A Fomento Paraná, instituição financeira do Governo do Estado, fecha 2024 com um aumento de 28,5% em relação ao ano anterior em crédito colocado no mercado paranaense, totalizando mais de R$ 717 milhões em dinheiro para apoiar os municípios e empreendimentos privados.
Foram liberados R$ 440,4 milhões em financiamentos no ano para obras e compra de maquinário nos municípios, e R$ 277,3 milhões para manutenção ou expansão de empreendimentos informais, microempreendedores e empresas de micro e pequeno porte.
Até meados de dezembro a instituição havia atendido mais de 9.600 empreendimentos, em 315 municípios, sendo cerca de 8.360 operações de microcrédito, para pequenos negócios, em valores de até R$ 20 mil. O microcrédito é operado em parceria com as prefeituras, por intermédio de agentes de crédito que atuam em Agências do Trabalhador, Salas do Empreendedor e outras estruturas municipais em parceria com o Sebrae.
Um dos destaques do ano foi o programa Paraná Recupera, que apoia empreendedores e municípios atingidos por fenômenos que geram situações de emergência, como alagamentos, vendavais, estiagem e até dengue. O programa oferece capital de giro com taxa de juros fixa, subsidiada pelo Governo do Estado, para auxiliar a retomada de atividades econômicas. Em onze meses foram liberados R$ 140 milhões para 2.880 empreendimentos de 67 cidades.
Também teve destaque o programa Banco da Mulher Paranaense, destinado a impulsionar o empreendedorismo feminino. Até novembro mais de 3.300 empreendimentos liderados por mulheres foram atendidos com contratos que somam R$ 34,5 milhões.
Com isso, o número total de clientes na carteira ativa da Fomento Paraná soma mais de 48,6 mil empreendedores ou empreendimentos representando quase R$ 600 milhões na carteira de crédito privado. Entre Setor Público e Setor Privado a carteira total já chega a R$ 1,6 bilhão.
De acordo com o diretor-presidente da Fomento Paraná, Vinícius Rocha, a instituição tem se mostrado uma política pública importante e crescido rapidamente sob a liderança do governador Carlos Massa Ratinho Junior. “Desde a pandemia, quando muitas instituições financeiras restringiram o crédito enquanto a Fomento ampliava a concessão para os pequenos negócios, nos tornamos mais conhecidos, aprimoramos processos, ampliamos a rede de parceiros, criamos novas linhas. Tudo isso se soma aos resultados que apresentamos agora”, diz Rocha.
“Um estudo do Ipardes sobre os impactos socioeconômicos do crédito que fornecemos no ano passado [2023] identificou a geração de mais de 10 mil empregos, entre diretos e indiretos, mais de R$ 30 milhões em ICMS e um impacto de R$ 638 milhões no PIB estadual. Esses números serão ainda maiores em 2024 e nos deixam muito confiantes e gratos com o trabalho das nossas equipes e com a contribuição dos nossos parceiros”, acrescenta.
FINANCIAMENTO AOS MUNICÍPIOS – A carteira ativa no Setor Público da Fomento Paraná fecha o ano somando R$ 1,1 bilhão em contratos que beneficiam 290 municípios. A parceria entre Fomento Paraná, Secretaria das Cidades e Paranacidade no Sistema de Financiamento aos Municípios (SFM), renovou o recorde anual de recursos liberados e de novos contratos com municípios para financiar obras de melhoria da infraestrutura urbana, adquirir equipamentos e outros projetos.
As liberações de crédito somavam R$ 440 milhões em meados de dezembro, beneficiando 195 municípios com recursos para obras e outros processos em andamento, para pavimentação de vias urbanas, construção de escolas, unidades de saúde, iluminação, barracões industriais etc.
O SFM firmou outros R$ 440 milhões em novos contratos até setembro – prazo limite para contratações antes do final dos mandatos dos atuais prefeitos. Foram 93 operações que irão financiar obras e outros projetos em 74 municípios.
“Entre instituições do mesmo gênero, como Caixa, Banco do Brasil e BRDE, a Fomento Paraná fecha 2024 com o maior valor, maior número de processos e maior número de municípios atendidos com financiamentos aprovados”, compara o diretor de Operações do Setor Público, Mounir Chaowiche.
OUTROS DESTAQUES – A Fomento Paraná reabriu a linha de crédito Fomento Taxistas, com até R$ 50 milhões para renovação da frota de táxis. Com taxa de juros subsidiada pelo Governo do Estado, a linha permite financiar até 80% do valor de um carro novo, limitado a R$ 80 mil, para titulares de autorização, permissão ou concessão do poder público para prestação de serviços de táxi.
Abriu uma chamada pública e selecionou uma gestora para estruturar o Fiagro FIDC Paraná 1 - Fundo de Investimento nas Cadeias Produtivas do Agro. O fundo recebeu um aporte inicial de R$ 150 milhões do Governo do Estado e deve iniciar as operações em 2025. O objetivo é criar uma alternativa de financiamento ao agro uma vez que o crédito rural e outros mecanismos não atendem à demanda total dos produtores paranaenses.
A instituição capacitou novas turmas de agentes de crédito e correspondentes para a Rede de Parceiros, que já alcança 338 municípios, com 720 pessoas físicas aptas a intermediar a concessão de crédito da instituição no Estado.
RECUPERAÇÃO DE CRÉDITO – Além de crédito novo, a Fomento Paraná repactuou mais de R$ 30 milhões em contratos que estavam com parcelas em atraso. Essa medida ajudou a reduzir a inadimplência a um dos menores índices históricos, chegando a 5,4% no microcrédito e 3,61% no setor privado como um todo.
“A renegociação de crédito é fundamental para os negócios da Fomento, pois reduz perdas e ajuda a manter taxas de juros em patamares mais baixos, ao mesmo tempo que permite que milhares de empreendedores possam manter as contas em dia, com crédito aberto no mercado”, afirma João Carlos Mineo, gerente de Recuperação de Créditos.
Por AEN/PR
Com mais 677 projetos de renda e inclusão social aprovados neste ano, o Projeto Complementar Nossa Gente Paraná, na modalidade Renda Agricultor Familiar, alcançou 9.996 agricultores beneficiados. O programa, que combina políticas diversificadas para propiciar prevenção e superação das condições de alta vulnerabilidade social, iniciou sua operação em 2015.
Foram investidos aproximadamente R$ 28 milhões do Tesouro do Estado, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Fundo Estadual de Combate à Pobreza (Fecop).
Cada um dos beneficiados recebe R$ 6 mil, divididos em duas parcelas. O valor teve reajuste de 100% em agosto deste ano. A primeira parcela é de R$ 4 mil, transferidos diretamente aos responsáveis das famílias beneficiárias por meio de assinatura de adesão e apresentação do projeto de estruturação da unidade familiar produtiva, feito pelo técnico do IDR-Paraná responsável pela assistência técnica em conjunto com a família.
Comprovada a correta execução do valor e o progresso no desenvolvimento do projeto, a segunda parcela é liberada.
O programa destina-se a produtores que possuam renda familiar mensal per capita igual ou inferior à meio salário mínimo. Nesse grupo estão agricultores familiares do Grupo B do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), pescadores artesanais, quilombolas, indígenas e comunidades tradicionais. A estimativa é que no Paraná existam cerca de 110 mil famílias com essas características.
Por serem famílias mais vulneráveis socialmente, o Governo do Estado, por meio das secretarias da Agricultura e do Abastecimento; do Desenvolvimento Social e Família; e Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), com participação dos municípios, famílias e comunidade, instituiu o Nossa Gente Paraná.
Além do repasse de auxílio financeiro, ela recebem os serviços de assistência técnica e extensão rural, possibilitando a implementação de projetos de geração de renda e o acesso a políticas públicas de cidadania, gerando a autonomia dos beneficiários, preservação do meio ambiente e a melhoria dos índices de qualidade de vida.
Também podem participar jovens acima de 18 anos que cursem colégio agrícola ou Casa Familiar Rural e realizem projeto próprio em área cedida pelos pais.
Em 2019 o projeto foi vencedor do Prêmio Sesi ODS, em razão de cumprir Objetivos de Desenvolvimento Sustentável estabelecidos na Agenda 2030. Em 2022 foi o terceiro lugar nacional no Prêmio Estratégia ODS Brasil.
Por AEN/PR
Com foco em melhorar a qualidade de vida dos moradores de zonas rurais, o Governo do Estado investiu em ações de conectividade, buscando aumentar a cobertura de internet e telefonia móvel nesses locais. Em 2024, o Plano de Conectividade Rural do Paraná obteve avanços significativos frente à democratização do acesso à internet.
O programa é liderado pelas secretarias da Inovação, Modernização e Transformação Digital (SEI), e da Agricultura e do Abastecimento (SEAB), com a participação de 17 órgãos públicos, 15 players do setor privado, incluindo operadoras e empresas de tecnologia, e mais seis entidades representantes da sociedade civil.
O Paraná conta com uma área territorial de 199 mil quilômetros quadrados. Desses, apenas 4 mil estão localizados em grandes centros urbanos. Segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), em junho de 2023, o Paraná contava com 52,73% da área com cobertura móvel. Já em junho de 2024, segundo a atualização mais recente, a cobertura subiu para 62,21%.
O secretário estadual da Inovação, Alex Canziani, explica que os esforços para levar internet para as áreas rurais visam fortalecer o setor agrícola, que representa um importante pilar para a economia paranaense. “O projeto, coordenado por 17 órgãos estaduais sob a direção da Inovação, busca tornar o Paraná o primeiro estado 100% conectado. Parcerias com operadoras são fundamentais para alcançar essa meta, fortalecendo ainda mais a inclusão digital e o desenvolvimento sustentável no Estado”, afirma.
Entre as ações realizadas em 2024, está a parceria com operadoras de telefonia para a construção de antenas de telecomunicação em diversos municípios e regiões do Estado. A primeira foi assinada em fevereiro, com a operadora TIM, que investiu R$ 22 milhões para a construção de 116 antenas em 83 municípios, atendendo em torno de 40 mil pessoas diretamente e mais 2 milhões de forma indireta. Até o momento, mais de 100 torres já foram instaladas, ampliando a cobertura para os clientes da TIM em áreas rurais de todo o Estado.
O secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Natalino Avance de Souza, afirma que o grande desafio da área é conseguir manter a competitividade com sustentabilidade e menos penosidade. “É preciso refinar os processos de precisão nesse setor. Isso pressupõe o uso intensivo de uma série de inovações que já estão embarcadas em máquinas ou os processos mais digitais que estão chegando no meio rural. Uma boa conectividade é imprescindível para isso”, diz.
MAIS CONEXÃO – Outra parceria foi assinada com a operadora Claro para a implementação de 378 antenas de telecomunicação em 194 municípios. Ao todo, a operadora vai investir R$ 99,8 milhões no projeto, que além de construir torres em localidades rurais também irá contemplar pontos estratégicos de rodovias, áreas de fronteiras e cidades do Litoral, impactando mais de 7 milhões de pessoas.
Das antenas que serão instaladas, 162 serão nas áreas rurais, atendendo às demandas dos moradores, principalmente das regiões dos Campos Gerais, Central e Centro-Sul. Além dessas, 16 torres vão ser colocadas ao longo da BR-277, entre Curitiba e o Litoral, e da BR-116, entre Curitiba e a divisa com São Paulo, além de 13 no Litoral e outras 16 em áreas de fronteira.
Para fomentar a ampliação da conectividade no Paraná, o Governo do Estado, por meio da Secretaria da Fazenda (Sefa), liberou as empresas de telecomunicação para adquirirem créditos acumulados de ICMS disponíveis no Sistema de Controle da Transferência e Utilização de Créditos Acumulados (Siscred) da Receita Estadual do Paraná.
TESTES DE CONECTIVIDADE – Durante 2024, a SEI ainda realizou diversos testes para estudar a viabilidade e o uso de tecnologias e plataformas para atender as demandas das comunidades rurais. Pelo processo de georreferenciamento, foram feitos testes do projeto CEP Rural Digital, que busca gerar endereçamento digital de propriedades rurais, possibilitando o acesso por aplicativos de localização.
O primeiro teste do projeto foi em uma propriedade rural a cerca de 10 km do centro de Tijucas do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba. O cadastramento da propriedade foi por meio de uma plataforma desenvolvida pela Celepar, que através da unidade consumidora da conta de luz da Copel consegue gerar um código de endereçamento exato da propriedade.
A iniciativa visa facilitar a localização por aplicativos de navegação como Google Maps e Waze, permitindo que serviços públicos consigam ter acesso facilitado a esses locais, como no caso de ambulâncias, atendimento da polícia e de bombeiros, e até mesmo de serviços particulares como entregas de produtos e encomendas.
Já para atender regiões onde existe maior dificuldade de chegada de conexão por fibra óptica, banda larga e dados móveis, a SEI fez testes de conexão de internet via satélite, a fim de avaliar tecnologias existentes no mercado e suas funcionalidades. A ação foi realizada em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR) e a Telecomunicações Brasileiras S.A. (Telebras), estatal federal vinculada ao Ministério das Comunicações.
Os testes aconteceram com a instalação do aparelho T3SAT (Terminais Transportáveis Telebras por Satélite) no quartel do Comando Geral da Polícia Militar do Paraná, em Curitiba, e na Academia Policial Militar do Guatupê, em São José dos Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba, e na Ilha de Medeiros, no município de Guaraqueçaba, no Litoral.
Por AEN/PR
Sete projetos do Paraná para reciclagem de resíduos sólidos foram selecionados pelo governo federal para receber recursos do Programa de Aceleração do Crescimento no Eixo Cidades Sustentáveis e Resilientes por meio de convênios formalizados com o Instituto Água e Terra (IAT), autarquia vinculada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest). O investimento será de R$ 21 milhões em obras como a construção de barracões de reciclagem, pátios de compostagem, aquisição de equipamentos, adequação de áreas de transbordo e unidades de tratamento de resíduos da construção civil.
Os municípios beneficiados serão Borrazópolis, Campo Largo, Cascavel, Ibiporã, Ivaiporã, Marechal Cândido Rondon e Ribeirão Claro. Os recursos são a fundo perdido, ou seja, sem a necessidade de devolução. As intervenções começam em 2025, com prazo de três anos para a conclusão das obras. A estimativa é que as ações terão impacto direito na vida de mais de 700 mil paranaenses.
“Aqueles municípios do Paraná que tinham projetos prontos, adequados, e com as certidões em dia, conseguiram acesso a esse recurso tão importante. Diminuir os resíduos que são despejados em aterros significa menos problemas de saúde para as pessoas e garantia de maior qualidade ambiental”, afirma a coordenadora de Saneamento Ambiental e Economia Circular da Sedest, Isabella Tioqueta.
No total, o Ministério das Cidades vai investir mais de R$ 703 milhões em ações semelhantes no País. Segundo a pasta, os trabalhos vão mobilizar cerca de 60 cooperativas ou associações de catadoras e catadores. A expectativa é gerar mais de 33 mil empregos diretos e indiretos.
A participação dos municípios paranaenses e a seleção dos projetos foi realizada por meio da divulgação e mobilização pelo grupo R20, o que facilitou a organização e envio dos projetos ao Ministério. O colegiado é um órgão consultivo formado por representantes dos 399 municípios e dos Consórcios Intermunicipais de Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos das 20 regiões do Plano Estadual de Resíduos Sólidos.
O grupo atua em temas como educação ambiental, coleta seletiva, inclusão social de catadores, logística reversa, pesquisa, ensino, extensão, disposição final de rejeitos e consórcios.
FOPEC – A divulgação e mobilização para envio dos projetos integram as ações em desenvolvimento pelo Fórum Paranaense de Economia Circular (Fopec), espaço voltado para o debate, consultas, articulação e promoção de ações relacionadas ao tema no Estado. A finalidade principal é fomentar a adoção de princípios e práticas da economia circular visando a redução do desperdício de recursos, a promoção da reutilização, da reciclagem e do reaproveitamento de materiais descartados, incentivando o desenvolvimento de cadeias produtivas mais sustentáveis.
O Fopec conta com a participação de 23 instituições, entre órgãos públicos e entidades da sociedade civil organizada, sob a coordenação da Sedest. A participação em plenárias e câmaras técnicas é aberta ao público, permitindo a entrada de outras instituições interessadas. A inscrição pode ser realizada pelo site do Fórum.
Por AEN/PR
Apesar do tempo seco preocupar os produtores em determinado momento, a volta das chuvas manteve boas perspectivas para a safra de verão que começa a ser colhida. Espera-se uma recuperação nas produtividades obtidas no ciclo anterior, que podem gerar 25,3 milhões de toneladas ou 19% a mais que as 21,3 milhões obtidas em 23/24.
Os dados fazem parte da Previsão Subjetiva de Safra (PSS), divulgada nesta quinta-feira (19) pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab). A divulgação também conta com a primeira projeção de área para a segunda safra, que pode produzir 16,4 milhões de toneladas, um aumento de 23% sobre os 13,4 milhões produzidos em 23/24.
A estimativa aponta que o milho, com seu importante papel como principal matéria-prima que alimenta frangos, suínos e bovinos, apresentou na segunda safra um aumento sutil na área plantada, que corresponde a 1% a mais em relação ao ciclo anterior (de 2,53 milhões aumentou para 2,56 milhões de hectares), mas que pode render uma grande produção de 15,5 milhões de toneladas, 24% a mais do que a do ano anterior (12,5 milhões de toneladas). As lavouras da primeira safra apresentam ótimas condições e devem ofertar 2,6 milhões de toneladas, 5% mais dos 2,5 milhões do ciclo anterior.
O feijão de segunda safra também ganha destaque. A cultura apresenta uma diminuição de 11% de área plantada, ainda assim a segunda maior já registrada. O volume esperado pode superar em 4% a produção de 23/24 e atingir 694,4 mil toneladas.
A primeira safra, que já apresenta 5% da produção colhida, pode apresentar problemas em função da dificuldade de aplicar fungicidas por causa das chuvas, mas o volume esperado ainda é grande. Ao final da colheita são esperadas 329,5 mil toneladas de feijão no período, o dobro do ano anterior.
A segunda safra da soja se destacou no aumento de área plantada. A área de 72,1 mil hectares representa um aumento de 44% em relação ao ano anterior (que era de 50,2 mil hectares), resultando em uma produção de 189,6 mil toneladas, 41% a mais em relação ao ano anterior (134,4 mil toneladas). A primeira safra pode registrar 22,2 milhões de toneladas, se as lavouras se mantiverem em boas condições.
TOMATE – Dos 399 municípios do Estado, 328 plantam tomate e primeira safra da cultura permanece estável em todos eles, evoluindo rapidamente, tendo 94% da cultura já plantada e 43% já colhida e a produção segue dentro do previsto, que é de 170,9 mil toneladas.
BATATA – A colheita da batata de primeira safra segue em ritmo acelerado, com um aumento de 17% nos últimos 24 dias, totalizando 23% da área total colhida. Por outro lado, a produtividade está cerca de 10% menor do que o previsto, uma diferença de 2 mil toneladas, podendo melhorar quando as principais regiões produtoras finalizarem a colheita. Apesar disso, 97% desta safra encontra-se em boa qualidade, favorecida pelo clima.
O preço recebido pelo agricultor ficou menos atraente, representando uma média de R$ 33,20 a saca de 25kg, 21,61% menor que o mês anterior (R$ 42,35). No entanto, a média paga consumidor nos últimos dias é de R$ 3,65 o kg, que mês passado era de R$ 5,85.
CEBOLA – A colheita da cebola aumentou em 33% nos últimos 24 dias, favorecida pelo clima, chegando a 72% da área colhida e com 88% em qualidade boa. 63% da safra está em maturação, 33% em frutificação e 3% ainda em desenvolvimento.
CAFÉ – As expectativas para o café são boas. O clima chuvoso favoreceu a umidade do solo em um momento essencial de frutificação das plantas, que passaram por um momento crítico causado pelas ondas de calor que antecederam as chuvas, abortando algumas flores. A expectativa para a safra atual é uma produção de 42,7 mil toneladas de café. 6% a mais do que o ano passado (40,4 mil toneladas).
A área plantada do café também é destaque, já que parou de diminuir e tem aumentado sutilmente pelo segundo ano consecutivo, representando uma recuperação importante e relação às safras passadas. Para o produtor os preços têm sido atrativos, chegando nos últimos dias a R$ 1975,26 a saca de 60 kg, mais que o dobro que o mesmo período do ano passado (R$ 846,45).
MANDIOCA – A mandioca, que é uma cultura com um ciclo mais longo em relação às outras culturas, tem tido boa produtividade apesar da seca do primeiro semestre. A expectativa é de 3,7 milhões de toneladas, 4% a mais que a última safra (3,6 milhões de toneladas). Apesar dos preços ruins em praticamente metade do ano, próximos do custo, atualmente as cotações dispararam e superam R$ 700, estimulando um aumento de área para 2025.
CANA-DE-AÇÚCAR – Também com um ciclo mais longo, a cana-de-açúcar segue com uma boa produção estimada, de 35,8 milhões de toneladas, 2% a menos que o ano passado (36,6 milhões de toneladas), mas alta considerando o longo período de estiagem.
Por AEN/PR
O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta quarta-feira (18) o
que prorroga os benefícios fiscais do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) ao setor produtivo até 31 de dezembro de 2028. A medida beneficia setores como a agropecuária e indústria e busca manter a competitividade de mercado de diversos produtos paranaenses, além de viabilizar a sustentabilidade das políticas públicas e a manutenção do equilíbrio fiscal do Estado.A prorrogação dos benefícios foi pleiteada pela Secretaria de Estado da Fazenda junto ao Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), que valida os tratamentos tributários diferenciados concedidos pelos estados. A medida atende pedidos do G7, grupo formado pelas instituições que representam setor produtivo paranaense.
“Nossos incentivos visam impulsionar o crescimento do Estado, incentivando a melhoria da infraestrutura e a expansão de negócios”, diz o secretário da Fazenda do Paraná, Norberto Ortigara. “Em troca, exigimos investimentos, geração de empregos e qualificação profissional. Além disso, oferecemos benefícios adicionais para empresas que investem em cidades menos desenvolvidas, fortalecendo a economia regional”.
Dentre os benefícios prorrogados estão créditos presumidos autorizados aos estabelecimentos paranaenses; prorrogação da concessão de redução de base de cálculo e de crédito presumido calculado a outros segmentos; concessão de isenção e redução de base de cálculo. As alterações propostas não implicam renúncia de receita.
PRODUTOS BENEFICIADOS – Está prevista a prorrogação dos benefícios para itens como o amido de mandioca, bicarbonato de sódio, café torrado em grão, moído ou descafeinado; farinha de trigo, mistura para bolos e pães, mercadorias amido e farinha de mandioca, vegetais e carnes embalados a vácuo; reservatórios, cisternas e cubas; farinha de trigo, obtida a partir da moagem do trigo em grão no próprio estabelecimento; mistura pré-preparada de farinha de trigo para panificação, massas alimentícias não cozidas, biscoitos e bolachas derivados de trigo.
Também são alcançados pela medida fabricantes de painéis de partículas de madeiras – MDP; painéis de fibras de madeira de média densidade – MDF e chapas de fibras de madeira; fermento químico e fosfato monocálcico, pirofosfato de sódio, carbonato de sódio, bicarbonato de sódio para nutrição animal, bicarbonato de sódio alimentício e bicarbonato de sódio grau técnico; bicarbonato de amônio alimentício e bicarbonato de amônio técnico; tamponante ruminal composto por bicarbonato de sódio, alga calcárea Lithothamnium Calcareum e óxido de magnésio; cadeados, fechaduras e ferrolhos, dobradiças, outras guarnições e ferragens.
A medida beneficia, ainda, fabricantes de equipamentos e implementos rodoviários (rolo compactador, carregadeiras, escavadeira hidráulica e retroescavadeira); fabricantes de chapas, folhas, tiras, fitas, películas e outras formas planas, autoadesivas, de plásticos, autoadesivos, autoadesivos em tiras ou rolos, etiquetas de qualquer espécie, bobinas em papel térmico, autocopiativo ou apergaminhado, fitas entintadas para impressão por transparência térmica; filmes plásticos, sacos e sacolas; medidores de energia; torneiras, boias, válvulas e demais artefatos de metais sanitários,
Ainda estão inseridos, cerveja e chope artesanais, produzidos por estabelecimento industrial enquadrado como microcervejaria; óleo de soja refinado, margarina vegetal, creme vegetal, gordura vegetal e maionese resultante do processo de industrialização de soja; reciclagem de embalagens vazias de agrotóxico e de óleos lubrificantes; saídas interestaduais de peixes; preparação e fiação de fibras de algodão; fabricantes de suco de frutas, néctares de frutas e bebidas alimentares prontas à base de soja; fabricantes de vinho, artigos para viagem, calçados e outros artefatos de couro, inclusive seus acessórios; produtos têxteis e artigos de vestuário (sobre o valor das saídas de produtos) e tubos e postes de outros plásticos.
Por AEN/PR