Combate ao fumo: programa do Paraná garante auxílio a quem pretende deixar o vício

A Secretaria estadual da Saúde (Sesa) chama a atenção de toda a população, especialmente as gestantes, sobre os malefícios do fumo, especialmente nesta quinta-feira (29), Dia Nacional de Combate ao Fumo.

Com o tema “Tabagismo – os danos para a gestação do bebê”, a data reforça a importância da conscientização e ainda incentiva o tratamento contra a dependência.

No Paraná, uma das principais estratégias do Estado para diminuir o uso do tabaco está no Programa Estadual para Controle do Tabagismo, que visa reduzir a prevalência de fumantes e a mortalidade decorrente do consumo de produtos derivados. As ações englobam capacitações, comunicação ativa, ações educativas junto à população, prevenção da iniciação do tabagismo, proteção acerca do tabagismo passivo, entre outras.

O tabagismo carrega várias ameaças à saúde, e em gestantes, por exemplo, afeta negativamente o feto. Caso a gestante fume, os males do tabaco se estendem aos recém-nascidos, crianças, adolescentes e jovens que compartilham o mesmo ambiente, pois ficam expostos ao fumo passivo, aumentando assim, a probabilidade de iniciação ao tabagismo.

“As equipes têm trabalhado intensamente na conscientização para os males do tabaco. O tabagismo desponta como causa de primeira linha para várias neoplasias. Nosso programa e campanha estão espalhados por todo o Paraná e de fácil acesso a toda a população. Juntos venceremos essa luta”, disse o secretário de Estado da Saúde, Cesar Neves.

TRATAMENTO – Em 2023, 12.880 pessoas buscaram tratamento para cessar a dependência do tabagismo e, até abril deste ano, foram 3.672 pessoas.

Existem 1.040 estabelecimentos de saúde em 319 municípios do Estado, em sua maior parte em Unidades Básicas de Saúde, que oferecem o programa. Todo o atendimento à pessoa tabagista é organizado conforme as Diretrizes do Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT), do Instituto Nacional do Câncer, sendo implementado e coordenado pela Sesa, por meio das referências técnicas das 22 Regionais de Saúde.

O período de tratamento recomendado é de 12 meses, abrangendo avaliação, intervenção e manutenção da abstinência e orientado pelas equipes multidisciplinares de profissionais de saúde.

O programa ainda contempla o acesso à adesivos de nicotina, cloridrato de bupropiona e goma de nicotina para pacientes que necessitam de medicamentos no tratamento da dependência.

Ao longo do último ano, 15.248 pessoas participaram do programa, que busca modificar a percepção do usuário em relação ao vício.

AÇÕES – A Sesa lançou neste mês a campanha estadual Agosto Azul para a conscientização da população masculina da importância em manter hábitos de vida mais saudáveis. Com o tema “Prevenção de Doenças Crônicas e Tabagismo”, chamando a atenção dos homens para a importância do abandono do vício. Além disso, a Secretaria iniciou a oferta de tratamento do tabagismo para servidores/colaboradores, como uma das ações que visa contribuir na promoção da saúde do servidor.

PESQUISA NACIONAL – Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019, a mais recente sobre tabagismo, 14,6% da população paranaense acima de 18 anos ainda faz uso do tabaco (cigarro, charuto, cigarrilha, cachimbo, cigarros de cravo e narguilé) ou produtos derivados do tabaco que não fazem fumaça, como fumo para mascar ou rapé.

A data, instituída em 1986 pela Lei Federal número 7.488, busca fortalecer as ações de sensibilização e mobilização da população brasileira sobre os riscos à saúde e os impactos sociais, políticos, econômicos e ambientais causados pelo consumo de tabaco.

Segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), o fumo é responsável por 71% das mortes por câncer de pulmão, 42% das doenças respiratórias crônicas e aproximadamente 10% das doenças cardiovasculares, além de ser fator de risco para doenças transmissíveis, como a tuberculose.

 

 

 

 

 

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 GOST: como atua a equipe dos Bombeiros especializada em grandes desastres

O Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR) atende a mais de 100 mil ocorrências por ano.

A maior parte é respondida prontamente pelos efetivos das unidades operacionais de cada cidade ou região em questão - são os acidentes de trânsito, os combates a incêndios e as emergências médicas, por exemplo. A outra parcela desses acionamentos, por se tratar de situações muito particulares, demanda uma equipe especializada em atividades que fogem ao dia a dia da Corporação. É aí que entra em cena o Grupo de Operações de Socorro Tático (GOST).

“Nossa missão principal é busca e salvamento. É o que mais fazemos, há mais tempo, e estamos mais especializados - com e sem o apoio dos cães. Depois, a parte de mergulho, que é a busca aquática, na qual também temos muita expertise”, explicou o comandante do GOST, major Ícaro Gabriel Greinert, sobre a unidade criada em 2006 e que tem atualmente 6 oficiais e 44 praças em suas fileiras.

“De uns anos para cá, pela nossa vocação, temos feito atendimento a desastres. Estivemos em Brumadinho (MG), no Rio de Janeiro. Assim, hoje temos entre nossas especialidades a busca e resgate em estruturas colapsadas - que é o desabamento -, além de enchentes e deslizamentos”, acrescentou o major. “A parte técnica no atendimento a suicídios também recai sobre a nossa unidade”, completou.

É dentro desse escopo, que envolve atividades em montanhas, meios aquáticos, deslizamentos de terra, desabamento de edificações e matas fechadas, que o GOST atua como primeira resposta em ações na Grande Curitiba e como apoio, sempre que necessário, às unidades no interior do Paraná. Na sua sede, no bairro Cajuru, em Curitiba, fica ainda o canil central do Corpo de Bombeiros, atualmente com 12 dos 24 cães de busca em atividade no Estado.

Além desse trabalho diário, o GOST tem a responsabilidade de coordenar as ações da Força-Tarefa de Resposta a Desastres, quando ela precisa ser mobilizada. Composta por 120 bombeiros de todo o estado, a Força-Tarefa age em casos de calamidade dentro e fora do Paraná, como ocorreu recentemente com as enchentes no Rio Grande do Sul e os incêndios no Pantanal, no Mato Grosso do Sul.

DENTRO DO GOST – O trabalho no GOST tem uma rotina diferente das demais unidades operacionais. Por tratar de missões menos comuns, a frequência dos acionamentos é menor. Em contrapartida, o tempo de duração de cada atendimento é sempre uma incógnita, podendo levar muitas horas ou até dias, no caso de busca por desaparecidos. Além disso, várias ocorrências demandam viagens, muitas das quais em horários fora do expediente normal.

“Para vir para cá, o voluntário precisa ter cursos em áreas afins, como montanha, mergulho, estruturas colapsadas, entre outros. Ser preparado. E ter também perfil. Nem todo mundo tem disponibilidade pessoal ou familiar para se deslocar de emergência, em qualquer horário, e ficar dias fora de casa”, contou o major Gabriel.GOST

Atividades em montanhas, meios aquáticos, deslizamentos de terra, desabamento de edificações e em matas fechadas estão entre as ações do Gost. Foto: Gabriel Rosa / AEN


Para chegar sempre preparado para missões tão delicadas, a capacitação é palavra chave dentro do Grupo de Operações de Socorro Tático. “O treinamento é diário e há um treinamento mensal que é maior, de nivelamento de conhecimentos, que dura uma semana. A gente também ministra e participa de diversos cursos no Brasil inteiro”, destacou o comandante do GOST.

A unidade dispõe de 12 viaturas, sendo 4 veículos maiores, para transporte de materiais e dos cães, além de embarcações para uso em ambientes aquáticos. Há ainda uma viatura que serve de posto de comunicação, possibilitando recebimento e transmissão de dados via satélite em locais remotos.

EM AÇÃO – Os tipos de ocorrência que mais colocam o GOST em ação são sazonais, ou seja, variam conforme o período do ano. “No frio, estamos na temporada de montanha. Está mais fresco, o pessoal vai fazer trilha, vai para o mato, e temos uma incidência maior de pessoas que se machucam, caem. Em geral, não são situações graves, mas demandam algumas horas para a gente finalizar”, explicou o major Gabriel. “E temos as pessoas que se perdem, aí demora mais, cada operação leva dois a três dias. Essa fase começa no final de abril e vai até outubro”, complementou

Quando a temperatura começa a subir, em novembro, os holofotes da unidade voltam-se aos lagos, rios, cavas e mar. “Passamos a ter os afogamentos, a busca por corpos submersos. Nesse período, todo fim de semana atendemos esse tipo de situação, infelizmente.” Os atendimentos a suicidas ocorrem o ano todo.

DESDE O INÍCIO – Quem conhece bem de perto o trabalho do GOST é o sargento  Ângelo de Souza. Desde 1997 em atividade na Corporação, ele se juntou à unidade logo na sua criação, em 2006, por conta de sua atuação na área aquática do 6º Grupamento de Bombeiros (6ºGB), de São José dos Pinhais. A mudança surgiu de maneira inesperada, mas se tornou um presente para a carreira, recheada de participações em momentos importantes da Instituição.

“Naquele momento, acabei não escolhendo; fui inserido em um processo. Mas eu sempre gostei de busca e salvamento e aqui, para ficar tanto tempo, é preciso gostar muito da atividade”, comentou o sargento de 48 anos, cuja primeira grande missão no GOST ocorreu em 2009, no Piauí. Depois dessa, foram tantas que ele não consegue escolher uma como mais marcante.GOST

Busca com cães, inclusive em áreas muito danificadas, como foi na queda de barreira em Brumadinho (MG), é uma das atividades do Gost. Foto: Gabriel Rosa/AEN


“Tenho participado de quase todas as missões fora do Paraná. Estive nos desastres do Rio Grande do Sul, Minas Gerais. Todas têm sua parte marcante, faz parte da nossa atividade se envolver com os problemas dos outros. Impossível destacar um momento específico”, acrescentou o bombeiro, que elenca dois grandes desafios que encara ao fazer parte do GOST hoje.

“Com a idade, a parte física vai pegando mais. Um jovem se prepara muito mais rápido. Minha vantagem está na cabeça, que está bem mais forte do que antes”, disse. “E o grande fator que pesa também é essa disponibilidade. A gente não sabe nunca quando voltará de uma missão e nem pode ficar com isso em mente. O que nos preocupa é como fica nosso familiar, sabendo que a nossa volta vai depender de como a ação se desenvolver no local da ocorrência”, comentou.

Esses 18 anos de dedicação ao GOST, raridade em uma unidade que costuma trocar com alguma frequência seus integrantes, pelo desgaste mental e físico que ela acarreta, o sargento Ângelo resumiu em poucas palavras: “eu abracei a causa”.

 

 

 

 

 

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 Paraná foi segundo estado que mais gerou empregos no Brasil em julho, aponta Caged

Com 14.185 vagas, o Paraná foi o segundo estado que mais gerou empregos no Brasil em julho, atrás apenas de São Paulo, com 61.847.

O Estado ficou à frente de Santa Catarina (12.150), Minas Gerais (11.133) e Rio de Janeiro (10.598). Esse resultado é o saldo entre 173.331 admissões e 159.146 desligamentos ao longo do mês, e também representa praticamente o dobro das vagas aberta em julho de 2023 (7.231). Os dados do Caged foram divulgados nesta quarta-feira (28).

Com isso, o Paraná alcançou 124.647 novas vagas de emprego com carteira assinada no acumulado do ano, terceiro melhor resultado do Brasil, atrás apenas de São Paulo (441.076) e Minas Gerais (173.309). O resultado é maior do que a soma dos novos empregos de Bahia (64.696) e Mato Grosso (47.580), por exemplo. Foram criados 18.899 empregos em janeiro, 32.979 em fevereiro, 18.045 em março, 18.274 em abril, 8.439 em maio, 13.826 em junho e 14.185 em julho.

"O Paraná encerrou junho com o maior índice de atividade econômica do Sul e do Sudeste, geramos US$ 13,6 bilhões em exportações no primeiro semestre e todos os setores estão em alta, da indústria ao comércio e serviços. Também estamos anunciando novos investimentos privados, como a Cutrale em Paranavaí e um empreendimento de R$ 3 bilhões em Sapopema, prova da confiança dos investidores, o que acaba gerando novas oportunidades", afirma o governador Carlos Massa Ratinho Junior.

"O Paraná apresentou saldo positivo de empregos em todos os meses do ano. É um desempenho surpreendente em relação aos demais entes federativos. Concluir o mês de julho atrás somente do estado de São Paulo, o mais populoso do País, confirma que estamos na direção correta, avançando em oportunidades de emprego e renda para toda população paranaense", complementa o secretário de Trabalho, Qualificação e Renda, Mauro Moraes.

O estoque atual de empregados no Paraná é de 3.216.048. Em julho do ano passado era de 3.082.648.

SETORES – Os setores que mais empregaram no mês no Paraná foram a indústria (5.731), serviços (5.010), construção civil (2.173) e comércio (1.567). Entre os subsetores, os destaques foram indústrias de transformação (5.628), serviços de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (2.368) e atividades administrativas e serviços complementares (1.276). No ano, os destaques são serviços (65.763), indústria (31.677), construção (15.532), comércio (11.085) e agropecuária (594).

MUNICÍPIOS – Entre os municípios paranaenses, os principais empregadores no mês de julho foram Curitiba (3.153), São José dos Pinhais (972), Maringá (760), Ponta Grossa (675), Londrina (633), Araucária (617), Cascavel (614), Colombo (446) e Campo Largo (302).

NACIONAL – O mercado formal brasileiro apresentou em julho um saldo de 188.021 postos de trabalho, acumulando no ano um saldo de 1.492.214 postos de trabalho com carteira assinada. Julho foi positivo em todos os estados, com exceção do Espírito Santo, e nos cinco grandes grupamentos de atividades econômicas. O setor de serviços gerou 79.167 postos, seguido da indústria, com 49.471 postos, e comércio, com geração de 33.003 vagas.

Nos serviços, a criação de empregos foi puxada pelo segmento de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, com a abertura de 45.352 postos formais. A categoria de administração pública, defesa e seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais abriu 11.102 vagas.

 

 

 

 

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 Refis: prazo para programa de regularização de dívidas tributárias encerra em setembro

O Refis entra em sua reta final somando mais de R$ 1,35 bilhão de débitos fiscais regularizados em quatro meses.

A adesão ao Programa de Parcelamento Incentivado de dívidas tributárias, aberto em abril pela Secretaria da Fazenda (Sefa) e pela Receita Estadual do Paraná, se encerra em setembro e os contribuintes devem ficar atentos aos prazos para poderem regularizar seus débitos com redução de multas e de juros.

De acordo com os dados mais recentes da Receita Estadual, R$ 1,3 bilhão foi regularizado via parcelamento, com 1.687 termos de acordo assinados no período. Os outros R$ 59 milhões foram pagos à vista, distribuídos em 5.089 operações de pagamento.

Pessoas físicas e jurídicas que queiram aderir ao Refis têm até o fim de setembro para iniciar o processo de regularização — e as datas variam de acordo com o tipo de pagamento escolhido. Para parcelamentos, o prazo para adesão é 26 de setembro, enquanto os pagamentos à vista podem ser feitos até o dia 30.

Contudo, a orientação é não deixar para a última hora. No caso de dívidas ativas ajuizadas, os contribuintes devem entrar em contato com a Procuradoria-Geral do Estado até o dia 20 de setembro para regularização dos honorários e emissão do Termo de Regularização para Parcelamento (TRP). No caso de débitos tributários ainda em discussão administrativa, é possível reconhecer parte do débito, indicando os fatos que pretende parcelar até o dia 2 de setembro.

A homologação do parcelamento se dá pelo pagamento da primeira parcela, que deverá ser feito até o último dia útil do mês da adesão. As demais parcelas devem ser quitadas até o último dia útil dos meses subsequentes.

“Essa é uma grande oportunidade para que os contribuintes possam regularizar seus débitos junto ao fisco estadual”, afirma a chefe do Setor de Cobrança Administrativa da Receita Estadual, Luciana Trintim. “A redução de até 80% das multas e juros, bem como a ampliação do prazo de parcelamento, cria condições extremamente favoráveis para a quitação de multas e juros de débitos não pagos no prazo regulamentar, possibilitando a retirada do cadastro de inadimplentes (Cadin), a emissão de certidão positiva com efeitos de negativa e a suspensão de execuções fiscais, bem como evitando futuros bloqueios de ativos financeiros”.

Aproximadamente 30 mil empresas são elegíveis para o Refis. Juntas, elas podem regularizar cerca de R$ 40 bilhões em débitos pendentes com o Estado. Entre os tributos incluídos no Refis estão o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e o Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD).

O programa abrange débitos relacionados a fatos geradores ocorridos até 31 de julho de 2023. Para participar, os contribuintes devem acessar a página oficial do Refis da Receita Estadual, onde é possível verificar se possuem débitos vinculados para efetuar o pagamento. Basta clicar em “Continuar”, seguir as instruções e informar o CPF.

DESCONTOS – O principal atrativo do Refis é contar com descontos nos juros e multas, o que simplifica a regularização dos débitos pendentes. Para o pagamento à vista, essa redução é de 80%. Parcelamentos em até 60 meses contam com desconto de 70% na multa e nos juros, enquanto parcelamentos em até 120 meses têm redução de 60%. Para parcelamentos em até 180 meses, os descontos são de 50% na multa e nos juros.

Além disso, até 95% dos valores parcelados podem ser parcialmente quitados mediante Acordo Direto com Precatório, desde que, nesse caso, os parcelamentos sejam realizados em até 60 meses.

 

 

 

 

 

 

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 Com R$ 156 bilhões, Paraná tem a maior receita bruta de serviços do Sul do Brasil

O Paraná registrou a maior receita bruta de serviços da da Região Sul do Brasil em 2022, de acordo com a Pesquisa Anual de Serviços, divulgada nesta quarta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As empresas do setor movimentaram R$ 156 bilhões no Estado, ao longo do período.

O valor é superior ao registrado pelo Rio Grande do Sul (R$ 143 bilhões) e Santa Catarina (R$ 137 bilhões). Em todo o Brasil, o Paraná registrou a quarta maior receita de serviços, atrás apenas de São Paulo (R$ 1,34 trilhões), Rio de Janeiro (R$ 317 bilhões) e Minas Gerais (R$ 235 bilhões).

Em todo o Brasil, a receita bruta estimada foi de R$ 2,9 trilhões. Os dados levam em conta estimativas feitas pelo IBGE e não contabilizam empresas que prestam serviços financeiros.

Do total movimentado no Paraná, os segmentos que mais geraram receita bruta às empresas paranaenses no período estavam relacionados aos serviços de transportes (R$ 58,5 bilhões), profissionais e administrativos (R$ 43,3 bilhões), serviços de informação e comunicação (R$ 26,4 bilhões) e serviços prestados às famílias, como alimentação, educação e atividades culturais (R$ 15,9 bilhões).

SALÁRIOS E OCUPAÇÃO – Ao longo deste período, o setor de serviços pagou R$ 29,7 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações, também o melhor resultado do Sul do País. No Rio Grande do Sul foram pagos R$ 26,1 bilhões e em Santa Catarina, R$ 24,3 bilhões ao longo de 2022.

Segundo a pesquisa, o Paraná tinha 128 mil empresas de serviços não-financeiros em 2022, com 943 mil trabalhadores ocupados neste setor. O maior empregador era o segmento de serviços pessoais e administrativos, com 384,7 mil pessoas ocupadas em 50,5 mil empresas.

Na sequência estão os segmentos de transportes (204,4 mil pessoas), serviços de alimentação e alojamento (177,9 mil pessoas), informação e comunicação (78,7 mil pessoas), outros serviços (41,1 mil pessoas) manutenção e reparação (30,7 mil pessoas).

Em todo o País, de acordo com a pesquisa, o setor de serviços tinha 1,6 milhão de empresas atuantes em 2022, com 14,2 milhões de pessoas ocupadas. Ao longo do período, foram pagos em todo o Brasil R$ 518 bilhões em salários, retiradas e remunerações.

 

 

 

 

 

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 Governador sanciona lei que permite desestatização da Ferroeste

O governador Carlos Massa Ratinho Junior sancionou nesta quarta-feira (28) a lei ( n° 22.129/2024 ) que permite o início dos estudos da desestatização da Ferroeste.

A empresa, cuja participação estatal é atualmente de 99,6% (o restante das ações pertencem a 46 empresas nacionais, três estrangeiras e seis pessoas físicas), administra o trecho de 248 quilômetros entre Guarapuava e Cascavel.

Entre as novidades incorporadas à lei pela Assembleia Legislativa estão a exigência da continuidade da exploração do trecho existente da ferrovia e a inclusão de um artigo sobre o cumprimento dos atuais contratos de cessão de uso do Terminal Ferroviário de Cascavel.

Agora o Governo do Estado vai contratar um estudo para apontar a melhor modelagem do processo, que deve ser concretizado em um leilão na B3, em São Paulo. A ideia é que o negócio contemple um pacote de investimentos na ferrovia e no terminal da empresa em Cascavel, modernizando as estruturas já existentes. Esse mapeamento também vai apontar o valor da empresa (valuation) e embasar as discussões que serão promovidas com o setor produtivo. Todo esse processo pode levar até 18 meses.

O principal objetivo da lei é potencializar os investimentos no modal ferroviário, promover redução de custos logísticos para o setor produtivo e apoiar a expansão das cooperativas e da produção agropecuária do Paraná nos próximos anos. Os ganhos também passam pela potencial redução do consumo de combustível fóssil e dos acidentes em rodovias, desenvolvimento da matriz econômica estadual e fortalecimento do comércio exterior, todas matrizes contempladas no Plano Plurianual, além da redução da interferência política e incremento de arrecadação.

Um dos principais ativos da Ferroeste atualmente é a concessão da ferrovia entre Guarapuava e Dourados, no Mato Grosso do Sul, por mais cerca de 60 anos (a concessão de 90 anos do governo federal começou a valer em 1998). Esse período é prorrogável por mais 90 anos. O trecho Cascavel-Dourados nunca foi construído, mas o processo de desestatização vai deixar essa possibilidade para o novo controlador.

Outro ativo é o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) da ampliação do Terminal Multimodal no Oeste. Ele foi feito pela Paraná Projetos e entregue à Ferroeste neste ano. O estudo orienta uma modernização que contempla pavimentação do pátio, sinalização, iluminação, controle de acesso, construção de um espaço público para caminhoneiros e melhorias estruturais para atender as cooperativas e produtores que exportam por Paranaguá

HISTÓRICO – A Ferroeste foi concebida como empresa privada com foco no transporte de grãos agrícolas e insumos para plantio em 1988 e assumiu, por meio do Decreto 96.913, a outorga de concessão para construção e exploração de ferrovia de Guarapuava até Cascavel, dentro dos limites do Paraná, se estendendo à região de Dourados, no Mato Grosso do Sul. Posteriormente ela foi transformada em sociedade de economia mista.

As obras de construção da ferrovia duraram alguns anos e em apenas em 1996 a empresa foi autorizada a iniciar o transporte no trecho ferroviário. Em dezembro daquele ano, dois dias antes da abertura definitiva do tráfego, o Governo do Estado alienou o controle da empresa e foi criada a Ferrovia Paraná S/A – Ferropar, mas em pouco tempo a Ferroeste foi reestatizada.

Desde que ela foi criada existe a intenção de construir a ferrovia ligando o Paraná ao Mato Grosso do Sul, mas até o momento a implantação desse projeto de importância estratégica ao desenvolvimento econômico estadual e nacional não ocorreu por ausência de capacidade de investimento, inexistindo indicativos de que a receita gerada atualmente pela companhia será suficiente. Essa limitação requer uma solução, sendo também uma consequência positiva da desestatização.

 

 

 

 

Por - AEN

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