Furtos e roubos caem 6% no Paraná no 1º semestre; Estado zera assaltos a bancos

O Paraná registrou uma nova redução de furtos e roubos no primeiro semestre de 2025. Os dados divulgados pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) nesta quinta-feira (31), em Curitiba, mostram queda nos principais indicadores de crimes contra o patrimônio, que passaram de 191 mil para 179,9 mil ocorrências, uma retração de 5,8% em relação ao mesmo período de 2024.

Os números consolidam o melhor patamar da série histórica iniciada em 2007 pelo Centro de Análise, Planejamento e Estatística (Cape) da Sesp. Um dos principais destaques é que, pela primeira vez, o Estado zerou os roubos a instituições financeiras. Para efeito de comparação, entre janeiro e junho de 2018, haviam sido registrados 24 roubos a bancos no Paraná. Desde então, os índices vêm caindo ano a ano até chegar a seis ocorrências em 2024 e, agora, nenhuma em 2025.

"São números expressivos de redução de crimes que afetam a sociedade de forma muito traumática. Nossa prioridade, portanto, tem sido capacitar as polícias do Paraná para entregar mais segurança ao cidadão. Com um trabalho integrado, conseguimos reduzir sucessivamente o número de homicídios, roubos, furtos, roubos de veículos no Estado. Isso acontece graças à estratégia das forças de segurança, integração das corporações e presença efetiva nas ruas", afirmou o secretário da Segurança Pública, Hudson Leôncio Teixeira.

A redução foi expressiva também em outras modalidades. Os roubos de estabelecimentos comerciais caíram 34,1%, de 1.240 para 816 ocorrências. Os roubos de residências recuaram 25,4% (de 1.018 para 759), e os roubos em ambientes públicos diminuíram 28,9%, de 6.662 para 4.733. No geral, os roubos passaram de 9.586 para 7.674 registros, queda de 19,95%. Já em relação ao 1º semestre de 2018, quando houve 31.164 roubos, a redução foi de 75,3%.

Os roubos se diferem dos furtos por serem crimes cometidos com uso de violência ou ameaça contra a vítima, como por exemplo um assalto à mão armada. Já os furtos ocorrem sem o uso de força ou intimidação – como quando um objeto é levado discretamente ou uma residência é invadida enquanto está vazia.

No Paraná, os furtos em residências caíram 11% no semestre, de 13,7 mil para 12,2 mil registros. Em ambientes públicos, a redução foi de 8,8%, com os casos passando de 12 mil para 10,9 mil. Considerando todas as modalidades, os furtos em geral recuaram 6,48% no comparativo com 2024, de 74.721 para 69.880 ocorrências. Em relação ao 1º semestre de 2018, quando foram registrados 88.276 roubos no Estado, a queda é de quase 21%.

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Foto: Secom


VEÍCULOS SEGUROS – Outro dado relevante é a redução nos crimes envolvendo veículos. Os furtos de veículos – que ocorrem sem abordagem direta à vítima – diminuíram 20,2%, passando de 5.768 para 4.598. Já os roubos de veículos, em que há uso de força ou ameaça, caíram 29,6%, de 1.147 para 807 registros.

O reforço do policiamento ostensivo nas cidades fez com que o volume de veículos furtados ou roubados caísse 80,9% desde 2018. Entre janeiro e junho daquele ano, ocorreram 13.067 crimes deste tipo, contra apenas 5.405 registrados no 1º semestre de 2025.

Quando os crimes são consumados, as forças de segurança pública também atuam contra os criminosos. Nesta semana, por exemplo, a Polícia Civil prendeu seis pessoas em uma ação contra furtos e roubos de veículos em Curitiba.

 

 

 

 

 

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 Combate ao tráfico: apreensões de drogas crescem 27,5% no Paraná no 1º semestre de 2025

O trabalho das forças de segurança do Paraná no enfrentamento ao tráfico de drogas resultou em aumento significativo das apreensões de entorpecentes no primeiro semestre de 2025, alcançando o maior patamar da história para o período. Os dados são do Centro de Análise, Planejamento e Estatística (Cape) da Secretaria da Segurança Pública (Sesp) e foram divulgados nesta quinta-feira (31).

No total, as apreensões de drogas cresceram 27,5%, passando de 225,8 toneladas no primeiro semestre de 2024 para 287,9 toneladas em 2025. Em comparação com 2018, quando haviam sido apreendidas 45,5 toneladas, o crescimento chega a mais de 532%.

Entre janeiro e junho, o Estado apreendeu mais de 284 toneladas de maconha, frente a 221 toneladas no mesmo período de 2024 e 43,9 toneladas em 2018 – crescimento de 28,2% em relação aos seis primeiros meses do último ano e de 546% do mesmo período de sete anos atrás.

No caso da cocaína, foram retiradas de circulação 2,36 toneladas da droga no 1º semestre. O volume se manteve em patamar similar ao primeiro semestre de 2024, ano com melhor índice até o momento, e representa mais do que o dobro das apreensões que ocorreram de janeiro a junho de 2018, quando elas somaram pouco mais de uma tonelada.

O crack apresentou números estável, com cerca de 1,5 tonelada apreendida, mantendo o mesmo patamar do ano anterior e o triplo do volume de 2018 (584 quilos). Também houve aumento expressivo na apreensão de ecstasy, que passou de 27.329 para 50.126 comprimidos, uma alta de 83,4% em apenas um ano.

"O Paraná vem batendo recordes na apreensão de drogas. Em 2023 já fomos o Estado que mais apreendeu entorpecentes no País e, desde então, estamos aumentando a quantidade de drogas retirado das ruas. São drogas que, pelo volume, não ficariam só no Paraná, iriam para outros estados do País", afirmou o secretário da Segurança Pública, Hudson Leôncio Teixeira. 

O avanço expressivo de apreensões é resultado direto do fortalecimento da atuação integrada das polícias Civil, Militar, Penal e Científica em todo o Estado, com foco estratégico nas principais rotas de tráfico e nas regiões de fronteira, especialmente na região Oeste. A vigilância constante em áreas de acesso internacional e rodovias estaduais, com apoio de policiais rodoviários estaduais, tem contribuído para interceptações mais eficazes.

Um exemplo recente ocorreu na terça-feira (29), em Foz do Iguaçu, onde uma ação integrada da Polícia Militar, Polícia Civil e Polícia Federal resultou na apreensão de 732 quilos de maconha, além da prisão de dois homens. Na semana anterior, os agentes de segurança pública estaduais também desativaram um porto clandestino usado para o tráfico de drogas em Guaíra, na fronteira com o Paraguai.

"Em alguns dias de operação na região Oeste, tiramos toneladas de maconha daquela área, além da apreensão de armas de fogo e da prisão de uma série de pessoas envolvidas com o crime. São ações coordenadas que impactam de maneira decisiva no crime organizado, porque é uma atividade que financia outras formas de criminalidade. Por isso, o combate ao tráfico é uma das nossas prioridades", destacou o secretário.

O trabalho de combate ao narcotráfico também vem sendo reforçado com investimentos do Governo do Estado na estrutura das forças de segurança. A Sesp ampliou a frota com novas viaturas, embarcações e aeronaves equipadas com tecnologia de ponta, como câmeras térmicas, sistemas de comunicação em tempo real e sensores de alta precisão. Esses equipamentos permitem maior alcance e agilidade nas operações policiais, especialmente em áreas de difícil acesso.

As apreensões impactam diretamente o enfraquecimento das estruturas do crime organizado, dificultando a logística do tráfico e reduzindo a circulação de entorpecentes em áreas urbanas e rurais, bem como o envio de cargas para outros estados e países.a

Foto: Secom


COMPARAÇÃO COM OUTROS ESTADOS – Em 2024, mais de um terço de todas apreensões de drogas no Brasil foram feitas no Paraná, segundo o Anuário de Segurança Pública, que permite comparação mais ampla com outros estados. O Paraná respondeu por 36,5% das apreensões de maconha e cocaína. Foram 769,4 mil kg de entorpecentes (769 toneladas) retirados de circulação, tanto pelas forças de segurança estaduais (Polícia Militar e Polícia Civil), quanto pelas forças federais. Em todo o País foram retiradas de circulação cerca de 2,1 milhões de quilos de drogas.

Em 2025, de acordo com o Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública, Prisionais, de Rastreabilidade de Armas e Munições, de Material Genético, de Digitais e de Drogas (Sinesp), que também reúne informações de forças federais, as apreensões continuam altas. O Paraná só fica atrás do Mato Grosso do Sul.

 

 

 

 

 

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 PCPR prende condenado por homicídio de mulher e esclarece caso da filha desaparecida há 20 anos

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) prendeu, nesta quarta-feira (30), um homem condenado pelo homicídio de uma mulher de 38 anos e que também passou a responder na Justiça pela morte da filha da vítima, que desapareceu no mesmo dia do crime, aos três anos de idade.

O caso ocorreu em 2005, em Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba. A pena de 18 anos de reclusão em regime fechado foi fixada pela Justiça, mas a prisão só foi possível agora em razão da resolução de recursos que tramitavam nos tribunais superiores desde 2011.

A prisão está relacionada exclusivamente ao processo criminal que investigou a morte da mulher. O autor foi denunciado, julgado e condenado por esse crime, que ocorreu após um encontro com a vítima para tratar de questões ligadas à pensão alimentícia da filha.

Paralelamente, a PCPR também conduzia uma investigação sobre o desaparecimento da criança. Na época, o caso não resultou em denúncia. Com a proximidade do prazo prescricional, o inquérito foi reaberto e, após uma reavaliação técnica e o cruzamento de dados, a PCPR reuniu novos elementos que permitiram ao Ministério Público oferecer denúncia também pelo homicídio da menina.

A acusação foi recebida pela Justiça no início de 2025. O crime foi enquadrado como homicídio qualificado por motivo torpe, uso de crueldade e pela condição da vítima ser menor de 14 anos, conforme previsto no Código Penal e no Estatuto da Criança e do Adolescente.

Na época dos fatos, a mulher saiu de casa levando a filha para o encontro com o pai da criança. Dias depois, o corpo da mulher foi encontrado com sinais de execução em uma área de mata. A menina nunca mais foi vista.

“A prisão e o avanço no segundo inquérito, ainda que em momentos distintos, reforçam o compromisso da Polícia Civil do Paraná com a verdade e com a justiça. Para a família, representam mais do que etapas processuais. São passos fundamentais na busca por dignidade, memória e reparação”, afirma a delegada Patrícia Nobre Paz, responsável pela investigação.

ESPECIALIZAÇÃO – A reabertura da investigação sobre o desaparecimento da criança foi conduzida pelo Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas da Polícia Civil do Paraná (Sicride), unidade especializada da PCPR no enfrentamento a esse tipo de crime. A partir de uma abordagem técnica rigorosa e da análise de informações já constantes nos autos, somada ao uso de ferramentas atualizadas de cruzamento de dados, os policiais conseguiram estabelecer elementos suficientes para subsidiar a nova denúncia.

Com histórico de atuação em casos complexos e de longa data, a PCPR tem conseguido avançar em investigações que pareciam sem saída. O caso da criança mostra que, mesmo com o passar dos anos, é possível reunir provas, apresentar respostas e garantir justiça para as famílias que nunca deixaram de esperar por ela.

 

 

 

 

 

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