio José de Souza Vieira, do Centro de Gestão da informação da Sesa.

SAÚDE EM MOVIMENTO – O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa), promove de segunda a quinta-feira (11 a 13), em Foz do Iguaçu, o “Saúde em Movimento 2025”, evento que propõe atualizar gestores, prestadores e trabalhadores da área em ações estratégicas para o fortalecimento da Rede de Atenção à Saúde do Estado.

O evento reúne diretores e técnicos de diversas áreas da Sesa, secretários municipais de saúde dos 399 municípios, dirigentes e apoiadores do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Paraná (Cosems/PR), diretores dos Consórcios Intermunicipais de Saúde, tutores do PlanificaSUS Paraná, coordenadores da Atenção Primária à Saúde (APS), Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e Agentes de Combate às Endemias (ACE).

 

 

 

 

 

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 Velocidade nos estudos: Estado leva internet via satélite a 150 escolas do campo no Paraná

Estudantes do Colégio Estadual do Campo Padre Pedro Baltzar, em Irati, começaram a semana mais conectados. Na última quinta-feira (6), a escola passou a receber rede de internet via satélite, o que aumentou a velocidade de conexão e potencializou o acesso dos alunos a recursos educacionais digitais.

O colégio fica em Itapará, distrito rural localizado a 45 km da sede do município, e foi um dos contemplados pela iniciativa de ampliação da conectividade nas escolas, implementada pelo Governo do Estado, que levará conexão à internet, ainda mais veloz, a 150 escolas do campo do Paraná. A viabilização do recurso é conduzida pela Secretaria de Estado da Educação (Seed-PR) e tem investimento superior a R$ 18 milhões.

Conforme a estudante Maria Eduarda Bartoski, do 3º ano do Ensino Médio, o impacto da implantação já é perceptível. “Ficou muito melhor, pois quando precisamos usar os computadores e tablets do laboratório de informática, a internet tem uma acessibilidade boa e nos entrega o que promete. Agora conseguimos acessar todas as plataformas e atividades sem problemas, e a rapidez das pesquisas aumentou muito”, contou.

Cerca de 90 alunos estudam no colégio, que oferta turmas dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio. Até o início da última semana, a escola utilizava apenas uma rede contratada de internet via rádio. A estabilidade da nova rede e a velocidade da conexão têm beneficiado toda a comunidade escolar.

“Ficamos com a rede contratada exclusiva para o setor administrativo, o que melhorou nosso trabalho. Os professores que utilizaram os educatrons e o laboratório de informática também perceberam um aumento relevante na velocidade, o que dá mais agilidade nas aulas”, apontou o diretor do Colégio Estadual do Campo Padre Pedro Baltzar, Cesar Hul.

GARANTIA DE ACESSO  A ação da Seed-PR visa garantir conectividade via satélite com banda larga de 200 megabits por segundo (Mbps) para escolas localizadas em regiões afastadas. A previsão é de que mais de 11 mil estudantes sejam diretamente impactados pela iniciativa, que otimizará o acesso aos recursos educacionais digitais da rede estadual, além de facilitar a realização de pesquisas pedagógicas e das próprias atividades administrativas nos colégios.

“A ampliação da conectividade é um passo fundamental para fortalecer a educação no campo, e já temos colhido os bons resultados deste investimento. Com essa iniciativa, garantimos que todos os estudantes da rede estadual, independentemente de onde estejam, tenham acesso ao que há de mais avançado em tecnologia educacional”, afirmou o secretário de Estado da Educação, Roni Miranda.

A expectativa é de que as 150 unidades escolares contempladas estejam operando com o novo sistema até o início de abril. A solução foi planejada para garantir estabilidade e alta disponibilidade de conexão no acesso a recursos educacionais digitais ofertados pela Seed-PR, como os aplicativos Enem Paraná e Inglês Paraná e as ferramentas de inteligência artificial Khanmigo e Inglês Paraná Teens.

“A conectividade desempenha um papel crucial em escolas rurais, superando barreiras geográficas e igualando as oportunidades de aprendizado. Além disso, a internet fornecida pela Starlink facilita a comunicação entre escolas, pais e comunidades, promovendo um ambiente educacional mais integrado e colaborativo”, destacou o diretor de Inovação e Tecnologia da Seed-PR, Cláudio Aparecido de Oliveira.

IMPACTO POSITIVO – No Colégio Estadual de Ourilândia, em Barbosa Ferraz, a implantação da rede de internet Starlink foi concluída antes do início do ano letivo, em fevereiro. Foram instalados seis novos roteadores, em salas de aula, sala dos professores, laboratório de informática e secretaria.

A escola, que oferta turmas dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, atende a cerca de 50 estudantes no distrito rural de Ourilândia, distante 15 km da área urbana de Barbosa Ferraz. A região integra o NRE de Campo Mourão.

Desde o reinício das aulas, alunos e professores têm notado a diferença na conexão. “Antes, a execução das atividades ficava sujeita às instabilidades de conexão. Agora, conseguimos acessar os recursos educacionais digitais e fazer todas as atividades solicitadas”, celebrou Ketllyn Souza, estudante do 9.º ano do Ensino Fundamental.

“A implementação da conectividade nas escolas do campo foi de grande auxílio para as práticas pedagógicas. A internet oferecida anteriormente apresentava instabilidade e, muitas vezes, perdíamos a conexão. Hoje, somos amparados com internet mais rápida e que supre as nossas necessidades”, complementou o professor de língua portuguesa Diego Pereira Cornelio.

Segundo a pedagoga Natália Pereira Lopes, o impacto da ação também chegou ao setor administrativo. “Houve benefício tanto para os alunos, quanto para professores e funcionários. Para a secretaria, por exemplo, foi ótimo. Houve uma melhora grande, porque as plataformas educacionais carregam mais rápido, os alunos conseguem realizar as atividades sem oscilações”, relatou.

De acordo com a direção do colégio, mais roteadores devem ser instalados nas salas de aula, com o intuito de ampliar a conectividade aos estudantes de todas as séries. A previsão é de conclusão do serviço até o final da semana.

EDUCAÇÃO NO CAMPO  A modalidade Educação do Campo integra 534 escolas da rede estadual de ensino, que atendem a cerca de 78 mil estudantes paranaenses. Dentre as instituições do campo, 26 estão inseridas em áreas de assentamento da reforma agrária e dez estão localizadas nas ilhas do litoral paranaense. Mais de 110 escolas funcionam com organização de turmas multianos. Outras nove escolas itinerantes atendem a cerca de 1,2 mil estudantes oriundos de acampamentos rurais.

Conforme a Seed-PR, a proposta de uma educação no campo e para o campo visa preservar os valores, a diversidade e o modo de ser, ver e estar no mundo dos sujeitos que habitam o campo ou dele tiram sua subsistência. Nessas escolas, os componentes curriculares são trabalhados de acordo com a realidade dos estudantes e das comunidades locais.

 

 

 

Por - AEN

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