A doação de sangue é comum entre os humanos, mas entre cães ainda é pouco conhecida. Uma ação do Governo do Estado pode estimular essa prática, o que vai ajudar a salvar a vida de outros animais e evitar agravamento de doenças nos próprios doadores.
Na última semana, quatro cães do Corpo de Bombeiros Militar do Paraná fizeram doação de sangue e outros quatro devem doar nas próximas semanas. A iniciativa é do Grupo de Operações de Socorro Tático (GOST).
Além de ajudar animais com anemia ou que precisam de transfusão por conta de acidentes, a doação ajuda o doador, pois ele tem que passar por uma série de exames para verificar que esteja saudável. Se os exames apontarem alguma doença grave, o animal já receberá o tratamento.
Essa doação envolve a parceria do Corpo de Bombeiros com um laboratório veterinário particular “O laboratório faz a coleta e análise dos exames de sangue dos cães para ver se estão em boas condições de saúde. Se estiver tudo certo, após uma semana os cães saudáveis fazem a doação”, explica o soldado Espírito Santo, veterinário e condutor de cão no canil do Corpo de Bombeiros.
“Graças a essa parceria já conseguimos detectar doenças graves, como as causadas por carrapato. Teve um caso nosso em que detectamos cedo o verme do coração e conseguimos tratá-lo”, contou.
O condutor conta que, pela parceria, os exames são gratuitos para os animais, pois o sangue fica no banco do laboratório, que pode usá-lo em transfusões para outros cães. Os doadores também têm acesso a tratamentos, se necessário. “Nosso cão doador tem direito a exames de sangue, bioquímicos e o PCR, exame que reflete o estado de doenças no cão de forma rápida e efificente. E se precisar de doação de sangue, em caso de acidente por exemplo, doam pra gente também”.
A ação foi dividida em duas etapas porque a equipe não pode ficar sem animais durante o trabalho. “Numa primeira fase metade dos cães fizeram a doação, já que precisam de no mínimo 24 horas de descanso e não podemos ficar sem eles para o trabalho”, disse. “Se estiver tudo bem, com os que fizeram os exames de sangue, provavelmente vão doar nas próximas semanas”.
As doações no caso de cachorros são realizadas com um intervalo mínimo de seis meses, para dar tempo de o animal repor o volume doado e a quantidade de células vermelhas. Os doadores do Corpo de Bombeiros são das raças Bloodhound, Labrador, Golden Retriever, Pastor Belga de Malinois, Border Collie, Pastor Holandês e Pit Bull, com idade entre 1 e 8 anos.
BANCO DE SANGUE – Outra iniciativa similar do Governo do Estado fica no Hospital Veterinário da Universidade Estadual de Londrina (HV-UEL), o primeiro do País a ser registrado como um banco de sangue de cães e gatos.
Boa parte do sangue coletado vai para cães que desenvolveram anemia. Estes pacientes acabam consumindo cerca de 95% do volume de sangue coletado todos os meses, sendo bem menor o número de pacientes com traumas que necessitam de transfusões. O número de gatos que precisam do atendimento também é bem inferior.
Assim como nos humanos, as causas da anemia em cães têm origem em doenças autoimunes, dieta inadequada que pode derrubar as taxas de ferro no sangue e, ainda, doenças causadas por parasitas. O primeiro passo do tutor para que o cão se torne um doador é preencher o formulário neste link.
COMO FUNCIONA – A captação do sangue é feita sem o uso de sedativos. Por conta disso, é importante que os doadores sejam dóceis para que permaneçam por cerca de 10 minutos imóveis, sem prejudicar a coleta. Os cães precisam ter entre 2 e 8 anos e no mínimo 26 kg (grande porte), além de estarem com as vacinas em dia. No caso das fêmeas, os tutores devem aguardar cerca de 15 dias desde o último período fértil (cio) e se certifiquem de que ela não está esperando filhotes.
Cada animal pode realizar no máximo quatro doações por ano, ou seja, uma a cada três meses – assim como os humanos — e cerca de 450 ml de sangue são coletados. Para garantir que não ocorra a contaminação do sangue, a equipe do laboratório utiliza as mesmas bolsas usadas na coleta de sangue humano.
A bolsa fica em repouso por uma hora, o sangue é centrifugado e são separados os hemocomponentes. O plasma é congelado e as hemácias vão para uma geladeira própria. Dependendo do tipo, o plasma pode durar até um ano, e o concentrado de hemácias, com o manitol, um suplemento para elas ficarem bem, dura até 35 dias.
Por conta dos critérios para a doação, cães de raças que desenvolvem maior porte acabaram se tornando referências para os pacientes diagnosticados com anemia ou que tenham sido vítimas de acidentes. Dentre os doadores, destacam-se os Rottweilers, Labradores, além de cães das raças Pit Bull, Akita, São Bernardo, Pastor Alemão e Golden Retriever.
O prazo de inscrição do concurso público para a rede estadual de ensino termina às 23h desta terça-feira (9).
Professores e pedagogos interessados devem se inscrever pelo site do IBFC (Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação). O concurso é promovido pela Secretaria da Administração e da Previdência e ofertará, inicialmente, 1.256 vagas, sendo 1.109 para docência da Matriz Curricular e 147 vagas para professor-pedagogo, além do cadastro de reserva. Há vagas nos 32 Núcleos Regionais de Educação.
A taxa de inscrição é de R$ 100 para o candidato que opte por concorrer apenas em um cargo (docência ou professor-pedagogo) e de R$ 160 para candidatos que queiram concorrer a dois cargos (dois em docência ou para um cargo de docente e outro de professor-pedagogo). O último dia para pagamento das inscrições é nessa quarta (10) e o resultado preliminar das inscrições deferidas está previsto para o dia 23 de maio.
O último concurso público para professores foi realizado há dez anos pelo Estado. Como o certame é prorrogável por mais dois anos (ou seja, pode ter até quatro anos de duração), a expectativa é de que haja um chamamento maior do que as vagas inicialmente disponibilizadas.
As vagas são para carga horária de 20 horas, mas o candidato que concorrer a dois cargos (dois em docência ou para um professor docente e outro de professor-pedagogo) poderá ter a carga horária de 40 horas semanais.
O edital do concurso (11/2023) prevê cinco etapas: prova objetiva, prova discursiva e prova prática, de caráter eliminatório e classificatório, prova de títulos, de caráter classificatório, e avaliação médica, de caráter eliminatório. Há reservas de vagas para afrodescendentes e pessoas com deficiência, amparadas pela legislação.
LOCAIS DAS PROVAS – As provas objetivas e discursivas serão no dia 18 de junho na cidades-sede dos Núcleos Regionais da Educação: Apucarana, Assis Chateaubriand, Campo Mourão, Cornélio Procópio, Cascavel, Cianorte, Curitiba, Dois Vizinhos, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, Goioerê, Guarapuava, Ibaiti, Irati, Ivaiporã, Jacarezinho, Laranjeiras do Sul, Londrina, Maringá, Loanda, Paranaguá, Paranavaí, Pato Branco, Pitanga, Ponta Grossa, Telêmaco Borba, Toledo, Umuarama, União da Vitória e Wenceslau Braz.
DÚVIDAS – O candidato poderá tirar dúvidas do certame junto ao IBFC pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou (11) 4788-1430 das 9h às 17h, de segunda-feira a sexta-feira, exceto feriados.
Por - AEN
As Agências do Trabalhador e postos avançados de atendimento do Paraná encerraram o primeiro quadrimestre do ano com 45.836 postos de trabalho intermediados, o melhor resultado obtido na história do Sine estadual – até então o recorde era em 2013, com 40.831.
No comparativo com o primeiro quadrimestre de 2022 (39.371), o Paraná cresceu 16,42% em empregabilidade via rede Sine. Em relação a 2012, registro mais antigo da série histórica, a evolução foi de 31,69%.
O mês de abril também ficou marcado por um recorde: 12.680 pessoas encaixadas no mercado de trabalho, melhor marca desde 2013 (11.747). Houve um avanço de 21,62% em comparação ao mesmo período em 2022, quando a rede Sine colocou 10.426 trabalhadores em vagas de emprego.
O desempenho em abril deste ano representou 40,84% dos 31.050 contratos efetivados pelo Sistema Nacional do Emprego (Sine) em todo o País, porcentagem que o mantém na liderança do ranking nacional de empregabilidade com apoio do Estado, com ampla vantagem sobre São Paulo (3.357) e Ceará (3.289), respectivamente segundo e terceiro colocados. Em quarto, quinto e sexto lugares aparecem os estados do Rio Grande do Sul (2.282), Bahia (1.920) e Mato Grosso do Sul (1.683).
Para o secretário de Estado do Trabalho, Qualificação e Renda, Mauro Moraes, o resultado obtido pelo Paraná tanto no mês quanto no acumulado do ano consolida o Estado como o mais eficiente do País em empregabilidade via Sine. "Em abril, o Paraná empregou, através das Agências do Trabalhador e postos de atendimento, o que outros seis estados que aparecem na sequência colocaram juntos no mercado via rede Sine. É realmente uma marca importante para consolidar a nossa liderança nacional em intermediação de mão de obra", disse.
Moraes ressaltou ainda que a excelente posição que o Paraná ocupa hoje no cenário nacional na geração de empregos é resultado de um conjunto de ações adotadas pelo Governo do Estado para alavancar o saldo de empregos com carteira assinada no Estado. "O Governo tem promovido ações pontuais em inúmeras localidades para ampliar mensalmente o número de atendimento em toda nossa rede Sine, em especial a realização de mutirões temáticos e a circulação do ônibus do programa Emprega Mais Paraná pelo maior número possível de municípios", afirmou.
MELHOR DO SUL – O volume de vagas concretizadas intermediadas pelas Agências do Trabalhador no Paraná em abril também foi o maior entre os estados do Sul, representando 81,61% dos 15.538 contratos de trabalhos realizados na região, empregando 455,65% mais que o Rio Grande do Sul (2.282) muito mais do que Santa Catarina, que encerrou o mês com 576 empregos intermediados pelo Sine.
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Por - AEN
A médica infectologista Raquel Monteiro de Moraes passou dez dias com febre alta com início súbito, extremo cansaço, dor nos ossos e articulações.
O diagnóstico: dengue. Ela foi infectada pelo mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. Estes são sintomas comuns, mas existem outros que podem se manifestar, como dor de cabeça e atrás dos olhos, perda do paladar e apetite, náuseas e vômitos, tonturas, manchas e erupções avermelhadas na pele.
“Foi muito sofrido. Eu realmente achei que fosse morrer. Tive uma dor intensa que me impossibilitava de fazer qualquer atividade ao longo do dia. Tenho um bebê de nove meses e praticamente não conseguia amamentar, até isso eu tinha dificuldade. Eram dores extremas no corpo”, lembra a médica.
Com a picada do vetor infectado, o vírus da dengue passa pela corrente sanguínea e durante um período de quatro a sete dias, chamado de incubação, ele se multiplica em órgãos como baço, fígado e tecidos linfáticos.
A dengue é uma doença viral transmitida pela fêmea do mosquito. Pode apresentar-se na forma leve, que evolui para cura, tratada com hidratação correta e medicação sintomática, e na forma grave, que necessita de maiores cuidados em leitos de observação ou internação.
DENGUE GRAVE – A dengue grave inicia com os mesmos sintomas da dengue leve, e com o término da febre surgem os sinais de alarme. Estes, normalmente, ocorrem entre o 3º e 5º dia. Esse período é chamado de crítico para dengue. Tratados corretamente, a maioria dos casos evolui para cura.
Os sinais de alarme incluem dores abdominais fortes e contínuas, vômitos persistentes, pele pálida, fria e úmida, sangramento pelo nariz, boca e gengivas, sonolência, agitação e confusão mental (principalmente em crianças), sede excessiva e boca seca, pulso rápido e fraco, dificuldade respiratória e perda de consciência.
No caso da Raquel, a doença se desenvolveu para a dengue com sinais de alarme, causando sangramento gengival e dor intensa abdominal. “Fiquei muito assustada. Nunca imaginei que passaria por um quadro assim. Isso foi há dois meses e espero nunca mais ter de sentir esses sintomas”, afirmou.
Em caso de suspeita de dengue, a indicação é procurar a unidade de saúde mais próxima. O tratamento é iniciado já na suspeita do caso, não sendo necessário aguardar o resultado laboratorial (biologia molecular ou sorologia) positivo para iniciar o protocolo. A hidratação é uma das medidas mais eficazes para que pacientes suspeitos de dengue previnam consequências graves da doença.
AÇÕES – No Paraná foram confirmados 35.433 casos e 21 óbitos. Para o enfrentamento à doença, a Sesa não mede esforços no controle de arboviroses com a ampliação de recursos, capacitação de pessoal, distribuição de medicamentos, abertura de leitos, campanhas audiovisuais e constante monitoramento do quadro epidemiológico.
Uma das iniciativas foi a antecipação do pagamento do Programa Estadual de Fortalecimento da Vigilância de Saúde (Provigia), num valor de R$ 9 milhões, a todos os municípios. O recurso pode ser utilizado para compra de medicamentos e insumos, além de outras demandas voltadas para o combate da dengue, zika e chikungunya
PREVENÇÃO – Prevenir é a melhor forma de evitar a dengue, além da zika e chikungunya, que também são transmitidas pelo mesmo mosquito. A maior parte dos focos do mosquito está nos domicílios, por isso algumas ações da população são tão importantes no enfrentamento à doença.
Confira:
Não deixar água parada, eliminando os locais onde o mosquito nasce e se desenvolve, evitando desta forma a procriação.
Não acumular água em pratos de vasos de plantas. Colocar areia fina até a borda do pratinho.
Não juntar vasilhas e utensílios que possam acumular água (tampinha de garrafa, casca de ovo, latinha, embalagem plástica e de vidro, copo descartável) e guardar garrafas vazias de cabeça para baixo.
Entregar pneus velhos ao serviço de limpeza urbana. Caso precisa mantê-los, guarde em local coberto.
Deixar a tampa do vaso sanitário sempre fechada.
Limpar frequentemente as calhas e a laje das casas.
Manter a água da piscina sempre tratada com cloro e limpar uma vez por semana.
Preservar o quintal limpo, recolhendo o lixo e detritos em volta das casas.
Não jogar lixo em terrenos baldios, construções e praças.
Permitir sempre o acesso do agente de combate a endemias em sua residência ou estabelecimento comercial.
por - AEN
Está sem água? Avise a Sanepar. Este é o procedimento mais importante para que a Companhia resolva a situação de forma mais ágil e efetiva. O registro ajuda a empresa a identificar a causa do desabastecimento e sanar o problema mais rápido.
Ao perceber o desabastecimento, o cliente pode consultar o aplicativo ou o site da Sanepar e verificar se há alguma ocorrência que justifique a falta de água em seu endereço. Se não houver nenhum aviso, o cliente pode registrar a falta de água no próprio aplicativo (Sanepar Mobile) ou no site www.sanepar.com.br – Fale Conosco e mandar mensagem.
Além disso, é possível avisar pelo telefone 0800 200 0115 e pelo WhatsApp (41 – 99544-0115), opção 2. Todos esses canais de atendimento e o serviço de manutenção de rede funcionam 24 horas por dia.
Se houver algum serviço programado para aquele endereço, o atendente do 0800 informa o cliente sobre a ocorrência. Caso não conste nada cadastrado, a reclamação será registrada e repassada à área de programação. Como essa situação é considerada prioridade 1, imediatamente é enviado um Aviso de Serviço para a área operacional da Sanepar. A partir deste momento, uma equipe sai em campo e tem até quatro horas para identificar e resolver o problema.
Um fiscal da Companhia segue um procedimento padrão para encontrar o que está causando falta de água. Confere a pressão e a vazão no hidrômetro do cliente e do vizinho. A partir disso, consegue saber se é um problema interno do imóvel ou no ramal da Sanepar ou, ainda, na rede de distribuição.
O profissional percorre e revisa todos os registros de água naquela região e verifica se há algum indício de vazamento na rua – água empoçada, por exemplo. Na suspeita de vazamento oculto, em que a água não aflora na superfície, solicita o serviço de geofonamento para fazer a pesquisa em campo.
Assim que for identificado o local do vazamento, a programação recebe a informação e emite ordem de serviço para a empreiteira que faz a manutenção da rede. Quando for identificada a causa da falta de água é feito o registro no sistema e, então, quando o próximo cliente ligar ele já vai ter a resposta do que está ocorrendo. Sem a identificação da causa, o atendente do 0800 continuará recebendo as reclamações e enviando à programação.
“Quando a reclamação chega por meio dos canais oficiais da Sanepar, vamos armazenando essas informações no banco de dados e conseguimos, inclusive, identificar se é um problema em uma região maior, um bairro todo, uma quadra ou um problema pontual do próprio imóvel”, afirma o gerente da Sanepar na Região Metropolitana de Curitiba, Fabio Basso.
CAUSAS – As causas mais comuns de falta de água são rompimentos de redes, de forma natural ou provocados por obras de terceiros, falta de energia em unidades, problemas em equipamentos e corte no abastecimento por falta de pagamento.
Por - AEN
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) distribuiu no mês de abril 1.430 testes rápidos para detecção da hanseníase às 22 regionais de saúde.
Esses testes irão apoiar a Atenção Primária à Saúde (APS) na vigilância às pessoas que estiveram em contato próximo e prolongado com casos confirmados da doença.
De acordo com o Ministério da Saúde (MS), o Brasil é o primeiro país no mundo a ofertar insumos para detecção da doença na rede pública. Os testes são disponibilizados aos municípios conforme a demanda.
Os profissionais responsáveis em disponibilizar esta ferramenta aos municípios participaram de capacitações no Laboratório Central do Estado (Lacen), Vigilância Epidemiológica e Atenção à Saúde, para identificar os casos elegíveis para os testes quando novos casos da hanseníase forem notificados.
“Os testes vão possibilitar uma agilidade muito maior para o diagnóstico precoce da hanseníase. Isso vai contribuir para a quebra da cadeia de transmissão em tempo oportuno e também reduzir as sequelas provocadas pelo comprometimento dos nervos periféricos, que caracterizam a doença”, explicou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
HANSENÍASE - A hanseníase é uma doença infecciosa transmitida por bactéria (Mycobacterium leprae) e sua contaminação ocorre por via respiratória, em gotículas de saliva expelidas durante a fala, espirro ou tosse. Para adquirir a doença, é necessário contato próximo e prolongado com doente não tratado. É uma doença silenciosa, cujo período de incubação é longo, e pode levar até 10 anos para se manifestar.
Entre os primeiros sintomas estão as manchas pelo corpo com alteração ou perda de sensibilidade local, fraqueza e dores nas articulações de braços, pernas, mãos e pés, nódulos e ressecamento da pele. A doença tem alto poder incapacitante, trazendo estigma e discriminação às pessoas acometidas.
O tratamento, que é disponibilizado gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), conta com duração de 6 a 12 meses, podendo ser prolongado em casos mais avançados. O método utilizado é a poliquimioterapia, composto por três antibióticos e quanto antes for iniciado menores são as chances de agravamento. O uso do medicamento, além de curar a doença, interrompe a transmissão e previne as incapacidades físicas.
No Paraná o atendimento especializado, quando há necessidade de encaminhamento da APS, pode ser no Hospital de Dermatologia Sanitária do Paraná, em Piraquara, Região Metropolitana de Curitiba. O antigo Leprosário São Roque foi projetado em 1926, com o intuito de atender exclusivamente pacientes portadores da hanseníase. Hoje, sob gestão da Fundação Estatal de Atenção em Saúde (Funeas) é referência em dermatologia e feridas com oferta de serviços de consultas especializadas, equipe multiprofissional e atendimento especializado.
DADOS – Segundo o Ministério, o Brasil está em primeiro lugar no mundo em incidência de hanseníase e em segundo lugar em número absoluto de casos, atrás apenas da Índia (que tem mais de 1,3 bilhão de habitantes). De acordo com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), em 2022 foram diagnosticados no Paraná 374 novos casos. Em 2023, já foram diagnosticados 101 novos casos e 709 pacientes estão em tratamento no Estado.
AÇÕES - O Plano Estratégico Estadual de Controle da Hanseníase prevê ações integradas entre Vigilância e Atenção à Saúde que, apoiadas pela assistência farmacêutica, laboratorial e de promoção da saúde, coordenam o trabalho de enfrentamento da hanseníase no Paraná. Entre elas, a busca ativa para detecção precoce dos casos, tratamento oportuno na prevenção e tratamento das incapacidades, reabilitação, manejo das reações hansênicas, recidivas e nos eventos pós-alta, investigação dos contatos de forma a interromper a cadeia de transmissão, formação de grupos de autocuidado, acesso a órteses e próteses e em ações adicionais que promovam o enfrentamento do estigma e da discriminação às pessoas acometidas pela doença.
Por - AEN