Corpos de homens que desapareceram em Icaraíma são localizados

 Os quatro homens que estavam desaparecidos em Icaraíma, no Noroeste do Paraná, foram encontrados nesta sexta-feira (19 de setembro).

Eles foram identificados como Alencar Gonçalves de Souza, morador local, e os paulistas Robishley Hirnani de Oliveira, Rafael Juliano Marascalchi e Diego Henrique Afonso.

Conforme informado pela Polícia Civil, os corpos foram localizados a cerca de 500 metros do local onde estava a Fiat Toro. A picape foi enterrada em um bunker e encontrada no dia 12 de setembro.

Conforme informado, por volta das 6h de quinta-feira (18), as equipes iniciaram mobilização para localizar os corpos na área rural. Foram realizadas diligências em vários pontos com auxílio de máquinas pesadas da Prefeitura de Icaraíma.

Após a definição de um ponto, iniciaram as escavações e foi possível encontrar as vítimas. a Polícia Científica foi acionada para perícia no local e encaminhar os corpos. A conclusão dos trabalhos no local terminou por volta das 5h de hoje (19)

Com relação aos ferimentos, o delegado Gabriel Menezes informou que aparentemente há marcas de violência como disparos de arma de fogo na região do roto e tórax, mas somente o laudo poderá concluir os fato.

Familiares serão chamados para reconhecer as vítimas.

A DÍVIDA QUE MOTIVOU A COBRANÇA

De acordo com a investigação, Alencar, morador de Icaraíma, teria contratado três homens do interior de São Paulo para cobrar uma dívida referente à venda de uma propriedade comercializada em agosto de 2024. O acordo previa o pagamento em dez parcelas, mas nenhuma teria sido quitada.

A família devedora seria ligada a Antônio Buscariollo e Paulo Ricardo Costa Buscariollo, pai e filho. No início da investigação, ao serem ouvidos pela polícia, eles disseram que o negócio havia sido feito com um parente. Com o avanço das investigações, quando os policiais retornaram à propriedade rural onde moravam, ninguém foi encontrado. Segundo o delegado, "constatamos que a família inteira havia fugido".

Antônio e Paulo são considerados suspeitos de envolvimento no caso, estão foragidos e são procurados pela polícia.

 

 

 

 

 

Por - CAtve

Assembleia Legislativa do Paraná promulga seu primeiro Código de Ética na próxima segunda (22)

O presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, deputado Alexandre Curi (PSD), promulga na segunda-feira (22) o primeiro Código de Ética e Decoro Parlamentar da Casa de Leis. Com isso, o projeto de resolução se torna oficialmente a normativa que orientará os princípios éticos e as regras de decoro atinentes à conduta dos deputados estaduais – definindo deveres, vedações e os atos incompatíveis. A cerimônia está marcada para as 14 horas, no Salão Nobre.

Logo após a oficialização do Código de Ética e Decoro Parlamentar, integrantes da Comissão Executiva e do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Alep, presidida pelo deputado Delegado Jacovós (PL), atenderão a imprensa, sanando eventuais dúvidas sobre as mudanças empreendidas pelo texto.

Curi destaca que o texto foi amplamente debatido pelos deputados. “[É um] documento que assegura a imunidade parlamentar, preserva todas as prerrogativas dos deputados, mas disciplina as condutas que se exigem de um representante da população. Precisávamos deste código para dar segurança jurídica e respaldo ao trabalho do nosso Conselho de Ética, corrigir ambiguidades e omissões do nosso Regimento Interno e deixar bastante claro quais infrações são passíveis de quais punições”.

“Contamos com a compreensão dos deputados para que respeitem esse código e mantenham esta Assembleia como um lugar de debates, de disputas políticas, de confronto de ideias, mas sempre dentro dos limites do respeito e da ética”, complementou o presidente.

“O novo Código de Ética chega para modernizar as regras, melhorar a postura dos parlamentares e elevar a qualidade dos discursos que são feitos nesta Casa. Com normas mais claras e atualizadas, ganham os deputados, que passam a ter parâmetros objetivos de conduta, e ganha principalmente a população, que terá a garantia de debates mais respeitosos, responsáveis e sempre focados no interesse público”, ressalta o 1º secretário da Alep, deputado Gugu Bueno (PSD).

A 2ª secretária da Assembleia, deputada estadual Maria Victoria (PP), afirma que o novo Código de Ética consolida de forma clara o respeito às boas práticas no Poder Legislativo. “Regras claras e transparentes de conduta significam mais confiança da sociedade na Assembleia. A população paranaense espera de nós trabalho e resultados concretos, aliados com postura e exemplo. Ética deve ser a base e o princípio para todos os atos dos mandatos parlamentares”.

O que muda

A Comissão Executiva protocolou o projeto de resolução 6/2025 no último dia 10 de junho. Entre as justificativas apresentadas estava a insuficiência do Regimento Interno da Assembleia para lidar com a “realidade fática atual” do Parlamento, sendo necessária a nova regulamentação para garantir que os deputados “atuem com dignidade e respeito e ampliar a segurança jurídica do processo ético-disciplinar”.  

A regulamentação inova ao prever vedação da prática de violência política de gênero e a de ofensas à honra ou à imagem dos deputados ou da Assembleia Legislativa por meio das redes sociais, bem como a possibilidade de cassação de mandato por injúria racial. O novo Código também aumenta de cinco para sete o número de membros do Conselho de Ética, regulamenta seu funcionamento, estabelece prazos e trâmites processuais e impede que partes em representações atuem nos processos.

A normativa lista 20 atos incompatíveis com o decoro parlamentar, passíveis de punição com sanções que vão desde a advertência verbal, aplicada em Plenário, reuniões de comissões ou do Conselho, nos casos de perturbação da ordem e descumprimento das regras de conduta, até a perda do mandato. Também prevê a advertência escrita, aplicada pelo Conselho em situações de reincidência, uso de expressões ofensivas, ofensas morais, atos desrespeitosos e condutas inadequadas nas dependências da Assembleia ou em redes sociais.

A suspensão de prerrogativas regimentais, que pode variar de 30 a 180 dias, é destinada a casos de reincidência, violência política de gênero ou infrações graves, podendo incluir a suspensão do uso da palavra, de cargos e de relatorias.

Já a suspensão temporária do mandato, pelo prazo de 30 a 120 dias, pode ocorrer em situações de reincidência, fraude em votações, uso indevido de verbas ou prerrogativas e conflito de interesses em relatorias. Por fim, a perda do mandato é aplicada em casos mais graves, como reincidência, acordos ilícitos com suplentes, omissão ou falsidade em declarações, agressões físicas, assédio, injúria racial ou outras violações constitucionais.

Tramitação

Os deputados apreciaram o texto ao longo de três meses, entre junho e agosto deste ano. Durante o período, eles apresentaram 17 emendas ao projeto de resolução (6/2025) da Comissão Executiva. Ao todo, 11 delas foram acatadas pelo Plenário.

Entre as alterações que foram abarcadas pelo texto final estão as que consideram como atentatório ao decoro parlamentar a prática de atos ou palavras desrespeitosas contra outro deputado ou autoridades dos Poderes Constituídos; e a prática de qualquer tipo de assédio ou importunação sexual nas dependências da Assembleia Legislativa e suas extensões ou fora dela, desde que no exercício do mandato.

Também foram incorporadas emendas considerando a representatividade feminina e proporcional dos partidos políticos ou Blocos Parlamentares, apurada no início da legislatura, no Conselho de Ética; além de questões referentes a prazos de tramitação dos processos disciplinares.

Outra alteração foi a possibilidade de o corregedor participar das discussões no Conselho de Ética, mas sem direito a voto. O texto completo do novo Código de Ética pode ser conferido na pesquisa legislativa do site da Assembleia Legislativa do Paraná.

Serviço

Evento: Promulgação do primeiro Código de Ética e Decoro Parlamentar da Assembleia Legislativa do Paraná e coletiva de imprensa com Mesa Executiva e membros do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Alep
Data: Segunda-feira, 22 de setembro
Horário: 14h
Local: Salão Nobre da Assembleia Legislativa do Paraná

 

 

 

 

 

pOR - alep

 Paraná vai usar tecnologia para ampliar acesso de produtos ao mercado europeu

O Governo do Estado trabalha em conjunto com o setor produtivo para garantir um tratamento diferenciado do restante do País junto à União Europeia visando a ampliação das exportações de produtos da agroindústria paranaense. O assunto foi discutido nesta quarta-feira (17) em um encontro entre o governador Carlos Massa Ratinho Junior e integrantes dos órgãos estaduais envolvidos e do setor produtivo, no Palácio Iguaçu.

O objetivo é classificar o Paraná como um território de baixo risco ambiental, o que pode reduzir custos de certificação, agilizar o acesso ao mercado europeu e ampliar a competitividade dos produtos da agroindústria paranaense. Atualmente, o Estado está enquadrado junto com todo o Brasil no grau padrão, o que impõe auditorias presenciais e encarece as exportações.

O esforço do Governo do Estado em busca desta diferenciação é ainda mais importante porque, a partir de dezembro, entra em vigor uma nova regulamentação europeia que veta a importação de produtos oriundos de áreas desmatadas após 2020 ou que não cumpram normas ambientais e sanitárias. Com a análise segmentada, o Paraná, que é considerado o Estado mais sustentável do País, não deverá ter dificuldades em comprovar as exigências da União Europeia.

Para atender a essas regras e comprovar, de forma transparente e objetiva, a sustentabilidade das propriedades rurais, a estratégia definida pelo Governo do Estado é a criação da Plataforma Paraná Sustentável, que vai unificar os cadastros e dados ambientais por meio de Inteligência Artificial (IA). O cronograma estipulado prevê que a ferramenta seja lançada até dezembro deste ano.

CADASTRAMENTO ADIANTADO – O trabalho começou em fevereiro, com a criação da Superintendência Geral de Ordenamento Territorial do Paraná, que está coordenando o projeto. Atualmente, o Estado possui 244 mil propriedades com Cadastro Ambiental Rural (CAR) regularizado, o equivalente a cerca de 45% das mais de 500 mil propriedades existentes e a 36% de todos os CARs regulares em todo o Brasil, o que demonstra o estágio avançado em que o Paraná se encontra.

Segundo o superintendente-geral de Ordenamento Territorial, Benno Henrique Weigert-Detzer, a iniciativa responde a um pleito do setor produtivo. “O Paraná tem condições diferenciadas em relação ao restante do País, fruto de décadas de políticas públicas ambientais e boas práticas. O pedido é que o Estado seja reconhecido como ente subnacional e receba a classificação de baixo risco, o que permitiria análises documentais das exportações, sem a necessidade de auditorias em campo”, explicou.

Ele destacou que a chave do processo está no uso de tecnologia e Inteligência Artificial (IA) para consolidar informações de meio milhão de propriedades rurais. “Controlar manualmente todas essas unidades é impossível. Por isso, estamos utilizando Inteligência Artificial para cruzar bases de dados ambientais, sanitárias e produtivas, gerando um perfil único da propriedade. Isso vai comprovar que a produção paranaense atende aos protocolos de exportação”, completou.

OUTROS BENEFÍCIOS – Além de dar segurança ao mercado europeu, o sistema trará ganhos internos. Ao final do projeto, todas as propriedades terão um “CEP Rural” e geolocalização definidos, o que permitirá melhor rastreabilidade e gestão territorial. A plataforma está sendo desenvolvida em parceria com a Google. A empresa financia a solução, que integra informações de diferentes bancos de dados estaduais e federais por meio de APIs, alimentando automaticamente o sistema e unificando os dados em uma única base.

Para o presidente do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), Natalino Avance de Souza, o Estado tem credenciais sólidas para pleitear o reconhecimento europeu. “O Paraná é hoje o território mais sustentável do Brasil. Fomos considerados pelo Banco Mundial como modelo em boas práticas agrícolas. Queremos mostrar que essa trajetória nos credencia a um tratamento diferenciado, garantindo mais competitividade aos produtores”, afirmou.

Natalino ressaltou ainda que sanidade agropecuária e sustentabilidade são os dois fatores decisivos para acessar mercados internacionais. “Estamos trabalhando junto com os agricultores para mostrar que sustentabilidade não é contrária à competitividade. Pelo contrário: ela abre mercados, fortalece a economia e dá segurança a quem compra os nossos produtos”, disse.

A proposta foi construída em conjunto entre governo – incluindo as secretarias estaduais do Desenvolvimento Sustentável e da Agricultura e do Abastecimento, o Instituto Água e Terra (IAT) e o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR) – com apoio da Faep, Fiep, Fetaep e Ocepar. O próximo passo deverá ser a elaboração de uma carta de apresentação buscando ampliar a interlocução com o parlamento europeu.

 

 

 

 

 

Por - AEN

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