Exaustão, estresse e esgotamento físico resultante de situações de trabalho desgastante, que demanda muita competitividade ou responsabilidade, são alguns dos sintomas da Síndrome de Burnout ou Síndrome do Esgotamento Profissional. Por ser um distúrbio emocional que pode colocar em risco a saúde do indivíduo, a Secretaria de Estado da Saúde, por meio do Centro Estadual de Saúde do Trabalhador (Cest), alerta para os sinais e a importância do diagnóstico correto para a doença.
A condição de Burnout, pode levar a outros quadros de adoecimento mental, como transtornos depressivos ou transtornos de ansiedade, por exemplo. Neste mês, foi publicada a Portaria GM/MS nº 5.201, do Ministério da Saúde, que inclui novas doenças na Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos em saúde pública, dentre elas os Transtornos Mentais Relacionados ao Trabalho (TMRT).
Em 2023, foram notificados 192 casos de TMRT no Paraná e, em 2024, dados preliminares mostram que já são 172 notificações. As unidades da Atenção Primária e os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) são portas abertas para fazer o acolhimento e primeira avaliação das pessoas com queixas relacionadas à Síndrome de Burnout, no Sistema Único de Saúde (SUS).
“Essas notificações representam uma pequena fração dos casos, pois muitos ainda são vistos como problemas individuais e ainda há falta de conhecimento sobre a notificação. O aumento das notificações de sofrimento mental possibilitaria intervenções mais eficazes, adaptadas ao contexto específico do trabalhador, e um reconhecimento mais amplo dos riscos psicossociais no ambiente de trabalho”, disse Aline Guedes, coordenadora técnica do Cest.
A Organização Mundial da Saúde define saúde mental como um estado de bem-estar em que o indivíduo realiza suas capacidades, supera o estresse cotidiano, trabalha de forma produtiva e contribui para a comunidade. No entanto, a precarização do trabalho e o uso constante de tecnologias têm intensificado o estresse, levando “ao Burnout”. O termo vem do inglês, to burn out, referente a “queimar por completo”.
Para melhorar a detecção e possibilitar a notificação, no Paraná são realizadas ações de educação permanente com as equipes de saúde, estimulando que os profissionais perguntem acerca da ocupação das pessoas atendidas. As iniciativas têm também como foco o conhecimento, divulgação e aplicação da nova ficha de notificação de TMRT, além de informar que qualquer profissional de saúde pode estabelecer a relação entre o transtorno/sofrimento e o trabalho e preencher a ficha de notificação.
ATENDIMENTO SUS - Atualmente, a Linha de Cuidado em Saúde Mental no Paraná é composta por diversos equipamentos da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). São 156 Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), em suas diferentes modalidades, seis Unidades de Acolhimento (UA), sete Serviços Integrados de Saúde Mental (SIMPR), que é a conjunção de um CAPS AD III e uma UA de âmbito regional.
Ainda compõem a Linha de Cuidado em Saúde Mental do Paraná as Unidades Básicas de Saúde, Estratégia Saúde da Família (ESF) e os Consultórios na Rua, que fazem parte da Atenção Primária em Saúde, além de 41 Equipes Multiprofissionais de Atenção Especializada em Saúde Mental , 65 leitos em Serviço Hospitalar de Referência (leitos de saúde mental em hospitais gerais), e 1.683 leitos em Hospitais Especializados em Psiquiatria.
Por - AEN
Os múltiplos focos de incêndio registrados no País nos últimos dias impactaram diretamente na qualidade do ar no Paraná.
Mas, ainda assim, os índices ainda se mantêm em um nível aceitável em razão de diferentes ações coordenadas pela equipe de Gerenciamento da Qualidade do Ar do Instituto Água e Terra (IAT). O setor, em fase de expansão, analisa atualmente informações coletadas por 11 estações espalhadas pelo Estado.
Dados monitorados desde a última sexta-feira (16), período em que as ocorrências se intensificaram, revelam que o nível de partículas no ar sofreu uma elevação acima da média. Na região de Curitiba, onde foram registradas as maiores médias diárias de poluentes, o número de Partículas Inaláveis (MP10) chegou a 106,42 μg/m³, enquanto as Partículas Respiráveis (MP2,5) atingiram 57,83 μg/m³ (padrão de qualidade do ar).
Antes das queimadas, de acordo com a série histórica levantada pelo IAT, a média diária de MP10 ficava na faixa entre 10,3 μg/m³ e 52,38 μg/m³ na cidade, enquanto as médias de MP 2,5 se mantinham entre 3,31 μg/m³ e 24,67 μg/m³.
Apesar do aumento, os valores ainda estão na faixa de regularidade dos padrões do Índice de Qualidade do Ar (IQA) da Resolução Conama nº 491/18, definidos pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente e usados como referência pela equipe do IAT. Para o MP10, um valor até 120 μg/m³ é considerado regular, enquanto que para a MP2,5 um número até 60 μg/m³ é o máximo aceitável. No entanto, o Instituto permanece vigilante para tomar providências caso a situação se agrave.
“O Paraná é um dos estados pioneiros no monitoramento da qualidade do ar, e nós temos um histórico detalhado no Estado, o que permite a identificação clara de situações anormais como a causada pelas queimadas”, explica o agente de execução e membro da equipe de Gerenciamento da Qualidade do Ar do IAT, João Carlos de Oliveira.
Ele acrescenta que as chuvas que estão previstas para o próximo fim de semana também irão ajudar a reverter esse quadro. “A chuva ajuda a remover essas partículas da atmosfera, o que diminui a quantidade de poluentes e melhora a qualidade do ar”, aponta ele.
Além dos dois índices, as estações do IAT também coletam dados de outros tipos de poluentes, como Partículas Totais em Suspensão (PTS), Dióxido de Enxofre (SO2), Monóxido de Carbono (CO), Ozônio (O3) e Dióxido de nitrogênio (NO2).
NOVAS ESTAÇÕES – As 11 estações existentes coletam e enviam dados de forma automática ao IAT. Elas são instaladas em locais com alta concentração de poluentes, como indústrias ou áreas com grande fluxo de carros, em Curitiba (2), Cascavel, Araucária (3), Paranaguá, Londrina, Maringá, Ponta Grossa e São Mateus do Sul.
Estrutura que será reforçada ainda neste ano. Com um investimento de R$ 8,9 milhões, sete novas estações serão implementadas, nos municípios de Colombo, União da Vitória, Francisco Beltrão, Guarapuava, Foz do Iguaçu, Maringá e Londrina. Já outras sete estações em funcionamento serão atualizadas.
“Esses equipamentos novos vão ser colocados em locais onde antes não existia nenhum tipo de monitoramento, ampliando a nossa cobertura. São máquinas que conseguem medir com mais precisão as Partículas Respiráveis, aquelas emitidas por fontes como veículos, e que são relevantes para os padrões da Organização Mundial de Saúde por causarem doenças”, acrescenta Oliveira.
Cálculos, explica o agente, com monitoramento em tempo real, que permitem que, em casos críticos, a equipe do IAT seja alertada imediatamente e consiga agir com rapidez e segurança. “Reunimos estes e outros dados, disponíveis no Sistema de Gestão Ambiental (SGA) do IAT, para orientar a nossa equipe. Tudo com base em dados e evidências locais”, afirma. As ações incluem alertar a população, acionar equipamentos do Instituto e campanhas educacionais.
NO BRASIL – Qualquer pessoa pode ter acesso e acompanhar as medições nas estações de monitoramento espalhadas pelo País. Para isso, basta acessar esse link ou baixar o aplicativo da plataforma MonitorAr, sistemas criados e coordenados pelo o Ministério do Meio Ambiente.
O MonitorAr é atualizado em tempo real e permite navegação em mapa interativo, com informações precisas dos 12 estados do Brasil vinculados ao programa. O sistema permite aplicação de filtros por estados, cidades e proximidade geográfica. Atualmente o Brasil possui 168 unidades de monitoramento ativas.
SAÚDE – Dados epidemiológicos globais da OMS demonstram que a má qualidade do ar e a exposição aos poluentes atmosféricos refletem no aumento dos casos de morbidade e mortalidade, causados por problemas respiratórios e cardiovasculares, principalmente para grupos de risco como crianças, idosos, pessoas com a imunidade vulnerável e portadores de doenças respiratórias preexistentes.
Há ainda os custos de atendimentos, medicamentos e internações, decorrentes da poluição do ar que impactam nos cofres públicos. Além disso, a poluição atmosférica também pode causar prejuízos estruturais resultantes das chuvas ácidas.
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, a gestão da qualidade do ar tem como objetivo garantir que o desenvolvimento socioeconômico ocorra de forma sustentável e ambientalmente segura. Para tanto, se fazem necessárias ações de prevenção, combate e redução das emissões de poluentes e dos efeitos da degradação do ambiente atmosférico. Lição que o Paraná aprendeu há mais de 40 anos.
Por - AEN
A estratégia do Governo do Estado de ampliar o número de escolas em tempo integral em todo o Paraná já tem apresentado resultados.
As unidades escolares que funcionam neste modelo obtiveram um crescimento acima da média na avaliação do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2023 tanto nos últimos anos do ensino fundamental quanto no ensino médio, o que ajudou o Paraná a manter-se como a melhor educação do Brasil e derrubou pela metade a distância entre o ensino público e privado.
Entre as escolas estaduais do ensino fundamental II, que abrangem estudantes do 6º ao 9º ano, 65,6% das unidades que funcionam no modelo integral aumentaram as notas no Ideb entre 2021 e 2023, com uma variação positiva de 14,3% na média das notas. O avanço ficou quase 12 pontos percentuais acima das demais escolas, cuja proporção de melhoria na avaliação foi de 53,9%.
No ensino médio, houve aumento no Ideb em 51,6% das escolas estaduais em tempo integral, contra 46,2% das demais, uma diferença de mais de 5 pontos percentuais. Na média, a nota das escolas integrais cresceu 18% entre 2021 e 2023.
Os dados constam nas notas individualizadas por escola, divulgadas pelo Ministério da Educação e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O Índice de cada instituição educacional foi definido por um cálculo que leva em consideração o desempenho escolar dos alunos, embasado pelas taxas de aprovação, e o resultado deles nas provas do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb).
As avaliações do Saeb são aplicadas pelo Inep aos estudantes de todo o País dos últimos anos de cada etapa escolar – 9º ano do ensino fundamental e 3º ano do ensino médio – nas disciplinas de língua portuguesa e matemática. Na média de todas as escolas (públicas e privadas) os alunos paranaenses obtiveram as maiores notas em português no ensino médio e em matemática no ensino fundamental II.
Os dados completos do Saeb por estado, nível de ensino, tipo de instituição educacional e escola podem ser consultados no site do Inep.
AMPLIAÇÃO CONTÍNUA – Desde 2019, o Governo do Estado tem investido na ampliação do número de escolas que funcionam em tempo integral por meio do Programa Paraná Integral. Naquele ano, 73 unidades funcionavam neste sistema, passando para 82 em 2020 e 92 em 2021. Em 2023, a iniciativa ganhou status de política permanente de Estado com a instituição da Lei Estadual nº 21.658/2023.
Após a relativa estagnação em função da pandemia e a retomada das aulas presenciais, o maior crescimento proporcional do ensino integral ocorreu em 2022, chegando a 167 escolas, 82% a mais do que no ano anterior. Em 2023, ano que serve de referência para a avaliação do Ideb, já eram 253 unidades integrais, chegando às atuais 412 neste ano letivo.
Os estudantes do ensino fundamental parcial (termo que se refere ao modelo regular) assistem a cinco aulas diárias, totalizando 25 horas semanais, enquanto no ensino médio são seis aulas diárias e 30 horas semanais. Já no ensino integral, as aulas ocupam 9 horas do dia e 45 horas da semana dos estudantes. Neste sistema, cada aula dura 50 minutos, com uma hora de almoço e dois intervalos de 15 minutos: um pela manhã e outro à tarde, com os alunos fazem cinco refeições ao dia na escola.
“A ideia central da educação integral é proporcionar uma experiência educacional mais ampla, que visa desenvolver não apenas o conhecimento acadêmico, mas também socioemocionais dos alunos”, defendeu o secretário estadual da Educação, Roni Miranda. “Os ganhos alcançam tanto os estudantes quanto os pais, que podem ir trabalhar tranquilamente sabendo que os seus filhos vão passar o dia na escola, inseridos numa gama diversificada de atividades, em segurança e sendo bem assistidos”, acrescentou.
Por - AEN
Passar por um trauma facial ou mesmo por uma cirurgia em decorrência de um câncer de pele no rosto pode necessitar de extração parcial ou total do nariz, orelha ou olho de um paciente.
Situação que pode deixar sequelas estéticas e psicológicas, mas que podem ser minimizadas com o uso de próteses faciais de silicone, um dispositivo assistivo essencial para a recuperação psicoemocional destes pacientes.
Com o objetivo de substituir um procedimento antes moroso e realizado manualmente, empresas vêm investindo em inovação para tornar este processo mais ágil e acessível. Este foi um dos motivos que contribuiu para que a startup Regenera fosse aprovada a participar do Programa Centelha. O programa, realizado com recursos da Fundação Araucária e da FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos), visa estimular a criação de empreendimentos inovadores e disseminar a cultura empreendedora.
O trabalho realizado pela startup substitui alguns procedimentos manuais necessários quando o trabalho é realizado por um protesista, por operações virtuais para casos de próteses nasais, auriculares e óculo-palpebrais tomando como base uma digitalização da face do paciente que possibilita esculpir a prótese virtualmente, projetar um molde para silicone partindo desta geometria e fabricar o molde usando impressão 3D.
“A área médica é muito deficitária e queríamos fazer algo na engenharia voltado para a área da saúde. Todo o apoio que recebemos participando do Centelha foi primordial para a existência da Regenera. Nossa startup foi criada, em 2021 para participar deste edital. Não teríamos conseguido sem o recurso para iniciar a produção e a capacitação fornecida pelo Centelha”, disse o engenheiro mecatrônico e um dos sócios da startup, Felipe Mateus Franco.
A empresa de biomodelagem presta serviços a hospitais e clínicas. Além da produção de próteses faciais, a startup também atua na impressão de biomodelos usados nos estudos de casos antes da realização de procedimentos cirúrgicos. A produção nacional ainda é muito pequena e muitas clínicas e profissionais precisam importar as peças. “Tem muita coisa que está disponível lá fora mas no Brasil os médicos não sabem como ter acesso. Às vezes fazendo alguma adaptação a gente consegue produzir”, relata o engenheiro.
PERSONALIZAÇÃO - O grande diferencial do trabalho realizado na startup é a personalização minuciosa. “Produzimos a peça personalizada, que pode ser um osso, para que o médico possa estudar o caso antes da realização da cirurgia de um osso que apresenta alguma deformidade, por exemplo. Não é um osso qualquer. É um osso daquele paciente que o médico só poderia visualizar no momento da cirurgia para saber da condição dele. Já fizemos ossos, mandíbulas, estômago”, detalha.
A Regenera também produz mamas de silicone, usadas por mulheres que passaram por uma cirurgia de retirada da mama, principalmente, acometidas por câncer. A startup está instalada na incubadora de inovações da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), em Curitiba.
“A gente adora o nosso trabalho como empresa de impressão 3D que está ligada à área da saúde, então a gente vê que isto é uma entrega de valor imensa para todos os pacientes que a gente ajuda e todos os médicos, na expectava de que eles continuem no melhor tratamento possível e com um custo que não seja exorbitante pra eles”, afirma Franco.
CENTELHA - O Programa Centelha oferece capacitações, recursos financeiros e suporte para transformar ideias em negócios de sucesso. A iniciativa contou com o investimento da Fundação Araucária e da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) de R$ 4,6 milhões em suas duas edições. O número de empresas apoiadas deve passar de 70, com o valor de até R$ 60 mil por projeto.
O diretor de ciência, tecnologia e inovação da Fundação Araucária, Luiz Márcio Spinosa, ressaltou que o movimento das startups está entre as principais agendas que o governo estadual tem encaminhado desde 2019 e que a Fundação Araucária se posiciona como a instituição que mais apoia financeiramente as startups no estado.
“O Centelha é uma excelente oportunidade de estimular o empreendedorismo inovador. Este ano nós devemos chegar a quase R$ 270 milhões já investidos nas startups somando as edições dos programas como o Snapse, Tecnova e Centelha além de outro conjunto de programas”, afirma o diretor.
Por - AEN
Atualmente com 11,44 milhões de habitantes, a população paranaense deve continuar crescendo até 2044 e, a partir de 2027, ultrapassará a marca de 12 milhões de habitantes.
É o que apontam os dados mais recentes sobre a projeção da população nacional divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (22) e analisados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).
As projeções são feitas pelo órgão nacional a partir dos dados obtidos do Censo 2022. De acordo com estas estimativas, o Estado deverá chegar a 2027 com 12,01 milhões de residentes, aproximadamente 570 mil a mais do que o último recenseamento.
O auge do crescimento populacional estadual deve ocorrer em 2044, quando, de acordo com as projeções, haverá 12,46 milhões de pessoas espalhadas pelos 399 municípios do Paraná. Após este ano, o IBGE estima que a curva se inverterá, com queda no número geral de habitantes.
Já o crescimento populacional do país vai desacelerar até 2041, quando a população atingirá seu valor máximo: 220,4 milhões de habitantes. A partir deste ano, a população do País deve diminuir, até chegar aos 199,2 milhões de habitantes em 2070. Rio Grande do Sul e Alagoas devem ser os primeiros a reduzir sua população, já em 2027. Por outro lado, Mato Grosso deve ser o último estado a fazer essa inflexão.
ENVELHECIMENTO – De 2024 a 2070, a idade média dos paranaenses passará de 36,4 para 48 anos. No mesmo período, a proporção de idosos subirá de 17% para 36,9% da população. Em 2024, o IBGE projetou um total de 2,01 milhões de paranaenses idosos, número que deverá mais do que dobrar até 2070, quando as estimativas apontam para cerca de 4,23 milhões pessoas com 60 anos ou mais residentes no Estado.
Além da presença de mais pessoas na faixa da terceira idade, elas também viverão por mais tempo. A expectativa de vida para um paranaense nascido em 2000 era de 72,2 anos, passando para 76,8 anos em 2024 e 83,9 para os nascidos em 2070, segundo as atuais projeções. Os números evidenciam a melhoria das condições de vida da população e a boa estrutura de atendimento na área de saúde no Paraná.
De acordo com o presidente do Ipardes, Jorge Callado, os dados serão levados em conta para o planejamento de Governo e elaboração das políticas públicas estaduais. “O Governo do Estado está atento aos movimentos populacionais e já tem desenvolvido programas e ações específicos, como o Condomínio do Idoso, voltado à crescente parcela da população de mais idade”, afirmou.
TAMANHO DAS FAMÍLIAS – Na mesma publicação em que projeta a população nacional e dos estados para as próximas décadas, o IBGE também analisou a taxa de fecundidade das mulheres brasileiras. Apesar de seguir uma tendência nacional de redução no número de filhos por mulher iniciada na década de 1960, o Paraná tem atualmente a maior taxa de fecundidade do Sul do Brasil.
Cada mulher paranaense tem, em média, 1,59 filho, enquanto essa proporção é de 1,58 entre as catarinenses e de 1,51 entre as gaúchas. A proporção de nascimentos do Estado também supera a média nacional, que é de 1,57 por mulher. Essa taxa de fecundidade também tem influência direta nas projeções populacionais traçadas pelo IBGE.
Segundo a gerente de Estudos e Análises Demográficas do IBGE, Izabel Marri, a principal importância das projeções é ter informações sobre a população do País anualmente, pois os censos demográficos são feitos apenas a cada dez anos. “Essa informação, por idade e sexo, é fundamental para se elaborar políticas públicas voltada para crianças, idosos ou para a força de trabalho. Além disso, esses dados são a base para o cálculo do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e dos Estados (FPE)”, disse.
Izabel lembra que a redução da taxa de fecundidade é resultado, entre outros fatores, do aumento da urbanização, da entrada das mulheres no mercado de trabalho e da maior escolaridade feminina, além da popularização da pílula anticoncepcional. “Com isso, as taxas de fecundidade recuaram gradativamente de uma média de mais de seis filhos por mulher para os patamares atuais”, explicou.
Por - AEN
O Conselho Diretor da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Paraná (Agepar) emitiu parecer favorável à concessão dos pátios veiculares do Estado.
Com a decisão, votada em reunião na terça-feira (20), o Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR) poderá dar prosseguimento à homologação do certame e concluir o processo junto às empresas que prestarão o serviço de administração desses pátios.
A modelagem da concessão foi dividida em dois lotes, com o contrato válido pelo prazo de 20 anos. Um deles, com 16 pátios, se refere à cobertura dos municípios localizados nas regiões Metropolitana de Curitiba e Campos Gerais e em parte do Centro-Sul e Norte Pioneiro. No segundo lote, estão previstos investimentos da iniciativa privada em 28 pátios localizados nos municípios do Centro-Oeste, Noroeste, Norte, Oeste, Sudoeste e em parte do Centro-Sul e Norte Pioneiro.
“Após um extenso processo licitatório, o Detran vem construindo uma eficiente solução para a gestão dos pátios e serviço de remoção de veículos”, ressaltou o diretor-presidente do órgão, Adriano Furtado. “O objetivo é melhorar a experiência dos cidadãos na interação com os serviços da autarquia, garantindo uma melhor estrutura, segurança e operacionalidade”.
O projeto prevê a implantação e modernização dos pátios, prestando serviços de remoção, guarda e liberação de veículos apreendidos pelo órgão autuador, englobando todos os municípios do Estado, com mais qualidade e praticidade ao cidadão paranaense.
Com a concessão do serviço, a expectativa é gerar uma economia de R$ 7 milhões aos cofres públicos do Estado, além de permitir remanejar servidores a outras atividades importantes para o departamento, voltado a serviços de mobilidade essenciais para o desenvolvimento do órgão.
Atualmente, os serviços de remoção, guarda, vistoria e liberação dos veículos removidos ou apreendidos são prestados pelo Detran-PR em conjunto com a Polícia Militar, sendo que existem aproximadamente 300 pátios veiculares de ambos os órgãos em funcionamento no Estado. Esta situação exige alto efetivo de mão de obra, já que, para cada pátio, há um número mínimo de funcionários (segurança, atendimento, limpeza), além das despesas com os custos fixos mínimos associados à manutenção dos espaços.
CONCESSÃO – Os estudos para a licitação iniciaram em 2018, dentro do Programa de Parcerias do Governo do Estado, e a abertura da licitação foi em agosto de 2022, na Bolsa de Valores (B3), em São Paulo. As primeiras fases envolveram a abertura das propostas econômicas, juntamente com a garantia, e a seleção das três propostas mais vantajosas de cada lote, mediante critério de maior desconto percentual linear incidente sobre a estrutura tarifária. Todas as fases foram realizadas na B3.
Antes da publicação do edital de licitação, o Conselho Diretor da Agepar já tinha analisado a matéria, fazendo alguns apontamentos acerca dos documentos apresentados na ocasião. Na reunião desta semana, o Conselho Diretor da agência reguladora concluiu que as alterações realizadas pelo Detran-PR foram justificadas e que não prejudicam o prosseguimento do processo. Assim, será possível a homologação da licitação para que seja efetivada a concessão.
Após a análise do parecer da Agepar, o Detran-PR fará homologação da licitação e irá convocar as empresas vencedoras – o Consórcio Removcar Paraná e a Carvalho Engenharia & Gestão Ltda. – para assinaturas dos respectivos contratos. Elas terão um prazo de até 90 dias após o recebimento da notificação para a assinatura.
Dentro deste prazo, as empresas consorciadas deverão formalizar a constituição da sociedade de propósito específico para a operação dos pátios veiculares. Após a assinatura, inicia-se a fase de implantação dos espaços.
Por - AEN