Acumular conhecimento para aproveitar oportunidades. É o que fazem, todos os dias, os 240 alunos do Centro de Atendimento à Infância e ao Adolescente, de Guaratuba, no Litoral do Paraná.
A unidade oferece atendimento social, oficinas de diversas técnicas de artesanato, dança, música, iniciação à informática, além de duas refeições por turno, e está prestes a começar a preparação de adolescentes para atuarem como menores aprendizes e no mercado de trabalho em geral.
Inaugurada em 29 de abril de 2021, com o investimento de R$ 1,05 milhão, via Sistema de Financiamento de Ações nos Municípios (SFM), o Centro é um dos 137 projetos de apoio à ação social executados ou concluídos pelo Governo do Estado, via Secretaria das Cidades (Secid), desde janeiro de 2019. O investimento no período soma R$ 140,8 milhões.
“Constatar esses resultados dá um significado ainda maior ao nosso trabalho. A transformação na vida das pessoas mostra a importância dos investimentos do Governo do Estado para que as ações sociais aconteçam com qualidade e em ambientes com boa estrutura”, afirma o secretário da pasta, Eduardo Pimentel.
Para as comunidades carentes de Guaratuba, a unidade é um ponto de referência por complementar a educação regular e receber as crianças no contraturno escolar. “Ela faz muita atividade, tem alimentação, adora os professores e o tempo em que fica aqui”, diz o vendedor André Moura Amorim sobre a sua filha Louise, 9 anos. “Vemos o quanto é bom e o quanto ela gosta. Para a gente é muito importante, pela atenção que as crianças recebem”, afirma.
Na terça-feira, dia 18 de julho de 2023, os dois repetiram uma rotina quase que diária ao chegarem de bicicleta, pouco depois das 13 horas, em meio a uma insistente garoa e os 12 graus do inverno no Litoral. Logo em seguida, uma van trouxe crianças de um abrigo do município e, um ônibus, o restante dos alunos. Já na chegada, é servida uma refeição (pela manhã, café e almoço na saída; e à tarde, almoço e lanche na saída). No cardápio: arroz, feijão, batatas, um tipo de carne e salada. É um momento de congraçamento, com muita conversa e sorrisos.
Em seguida, os orientadores sociais e os facilitadores de oficinas iniciam suas atividades. As salas são equipadas de acordo com cada tema abordado. A orientação social é destacada pelas crianças. “Quando faço o Grupo Social, aprendo muita coisa: organizar, pensar, analisar sobre trabalho. Quero ser jogadora de futebol e chegar à Seleção Brasileira”, destaca Brenda, 14 anos.
Abordagens a respeito dos desafios da vida e a prática do artesanato, do esporte e de atividades artísticas, como o balé e o violão, estimulam a criatividade e levam as crianças a ampliar os sonhos e a perceber quais oportunidades devem procurar e aproveitar. Alícia, 14, ainda não definiu por qual caminho trilhar, mas fala do futuro como se o percebesse mais próximo. Com muitos sonhos, pondera as carreiras de psicóloga, cantora ou veterinária.
“O Grupo Social ajuda muito. A gente vê muitas situações, perigos, que a gente pode evitar. E as outras atividades ajudam muito, aprendo bastante”, diz.
Maria Vitória, 13, conta que pediu aos pais para frequentar o Centro. “Eu conhecia algumas pessoas que vinham e contavam. Então, disse que queria vir também. Gosto de tudo, principalmente do esporte. Quero ser policial”, afirma.
“Se pudesse resumir o que acontece com quem vem aqui, diria que é uma nova história de vida, novas perspectivas, novos projetos, novas oportunidades. Uma mudança na vida das crianças que reflete, automaticamente, nas famílias”, diz a secretária municipal do Bem-Estar e de Ação Social, Maricel Auer.
INVESTIMENTOS – Os 137 projetos de apoio à ação social beneficiam 109 municípios, em todas as regiões. Eles estão em diversas fases de implementação: em elaboração pelas Prefeituras, em Análise Técnica pelo Serviço Social Autônomo Paranacidade, vinculado à Secid, em licitação, execução e concluídos.
Os recursos destinados às obras chegam R$ 140,8 milhões, via Programa de Transferência Voluntária, quando o município não precisa devolver ao Tesouro do Estado, ou pelo Sistema de Financiamento de Ações nos Municípios (SFM).
São edificações para abrigar, reformar ou ampliar Centros Comunitários, Centros Culturais, Centros de Atendimento à Infância, um Centro de Atendimento à Mulher e à Infância, Centros de Convivência, Centro de Convivência de Idosos, Centros de Referência de Ação Social, Creches e uma Escola Profissionalizante.
Por - AEN
O Instituto Água e Terra (IAT) divulgou nesta segunda-feira (24) o relatório da mais recente ação de fiscalização contra o desmatamento ilegal na região Oeste.
Seguindo alertas detectados por imagens de satélite e laudos técnicos emitidos pelo do Núcleo de Inteligência Geográfica e da Informação (NGI), a Operação Ágata identificou dez pontos de supressão da vegetação nos municípios de São Miguel do Iguaçu, Missal, Ramilândia e Matelândia, entre os dias 12 e 14 de julho.
A área desmatada foi de 17 hectares, o equivalente a 23 campos de futebol, com multa total de R$ 120 mil. Todas as propriedades foram embargadas e os responsáveis terão de reparar o dano ambiental com o replantio da vegetação nativa.
“Foram várias denúncias em três dias de operação conjunta. Contamos com o apoio da Marinha, que nos permitiu fiscalizar por meio dos rios, e do Batalhão de Operações Aéreas (BPMOA) da Polícia Militar, cujo helicóptero facilitou a identificação, do alto, dos pontos de desmatamento”, comentou o chefe do escritório regional do IAT em Foz do Iguaçu, Carlos Pittom.
Ele destacou que as iniciativas de combate ao desmatamento se intensificaram no Paraná nos últimos anos, com efeitos positivos. Segundo o Relatório Anual do Desmatamento no Brasil divulgado no mês de junho pela MapBiomas, o Paraná reduziu em 42% o desmatamento entre 2021 e 2022, o segundo melhor índice do País. Além disso, os dados da rede também registraram um aumento na cobertura florestal natural nos últimos anos, passando de 54.856 km² em 2017 para 55.061 km² em 2022.
“Somente nesta operação chegamos a um total de 17 hectares de desmatamento ilegal, uma área bastante robusta. O IAT está atento, e quem insistir no crime ambiental será identificado e punido”, afirmou Pittom.
A fiscalização ocorre a partir de uma notificação de área desmatada e conta com vistoria in loco, aérea ou por terra, de fiscais ambientais ou do Batalhão de Polícia Ambiental - Força Verde, o que ajuda a interromper a prática e punir os criminosos. O objetivo é cobrir 100% do território paranaense com o uso de novas tecnologias que agilizam esse processo, o que já vem sendo feito.
O Núcleo de Inteligência Geográfica e da Informação do IAT recebeu 4.688 alertas de desmatamento entre 2019 e 2023, que correspondem a 20.081 hectares paranaenses desmatados – aproximadamente 20 mil campos de futebol. O IAT já autuou mais de 50% das áreas desmatadas, ou seja, 10.573 hectares foram embargados. As multas totalizaram R$ 307,2 milhões entre 2019 e março 2023.
Atualmente são monitorados alertas das plataformas Mapbiomas e Global Forest Watch. As imagens de satélite utilizadas, além das disponíveis no Google Earth, são as PlanetScope, com resolução espacial de 3 metros e que são capturadas diariamente.
DENÚNCIAS – Em caso de denúncias de crime ambiental, é necessário acionar a Ouvidoria do IAT ou os escritórios regionais (mais próximos ao seu município). Estão disponíveis ao público os telefones (41) 3213-3466 e (41) 3213-3873 ou 0800-643-0304 e, ainda, o contato da Polícia Ambiental (41) 3299-1350.
CRIME – Quem pratica o desmatamento ilegal está sujeito a penalidades administrativas previstas na Lei Federal nº 9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais) e no Decreto Federal nº 6.514/08 (Condutas Infracionais ao Meio Ambiente). O responsável também pode responder a processo por crime ambiental.
Por - AEN
A Semana Nacional de Mobilização de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas começa nesta segunda-feira (24) com diversas atividades promovidas pelo Governo do Estado, Ministério da Justiça e Segurança Pública, órgãos do Sistema de Justiça, prefeituras e organizações da sociedade civil (OSCs).
As ações ocorrem até 30 de julho, Dia Mundial de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, e fazem parte da Campanha Coração Azul, uma iniciativa do UNODC (Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime), que desde 2009 (com adesão do Brasil a partir de 2013) promove a conscientização para prevenção e informação sobre os mecanismos de assistência e proteção disponíveis para as vítimas.
O conceito do uso da cor azul na campanha remete às lágrimas que as vítimas de tráfico de pessoas derramam todos os anos, representando a dor e o sofrimento que enfrentam. O simbolismo do “Coração Azul” traz à tona a importância de olhar para essa realidade com empatia e solidariedade, bem como incentiva a ação conjunta de toda a sociedade na proteção dessas pessoas vulneráveis.
No Paraná, as ações são coordenadas pela Secretaria estadual da Justiça e Cidadania (Seju), por meio do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (NETP-PR), e estão concentradas em Curitiba e Foz do Iguaçu, na tríplice fronteira, cidades consideradas estratégicas para o combate a este crime classificado como hediondo.
“Precisamos reforçar o alerta para a população sobre este crime que, infelizmente, faz muitas vítimas no Brasil. Pode parecer um problema distante, mas está muito mais perto do que se imagina. Não se pode acreditar em propostas miraculosas para trabalhar no Exterior, verifique os antecedentes dessas ‘agências de emprego’ e denuncie qualquer situação suspeita”, alertou secretário da Justiça e Cidadania, Santin Roveda.
O Paraná é referência no combate ao tráfico de pessoas, servindo de porta de entrada de denúncias, além de realizar capacitações constantes em parceria com órgãos policiais, socioassistenciais e de justiça.
AÇÕES DE CONSCIENTIZAÇÃO – Em Curitiba, haverá distribuição de conteúdos informativos e encenações sobre o tema na Rodoferroviária e no calçadão da Rua XV de Novembro. Já em Foz do Iguaçu, ações semelhantes ocorrerão na Ponte da Amizade e pontos turísticos, como a Itaipu Binacional, Parque Nacional do Iguaçu e no Marco das Três Fronteiras.
“Ao longo de dez anos que realizamos a campanha, por onde andamos, nas ruas, parques e praças, recebemos denúncias e foi possível salvar vidas, oferecendo oportunidade de trabalho digno, restituindo a cidadania, preservando direitos e possibilitando a concretização de sonhos verdadeiros”, destacou Sílvia Xavier, coordenadora de Direitos Humanos e Cidadania da Seju e chefe do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (NETP-PR).
Nos últimos três anos, o número de denúncias recebidas pelo NETP-PR quase dobrou. Em 2020, foram acompanhados 137 casos, número que subiu para 185 em 2021, e 260 em 2022. A maioria dos casos envolve as modalidades exploração sexual e trabalho análogo à escravidão. Maiores informações, como perfil das vítimas e suas cidades, não são divulgadas para não prejudicar as investigações em andamento e para preservar a vida das vítimas e denunciantes.
As ações visam mostrar ao público os riscos e o sofrimento das vítimas nas diversas modalidades de tráfico de pessoas. Também estão previstas divulgação nas redes sociais e iluminação cênica de monumentos públicos. Confira o cronograma de ações .
Por meio de ofício, a Secretaria da Justiça e Cidadania requisitou a iluminação em azul de monumentos, praças e locais públicos de grande visibilidade. Até o momento, já foram confirmadas a iluminação, pela Prefeitura de Curitiba, do Jardim Botânico, Praça do Japão, Praça 29 de Março e Praça 19 de Dezembro; pela Prefeitura de Foz do Iguaçu, do Hospital Municipal Padre Germano Lauck e Marco das Três Fronteiras; Palácio Iguaçu, Palácio das Araucárias, o Museu Oscar Niemeyer, o Tribunal de Justiça, o Ministério Público do Trabalho no Paraná e a Itaipu Binacional, além dos shoppings Jockey Plaza, em Curitiba, e Catuaí Palladium, em Foz do Iguaçu.
TRÁFICO DE PESSOAS – O tráfico de pessoas é um crime silencioso, velado e ainda invisível. Atinge vítimas em diversas modalidades: exploração sexual, remoção de órgãos, adoção ilegal, servidão doméstica, casamento servil, servidão por dívida e trabalho análogo à escravidão. É uma forma moderna de exploração e sacrifício que se apresenta como uma “boa ação”.
O crime é definido pelo Protocolo Adicional à Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional Relativo à Prevenção, Repressão e Punição do Tráfico de Pessoas, mais conhecido como Protocolo de Palermo.
Denúncias podem ser feitas junto ao Núcleo de Combate ao Tráfico de Pessoas e Trabalho Escravo (NETP-PR), da Secretaria da Justiça e Cidadania (Seju), por meio do telefone (41) 3210-2778 ou do e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.; pelos canais Disque 100 e Ligue 180, do Ministério de Direitos Humanos e Cidadania, Disque-Denúncia 181 da Polícia Civil do Paraná, ao Ministério Público do Paraná (MP-PR), e junto à Polícia Federal pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
Por - AEN
destaque fica para o nível de detalhamento das informações constantes nesse banco de informações, que podem tanto ser buscadas a partir de um segmento, como pela região escolhida, com acesso fácil a cada município também pelo mapa do Paraná.
Além disso, séries históricas estão disponíveis para todos os indicadores, o que revela a evolução dos números através de anos e décadas.
Os dados de população, por exemplo, compreendem informações de 1991, 2000, 2010 e 2022; de educação básica, de 2013 a 2022; de indicadores educacionais, nos anos ímpares entre 2011 a 2021; de Produto Interno Bruto, de 2011 a 2020; de indicadores sociais, de 2012 a 2020; e de educação superior, saúde, estabelecimentos, empregos formais, agropecuária e infraestrutura, de 2012 a 2021.
DADOS CHECADOS – A importância dessa ferramenta reside na essência de planejamento público. É importante que se tenha informações e dados ajustados à realidade e, mais importante, que sejam informações checadas e verificadas.
“O que estamos apresentando é o que chamamos de BI, uma plataforma de inteligência que reúne dados do IBGE, do Ipardes e, também, de todo um diagnóstico realizado das diferentes regiões do Paraná, no chamado Paraná Produtivo. Lá estão todas as informações condensadas e organizadas, para que qualquer cidadão possa ter esse olhar de planejamento a médio e longo prazo”, explica o secretário de Estado do Planejamento, Guto Silva.
“Essa plataforma vai auxiliar prefeituras, entidades, regiões e empresários que queiram buscar dados mais compactados, para que a sociedade possa se organizar nas suas mais diferentes realidades e, dessa forma, a gente possa planejar um Paraná do futuro juntos”, acrescenta Silva.
O diretor de Projetos da SEPL, Marcos Marini, diz que a plataforma pode ser acessada por todos os paranaenses de modo simples, fazendo um cadastro básico no site do programa e acessando o menu chamado Análise Regional (BI).
“Além dos dados de cada região paranaense, estão disponíveis informações de todos os 399 municípios, que vêm de fontes nacionais – tanto do IBGE, como de diversos ministérios, como os da Educação e da Saúde –, e também dados de institutos do Paraná, como do Ipardes, e do Detran-PR, o que faz dela uma grande ferramenta que vai ajudar no planejamento tanto dos municípios, quanto das 15 regiões do programa Paraná Produtivo”, complementa.
Para o diretor-presidente do Ipardes, Jorge Callado, a plataforma oferece um caráter técnico-científico ao programa Paraná Produtivo e ajuda a embasar, de uma forma mais assertiva, tanto tomadas de decisão do planejamento quanto a revisão de políticas públicas.
“Essa plataforma apresenta cerca de 60 indicadores na área de infraestrutura, saúde, educação, agropecuária, ambiental – indicadores socioeconômicos e ambientais que ficam à disposição do programa e que podem ser revistos, ampliados, conforme as demandas regionais e conforme as admissões que sejam dadas pelo secretário e pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior”, diz.
Callado explica que as atualizações dos indicadores da plataforma serão feitas pela base de dados, revisada periodicamente, usando tantos dados diretos do IBGE e de outras instituições de referência no País, quanto por dados buscados e preparados pelo próprio Ipardes.

REGIONALIZAÇÃO – O Programa Paraná Produtivo tem como objetivo aproximar setores econômicos de determinadas áreas pré-estabelecidas para entender de que forma as esferas estadual, municipal e a sociedade podem trabalhar juntas para potencializar a economia.
Na primeira fase, atuou em oito regiões prioritárias: Jacarezinho e Santo Antônio da Platina; Cornélio Procópio; Paranavaí, Cianorte e Umuarama; Campo Mourão; Guarapuava, Irati e União da Vitória; Castro e Telêmaco Borba. Elas reúnem 202 municípios que concentram 30% da população paranaense (3,3 milhões de pessoas) e 25% do Produto Interno Bruto (PIB) estadual. Todas já receberam suas versões dos planos que orientam as ações dos próximos anos.
Na segunda fase, o programa visa incluir sete Conselhos Gestores Regionais, fechando a rede de 15 governanças territoriais que cobrirão o Estado e, após o lançamento oficial desta fase, em julho deste ano, o foco volta-se à execução.
A partir de então, terão início as ações priorizadas pelas governanças, com a inclusão delas no planejamento governamental e acompanhamento dos Conselhos Gestores Territoriais. “Teremos as demandas e necessidades de ações dessas regionais, com o comitê formado agora como parceiro em ações em todos os territórios, uma oportunidade de levar, de fato, ações aos paranaenses”, diz Marcos Marini, diretor de Projetos da Secretaria do Planejamento.
Junto a isso, a capacitação das governanças territoriais será consolidada, além da elaboração e disponibilização de uma plataforma de gestão para instrumentalizar o desenvolvimento regional.
Por - AEN
Um relatório divulgado nesta segunda-feira (24) pela Embratur mostra que o Paraná continua no topo do ranking dos estados brasileiros que mais atraem visitantes estrangeiros.
Dados da Gerência de Informação e Inteligência de Dados da agência federal, em parceria com as equipes do Ministério do Turismo e da Polícia Federal, mostram que São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina foram as principais portas de entrada dos viajantes internacionais no País no primeiro semestre de 2023.
No top 5 dos países que mais desembarcaram no Brasil este ano estão Argentina (1,3 milhão de turistas), Estados Unidos (327 mil), Paraguai (233 mil), Chile (223 mil) e Uruguai (199 mil).
O relatório aponta para a consolidação da recuperação do turismo internacional brasileiro: em apenas seis meses, entraram no Brasil 92% do total de turistas que visitaram o País em todo 2022. De janeiro a junho foram 3,246 milhões de turistas; nos 12 meses de 2022, 3,6 milhões.
Dados divulgado pelo Banco Central referentes aos primeiros cinco meses do ano sobre a entrada de divisas com o consumo do turista estrangeiro no Brasil, confirmam a tendência: foram US$ 2,7 bilhões (R$ 13 bilhões), valores que nos colocaram em um patamar de recuperação de pré-pandemia.
PARANÁ NO TOP 3 – O Boletim de Dados Turísticos publicado este mês pela Secretaria do Turismo do Paraná revela que o Paraná foi a terceira principal porta de entrada dos turistas estrangeiros no Brasil em 2022. Com 522 mil turistas, ficou atrás apenas de São Paulo (1,5 milhão) e Rio de Janeiro (652 mil). Rio Grande do Sul (474 mil) e Santa Catarina (140 mil) vieram na sequência.
A diferença entre os dois últimos anos mostra uma evolução grande, levando em consideração os impactos da pandemia. Em 2021, 128.721 viajantes chegaram pelo Paraná no Brasil, ou seja, o aumento foi de 306% em 2022. Em relação a 2018 (948.388), a diferença ainda é 49% menor.
Os países que mais mandaram turistas ao Paraná foram Paraguai (49,3%), Argentina (26%) e Estados Unidos (3,3%). Foram, em termos numéricos, 257.878 paraguaios, 136.068 argentinos, 17.380 americanos, 12.037 franceses, 9.818 espanhóis, 9.703 uruguaios, 8.851 alemães e 6.764 ingleses.
Por - AEN
O Paraná registrou queda em vários índices do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), referente a dados de 2022.
Segundo o levantamento, divulgado na semana passada, o número total de ocorrências de roubo caiu 4,9% na comparação entre os dois anos no Estado. Foram 26.615 casos em 2021 e 25.499 ocorrências em 2022.
Outros crimes patrimoniais tiveram queda expressiva no período. As ocorrências de roubos de veículos, por exemplo, caíram 15,7% entre um ano e outro, segundo o relatório. Foram 4.039 roubos registrados em 2021, enquanto em 2022 aconteceram 3.503 roubos a veículos no Estado ao longo do ano. É o melhor indicador da região Sul no período: Santa Catarina registrou queda de 11,4% e o Rio Grande do Sul, de 11,6%. A variação nacional, no período, aumentou 0,4%.
O anuário também aponta que houve uma queda de 13,8% no total de roubos a estabelecimentos comerciais, número muito similar ao registro nacional, de -15,6%. O número caiu de 4.362 roubos em 2021 para 3.788 ocorrências em 2022. Os registros de roubos a residências tiveram uma queda parecida: 13,1% de redução. Foram 2.987 casos de roubos a casas em 2021 e 2.616 registros em 2022.
Outro índice em que o Paraná melhorou seus resultados se refere aos casos de assaltos a pessoas que andavam nas ruas. As ocorrências caíram de 17.458 em 2021 para 16.570 em 2022, uma queda de 5,8%, melhor do que a média nacional, com queda de 4,4%. O número de assaltos a instituições financeiras caiu 9,1% entre um ano e outro, e o total de roubos de carga também apresentaram queda, de 14,4%.
Para o secretário de Segurança Pública, Hudson Leôncio Teixeira, os números refletem uma atuação policial cada vez mais coordenada. "Estamos trabalhando de maneira ostensiva para prevenir roubos, com policiais nas ruas em locais e horários estratégicos, principalmente nas grandes concentrações urbanas. A Polícia Militar tem feito operações estratégicas, guiadas por números e um trabalho de inteligência, desarticulando grupos criminosos e inibindo, cada vez mais, a criminalidade contra residências, comércios e na área rural", complementou.
Ele também destacou o aumento no número de efetivo das forças de segurança, que deve colaborar ainda mais com a queda nos números. "Em 2022 entraram em atuação 400 policiais civis, entre delegados e investigadores, levando um trabalho muito qualificado para o Interior do Estado, e também iniciamos a formação de mais de 2 mil policiais militares, que em breve estarão operando para reforçar os batalhões dos nossos municípios", complementou.
HOMOFOBIA – O Anuário Brasileiro de Segurança Pública também apontou queda nos crimes contra população LGBTQIA+ no Paraná. Os casos de homicídio doloso caíram pela metade em 2022, mesma redução registrada nos estupros contra pessoas LGBTQIA+.
Também foi registrada uma redução de 8,1 % no número de ocorrências de lesão corporal dolosa contra a população LGBTQIA+ entre 2021 e 2022. Segundo o documento, a queda em crimes de racismo por homofobia ou transfobia, como eles são tipificados, foi de 7,8%.
DESAPARECIDOS – O Paraná também tem o menor índice de pessoas desaparecidas do Brasil, com 13,5 registros de desaparecimentos a cada 100 mil habitantes, e o segundo menor índice de mortes a esclarecer pela polícia, com 0,2 mortes sem solução a cada 100 mil habitantes, uma queda de mais de 20% entre os dois anos – atrás apenas do Distrito Federal, com 0,1. No Mato Grosso do Sul, por exemplo, esse índice chega a 43,9/100 mil. O indicador nacional é de 5,6/100 mil.
Para que esse número seja baixo, o Paraná tem dois trabalhos específicos. Em relação à resolução, além do aumento do número de delegados na ativa em 2022, contemplando todas as comarcas, conta com uma Delegacia de Homicídios de Maior Complexidade (DHMC). Nos oito anos em que ela existe foram solucionados centenas de casos. Apenas em 2022 foram esclarecidos 114 crimes. A DHMC trabalha com todos os crimes que não foram elucidados pelas delegacias comuns em até dois anos.
Os crimes envolvem dificuldades relacionadas ao entendimento da dinâmica dos fatos, depoimentos controversos, e outras particularidades das investigações. Para atuar nessa área, os policias passam por treinamento, se aprofundam em conhecimentos de mobilidade social e urbana, além de pesquisarem a fundo a dinâmica de atuação dos grupos criminosos. O Paraná é o único estado brasileiro que tem uma delegacia constituída e voltada à elucidação de crimes antigos.
Em relação aos desaparecidos, o Paraná tem um trabalho pioneiro com as crianças. Criada em 1995 pelo Governo do Estado como a primeira e única estrutura do Brasil dedicada exclusivamente ao desaparecimento de crianças e adolescentes, o Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride) da Polícia Civil tem se destacado nos últimos anos pelos índices de 100% de resolução de casos.
Desde 1996, quando começou a computar os números de desaparecimentos, o Sicride sempre manteve um alto índice de resolução de casos, acima de 98%. A partir de 2018, o órgão passou a trazer estatísticas mais detalhadas. Nos últimos cinco anos completos, o serviço recebeu notificações sobre 971 crianças desaparecidas, sendo 515 meninos e 456 meninas, chegando a um desfecho definitivo em todos os casos (100%).
MAIS INVESTIMENTOS – A queda nos índices vem acompanhada de um aumento nos investimentos do Estado com segurança pública, evidenciando que o assunto é uma prioridade na gestão estadual. Segundo o Anuário, os recursos do Paraná para a segurança pública aumentaram 17,8%, saltando de R$ 4,33 bilhões para R$ 5,10 bilhões. Este valor representa 8,8% do total de despesas realizadas pela gestão estadual. Como comparação, os gastos da gestão federal com segurança representam 0,4% das despesas da União.
Os investimentos do Estado com policiamento, de acordo com o levantamento, aumentaram 5,4%, enquanto os de informação e inteligência tiveram 19,9% de aumento. Esses recursos levam em consideração grandes operações, novas viaturas, construção de batalhões, treinamento especializado e armamento. Recentemente as polícias Civil, Militar, Científica, Penal e o Corpo de Bombeiros passaram por reestruturações de carreira e ganharam novas tabelas salariais.
Por - AEN








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