Estado consolida critérios para monitoramento preventivo de águas subterrâneas

O Instituto Água e Terra (IAT) estabeleceu novas diretrizes para monitorar a contaminação de águas subterrâneas no Paraná. A Portaria IAT Nº 273, de maio de 2025, consolida os critérios necessários para a execução do programa de Monitoramento Preventivo das Águas Subterrâneas, iniciativa que já era aplicada no Estado pelo órgão ambiental, mas que ainda não possuía um conjunto de normas próprias.

O procedimento deve ser executado por empreendimentos e atividades com potencial de contaminar solo e água subterrânea e facilita o controle de ações de resposta no caso de acidentes ou vazamentos. Os compostos monitorados incluem metais, hidrocarbonetos e outras substâncias orgânicas que podem prejudicar fontes de água subterrâneas e causar prejuízos à saúde humana se consumidos.

“Como ainda não tínhamos um termo de referência específico para o programa, às vezes recebíamos estudos feitos com uma metodologia inadequada, o que não era regra. Agora, com a nova portaria, deixamos os critérios mais claros e diretos para facilitar a execução do processo pelas empresas”, explica a geóloga do IAT, Nayara Menezes.

A técnica destaca que alguns fundamentos para a execução do programa, como o momento em que ele deve ser executado e a regularidade do processo, dependem do tipo de atividade. Para os postos de combustíveis, por exemplo, o monitoramento preventivo deve ser feito como parte do processo de licenciamento ambiental da atividade.

“Além disso, seguindo a Resolução CEMA 129/2023, o monitoramento é obrigatório apenas para algumas atividades específicas, como postos ou atividades que armazenam combustíveis, cemitérios, atividades que manipulam a substância PCB (substâncias químicas sintéticas), atividades que lancem resíduos ou efluentes no solo, e fundições de chumbo. No entanto, o programa também pode ser requisitado para outras atividades, dependendo de uma avaliação técnica feita no empreendimento”, afirma Nayara.

PROCEDIMENTO – De acordo com a nova portaria, caso a aplicação do programa de monitoramento preventivo seja necessária, o procedimento deve ser executado por técnicos especializados contratados pelos responsáveis pela atividade. O processo envolve uma série de etapas, descritas em dois anexos do documento.

Primeiro, deve ser executado um estudo hidrogeológico da região, etapa preliminar que inclui procedimentos como sondagem e reconhecimento do terreno, identificação do nível d’água, construção de mapas e uma sistematização inicial dos dados. É a partir dessas informações, e das características da atividade e das substâncias envolvidas, que o técnico irá elaborar o programa de monitoramento.

“O processo envolve a construção de postos de monitoramento pelo técnico, assim como um roteiro para o programa, incluindo informações como a forma e a frequência com que amostras de água serão coletadas e o envio a um laboratório para análise. Depois, os resultados são interpretados e enviados de forma periódica para o IAT para que possamos avaliar a situação”, ressalta o geólogo do IAT, Danilo Percicotte.

Para a avaliação das possíveis contaminações, são usados como referência os valores dispostos na Resolução CONAMA 420/2009, assim como amostras coletadas na região que não tiveram contato com as substâncias. No entanto, Percicotte ressalta que o programa não tem a função de prevenir os danos causados, mas sim viabilizar respostas mais efetivas para as situações.

“Quando é detectada alguma alteração no monitoramento, é porque a água e o solo já estão contaminados, então devem ser adotados procedimentos de gerenciamento de áreas contaminadas. Assim, o programa tem a função principal de fornecer informações para adotarmos as medidas necessárias de forma mais rápida”, diz.

NOVAS NORMAS – A nova portaria é a primeira publicação de uma série de normas em elaboração pelo IAT para aprimorar a gestão de áreas contaminadas no Estado. Outras medidas que compõem o pacote incluem procedimentos para a execução de estudos de Gerenciamento de Áreas Contaminadas, Reutilização de Áreas Contaminadas, Encerramento de Atividades com Potencial de gerar Áreas Contaminadas e Averbação de Áreas Contaminadas e Reabilitadas.

As novas medidas estão em processo de construção por meio de um grupo de trabalho coordenado pelo Instituto, e serão publicadas à medida em que as deliberações forem concluídas.

 

 

 

 

 

Por - AEN

 Exportações de automóveis do Paraná crescem 73,7% nos primeiros meses de 2025

As exportações paranaenses de automóveis cresceram 73,7% no período de janeiro a maio deste ano, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Em números absolutos, isso significa que as vendas saltaram de US$ 172 milhões nos primeiros cinco meses de 2024 para os atuais US$ 299 milhões. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e foram organizados e divulgados pelo Ipardes em relatório nesta terça-feira (10). 

O crescimento das exportações estaduais de automóveis está diretamente relacionado à ampliação das vendas para o mercado sul-americano, especialmente para a Argentina. As vendas para o país vizinho tiveram um acréscimo de 464% no intervalo de tempo. Assim, passaram de US$ 32 milhões para US$ 182 milhões. Outros aumentos consideráveis foram registrados em relação à Colômbia (49%), Uruguai (38%) e Chile (28%).

Para o diretor-presidente do Ipardes, Jorge Callado, o bom resultado das exportações reflete a dimensão da indústria automotiva paranaense. “O parque automotivo do Estado, incluindo a produção de automóveis, caminhões, ônibus, cabines e peças, gera receita anual de aproximadamente R$ 58 bilhões e emprega mais de 40 mil pessoas, destacando-se no cenário nacional”, informa.

A alta nas exportações, no entanto, não se restringiu ao setor automobilístico, alcançando dois dígitos também em itens alimentícios e madeireiros. Dentre esses produtos, a carne bovina in natura foi a que apresentou maior diferença, com uma taxa de crescimento de 79% – de US$ 40 milhões entre janeiro e maio de 2024 para US$ 73 milhões no mesmo recorte deste ano.

A carne suína in natura teve aumento percentual semelhante, mas movimentando valores bem maiores. O aumento entre os dois períodos foi de 71% – de US$ 129 milhões entre janeiro e maio de 2024 para US$ 221 milhões. O óleo de soja bruto mostrou desempenho semelhante (70%), saltando de US$ 125 milhões para US$ 213 milhões.

Outro exemplo positivo é a madeira compensada, por sua vez, teve ampliação de US$ 232 milhões para US$ 262 milhões, ou seja, 13% a mais em 2025. Já a negociação de cereais subiu de US$ 251 milhões para US$ 281 milhões, apontando uma elevação de 12%. Café solúvel (34%) e carne de frango industrializada (18%) também tiveram rendimento superior em 2025 em relação às exportações.

“Estes bons números refletem diretamente a diversificação do nosso parque industrial e a cooperação entre o Governo do Estado, por meio de políticas públicas, com os setores produtivos. São números importantes para a balança comercial do Paraná, que tem sido importante para trazer divisas para o País”, conclui o diretor-presidente do Ipardes.

QUINTO MAIOR EXPORTADOR – O relatório ainda aponta que o Paraná figura em 5º lugar entre os maiores exportadores do País, com US$ 9,2 bilhões. É o melhor resultado da região Sul, atrás de São Paulo (US$ 27,1 bilhões), Minas Gerais (US$ 17,9 bilhões), Rio de Janeiro (US$ 17,1 bilhões) e Mato Grosso (US$ 11,9 bilhões).

Os principais destinos, em números gerais, foram a China (US$ 2 bilhões), Argentina (US$ 714 milhões), Estados Unidos US$ 609 milhões), México (US$ 374 milhões) e Emirados Árabes Unidos (US$ 273 milhões).

O secretário do Planejamento do Estado do Paraná, Ulisses Maia, atesta que esses resultados compõem uma extensa lista de bons indicadores econômicos. “É com satisfação que observamos o notável desenvolvimento do Estado, fruto de uma gestão pública eficiente e estratégica que tem impulsionado o crescimento econômico e social. Estamos comprometidos em continuar trabalhando para que o Paraná se consolide como um polo de inovação e prosperidade, garantindo um futuro ainda mais promissor”, completa.

BALANÇA COMERCIAL – A balança comercial dos primeiros cinco meses do ano está US$ 1,058 bilhão positiva, com os US$ 8,1 bilhões importados. Os empresários paranaenses priorizaram compras de adubos e fertilizantes (US$ 1,084 bilhão) e óleos e combustíveis (US$ 571 milhões) no período.

 

 

 

 

Por - AEN

 Governo do Paraná promove novas ações de enfrentamento à violência contra a pessoa idosa

O Governo do Paraná, por meio da Secretaria da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa (Semipi), promove nos próximos dias uma série de ações pelo Junho Violeta, mês de conscientização e enfrentamento à violência contra a pessoa idosa. As atividades serão promovidas em parceria com municípios e demais órgãos do Estado com o objetivo de dar visibilidade à pauta e fortalecer políticas públicas de proteção à população idosa.

Entre as iniciativas programadas estão reuniões estratégicas com municípios sobre o enfrentamento à violência contra pessoas idosas. Os encontros serão com Campo Magro, Campo do Tenente, Colombo, Curitiba, Fazenda Rio Grande, Araucária, Guarapuava, Itaperuçu, Quatro Barras, Paranaguá e Tijucas do Sul, reunindo também representantes do Conselho. Estadual dos Direitos da Pessoa Idosa do Paraná e do Ministério Público.

O Governo do Paraná também vai enviar peças da campanha digital incentivando a mobilização local em torno do tema para os municípios. Ela terá como temas exploração financeira, solidão e medos. A divulgação do Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa, no domingo (15), será reforçada.

Durante o mês, a Semipi também promoverá a divulgação de boas práticas, destacando iniciativas de sucesso na proteção e no cuidado com a população idosa. A população idosa cresceu 56% em 12 anos no Brasil e o Paraná já conta com 1,9 milhão de pessoas com 60 anos ou mais. Até 2027, esse grupo deve superar o número de crianças e adolescentes com menos de 14 anos.

O Estado conta com uma série de programas para esse público, como a Carteira da Pessoa Idosa que garante transporte intermunicipal gratuito ou com desconto; Casa Fácil Paraná Terceira Idade, com subsídio de R$ 80 mil para entrada na casa própria; Cadastro Estadual de Cuidadores, que reúne dados de cuidadores formais e informais; e a Bolsas Cuidador Familiar, que garante apoio financeiro a cuidadores e idosos em vulnerabilidade.

Desde 2023, a população idosa do Paraná também conta com o apoio de uma secretaria exclusiva no Estado. Segundo a secretária Leandre Dal Ponte, as políticas da Semipi promovem um envelhecimento digno e saudável. “Com a união de esforços no Governo do Paraná, buscamos combater a violência contra a pessoa idosa, fomentando o bem-estar, acesso a lazer, habitação, saúde e cuidados”, afirma. "E recentemente o Paraná se tornou o 1º estado da América do Sul reconhecido pela OMS como Amigo da Pessoa Idosa".

Além de envolver gestores públicos, as ações do Junho Violeta têm como objetivo mobilizar a sociedade civil, ampliando a conscientização e fortalecendo a rede de proteção às pessoas idosas.

Conheça os principais tipos de violência contra a pessoa idosa e como identificá-los:

- Abandono e negligência: falta de cuidado e assistência, em casa ou em instituições.

- Violência física: agressões visíveis ou sutis, como empurrões e beliscões, geralmente por familiares ou cuidadores.

- Violência psicológica e verbal: gritos, ofensas, desprezo e atitudes que afetam a autoestima.

- Violência financeira ou patrimonial: uso indevido de dinheiro, cartões e bens, muitas vezes por pessoas próximas.

- Violência sexual: atos sem consentimento, como carícias e relações sexuais, praticados por pessoas próximas ou profissionais.

- Violência institucional: maus-tratos em instituições como hospitais e abrigos, incluindo instalações precárias e negligência.

- Discriminação: atitudes ofensivas ligadas à idade, como o etarismo, que desrespeitam os direitos da pessoa idosa.

- Autonegligência: descuido com a própria saúde e higiene, podendo levar a automutilação e tentativas de suicídio.

Fique atento sobre determinadas condições:

- Mudanças emocionais: medo, isolamento, tristeza, recusa em participar de atividades.

- Sinais físicos: feridas, cicatrizes, fraturas, perda de peso, desidratação, roupas sujas ou rasgadas.

- Situações suspeitas: sumiço de locais frequentados, grandes saques bancários, mudanças em testamentos ou seguros.

Denúncias podem ser feitas pelos seguintes canais:

Disque Idoso Paraná – 0800 141 0001

E-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Disque 100 – Ministério dos Direitos Humanos

Disque 181 – Secretaria da Segurança Pública 

Idoso Play 60+www.cedipi.pr.gov.br

 

 

 

 

 

Por - AEN

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