Tecnologia para uma vida melhor foi uma das prioridades da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) em 2024, fechando o ano com novas plataformas que auxiliam na gestão das informações para aprimorar o atendimento aos cidadãos pelo SUS.
A saúde digital abrange o uso de sistemas de registros médicos eletrônicos, telessaúde e plataformas digitais que gerenciam dados e informações da saúde.
Essas iniciativas promovem a inovação, a integração e a inteligência artificial para apoiar a tomada de decisões clínicas e de gestão, refletindo em um atendimento mais eficiente e de qualidade à população.
Um dos principais avanços é a plataforma Paraná Saúde Digital, que está em operação desde junho de 2024. Com 100% de financiamento do Governo do Estado, a ferramenta demonstra todos os dados da Atenção Primária, prestada nos municípios, porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS). O investimento ultrapassa R$ 13 milhões.
Essa nova plataforma de inteligência artificial, embora já esteja em operação, vai incluir ainda outras áreas como, por exemplo, a Gestão e Regulação de Leitos. Além de informações dos sistemas próprios do Estado, ela reúne dados de prontuários eletrônicos dos municípios e sistemas do Ministério da Saúde.
“A transformação digital da saúde modificará a forma de inserção de dados, análise e painéis ilustrativos, trazendo um cenário mais próximo da realidade de cada município. Essa mudança é necessária e o Paraná avança nesse sentido”, afirma o secretário estadual da Saúde, Beto Preto. “Em 2024 tivemos muitas mudanças e continuaremos a investir nessa expansão, pois são importantes ferramentas para a tomada de decisões”.
TELESSAÚDE – Em 2024, o Núcleo de Telessaúde do Paraná, vinculado à Sesa, oportunizou o acesso a exames de telediagnóstico, aumentando a resolutividade da Atenção Primária à Saúde. A estratégia de telediagnóstico, iniciada em 2021 com foco na dermatologia e no eletrocardiograma (ECG), continua a se expandir pelo Estado e a gerar resultados significativos no cuidado aos paranaenses.
O telediagnóstico é o diagnóstico a distância, no qual os exames são transmitidos por meio da internet para um médico especialista emitir um laudo. O objetivo é dar uma resposta mais rápida aos usuários.
No eletrocardiograma, a grande vantagem do sistema é a rapidez desta entrega. Para os casos de exames realizados como rotina, o diagnóstico é fornecido em até duas horas pelos cardiologistas, enquanto os casos de urgência têm uma resposta quase imediata, com o laudo emitido em até 10 minutos. Isso tem sido crucial para a detecção precoce de condições cardíacas graves, permitindo um tratamento rápido e eficaz.
Desde 2022, início da oferta do Telediagnóstico em Eletrocardiograma (Tele-ECG), já foram realizados mais de 90 mil laudos, sendo 40.794 somente em 2024. Neste ano, 59 novos locais de atendimento nos municípios (unidades de saúde, ambulatórios, hospitais e pronto atendimento) implementaram a ferramenta, totalizando agora 96. Na dermatologia, já foram emitidos mais de 3.700 laudos desde 2022. Em 2024, 22 novos municípios aderiram à estratégia.
Para 2025 está prevista uma nova fase de expansão do Tele-ECG. Esse processo é baseado na manifestação de interesse dos gestores municipais, na análise das condições locais de infraestrutura e equipamentos, e nos dados dos sistemas de informação de saúde.
Willian Mol de Souza, coordenador do Centro de Gestão da Informação da Sesa, ressalta que a saúde digital auxilia no aprimoramento dos serviços de saúde.
“O uso de plataformas de tecnologia e o auxílio da inteligência artificial resultam em decisões mais rápidas e eficazes. A expansão que o Estado está realizando nesse setor permite otimizar a gestão e melhorar a qualidade do atendimento ao cidadão, impulsionando a construção de um sistema de saúde mais eficiente e equitativo”, afirma.
CONSULTORIA – Além dos telediagnósticos, o Paraná também oferece serviços de teleconsultoria para apoiar profissionais de saúde na gestão de casos clínicos e tomada de decisão. As teleconsultorias nas áreas de TEA (Transtorno do Espectro Autista) e hanseníase estão sendo realizadas como projeto-piloto. Para TEA estão disponíveis em Adrianópolis, Araucária, Pinhais Piraquara e Rio Negro. Já a teleconsultoria em hanseníase está focada na Macrorregional Leste.
“Quanto mais individualizados os dados, mais conseguimos chegar ao cidadão e atender suas necessidades. As novas tecnologias são fundamentais para a transformação digital do SUS e nossa forma de trabalhar com as informações disponíveis”, ressalta a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde, Maria Goretti Lopes.
SUS DIGITAL – O Programa SUS Digital, do Ministério da Saúde, teve a adesão dos 399 municípios paranaenses. Ele amplia o acesso da população a ações e serviços de saúde. Também busca criar um ambiente colaborativo entre os diversos atores do SUS, capaz de garantir o aprimoramento da gestão.
GEORREFERENCIAMENTO – Um dos importantes sistemas utilizados no combate às arboviroses no Paraná é o GeoConass Arboviroses. Em uso desde 2023, o sistema auxiliou a conter a epidemia de chikungunya registrada no Paraguai que, por ser país vizinho do Brasil, a epidemia tinha alto risco de chegar ao Brasil.
Esse sistema foi desenvolvido em parceria com o Centro de Inteligência Estratégica para a Gestão Estadual do SUS (Cieges) do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Ele é uma das ferramentas que faz o geoprocessamento de dados do território, permitindo o monitoramento espacial para o bloqueio de casos e avaliações de intervenção.
Por - AEN
Em 2024 o Paraná chegou a 319 municípios integrados ao Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan). É o líder em números absolutos, representando 24,5% do total de 1.301 adesões nacionais. A iniciativa possibilita que os municípios tenham acesso facilitado a recursos e políticas públicas nacionais, além de demonstrar o compromisso crescente com o combate à fome.
O secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), Natalino Avance de Souza, acentuou a importância da parceria com o sistema nacional para construir uma política consistente de segurança alimentar e nutricional. “O enfrentamento da fome não é simples, precisamos dessa união para ter um ambiente inovador e sustentável de produção se quisermos abastecer os municípios, o Estado, o País e termos a presença forte no mundo, que é o nosso caminho”, afirma.
Márcia Stolarski, chefe do Departamento de Segurança Alimentar e Nutricional (Desan) da Seab, salienta que a segurança alimentar está entre os principais focos de trabalho do governo estadual. “São várias ações voltadas à parcela de paranaenses mais vulneráveis e à população em geral, além de garantia de renda aos produtores familiares”, diz.
Para a presidente do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional do Paraná (Consea-Paraná), Roseli Pittner, a adesão ao Sisan é um dos caminhos para se promover a cidadania. “Entendemos que possibilita o direito humano à alimentação adequada e saudável, garantindo a dignidade a todos”, afirma.
“É ainda uma forma de cada município fortalecer suas ações de segurança alimentar e nutricional, com ações que possibilitem aperfeiçoar práticas alimentares saudáveis, respeitando a diversidade cultural e social e melhorando a economia por meio de políticas públicas direcionadas”, completa.
AÇÕES CONJUNTAS – O Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan) tem atualmente 1.301 municípios. Em números absolutos, o Paraná é seguido pelo Maranhão, com 130 municípios, e Minas Gerais, com 107. Em números porcentuais, o Estado, com 80% de suas unidades aderidas, é o segundo, atrás de Roraima, que tem 14 dos 15 municípios no sistema (93,3%).
“Consideramos o processo de adesão que ocorreu no Estado do Paraná muito importante, inclusive servindo de referência para que outros Estados reforçassem a mobilização junto aos seus municípios”, diz o coordenador-geral de Articulação Federativa, do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Élcio Magalhães.
Para ele, há um conjunto de ações ocorrendo há alguns anos no Paraná que levou a esse resultado. Entre eles a organização da Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan-PR) e do Consea-PR, com atuação descentralizada; a atuação do Ministério Público, em especial junto aos prefeitos, estimulando e apresentando o Sisan; o conjunto de políticas estaduais de segurança alimentar e nutricional e as ações e políticas federais de estímulo.
Ele ressaltou que há um esforço para se construir uma rede de municípios aderidos ao Sisan. “Considerando que existe uma obrigação legal de atuação do Estado a partir da entrada do direito à alimentação adequada no artigo 6.º da Constituição Federal, o Sisan se tornou um instrumento para garantir e promover este direito”, afirma Magalhães.
O coordenador-geral da Articulação Federativa salientou ainda que o Sisan possibilita participação em programas importantes como o Plano Brasil sem Fome, Estratégia Alimenta Cidades, Política Nacional de Abastecimento, Programa de Aquisição de Alimentos, entre outras iniciativas federais e estaduais.
A adesão ao Sisan também facilita que os municípios somem forças do poder público, entidades privadas e terceiro setor para a redução da fome, a partir da produção, reaproveitamento e distribuição de alimentos de forma mais sustentável e estruturada.
SISAN – O Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan), estabelecido pela Lei n.º 11.346/2006, conhecida como Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional (Losan), é um sistema público que tem como objetivo a elaboração e articulação de políticas nacionais, estaduais e municipais voltadas para a segurança alimentar e nutricional.
Além disso, o Sisan é responsável por monitorar e avaliar as mudanças na situação de alimentação e nutrição da população, bem como verificar o impacto dos programas e ações desenvolvidos nessa área. A atuação conjunta dos órgãos governamentais em todos os níveis e das organizações da sociedade é essencial para a formulação e implementação efetiva das políticas de segurança alimentar e nutricional no País.
Por - AEN
Um acidente fatal abalou a BR-277 em Palmeira, Paraná, na manhã deste domingo (5). Uma BMW com placas argentinas, carregada com mais de 100 quilos de maconha, colidiu de frente com um carro, resultando na morte de duas pessoas e ferindo outras três.
O ex-vereador de Mangueirinha, Sérgio Luiz do Santos, de 48 anos, e sua esposa Bernardina Demiciana Campos dos Santos, de 44 anos, perderam a vida no trágico acidente. O motorista da BMW fugiu do local e ainda não foi localizado.
Os feridos, um homem de 24 anos e duas mulheres de 20 e 24 anos, foram socorridos e levados para o Pronto Socorro de Palmeira e para o hospital em Ponta Grossa.
A Polícia Rodoviária Federal encontrou a droga escondida em tabletes dentro da caixa de ar e painel do veículo. A BMW e os entorpecentes foram encaminhados para a delegacia de Palmeira, onde a Polícia Civil investigará o caso.
Até o momento, não há informações sobre o estado de saúde dos sobreviventes.
Em 2024, o Paraná reafirmou sua liderança nacional em doações e transplantes de órgãos e, em diversos indicadores, registrou os melhores resultados em seis anos. De janeiro a setembro, o Estado atingiu uma taxa de 42,8 doações por milhão de população (pmp), mais que o dobro da média nacional, de 20,3 pmp. Em seguida vem Santa Catarina, com 40,6 pmp, Rondônia (39,6 pmp), Rio Grande do Sul (28,9 pmp) e Rio de Janeiro (26,7 pmp).
Os dados são do último relatório da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), divulgado em setembro. O relatório mostra, também, que o Paraná teve a menor taxa de recusa familiar do país, de apenas 27%, destacando o sucesso das ações de conscientização e o compromisso com a saúde pública.
Já no período de janeiro e outubro de 2024, dados da secretaria estadual da Saúde (Sesa), oriundos da Central Estadual de Transplantes (CET), mostram que em 2024 foram feitas 1.086 notificações de potenciais doadores feitas por hospitais quando há ocorrência de morte encefálica. O aumento das notificações de pacientes com morte encefálica refletem a atuação da Central Estadual de Transplantes e das Organizações de Procura de Órgãos (OPOs).
Essas entidades atuam com treinamento, apoio e conscientização dos hospitais para realização da notificação junto à CET, o que dá início a todo o processo que poderá se concretizar em doação e transplante. Das 1.086 notificações feitas em 2024, foram efetivadas 416 doações, resultando em uma taxa de 43,6 doadores pmp no período de janeiro a outubro, a maior desde 2019.
Nesse mesmo período de dez meses, o Paraná realizou 694 transplantes de órgãos sólidos (coração, rim, pâncreas e fígado), um aumento de 11,75% em relação a 2019 - maior crescimento dos últimos anos. Entre os procedimentos, os transplantes cardíacos apresentaram o maior aumento percentual. Foram 31 transplantes em 2024, aumento de 121,4% em comparação a 2019.
Os transplantes renais somaram 415 procedimentos, 7% a mais que 2019, enquanto os transplantes hepáticos registraram 238 cirurgias, com aumento de 19%. Já os transplantes de córneas alcançaram 1.075 procedimentos, um crescimento expressivo de 46% em relação a 2019.
“O avanço desses números reflete o compromisso do Governo do Estado em salvar vidas e transformar a realidade de centenas de famílias”, diz o secretário estadual da Saúde, Beto Preto. “Este resultado só foi possível graças ao trabalho dedicado dos profissionais do Sistema Estadual de Transplantes e à conscientização da população sobre a importância da doação de órgãos”, afirma. “O Paraná segue como referência nacional, e continuaremos fortalecendo nossas ações para oferecer esperança e qualidade de vida a quem precisa.”
ESTRUTURA - O Sistema Estadual de Transplantes (SET) do Paraná é composto pela Central Estadual de Transplantes e quatro Organizações de Procura de Órgãos (OPOs), estrategicamente localizadas em Curitiba, Londrina, Maringá e Cascavel.
Conta com aproximadamente 700 profissionais e uma estrutura que inclui 70 Comissões Intra-Hospitalares, 60 equipes transplantadoras de tecidos, 23 equipes de transplantes de órgãos sólidos, 16 centros de transplantes de órgãos, 25 centros de córneas, 23 centros musculoesqueléticos, seis centros de válvulas cardíacas, cinco bancos de tecidos e seis laboratórios de histocompatibilidade.
FROTA – Em 2024, o Governo do Estado realizou a maior renovação de frota da história do SET, com a aquisição de 18 novos veículos, num investimento de R$ 1,9 milhão. Desses, nove foram destinados à Central em Curitiba e três para cada uma das OPOs em Cascavel, Maringá e Londrina. Além disso, duas novas aeronaves foram incorporadas à frota da Casa Militar, que agora conta com 12 aeronaves para transporte emergencial de órgãos e equipes médicas.
CAPACITAÇÕES - Para garantir a excelência no serviço, o Paraná investiu em capacitação e sensibilização. Em 2024, foram realizados 28 cursos sobre determinação de morte encefálica para médicos, 19 cursos sobre o processo de doação de órgãos e tecidos, oito cursos de acolhimento e entrevista familiar para doação, três cursos de formação de coordenadores hospitalares e dois cursos específicos sobre atuação no centro cirúrgico.
Além disso, 75 palestras e ações de sensibilização reforçaram a conscientização sobre a importância da doação de órgãos e tecidos, capacitando mais de 1.100 profissionais de saúde e impactando diretamente mais de 2.000 pessoas.
“A capacitação e a dedicação das nossas equipes que atuam em todas as etapas do processo de doação são fundamentais para que cada vez mais pessoas sejam beneficiadas por meio de um transplante,” reforça Juliana Ribeiro Giugni, coordenadora do Sistema Estadual de Transplantes.
Por AEN/PR
Desde o dia 1º de janeiro de 2025, proprietários de motocicletas de até 170 cilindradas no Paraná já podem contar com a isenção total do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). A medida, sancionada pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior em dezembro, beneficia cerca de 732 mil paranaenses e representa uma economia média de R$ 474 por ano para cada proprietário.
A isenção busca fortalecer categorias como motoboys e entregadores, profissionais que movimentam a economia estadual. "São trabalhadores essenciais que geram emprego e renda, ajudando o Paraná a crescer", destacou o governador.
OUTRAS MUDANÇAS - A nova lei também trouxe avanços em outras áreas tributárias, como a isenção do IPVA para veículos movidos exclusivamente a gás natural, biometano ou hidrogênio, como ônibus, micro-ônibus e caminhões. A isenção vai até dezembro de 2027 incentivando o uso de alternativas mais limpas.
Além disso, a tributação sobre combustíveis foi simplificada, com o imposto sendo cobrado apenas uma vez no ciclo de comercialização. A medida elimina distorções do modelo anterior e padroniza a cobrança em todo o país.
Já o Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doações foi ajustado para beneficiar herdeiros e cônjuges, ampliando isenções para imóveis de até R$ 365 mil e verbas rescisórias de até R$ 70.170.
De acordo com o governador, essas mudanças representam um esforço do Governo para simplificar tributos e aliviar o bolso dos cidadãos. “Isso fortalece a economia e a sustentabilidade no estado”, completa.
Por AEN/PR
O Nota Paraná distribuiu mais de R$ 385 milhões ao longo de 2024, entre prêmios sorteados e créditos do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) devolvidos aos consumidores participantes. Esse é o maior valor entregue nos últimos cinco anos. O resultado é um marco do programa de consciência fiscal, que completa 10 anos em 2025.
Coordenado pela Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa), o Nota Paraná é a segunda maior iniciativa do tipo no país, atrás apenas do Nota Paulistana, e uma referência para outros estados. “O slogan ‘CPF na nota é dinheiro de volta’ não só é verdade como também motivo de muito orgulho para todos nós”, afirma a coordenadora do programa, Marta Gambini. “Trata-se de uma operação bastante complexa, mas que vem dando muitos frutos ao longo dessa quase uma década”.
A maior prova disso é justamente o alcance do Nota Paraná. Atualmente, são quase 4,1 milhões de usuários cadastrados — e todos eles puderam ter um pouco desse dinheiro de volta a que o slogan do programa se refere. Dos R$ 385 milhões entregues, R$ 325 milhões se referem apenas aos créditos do ICMS, que são devolvidos a todos os consumidores com base no faturamento das empresas, no volume de compras e no recolhimento do imposto. O valor é 8,2% maior do que o que foi entregue em 2023.
Esses valores podem ser transferidos pelos usuários para suas contas correntes ou usados para pagar o Imposto sobre a Propriedade de Veículo Automotor (IPVA). Neste ano, foram usados R$ 6.298.201,62 no tributo — benefício aproveitado por 88.721 pessoas.
MAIS SORTEADOS – Além disso, em 2024, o Nota Paraná passou por mudanças justamente para beneficiar mais pessoas. Desde julho, os sorteios do programa passaram a dividir os mesmos R$ 5 milhões de prêmios entre mais consumidores, aumentando as chances dos participantes terem um número sorteado.
Até então, eram entregues 15.103 prêmios com valores que variavam entre R$ 50 e R$ 1 milhão. Com a nova regra, o prêmio máximo passou a ser de R$ 100 mil, mas o número de ganhadores mais do que dobrou, passando para 35.102. O prêmio de R$ 1 milhão fica restrito apenas a sorteios especiais nos meses de fevereiro, maio, agosto e dezembro.
“Consultamos a população, que preferiu sorteios com menores valores, mas com um número maior de ganhadores”, explica Marta Gambini. “Foi uma mudança pensada para estimular a participação contínua do cidadão e seguir recompensando o consumidor que pede o CPF na nota”.
Isso fez com que, ao longo do ano, o Nota Paraná entregasse os valores sorteados para mais de 260 mil pessoas. E a previsão é de que, em 2025, esse número seja ainda maior, ultrapassando a marca dos 341 mil ganhadores.
PRINCIPAIS GANHADORES – Essa nova regra de distribuição de prêmios fez com que os ganhadores dos sorteios estivessem cada vez mais espalhados pelo Estado. Dos oito cheques de R$ 1 milhão entregues em 2024, apenas duas cidades tiveram mais de um ganhador. Maringá e Paranaguá foram os únicos municípios com mais de um milionário no ano, com dois ganhadores cada.
Já em relação aos R$ 100 mil, nenhuma cidade teve mais de um vencedor. Os valores foram entregues a moradores de Campo Mourão, Cascavel, Chopinzinho, Cianorte, Curitiba, Florestópolis, Londrina, Maringá, Piên, Santa Helena, São José dos Pinhais e Tijucas do Sul. Entre os R$ 50 mil, apenas Curitiba e Campo Magro tiveram dois ganhadores, enquanto Araucária, Balsa Nova, Bom Sucesso do Sul, Campina da Lagoa, Dois Vizinhos, Maringá, São José dos Pinhais e Tapejara tiveram um cada um.
No ranking geral, o que inclui todos os sorteios, Curitiba lidera. Dos 260.794 prêmios sorteados no ano, 73.566 foram para a Capital — sendo a maioria deles (73.379) de R$ 50. De acordo com a coordenadora do Nota Paraná, isso se explica pela própria população da cidade, a maior de todo o Estado. São 1,8 milhão de habitantes, segundo dados mais recentes do Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o que corresponde a 15,4% de toda a população paranaense.
“É natural que cidades com mais habitantes tenham mais ganhadores. Só que os dados mostram também que os prêmios maiores não ficam concentrados nesses locais, sendo entregues para consumidores de todo o Paraná”, afirma Marta Gambini. “O Nota Paraná é para todos e ficamos muito felizes sempre que ele vai para cidades menos comuns”.
As cidades mais sorteadas em 2024, levando em conta todas as categorias de prêmios, foram:
Curitiba (73.566)
Londrina (14.746)
Maringá (12.470)
Ponta Grossa (10.464)
Cascavel (8.988)
São José dos Pinhais (8.101)
Foz do Iguaçu (6.043)
Guarapuava (4.543)
Colombo (4.523)
Pinhais (3.653)
Paranaguá (3.515)
Araucária (3.010)
Campo Largo (2.753)
Toledo (2.664)
Campo Mourão (2.543)
AÇÕES PRÁTICAS – O Nota Paraná não se limita apenas aos sorteios e à distribuição mensal de créditos. Ao longo de todo o ano, o programa realiza uma série de ações entre a população e entidades sociais para promover a cidadania fiscal. Foram mais de 20 cidades visitadas pelas equipes da Secretaria da Fazenda, tirando dúvidas da população, explicando a importância do programa, realizando cadastros e imprimindo o cartão com o CPF dos consumidores.
As ações foram realizadas nas cidades de Paranaguá, Vitorino, Manoel Ribas, Jandaia do Sul, Cianorte, Tamarana, Londrina, Uraí, Tapejara, Douradina, Flor da Serra do Sul, Florestópolis, Cambé, Astorga, Três Barras do Paraná, Toledo, Nova Santa Bárbara, Maringá, Jaguariaíva, Mandaguari, Bandeirantes e Curitiba.
Por AEN/PR