Cerca de 52% dos municípios do Paraná alcançaram nível elevado no Índice de Progresso Social (IPS) 2025, segundo dados do IPS Brasil, plataforma que avalia o bem-estar social da população a partir de diversos indicadores socioeconômicos.
Curitiba é a cidade paranaense mais bem classificada no ranking nacional, sendo também primeira colocada entre as capitais brasileiras. Confira a lista dos municípios paranaenses
.Das 399 cidades paranaenses, 31 possuem IPS considerado muito alto, enquanto outras 178 estão com nível alto. O índice internacional é baseado em 57 indicadores sociais, econômicos e ambientais, utilizados para mensurar a qualidade de vida da população em três dimensões principais: Necessidades Humanas Básicas, Fundamentos do Bem-Estar e Oportunidades, com notas que variam de 0 a 100.
Esta é o segundo ano em que o IPS é avaliado de forma abrangente em todos os 5.570 municípios do País. O resultado mais recente das cidades paranaenses reforça os avanços que o Estado obteve em áreas como saúde, educação, segurança e meio ambiente.
Líder entre as capitais, Curitiba ocupa a 12ª posição entre todas as localidades brasileiras, com uma nota de 69,88. A avaliação representa um avanço em relação à nota obtida pela cidade em 2024, o que fez com que a Capital paranaense superasse Brasília (69,42), Goiânia (68,21), Belo Horizonte (68,21) e Florianópolis (67,91), que figuravam à frente na edição passada do ranking.
Depois de Curitiba, Maringá aparece na vice-liderança em âmbito estadual, na 26ª posição entre todos os municípios do Brasil, com IPS de 68,83. Outras cidades paranaenses que aparecem entre as 100 primeiras no Índice de Progresso Social de 2025 são Cornélio Procópio (27ª), Quatro Barras (70ª), Toledo (77ª) e São Manoel do Paraná (99ª).
A média dos municípios paranaenses também supera a nacional. Enquanto o Brasil apresenta um IPS médio de 58,70 pontos, o Paraná figura com média de 60,83, refletindo políticas públicas focadas em inclusão social, desenvolvimento sustentável e redução de desigualdades regionais.
POLÍTICAS PÚBLICAS – Entre os fatores que impulsionaram a melhoria do desempenho do Estado, estão a alta taxa de acesso à educação, baixa mortalidade infantil, acesso facilitado a serviços de saúde, além de bons indicadores de segurança pública e infraestrutura urbana. Também houve uma evolução em relação aos indicadores gerais dos pequenos municípios, que vêm demonstrando avanços no saneamento básico, acesso à internet e qualidade da educação, o que contribui para elevar o IPS do Estado.
Alguns exemplos de políticas públicas que impactam diretamente na qualidade de vida da população são as obras de pavimentação urbana e modernização da iluminação pública feitas nos municípios por meio do programa Asfalto Novo Vida Nova e Ilumina Paraná, bem como o Casa Fácil Paraná, programa que envolve a construção de 110 mil novas casas em todas as regiões do Estado.
O Estado também tem investido na descentralização das estruturas de saúde pública, com a construção, ampliação e reformas de hospitais, ambulatórios e postos de saúde. Na área de educação, os investimentos têm sido tanto na melhoria da infraestrutura das escolas estaduais quanto na aquisição de novos equipamentos para melhorar o processo de aprendizagem.
Por meio da Sanepar, o Paraná também está adiantado em relação a outros estados na universalização do saneamento básico. A empresa tem investido massivamente em obras para a melhoria das redes de abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto nas 344 cidades sob sua cobertura.
IPS – A metodologia, desenvolvida pela Social Progress Imperative, é adaptada no Brasil pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), em parceria com a Fundação Avina, Centro de Empreendedorismo da Amazônia iniciativa Amazônia 2030 e Anattá - Pesquisa e Desenvolvimento.
Especialistas de diferentes áreas também atuaram na construção de um framework de indicadores – uma estrutura analítica que organiza e define os dados considerados no cálculo do IPS, garantindo que o índice reflita com precisão as realidades locais brasileiras.
A dimensão de Necessidades Humanas Básicas agrupa indicadores relacionados ao acesso da população à alimentação, cuidados médicos, água potável, habitação e segurança. A dimensão de Fundamentos do Bem-estar mede a qualidade da educação básica de qualidade, condições de viver com saúde, bem-estar e qualidade de vida. Já a dimensão de Oportunidades avalia eventuais restrições de direitos da população, bem como se existem preconceitos e hostilidades que impedem os indivíduos de atingirem o seu pleno potencial.
Os dados completos estão disponíveis de forma pública na plataforma ipsbrasil.org.br. Eles são atualizados com base em fontes oficiais, como o IBGE, o DataSUS e os ministérios da Educação, Saúde e Desenvolvimento Social. A ferramenta é utilizada por governos, ONGs, pesquisadores e gestores públicos para diagnosticar desafios sociais e definir prioridades de investimento.
Por - AEN
O mercado fio atendido pela Copel teve aumento de 3,3% no consumo de energia elétrica no primeiro trimestre de 2025, em relação ao mesmo período do ano anterior.
A variação positiva é explicada principalmente pelo aumento da atividade econômica e do padrão de consumo mais elevado da base de clientes, com crescimento puxado pelo maior consumo nas residências – aumento de 5,4% – e na indústria, que registrou um uso 3,1% maior de energia elétrica no período, na comparação com o primeiro trimestre do ano anterior.
O segmento industrial responde pela maior parcela de consumo da energia no Paraná, 34%. Nesta área, o ramo de fabricação de produtos alimentícios possui a maior participação no consumo da eletricidade, com resultados positivos na demanda por energia nos últimos 12 meses seguidos. Na segunda colocação do segmento industrial, aparece a fabricação de papel e derivados.
“A indústria alimentícia responde por 38% do consumo de energia elétrica de todo o segmento industrial paranaense, movida em grande parte pelos insumos vindos da nossa agropecuária, que tem um papel importante na garantia da segurança alimentar e no produto interno bruto do Paraná”, diz o superintendente de Mercado e Planejamento da Copel, Kleberson Luiz da Silva.]
A segunda fatia mais expressiva do consumo de eletricidade no Paraná, de 28%, é demandada pelos 4,3 milhões de lares atendidos pela Copel. A classe residencial teve registro de 92 mil novos imóveis ligados ao longo dos últimos 12 meses. A média de consumo de energia elétrica por casa no primeiro trimestre de 2025 foi de 217 kWh.
Já um quinto da energia consumida nos três primeiros meses do ano abasteceu o segmento de serviços e comércio, classe que tem quase 450 mil estabelecimentos atendidos pela Copel. Neste segmento, destacam-se as áreas de varejo e atacado, que somam 46% do consumo de energia no âmbito do comércio, enquanto alimentação, paisagismo e serviços prediais, transportes e atenção à saúde humana somam 20% de participação.
A classe de produtores rurais, composta por 312.891 propriedades atendidas pela Copel – e cada vez mais adepta de tecnologias que demandam eletricidade – consumiu durante o primeiro trimestre do ano 762 GWh de energia elétrica, o que representa 3% de aumento na comparação com o mesmo período em 2024. Atualmente, contando com os clientes residenciais e comerciais, 540 mil clientes da Copel estão situados no campo.
GERAÇÃO DISTRIBUÍDA – Por três anos consecutivos, o Paraná vem mantendo a liderança nacional em potência instalada por unidade consumidora na modalidade de geração distribuída. Diferente da geração centralizada — realizada por usinas de grande porte conectadas ao Sistema Interligado Nacional (SIN) —, as pequenas gerações próprias permitem que a energia seja produzida no próprio local ou nas proximidades do consumo, utilizando principalmente a energia renovável do sol para a geração de eletricidade.
A tendência de crescimento deste segmento segue acentuada, com 441 mil unidades já conectadas ao sistema da Copel e uma potência instalada de 3,7 GW.
MERCADO LIVRE – Aberto à totalidade de clientes atendidos em alta tensão (grupo A) desde o início de 2024, o mercado livre de energia é uma opção que oferece maior competitividade para pequenas, médias e grandes empresas, ao buscar economia nos custos com a energia elétrica.
A Copel Mercado Livre, braço da companhia que atende empresas de todo o Brasil, teve um aumento de 59% no número de clientes no primeiro trimestre de 2025, na comparação com o mesmo período do ano passado. Foram 6.572 GWh (gigawatts-hora) de eletricidade vendidos entre janeiro e março, a um total de 2.363 mil clientes atendidos pela comercializadora de energia da Copel, em todo o País.
Por - AEN
As quase 80 mil novas vagas com carteira assinada abertas no Paraná entre janeiro e abril de 2025 estão bem distribuídas entre os municípios, apontam os dados mais recentes do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados na quarta-feira (28) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Das 399 cidades paranaenses, 326 tiveram saldo positivo de postos de trabalho formais até agora no ano, o equivalente a quase 82% das localidades.
O desempenho estadual foi puxado principalmente por Curitiba, cidade mais populosa. Na Capital, o saldo anual está positivo em 17.802 vagas – resultado de 208.289 admissões e 190.487 demissões nos quatro primeiros meses de 2025. Com 11.597 novos empregos, o setor de serviços lidera as contratações em Curitiba, seguido pela Construção Civil (2.465 vagas), Comércio (1.946) e Indústria (1.734).
As outras altas mais expressivas no Paraná no mercado de trabalho formal estão distribuídas entre cidades polo do interior e a Região Metropolitana de Curitiba (RMC).
Londrina, segunda cidade mais populosa do Estado, aparece na vice-liderança com um saldo de 4.765 novas vagas. A exemplo da Capital, o resultado também é puxado pelas empresas prestadoras de serviços, com 3.032 vagas, com destaque também para aquelas ligadas à construção civil (828 vagas) e à produção industrial (606).
O terceiro maior volume de empregos foi registrado em Maringá, com 4.096 admissões a mais do que desligamentos no período. Serviços (1.951 vagas), Indústria (787), Comércio (783) e Construção Civil (564) foram os setores que mais contrataram entre janeiro e abril na cidade.
A região Oeste também aparece com bom desempenho na abertura de novas vagas, com destaque para Cascavel (3.643), Toledo (3.242) e Foz do Iguaçu (1.297). Já na RMC, os melhores desempenhos em 2025 até o momento foram registrados em São José dos Pinhais (3.313), Araucária (1.861), Pinhais (1.479) e Colombo (1.297).
“O Paraná é um grande celeiro de empregos porque temos um grande ambiente de negócios, formação qualificada e programas de aperfeiçoamento profissional. Nossas Agências do Trabalhador, por exemplo, são as que mais empregam do País. Também fazemos mutirões para auxiliar esse contato entre empresas e quem está buscando emprego. Estamos num bom momento e queremos continuar nesse ritmo”, salientou o secretário de Trabalho, Qualificação e Renda, Do Carmo.
OUTROS DADOS – Os dados do Caged também permitem fazer uma análise sobre a variação proporcional no número de empregos gerados. Chamado de variação relativa, o indicador leva em conta o peso do saldo de empregos em relação ao estoque de vagas, que é o número total de pessoas empregadas com carteira assinada no município.
Neste quesito, quem liderou o saldo proporcional de empregos foi Doutor Ulysses, na RMC, com 83 novas vagas abertas no ano, o que representa uma variação relativa de 52%. Outros crescimentos expressivos ocorreram em Ivatuba, na região Noroeste, com saldo de 142 vagas (22%), Itambaracá, na região Norte, com 104 (19%), e Flor da Serra do Sul, no Sudoeste, com 87 (16%).
Em quatro cidades paranaense, o saldo permanece zerado em 2025: São Jorge do Patrocínio, Moreira Sales, Miraselva e Godoy Moreira. O índice não significa que não houve contratações nestas localidades, mas apenas que o volume delas foi igual ao de desligamentos entre janeiro e abril.
Em apenas 69 cidades, cerca de 17,3% do total, houve retração no volume total de vagas. Apesar disso, em 63 delas os desligamentos superaram as contratações em menos de 100 pessoas, o que representa um impacto pouco significativo no resultado geral do Paraná.
ABRIL – O ano de 2025 também marca o melhor resultado para um mês de abril no Paraná desde que o Ministério do Trabalho e Emprego adotou uma nova metodologia para contabilização do Caged, em 2020. No último mês, mais 18.606 pessoas passaram a trabalhar com carteira assinada no Estado, superando a melhor marca da série histórica, que havia sido alcançada em 2024.
Novamente, o resultado mensal é puxado por Curitiba, com 2.540 vagas abertas, mas neste caso a vice-liderança é ocupada por São José dos Pinhais, com saldo de 1.327 vagas. Londrina (1.195), Cascavel (1.123) e Maringá (889) completam o top 5 estadual.
Em termos proporcionais, as cinco maiores variações positivas no Estado em abril foram registradas em Itambaracá (13%), Amaporã (10%), Rio Branco do Ivaí (7%), São Pedro do Iguaçu (6%) e Cambará (5,9%).
Confira a
paranaenses no ano, em abril e nos últimos 12 meses.
Por- AEN
A quinta-feira (29) começou gelada no Paraná, com temperaturas abaixo de 10°C na maioria dos municípios.
Todas as estações meteorológicas do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) registraram entre esta madrugada e manhã as menores temperaturas de 2025 até o momento. A mais baixa de todas foi no distrito de Horizonte, em Palmas, que registrou 0,6˚C as 4h.
Por conta do vento, que passou de 40km/h em algumas regiões, a sensação térmica é ainda mais baixa. No distrito de Horizonte, em Palmas, chegou a -7°C. No Centro de Palmas a sensação térmica foi de -4,1°C. No distrito de Entre Rios, em Guarapuava, a sensação térmica foi de -4,2°C. Em Cascavel foi de -3,8°C e em Guarapuava -3,4°C.
O frio deve continuar nesta quinta. “O sol predomina ao longo do dia com variação de nuvens e os ventos que sopram do quadrante sul acentuam a sensação de frio. As temperaturas máximas ficam abaixo dos 20°C na maioria dos municípios, com exceção do Litoral”, explica Leonardo Furlan, meteorologista do Simepar.
Chuva congelada ou flocos isolados de neve não são descartados até o início da tarde no extremo Sul, próximo a Clevelândia, Palmas e General Carneiro. Flocos de neve são conjuntos de cristais de gelo que se agregam uns aos outros à medida que caem em direção ao solo. “A precipitação continua a cair como neve quando a temperatura permanece igual ou inferior a 0°C, da base da nuvem ao solo” explica Reinaldo Kneib, meteorologista do Simepar.
Já a chuva congelada ocorre quando os flocos de neve não derretem por completo ao cair através de uma camada rasa de ar quente. “Essas gotas congelam novamente quando passam por uma camada profunda de ar congelante acima da superfície e atingem o solo como gotas de chuva congeladas que ricocheteiam com o impacto”, detalha Kneib.
FIM DE SEMANA - O frio ficará mais intenso na sexta-feira (30). Temperaturas mínimas negativas serão registradas no Centro-Sul e Sudeste. Nestas regiões, bem como nos Campos Gerais, há previsão de geada moderada. As máximas seguem próximas a 20°C com predomínio de sol.
No sábado (31)as temperaturas ficam ao redor de 0°C no Centro Sul e Sudeste do Paraná, e possibilidade de geada fraca. As temperaturas máximas se elevam no domingo (1.º), ficando ao redor dos 25°C nas faixas Norte e Oeste do estado.
SIMEPAR - Com uma estrutura de 120 estações meteorológicas telemétricas automáticas, três radares meteorológicos e cinco sensores de descargas meteorológicas, o Simepar é responsável por fornecer dados meteorológicos para órgãos como a Coordenadoria da Defesa Civil e a Secretaria do Desenvolvimento Sustentável, de modo a facilitar ações de resposta a situações extremas. São monitoradas desde situações causadas por chuvas extremas, como enxurradas, deslizamentos e alagamentos, até situações como incêndios e secas.
Dados mais detalhados da previsão do tempo para os 399 municípios paranaenses estão disponíveis no site www.simepar.br. A previsão tem duas atualizações diárias. Para cada cidade é possível saber o quanto deve chover, temperaturas mínimas e máximas previstas, umidade relativa do ar e vento, com detalhamento por hora para a data e o dia seguinte.
Como o sistema atmosférico tem alterações constantes, a previsão indicada no site pode sofrer alterações. Por este motivo, é recomendável acompanhar a palavra do meteorologista, que está na página inicial do site do Simepar, e os boletins emitidos diariamente pela equipe de meteorologistas e divulgados nas redes sociais e no canal de WhatsApp do Simepar. Os meteorologistas contextualizam os dados e explicam as alterações atmosféricas em todas as regiões do Paraná.
Cidades que tiveram sensação térmica (índice de frio) negativa nesta quinta:
- Apucarana: -0,3°C
- Assis Chateaubriand: 0°C
- Campo Mourão: 0°C
- Cascavel: -3,8°C
- Guarapuava (Distrito de Entre Rios): -4,2°C
- Fazenda Rio Grande: -0,9°C
- Guarapuava: -3,4°C
- Lapa: -0,6°C
- Laranjeiras do Sul: -3,3°C
- Palmas (Centro): -4,1°C
- Palmas (Horizonte): -7°C
- Palmital: -3,6°C
- Pinhão: -1,2°C
- Toledo: 0°C
- Ubiratã: -0,8°C
Cidades com menores temperaturas mínimas:
1. Palmas: 0,6º
2. Guarapuava: 1,6º
3. Santa Maria do Oeste: 2,6º
4. Cascavel: 2,9º
5. Laranjeiras do Sul: 2,9º
6. Ventania: 3,1º
7. Apucarana: 3,2º
8. Irati: 3,4º
9. General Carneiro: 3,5º
10. Pinhão: 3,6º
11. Jaguariaíva: 3,7º
12. Japira: 3,9º
13. Pato Branco: 4,0º
14. Foz do Iguaçu: 4,1º
15. Assis Chateaubriand: 4,1º
Por - AEN
Quase 80 mil novas vagas de trabalho com carteira assinada foram criadas no Paraná entre janeiro e abril de 2025, segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta quarta-feira (28) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
O resultado foi puxado pelo maior saldo para um mês de abril na série histórica do novo Caged, desde 2020, o que coloca o Estado como o terceiro maior gerador de empregos formais do Brasil neste ano até o momento.
Os números dizem respeito à diferença entre contratações e demissões no período. Nos quatro primeiros meses deste ano, 749 mil trabalhadores ingressaram ou retornaram ao mercado de trabalho formal nos 399 municípios paranaenses. No mesmo período, foram registrados 669 mil desligamentos no Estado.
No acumulado de 2025, o desempenho do Paraná em números absolutos só está atrás de São Paulo, com 284 mil vagas criadas, e de Minas Gerais, com 105 mil, ambos estados bem mais populosos. Na região Sul, o mercado de trabalho paranaense registrou um resultado melhor do que o Rio Grande do Sul (75,5 mil) e de Santa Catarina (74,6 mil) e também ficou acima da soma de todos os estados do Nordeste (78,5 mil).
Todos os setores apresentam saldo positivo de vagas no ano no Paraná, com as empresas ligadas a prestação de serviços liderando a abertura de novos empregos com carteira assinada, com mais de 41 mil vagas criadas. A Indústria também apresenta um desempenho expressivo no ano, com 19,6 mil novos postos de trabalho. Na sequência, aparecem a Construção Civil (8,7 mil vagas), o Comércio (8 mil) e a Agropecuária (2,4 mil).
No recorte geográfico, Curitiba, cidade mais populosa, lidera com folga a abertura de novos postos de trabalho formais, com 17.802 vagas. Depois da Capital, aparecem Londrina, com 4.765 vagas, Maringá (4.096), Cascavel (3.643), São José dos Pinhais (3.313) e Toledo (3.242).
Dos 399 municípios paranaenses, 326 registraram mais contratações do que demissões, o equivalente a 81,7% das cidades. Quatro cidades permaneceram com nível estável de trabalhadores empregados (1%), enquanto em apenas 69 houve uma redução no número geral de vagas (17,3%).
DESEMPENHO MENSAL – Apenas em abril, mês mais recente com dados consolidados do Caged, o saldo de empregos do Paraná foi de 18,6 mil vagas criadas – resultado de 176 mil admissões e de 157 mil demissões no período analisado.
A exemplo do desempenho anual, também houve mais contratações do que demissões em todos os segmentos no mês passado. Novamente, a liderança ficou com o setor de Serviços (7,5 mil vagas), seguido pelo Comércio (4,5 mil), Indústria (3,9 mil), Construção Civil (2 mil) e Agropecuária (617).
Em termos municipais, a Capital novamente liderou em empregos gerados em abril, com 2.540 vagas. Na sequência, ficaram São José dos Pinhais (1.327 vagas), Londrina (1.195), Cascavel (1.123) e Maringá (889).
ÍNDICE NACIONAL – No Brasil, são 922 mil novos postos de trabalho formais abertos no acumulado de 2025, sendo 257 mil destes em abril. O setor que mais contratou no ano no país foi o de Serviços, com a criação de 504 mil vagas, seguido pela Indústria (190 mil), Construção Civil (135 mil), Agropecuária (55 mil) e Comércio (36 mil).
Por - AEN
A Polícia Civil do Paraná (PCPR) está nas ruas nesta quarta-feira (28) para cumprir 135 ordens judiciais contra uma organização criminosa investigada por furtar, adulterar e revender ilegalmente cargas de soja e fertilizantes.
O esquema criminoso misturava areia à soja desviada, gerando prejuízos estimados em mais de R$ 15 milhões. A operação conta com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que contribuiu ativamente durante a fase investigativa.
Estão sendo cumpridos 37 mandados de prisão preventiva, 41 de busca residencial, 17 buscas e apreensões de caminhões e carretas utilizados nos crimes, além de 40 ordens de sequestros de bens. Os mandados estão sendo executados simultaneamente em Curitiba, São José dos Pinhais, Fazenda Rio Grande, Paranaguá, Ponta Grossa, Laranjeiras do Sul, Congonhinhas e Nova Fátima, no Paraná, além de Goiânia (GO).
A investigação teve início em 2022 após o furto de uma carga de fertilizantes avaliada em R$ 95 mil. Durante as apurações, a PCPR identificou mais de 100 cargas de soja e fertilizantes desviadas pela organização criminosa, resultando em prejuízos superiores a R$ 15 milhões.
As cargas desviadas eram levadas a armazéns clandestinos, onde a soja era adulterada com areia. Em seguida, os produtos eram ensacados para aparentar integridade e vendidos como legítimos. Em alguns casos, a soja adulterada chegou a ser embarcada para exportação.
Fertilizantes também foram desviados e adulterados com materiais como calcário e silicato. Após essas misturas, os produtos eram embalados e comercializados ilegalmente, gerando perdas expressivas aos produtores rurais e prejudicando diretamente a produtividade agrícola.
O delegado da PCPR responsável pelas investigações, André Gustavo Feltes, afirmou que as ações da organização criminosa são graves e destacou os prejuízos econômicos e institucionais causados pela adulteração das cargas agrícolas.
"A adulteração de soja e de fertilizantes gera prejuízos econômicos imediatos aos produtores rurais e exportadores, compromete diretamente a produtividade das lavouras e ainda pode afetar a reputação internacional do Brasil", disse Feltes.
ALICIAMENTO DE MOTORISTAS – Um dos principais métodos da organização criminosa era o aliciamento de motoristas. A PCPR identificou que a quadrilha mantinha motoristas contratados fixamente por empresas fictícias para desviar cargas frequentemente. Além desses, outros motoristas eram cooptados pontualmente para executar desvios das rotas originais até os armazéns clandestinos. A participação deliberada desses motoristas era crucial para abastecer o esquema criminoso.
Entre os crimes investigados pela PCPR estão furto qualificado, receptação qualificada, falsidade ideológica, adulteração de produtos agrícolas, indução de consumidor a erro, duplicata simulada, lavagem de capitais e organização criminosa.
NOTEIRAS – As investigações também captaram que notas fiscais falsas eram emitidas por empresas sem vínculo legítimo com os envolvidos, muitas delas com registros encerrados ou atuando exclusivamente como “noteiras”. Esses documentos simulavam transações comerciais fictícias para conferir aparência de legalidade ao transporte e à revenda dos produtos adulterados.
Por - AEN