Estado entrega a municípios boletins de fluência de leitura de 126 mil estudantes

Em março deste ano, três mil escolas de 397 municípios paranaenses aplicaram aos estudantes do 2º ano do ensino fundamental avaliações de fluência de leitura, para analisar o nível de alfabetização dos alunos.

Nesta quinta-feira (18), a Secretaria estadual da Educação (Seed-PR) entregou aos secretários municipais da área boletins detalhados com os resultados das avaliações.

O teste foi aplicado a 126 mil estudantes e os classifica em pré-leitor (níveis 1 a 4), leitor iniciante e leitor fluente. Como o esperado é que o estudante atinja a fluência até o final do 2º ano, o aconselhável é que, no início do ano letivo, ele esteja classificado a partir do nível 3 de pré-leitor.

De acordo com os resultados da avaliação, 68% foram enquadrados a partir do nível 3 (sendo 9% pré-leitores nível 3, 19% pré-leitores nível 4, 6% leitores fluentes e 34% leitores iniciantes) e os demais estão nos níveis 1 e 2 de pré-leitores.

Agora, a partir dos resultados, as secretarias municipais de Educação, com o apoio da pasta estadual, podem criar estratégias pedagógicas para garantir que esses estudantes atinjam a fluência até o fim do ano letivo, empregando atenção especial para os que estão nos níveis iniciais. O teste foi ofertado como parte das ações do programa Educa Juntos, pelo qual a pasta estadual apoia os municípios paranaenses na melhoria da aprendizagem e alfabetização dos estudantes desde a educação infantil.

“A avaliação traz indicadores importantes em relação ao processo de alfabetização e da fluência na leitura. Em posse desses resultados, os secretários podem definir estratégias de intervenção a fim de assegurar que esse estudante tenha, de fato, essa competência e essa fluência na leitura até o final do ano letivo”, diz Anderfábio Oliveira dos Santos, diretor de Educação da Seed-PR.

Durante o evento de entrega dos resultados, que aconteceu ao longo desta quinta-feira, na UniCesumar, em Curitiba, 1.200 pessoas (incluindo secretários municipais e coordenadores pedagógicos das secretarias) participaram de oficinas sobre alfabetização e sobre como utilizar os resultados para entender o contexto local, criar planos de ação e capacitar docentes visando a aprimorar o processo de alfabetização na idade adequada.

“Os dados vão servir de subsídio para a gente pensar nas próximas ações. Já temos desenvolvido algumas ações específicas nas escolas municipais, com professores de apoio, de leitura. Agora, tendo esse resultado, pretendemos reunir os professores novamente para fazer uma reavaliação do trabalho para melhorar o desempenho deles e, consequentemente, dos alunos nas próximas avaliações”, disse o secretário de Educação de Marechal Cândido Rondon, Fernando Volpato.

“Diante de tudo o que a gente viveu na pandemia, o desempenho dos nossos alunos foi satisfatório, porque analisamos todo o contexto”, observa Roseli de Souza Martins, secretária de Educação de Araruna. “Agora, esses resultados serão trabalhados com os professores, com as equipes pedagógicas, para traçarmos estratégias para alcançar melhorias no processo de ensino-aprendizagem, alfabetização, leitura e escrita.”

Cristiane Bonatto, secretária de Educação de Pato Bragado, também considera que o resultado da avaliação foi satisfatório em seu município. “Por essa prova ter acontecido logo no início do ano, acredito que os nossos alunos estão no caminho certo. O que nossos professores estão passando, o modo como estão trabalhando está dando resultado, mas não podemos parar. Temos que reforçar esse trabalho de leitura com os nossos alunos”, afirma.

FLUÊNCIA – O teste, aplicado entre 21 e 31 de março, consiste na leitura de palavras e textos com diferentes graus de complexidade. A professora que conduz o teste pode observar se há fluência na leitura e se há pausas ou dificuldade entre as palavras. Ela também grava a leitura do aluno na plataforma CAEd, do Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação, da Universidade Federal de Juiz de Fora. 

Os áudios gravados são avaliados por uma equipe que analisa a fluidez e ritmo da leitura do estudante, para identificar seu perfil de leitor — do pré-silábico ao fluente. Em junho e novembro, estão previstas outras duas edições da avaliação de fluência, para acompanhar o desenvolvimento dos alunos.

EDUCA JUNTOS – A aplicação do teste de fluência de leitura e o debate sobre os resultados são algumas das ações que integram o programa Educa Juntos, da Seed-PR. Implementada no final de 2020, a iniciativa tem como objetivo apoiar os municípios paranaenses na melhoria da aprendizagem e alfabetização dos estudantes desde a educação infantil.

Algumas das ações feitas desde então foram distribuição de material didático de Língua Portuguesa e Matemática para professores e cerca de 180 mil estudantes do 1° e 2° anos do ensino fundamental; oferta do Sistema Educacional da Rede de Proteção (SERP) para 296 municípios, para monitorar a frequência dos alunos e combater o abandono escolar; oferta para 330 municípios do Registro de Classe Online (RCO), ferramenta que conta com 2 mil aulas editáveis para os professores utilizarem o conteúdo da forma que preferirem; além da oferta aos municípios da Prova Paraná, uma avaliação diagnóstica dos níveis de aprendizagem dos estudantes em relação aos conhecimentos considerados essenciais para cada etapa de ensino.

 

 

 

 

 

 

Por - AEN

 Com aumento de 15%, Paraná deve colher 3,1 milhões de toneladas de mandioca em 2023

A produção de mandioca paranaense na safra 2022/23 deve ter aumento de 15%, alcançando 3,1 milhões de toneladas.

A estimativa faz parte do Boletim de Conjuntura Agropecuária, preparado pelos técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), referente à semana de 12 a 18 de maio.

Além da produção, a área plantada foi ampliada em 11%, passando de 123 mil hectares para 136 mil hectares. No período 2021/22, a produção paranaense de mandioca tinha sido de 2,7 milhões de toneladas, uma queda de 10% em relação ao ciclo anterior. As condições climáticas têm sido favoráveis ao trabalho de colheita. No campo, os produtores já retiraram a mandioca de 30% da área e obtiveram 964 mil toneladas, o que representa produtividade média de 24,9 mil quilos por hectare.

Com maior oferta na atual safra, os preços começam a apresentar acentuada redução depois da alta até fevereiro, quando a tonelada da raiz chegou a R$ 1.112,00. Na semana passada foi comercializada, em média, por R$ 783,00, queda de 30% em período curto de tempo.

SOJA – Os preços da soja no mercado internacional também estão em queda este ano. Comparada a maio de 2022, a cotação atual apresenta redução em torno de 19%. A super oferta provoca o mesmo fenômeno no mercado doméstico, onde o produtor recebe R$ 127,00 pela saca de 60 quilos, preço quase 30% inferior aos R$ 178,00 de maio do ano passado.

A colheita da primeira safra de milho 2022/23 já alcançou mais de 96% da área estimada. Enquanto isso, a segunda safra vem se desenvolvendo no campo, com 92% em condições boas e 8%, medianas.

MORANGO E COGUMELO – O boletim do Deral registra que em 2022 foram comercializadas 7,1 mil toneladas de morangos na Centrais de Abastecimento do Paraná (Ceasa). O movimento financeiro alcançou R$ 85,7 milhões. É a 15ª fruta em volumes comercializados e 11ª em valores.

O boletim desta semana também traz informações sobre o cogumelo. São Paulo é, historicamente, o maior produtor do Brasil e estima-se que o Paraná esteja na segunda colocação (cultivo de cogumelos comestíveis: Champignon de Paris / Shiitake / Shimeji). No Estado, as principais regiões produtoras são Curitiba, Guarapuava e Irati,  Ponta Grosa, Londrina, União da Vitória, Umuarama, Dois Vizinhos e Cornélio Procópio. O informativo detalha o cenário da produção e consumo no Brasil.

BOVINOS E SUÍNOS – O preço da arroba do boi continua em patamares baixos, sem perspectivas de recuperação no curto prazo. Entre as principais razões estão a oferta sólida de animais e escalas confortáveis nos abatedouros. A arroba está cotada a R$ 259,33 no Paraná, quando há um ano custava R$ 305,35.

O documento do Deral aponta, ainda, a estagnação das exportações de carne suína com origem no Paraná durante o primeiro quadrimestre de 2023. Foram exportadas 50,7 mil toneladas, praticamente volume idêntico ao enviado para o Exterior no mesmo período em 2022.

OVOS E AVES – A Pesquisa Trimestral de Produção de Ovos de Galinha, divulgada pelo IBGE e com dados reproduzidos no boletim, mostra que a produção brasileira registrou alta de 2,8%, com 1,02 bilhão de dúzias. Em comparação com o último período de 2022, a redução é de 1,9%.

Em compensação, o abate de frangos cresceu 4,8%, chegando a 1,6 bilhão de cabeças. Em 2022, no mesmo período tinham sido abatidos 1,5 bilhão. O volume de carne foi de pouco mais de 3,4 milhões de toneladas produzido no primeiro trimestre de 2023, ou 6,4% superior aos 3,2 milhões desse período no ano anterior.

 

 

 

 

 

 

 

Por - Agência Brasil

 Com taxa de 5,4%, Paraná segue com um dos menores índices de desemprego do País

O Paraná fechou o primeiro trimestre de 2023 com uma taxa de desocupação de 5,4%, mantendo-se entre os estados com o menor índice de desemprego do País, enquanto 16 outras unidades federativas registraram alta neste começo de ano.

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta quinta-feira (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o indicador paranaense fica atrás apenas de Rondônia (3,2%), Santa Catarina (3,8%), Mato Grosso (4,5%), Mato Grosso do Sul (4,8%) e igual ao Rio Grande do Sul (5,4%), além de estar abaixo da média nacional, que ficou em 8,8%.

Esse índice é o menor em oito anos para os primeiros três meses – a última vez que tinha chegado a essa taxa no mesmo período foi no primeiro trimestre de 2015. Na comparação com janeiro a março do ano passado, quando a taxa de desocupação era de 6,8%, houve redução de 1,4 ponto percentual. Em 2021 foi de 9,4% (resultado da pandemia); em 2020, de 8%; em 2019, de 9%; em 2018, de 9,7%; em 2017, de 10,4%; e em 2016, de 8,2%.

Segundo o IBGE, a renda dos trabalhadores paranaenses também cresceu na comparação com o primeiro trimestre de 2022. O rendimento médio das pessoas ocupadas era de R$ 2.889,00 nos primeiros três meses do ano passado e passou para R$ 3.064,00 no mesmo período deste ano. O Paraná tem o maior salário mínimo regional do País, com valores que variam de R$ 1.731,02 a R$ 1.999,02 – o Conselho Estadual do Trabalho, Emprego e Renda (Ceter) já aprovou uma nova evolução, com R$ 2.017,02 de teto mínimo na última faixa.

Em relação ao trimestre anterior (5,1%, a menor taxa registrada pelo Paraná desde 2014), houve uma pequena diferença de 0,3 pontos percentuais. O índice é considerado estável pelo IBGE. Historicamente, esse aumento nos primeiros meses do ano reflete, por exemplo, o desligamento de empregados temporários contratados no fim do ano anterior e uma maior pressão sobre o mercado de trabalho no período.

“O Paraná segue no patamar que os economistas chamam de pleno emprego, quando praticamente todas as pessoas que buscam um trabalho estão empregadas”, afirmou o governador Carlos Massa Ratinho Junior. “O Estado tem vocação para o trabalho, tem uma mão de obra qualificada, e valoriza os seus trabalhadores. Também tem conseguido atrair grandes investimentos. Nosso papel, enquanto Estado, é manter um bom ambiente de negócios, investir em infraestrutura e buscar cada vez mais negócios para criar novas oportunidades para a nossa população”.

NÚMEROS – De acordo com a Pnad Contínua, o Estado tem 9,5 milhões de pessoas com idade para trabalhar, ou seja, com 14 anos ou mais. Destas, 6,1 milhões de pessoas compõem a força de trabalho, que são aquelas que estão trabalhando ou procurando emprego. Neste recorte, 5,7 milhões de pessoas estão inseridas no mercado de trabalho e 330 mil estão desocupadas. 

Entre a população que compõe a força de trabalho, 3,1 milhões de pessoas estão empregadas no setor privado, sendo que entre estas, 2,5 milhões com carteira assinada. Outras 633 mil pessoas trabalham no setor público e 1,8 milhão estão ocupadas informalmente. 

A pesquisa mostra, ainda, que o setor que concentra o maior número de funcionários é o comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, com 1,08 milhão de empregados no primeiro trimestre. 

Na sequência estão a indústria geral (996 mil empregados); administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (919 mil); informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (669 mil); Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (514 mil); construção (438 mil); transporte, armazenagem e correio (338 mil); serviços domésticos (303); alojamento e alimentação (280 mil); e outros serviços (246 mil).

COMPARATIVOS – No primeiro trimestre de 2023, Paraná registrou uma menores taxas de subutilização da força de trabalho (percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação à força de trabalho ampliada) do País, de 12%. A média nacional foi de 18,9%. O Piauí (39,6%) teve a maior taxa, seguido por Sergipe (33,4%) e Bahia (32,9%). 

O Paraná também é o quarto estado com maior percentual de trabalhadores com carteira assinada, com 80,4%, atrás apenas de Santa Catarina (88,2%), Rio Grande do Sul (82,2%) e São Paulo (81,1%). O Maranhão tem a menor (50,8%). A média é de 74,1%.

 

 

 

 

 

Por - Agência Brasil

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